Dizem os homens que o problema da vagina é a mulher.
Sem dúvida, o canal do órgão sexual feminino desperta nos seres humanos muitas fantasias e mitos.
Apesar de não vivermos mais na Idade das Trevas, falar sobre genitais independente do sexo ainda é um tabu.
Entretanto, no cotidiano das brincadeiras masculinas existem os comentários sobre vaginas. Natural, afinal é a “perseguida” que os homens mais procuram. Alguns dizem que o casamento é a forma mais cara de se ter uma “buceta” de graça.
E de tão popular a vagina recebe muitos nomes que são repassados, apesar de considerados imorais ou chulos do ponte de vista de muitas culturas e religiões. E até ganhou um espetáculo com proporções internacionais produzido em mais de 150 países e traduzido para mais de 50 idiomas, com depoimentos verídicos de mais de 200 mulheres colhidos em todo o mundo abordando de maneira bem humorada, direta e livre de preconceitos uma reflexão sobre a relação da mulher com sua própria sexualidade.
E não deve ser fácil para a mulher lidar com os conflitos e desejos de sua vagina diante de um universo masculino e feminino tão machista.
Logo, as brincadeiras que os homens fazem sobre a vagina nos faz pensar sobre o comportamento feminino em relação a sua “área vip” e o quanto isto afeta o comportamento masculino em relação as “xoxotas”.
Genericamente, “vagina” é algo que “envolve” outra coisa. O nome significa em latim “bainha de rola”, ou seja, um estojo que guarda a lâmina de nervo de uma arma negra ou branca.
Mas, acredito que a maioria das mulheres ainda não possuem uma intimidade “verdadeira” com sua amiga “popoca”.
O homem é estimulado a brincar com seu “bilau”, mas as meninas sofrem de preconceito vaginal Não existe um estímulo para as meninas se conhecerem. Já ouvi de algumas que só tiveram a curiosidade para explorar visualmente a região na adolescência e com muito sentimento de culpa e medo. Acredito que essa curiosidade natural deve ser o primeiro cuidado da mulher na busca de autoconhecimento explorando sua região genital.
Seria deste fato que origina o tabu dos orgasmo feminino, a ideia criada que dificulta uma grande parcela de mulheres de atingirem o orgasmo?
Profissionais da área (psicólogos, urologistas e ginecologistas e sexólogos) relatam que pesquisas revelam que milhares de mulheres ainda não sentem orgasmo durante a relação com seus parceiros. “Existe uma porcentagem de mulheres que nunca tiveram um orgasmo, cerca de 40%. Dessas, 70% sentem o orgasmo através do clitóris, que pode ser pelas mãos, por instrumentos ou mesmo numa relação.
Logo, caros amigos, é necessário não apenas que as mulheres explorem sua “desejada”, mas que os homens também tenham a liberdade de explorar a “racha” das suas companheiras em todas as suas peculiaridades.
Temos que romper esta mentalidade de que as genitais, o sexo seja ligado a algo “sujo”, “mau”, proibido e usado em nossa sociedade como uma fonte apenas de lucro e opressão. Usado como o prato principal de uma mídia doente que mantém esta perturbação e compulsão geral. Que a mulher que desfruta os prazeres da sua “pombinha” não seja colocada numa posição de submissão ou tida como “vagabunda” por gozar da alegria de uma vida plena de liberdade sexual. Que nossas crianças e adolescentes saibam sobre suas genitais de forma tranquila, não condenatória ou proibida como ainda é incutido em nosso pensamento.
Que o nosso desejo seja por “katchangas”, e não por serem proibidas. Existe muita diferença entre uma coisa e outra. Vaginas independentes emocionais, financeiras, livre da doença da exploração sexual, da violência sexual e usadas como artifício para a venda de produtos.