Brasil volta a debater integração de negros com cotas no funcionalismo
As recentes iniciativas para estabelecer uma cota para negros em concursos públicos reabriram o debate sobre a falta de acesso desta parte da população no país, que tem mais da metade da população de autodeclarados afrodescendentes.
Se os governos investissem em educação com escolas e universidades suficientes para todos os brasileiros não haveria necessidade de programas de cotas no país. Não somos um país apenas de negros, mas um lugar onde a miscigenação é um fato. Não existe brasileiros de sangue puro, apesar de sabermos que historicamente houve e ainda há o ranço do racismo.
As cotas podem ajudar, mas não são a solução para a problemática da situação de inclusão das populações que são minorias.
Precisamos do investimento na cultura, na educação e na ética de cada brasileiro.
Uma mutação da mente é mais necessário quando observamos a necessidade da humanidade acabar de vez com os tribalismos, os nacionalismos, as bandeiras e religiões que nos separam a e promovem as diferenças.
E o maior causador destas diferenças é o mercado financeiro que atua nestas bases tribalistas, nacionalista e religiosas, promovendo as desigualdades de acesso.
Os bancos são os maiores excludentes. As famílias de classe baixa, não importando a cor, raça, credo, orientação sexual, são as que tem menos ou nenhum acesso aos serviços bancários. Quando incluídas são as que pagam as maiores taxas, custos excessivamente altos, caindo nas armadilhas das dívidas.
Se o Brasil pretende ser uma democracia e um Estado de direito, onde a igualdade é significativa, deve ampliar o seu pensamento além das cotas que elevam os ânimos em discussões racistas. O negócio é partir para uma clara política de inclusão educacional, com universidades e escolas para todos independente da raça, cor, credo e orientação sexual. Inclusão financeira que significa uma política de juros condizentes, taxas bancárias igualitárias, divisão de lucros e não acumulação por parte de uma minoria com o fim do trabalho escravo.
Chega de projetos esparadrapos que tentam apenas remediar um fato que a exclusão hoje é financeira, muito mais que racista.
Ninguém quer ser incluído por ser negro, índio, mestiço ou branco. O direito a mesma formação e capacitação em qualquer situação.
Apesar de representarem 50,7% da população brasileira, segundo dados do Censo 2010 divulgados pelo governo, os altos cargos, tanto políticos como empresariais são, na imensa maioria, ocupados por pessoas brancas.
Será que é apenas por preconceito? Será que a maioria dessa população possui formação?OU são analfabetos funcionais, por não termos creches, escolas e universidades suficientes.?