Quem realmente governa, os governos ou as instituições financeiras?
Recentemente o caso do Banco Santander duramente criticado pelo governo Dilma como lamentável e inadmissível a recomendação do Banco Santander informando a correntistas que sua eventual reeleição teria efeitos negativos para a economia é uma simples demonstração de que os governos vivem subjugados pelo poder do mercado financeiro tanto quanto todos nós pobres mortais que dependemos da forma como ditam as regras da economia mundial.
É fato que os governos vivem subjugados ao Sistemas Financeiro por deverem e gastarem muito. Vale ressaltar que não podemos subestimar os reflexos do crédito sobre o consumo das famílias, pois cerca de 60% do PIB brasileiro é proveniente deste item.
Na religiosidade dos sistema financeiro sob os governos e as famílias, todos vivem pela fé na esperança do pagamento de uma dívida que é impagável e necessita de constantes sacrifícios de uma maioria para manutenção de uma minoria.
E tanto governos quanto o mercado financeiro disfarçam esta realidade com medidas protocolares diante de uma realidade devastadora na condição de vida de milhões de pessoas sem acesso as riquezas no mundo. E quem paga toda esta dívida é a classe que trabalha, pois o dinheiro criando especulativamente não tem outro lastro a não ser no trabalho.
A forma como o sistema financeiro funciona é devastadora e está completamente fora do controle.
Vivemos a constante necessidade do incremento de novos consumidores (bancarização) ou o aumento apenas no valor financiado, onde os bancos que sobrevivem de juros abusivos e nocivos a economia tem que constantemente, para aumentar seu lucro oferecendo crédito.
Mesmo nestes planos de inclusão social como o Bolsa Família é também uma espécie de inclusão ao mercado de consumo e o aumento do endividamento das famílias que anteriormente consideradas pobres ou miseráveis agora possuem o viés de nova classe devido a sua ascensão à dívida. Numa economia que vive de expectativa ou da fé, a aquisição de novos fiéis é importante.
Consequentemente todos vivemos apenas para gerenciar uma suposta crise e não um efetivo progresso na expectativa de um paraíso distante que alimenta o sonho da maioria e o paraíso de uma minoria.
Temos a falência de um sistema que necessita de mudanças radicais na forma como criamos este mundo do aqui e agora.
O justo viverá da fé no crédito diante do apocalipse da bíblia do mercado financeiro no inferno dos juros frente a uma dívida impagável.
Esta é a moderna escravização da humanidade.
Como o Sistema Financeiro Mundial Criou a Dívida