O que é Alopecia Androgênica?
É a calvície masculina, uma manifestação fisiológica que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos, não sendo considerada uma doença. A herança genética pode vir do lado paterno ou materno. Resulta da estimulação dos folículos capilares por hormônios masculinos que começam a ser produzidos na adolescência.
Sob a ação de uma enzima, a 5-alfa-redutase, a testosterona transforma-se em diidrotestosterona (DHT), hormônio responsável pelo afinamento dos cabelos e diminuição progressiva dos folículos, que tem seu ciclo de vida normal encurtado.
Manifestações clínicas
O resultado é a queda continuada dos cabelos, levando à rarefação e ao afastamento da linha de implantação para trás. A progressão do quadro leva à calvície, caracterizada pela ausência de cabelo na parte superior e frontal da cabeça, poupando as áreas laterais e a área posterior.
Minoxidil ou Finasterida?
Mesmo não sendo de vital importância a sobrevivência do organismo humano, o cabelo ainda do ponto de vista estético, psicológico e social condensa valor relevante no padrão cultural da humanidade, levando a perda da auto-estima e insegurança social. Cada um que apresenta esta dificuldade deve refletir o que melhor lhe proporcionará homeostase interna em decorrência desta dificuldade.
Pesquisas têm trazido algumas soluções para a calvície e os tratamentos médicos mais utilizados para a dificuldade da perda de cabelo, calvície, ou alopecia androgenética ainda é o minoxidil e a Finasterida .
Toda prescrição deve ser orientada por um profissional habilitado.
Com base realista o médico e paciente devem discutir de forma clara a ação da droga a ser utilizada e os resultados esperados. O plano de ação deve ser em conjunto. O Médico deve discutir de forma franca sem pressionar, levando em conta os sentimentos do paciente em relação ao problema, expectativa ao tratamento, seu estado geral de saúde e seu estilo de vida.
Os medicamentos prescritos com mais freqüência para queda de cabelo servem para tratar os tipos mais comuns de queda: a calvície androgenética e a alopecia areata. Contudo, antes de qualquer utilização medicamentosa, cabe ao paciente ter discutir os seguintes pontos com seu médico:
. Quais são os benefícios;
. Quais são os efeitos colaterais imediatos e em longo prazo;
. Como controlar possíveis efeitos colaterais;
. Quais efeitos colaterais devem ser notificados ao médico;
. Interação com outros medicamentos, e;
. Tempo de utilização, e;
. Tempo de utilização até o aparecimento de resultados.
O Minoxidil
Originalmente aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento da hipertensão arterial em 1979, constatou-se que não só expandiam os vasos sanguíneos, como também causava o crescimento de pelos em diversas partes do corpo. Desse efeito colateral surgiu a idéia de sua utilização no tratamento da calvície.
Em 1983, a Upjohn, laboratório fabricante, testou o medicamento sob forma de loção em 2300 voluntários com calvície parcial, demonstrando que o minoxidil causava em oito a dez por cento dos homens um crescimento de cabelos densos, em trinta por cento um volume moderado, em trinta por cento pelos “aveludado”, como chamam, “casca de pêssego”, e nos trinta por cento restantes nada crescia. Assim, pesquisas subseqüentes demonstraram que o minoxidil parece espessar o cabelo fino e ajudar a prevenir e a desacelerar a queda.
Produto comprovado pelo FDA oferece a possibilidade de reaver ou preservar para alguns homens com calvície androgenética, sendo mais eficiente em canditados com menos de quarenta anos que acaba de perceber a queda de cabelos. Sua utilização não altera as informações genéticas, devendo ser utilizado durante a vida.
O produto é um liquido claro não oleoso, devendo ser aplicado ao couro cabeludo duas vezes ao dia, todos os dias. Recomenda-se sua utilização pelos menos nove meses para se ter uma boa chance. Sua concentração disponível no mercado é de dois por cento e o efeito colateral, a possibilidade de aparecimento de uma irritação discreta no couro cabeludo.
A Finasterida
É uma droga com potencial de aplicação em uma variedade de desordens orgânicas. Seu emprego mais conhecido é no tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna, uma desordem comum resultante do aumento da próstata, que obstrui o canal uretral e diminui o fluxo urinário no homem, provocando uma série de sintomas indesejáveis.
A observação de seus efeitos sobre a calvície de pacientes que utilizavam o produto chamou a atenção do laboratório que, reduzindo a concentração da Finasterida, manteve os resultados sobre os cabelos e praticamente eliminou a incidência de efeitos colaterais indesejáveis.
O FDA aprovou o uso da Finasterida no tratamento da alopecia androgênica. Diversos artigos médicos e científicos têm enfatizado seu poderoso efeito na indução do crescimento capilar. O medicamento é comercializado no Brasil desde 1998.
Ação
A Finasterida inibe a ação da enzima 5-alfa-redutase e diminui o nível de DHT no couro cabeludo, o que impede a atrofia dos folículos capilares e ajuda na restauração dos folículos já atrofiados. O resultado é a produção visível de cabelos com aparência natural e a recuperação de áreas que estavam rarefeitas.
O tratamento deverá ser contínuo, caso contrário os cabelos voltarão a cair no mesmo ritmo de antes. O dermatologista deverá prescrever e acompanhar o tratamento, avaliando a necessidade de solicitar exames antes de iniciá-lo.
Eficácia
Em estudo realizado sobre a eficácia da Finasterida, homens de 18 a 41 anos de idade com calvície suave a moderada foram submetidos a testes. Dentre os voluntários, 66% dos homens que fizeram uso da droga durante 2 anos apresentaram aumento no crescimento de cabelo; 83% mantiveram ou incrementaram a contagem dos fios.
Os efeitos colaterais são raros e estão relacionados com a esfera sexual: dificuldade de ereção, diminuição da libido (desejo sexual) e diminuição do volume do esperma. Ocorreram em cerca de 1,7% dos homens que participaram do estudo tomando Finasterida e em 1,2% dos que tomaram placebo (remédio falso). Com a interrupção do tratamento, os efeitos colaterais desaparecem. Mulheres em idade fértil não devem usar a Finasterida devido ao risco de feminização de fetos masculinos.
Dosagem
Sua administração oral no tratamento da calvície requer doses menores do que as necessárias ao tratamento da próstata aumentada, que é de 5 mg/dia. A maioria dos dermatologistas têm recomendado 1 mg/dia de Finasterida para induzir crescimento capilar em homens. Os efeitos clínicos são observados 12 semanas a 6 meses após o inicio do tratamento. Essa substância é eliminada pela urina e fezes.
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