“Só temos que ter medo daqueles que querem negar a política. Exemplos disso são Hitler e Mussolini”.
Entusiasmado pelo lançamento de Alexandre Padilha como nome para a disputa pelo governo do Estado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou durante 20 minutos na abertura do Encontro do Interior de São Paulo do Partido dos Trabalhadores.
Na preocupação de uma resposta ao discurso das ruas, o ex presidente lula, que nunca saiu do governo segundo a presidenta Dilma, traz mais do mesmo em sua fala.
Segundo ele, o mundo não saiu completamente da crise porque os dirigentes preferem salvar bancos a pensar nos trabalhadores.
Como “bom” político da velha demagógica política, Lula se esquece sempre do que disse anteriormente. Em seu primeiro encontro com banqueiros Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Lula foi muito elogiado pelos banqueiros manifestando interesse em “não fazer nenhuma loucura ou adotar medidas que causem impacto negativo no sistema financeiro e na economia”.
E as elites não poderiam estar mais satisfeitas com a gestão Lula ou seu continuísmo no governo Dilma. Os banqueiros tiverem e têm lucros recordes na república do mensalão. Na era do governo W. Bush os especuladores e empresas blindavam e elogiavam a política neoliberal de Lula. Lula pediu que a Caixa comprasse o Banco Panamericano de Sílvio Santos que estava quebrado, um rombo de quase R$ 5 bilhões usando o dinheiro do trabalhador. O governa Dilma autorizou Edir Macedo o 41º mais rico no Brasil e o 1268º no mundo, de acordo com o ranking da revista “Forbes”a ser dono de banco. E nem falamos do governo do Pt e suas relações com o ex-megaempresário Eike Batista e seus empréstimos bilionários junto ao BNDS.
Lula ironizou a interpretação de que o movimento das ruas é sinal de enfraquecimento do governo petista. Segundo sua avaliação, o partido criou condições de ascensão social e, agora, essas pessoas querem mais. “O povo não se contenta mais com o ‘Minha Casa Minha Vida’. Quer a casa, mas com garagem e biblioteca. As pessoas compraram carros e, agora, cobram que o prefeito de sua cidade abra mais ruas”.
O povo que foi as ruas não foram os que recebem bolsa família, mas a classe C. Em geral, é uma manifestação massivamente estudantil, de jovens trabalhadores e da classe média brasileira. A redistribuição de renda feita pelo governo saiu da classe C e não das grandes fortunas. E suposta classe que acendeu está se endividando sustentando os grandes mercados de juros, e as empreiteiras que ganharam muita grana com o Minha Casa Minha Vida. No governo Lula a riqueza das elites triplicaram.
O presidente de honra da sigla disse que o PT não deve temer o debate e o diálogo com essas as movimentações, mas orientou que os políticos reajam quando chamados de ladrões de forma generalizada. “Só temos que ter medo daqueles que querem negar a política. Exemplos disso são Hitler e Mussolini”.
Queremos, o diálogo sim, mas não nesta demagogia de políticos que acreditam que os jovens não estão acompanhando o processo e podem ser enganados com discursos com base nas velhas políticas da enrolação.
Não estamos negando a política no seu sentido original de participação. Nosso não é para esta velha política de demagogia. E não venha nos comparar a Hitler e Mussolini.
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