A presidente Dilma Rousseff classificou a suspeita de espionagem na rede de computadores da Petrobrás como uma prática movida por “interesses econômicos e estratégicos”.
Toda prática da hegemonia americana é movida por interesses econômicos.
Por trás da ideologia que justifica as atitudes dos líderes dos EUA nesses anos todos de construção política com base na democracia humanitária, existe o comportamento viciante pelo poder. E o poder é econômico. Outras discussões são apenas desvio do foco.
A cultura política americana oriunda da colonização da Nova Inglaterra fundamentada pelas seitas protestantes extremistas que praticaram o genocídio dos povos indígenas a escravização dos africanos que originou suas comunidades etnicamente segregadas pelo poder econômico.
O discurso de Obama marcando os cinquenta anos do histórico discurso “Eu tenho um sonho” (“I have a dream”) de Martin Luther King, nos fala desta realidade, tão presente entre os americanos, quanto no mundo.
“A igualdade econômica permanece como nossa grande questão inacabada. Cada vez mais pessoas têm dificuldades. Os que marcharam não buscaram somente a ausência de opressão, mas a presença de oportunidades econômicas. Em muitas comunidades neste país, em cidades, subúrbios e povoados, a pobreza paira sobre nossos jovens – afirmou. – E essa tarefa não será fácil. Eu sei que será um caminho longo, mas nós podemos chegar lá. Tropeçaremos, mas sei que levantaremos – afirmou, ao som de fortes aplausos.”
Os americanos se apresentam como os “mocinhos” da história e promovem guerras preventivas.
E sua democracia ostenta o direito de um predador da violação dos direitos humanos, violações unilaterais, exportação de armamentos para aliados subalternos, busca de rendas petrolíferas suplementares, as verdadeiras justificativas para as gueras na Ásia central e no Oriente Médio.
Este é o sistema de funcionamento do nosso pensamento na representatividade de todos todos governos, de todos os líderes e povos na história da humanidade.
Os interesses “nacionais” que a classe dirigente dos Estados Unidos se reserva o direito de invocar como melhor lhe pareça, é o objetivo único de todos os governos no mundo – “fazer dinheiro”. Tanto o Estado americano se colocou abertamente e prioritariamente a serviço do segmento dominante do capital constituído pelas suas transnacionais, quanto a violência no mundo é decorrente do seguimento de outros governos na mesma conjuntura ideológica estrutural.
A diferença é quem tem maior arsenal bélico e poder econômico.
Pedir que o governo Sírio entregue suas armas biológicas é uma forma infantilizada de lidarmos com a violência no mundo.
Espionar os governos como método de combate ao terrorismo é promover mais terrorismo.
E ao contrário de Obama, o governo brasileiro nunca sabe de nada.
A contradição americana é que com tanta tecnologia destinada a espionagem não evitaram o 11 de setembro.
Quem sabe não voltem esta tecnologia para si mesmo e observem o seu papel no mundo na manutenção da violência, da ganância e do poder a qualquer custo.
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