Marina Silva quer ser dona do seu partido, ou melhor, uma rede, uma nova cultura política no Brasil. E qual rede fará parte deste partido? Marina Silva se reuniu em São Paulo com simpatizantes do movimento “Nova Política”, para discutir a criação da sua nova rede.
A lista de participantes do encontro incluiu desde o deputado tucano Walter Feldmann (PSDB) até a herdeira do Banco Itaú, a socióloga Maria Alice Setúbal. Feldmann, que já integrou várias administrações tucanas em São Paulo e chegou a figurar no time mais próximo ao ex-governador José Serra, apareceu no encontro vestindo uma camiseta verde. No evento, realizado num prédio do empresário Ale Youssef, na zona oeste da capital paulista, o roteiro não teve surpresas. Os apoiadores da ex-senadora e candidata derrotada à Presidência em 2010, assim como a própria, negaram que a ação seja eleitoreira.
Um evento em Brasília marcará a fundação da sigla e o nome terá que ser definido até o dia 16 de fevereiro. A palavra “verde” foi vetada para não ocorrer associação com o PV, sigla que Marina abandonou em 2011. Alinhados com o discurso de Marina Silva, apoiadores da ex-ministra do Meio Ambiente estão promovendo uma espécie de “plesbicito virtual” para escolher o nome de seu novo partido ou rede. A enquete foi organizada a partir de sugestões de internautas e reúne 40 nomes para serem escolhidos até às 12h da segunda-feira (21). O site que convoca os “marineiros” para o ato chama-se “RedePróPartido”. De acordo com Alves, cerca de 600 já se inscrevem para participar do evento. Até agora, o novo partido da ex-senadora Marina Silva comove mais piadistas do que entusiastas em Brasília. Um dos alvos da pilhéria é a proposta de o partido se diluir em 20 anos, para evitar a perpetuação de feudos políticos. Maldosos, deputados de diversas siglas também riam, dia desses, do possível nome do partido: Semear. Já que Marina não pode colocar o nome do partido de Rede Globo, poderia ser: Rede Glóbulo, Rede Planeta, Rede Terra, Re de Regina, Rede Reto. Cair na rede é a nova onda.