Para manter seu governo longe do escândalo do mensalão descolando-o da manifestação petista de desagravo na abertura do encontro do PT no 5.º Congresso Nacional do partido, em Brasília, Dilma e Lula não participaram do ato em solidariedade aos “injustiçados” pelo Supremo.
Disposto a virar a página do mensalão, mas enfrentando o protesto dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal, a presidente para não contaminar a campanha à reeleição, e proibiu ministros de fazerem a defesa pública dos réus do mensalão.
Dilma ficou irritada ao saber que dois ministros visitam o ex-chefe da Casa Cilvil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares.
Pelo script combinado entre Dilma e Lula não houve e nem haverá apologia e discursos otimistas para levantar o moral da tropa petista às vésperas da campanha.
Mas, Lula não deixou de alfinetar os partidos rivais em comparação controversa. entre o emprego oferecido ao ex-ministro José Dirceu em um hotel ao caso de cocaína encontrada no helicóptero da família do senador Zezé Perrella (PDT-MG).
Comparação controversa que coloca ambos no mesmo patamar moral diante do povo que vê a cada dia a impossibilidade de confiar na política dos partidos e dos políticos.
A catarse petista, apesar de contrariados com a posição de Lula e Dilma foi promovida pelo eleito presidente do PT, Rui Falção e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), outro condenado do mensalão, que subiu na tribuna para se defender acusando o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, de protagonizar uma “farsa teatral” e de usar “seletivamente” as informações da ação penal para incriminar o PT.