ACERCA DA SOLIDÃO
O sentimento de solidão é comum todos nós humanos.
Como todos os nossos sentimentos a solidão é aprendida. É uma das forças que nos mobiliza à busca do outro e de nós mesmos.
Da solidão nasce o desejo de interação, da união, da construção de família, do surgimento das tribos, dos “rolezinhos” e todas as nossas atividades sociais.
Enquanto não colocarmos nossa total atenção neste sentimento não resolveremos tal estado. Como diz Fernando Pessoa, para viver a dois é necessário ser um.
O sentimento de solidão, a sensação condicionada deste estado nos é dada culturalmente.
Mesmo na mais íntima relação pessoal temos este sentimento de estar só. Podemos nos engajar em eventos ou relações de intensa intimidade afetiva e ainda nos sentirmos solitários.
A vida coletiva não resolve o sentimento de solidão. Mesmo no interior de grupos o sentimento de solidão pode ser muito intenso, por maior que seja o grupo. A sensação de incompletude.
As religiões moldam este aspecto colocando o homem neste mundo em um estado de busca perene. A sensação de estrangeiro, de separado de um mundo superior na simbologia de uma terra prometida.
Esta sensação de inadequação também pode ser encontrada nos mitos, folclores, lendas e contos infantis de tradição popular na busca por uma transformação, por um eldorado, por uma utopia ou estado que dê fim a este sentimento de solitude.
Em graus mais exacerbados é um sentimento característicos de certas doenças psíquicas.
E por não observarmos de onde provém todo este aprendizado, acreditamos ser algo extraterreno.
Creio que não sabemos o que é a solidão estando constantemente ocupando a nossa mente com coisas, com o passado, com lembrança, aderindo movimentos, atendendo pedidos nossos e dos outros. A mente tagarela como uma forma de fuga deste sentimento.
Pode a nossa mente passar por este estado sem julgamento? Sem o medo do abandono, do sentimento de ser um estado horrível? Sem o nervosismo ante a crença de estar em insegurança?
Para que a mente fique inteiramente livre de conflito, medo e ansiedade é necessário experimentar esse extraordinário sentimento de não relação com alguma coisa.
É este estado de não relação que provém o sentimento de solidão. O que é uma ilusão, pois ninguém consegue se imaginar num estado de nada, de não relação, de não contexto.
Tanto a sensação de solidão, quando o estado de solidão é uma ilusão do pensamento. E este sentimento é utilizado no doutrinamento de escravidão e dependência.
O medo não é algo abstrato. Ele só existe em relação específica com alguma coisa, alguma crença, com o fato, sendo ele mesmo um fato.
Quando entramos no sentimento de solidão sem o condicionamento do medo, este sentimento de solidão onde não há medo, conflito, o imensurável acontece e isto tudo desaparece.
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PIXAIM EM DIAMANTE
O que você acha do cabelo afro?
Ruim, crespo, bombril, revoltado, pixaim, carapinha, bagunçado, encrespado, lã? É o que muitos responderão. E que não há pente que dê jeito na vasta cabeleira afro que herdamos dos negros africanos.
Outros dirão que o melhor remédio é a chapinha, o alisamento, relaxamento e qualquer produto que faça a mudança na estrutura do cabelo afro tornando-o esteticamente parecido com o liso do padrão europeu. E quando nada disso der jeito, máquina zero.
No entanto são raras as manifestações que defendam umas das mais expressivas heranças que o povo africano deixou para os brasileiros: o tal cabelo pixaim.
Um dos fatores que influenciam essa preferência pelo cabelo alisado é a mídia e a ditadura do mercado de produtos de que transforma o cabelo revoltado em cabelo liso e domado.
O negro é pouco representado nos veículos de comunicação e a ditadura estética valoriza o as características europeias.
Mesmo os negros incorporaram a estética dos ideais eurocêntricos de beleza em anos de doutrinação e condicionamento que enfatizaram os termos pejorativos com relação ao seu cabelo.
As diferenças de fenótipo entre negros e brancos ainda são entendidos como desigualdades naturais e levam a atitudes e situações preconceituosas e discriminatórias tais como: xingamentos, ofensas, brigas e apelidos. Essas situações acarretam nos negros a autorrejeição, o desenvolvimento de baixa autoestima, ausência de reconhecimento de capacidade pessoal, rejeição ao seu outro igual racialmente, pouca ou nenhuma participação no desenvolvimento social.
Pelé se tornou rei pelos pés o e cabelo afro em diamante. E único ao transformar o cabelo pixaim em diamante, lançando uma nova onda no mercado.
Seria uma forma de chamar a atenção a esta ditadura contra o cabelo afro? Creio que pela história do rei do futebol isto nem tenha passado pela sua cabeça.
Hoje, existem produtos que não enfatizam tanto o alisamento e sim o cuidado e hidratação que o cabelo cacheado e volumoso necessita
Particularmente, acho muito legal um cabelo afro bem cuidado, com certo volume.
Na barbearia O Barbeiro está disponível o Bioreductor, um tratamento que concentra materiais nanoestruturados, com ênfase para caracterização a nível atômico capilar.
Indicado para o cabelo que apresenta ressecamento, muito volume e frizz, tratando o fio sem deixá-lo com aparência de alisamento.
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NINFOMANIA DO MERCADO FINANCEIRO
O Copom (Comitê de Política Monetária), aumentou nesta quarta-feira (2) em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic), passando-a para 11% ao ano.
Uma contradição ante o discurso do governo de que a inflação está dentro dos parâmetros definidos pelo Banco Central (4,5% a 6,5% ao ano). O governo Dilma lança assim uma espécie de bolsa-banqueiro, enriquecendo uma minoria de rentistas que têm suas contas pagas pela sociedade.
O apetite insaciável do mercado financeiro encarece a produção e o consumo, dificulta o crescimento econômico do país, freando a política de geração de empregos, a melhoria dos salários e a distribuição de renda.
Com o novo aumento da Selic o governo representa apenas a ganância do mercado financeiro, sedendo ao seu terrorismo. O mercado financeiro é o único que ganha rios de dinheiro com a subida dos juros. Os demais setores da sociedade perdem.
É um mecanismo oriundo da herança perversa da ditadura civil-militar, criado no governo Castelo Branco para remunerar os detentores de títulos da dívida pública.
Vivemos para pagar juros á um mercado que no seu furor uterino não se satisfaz nunca no seu mecanismo de concentração de riqueza.
São mecanismos como este que explicam o fato de o Brasil, a sexta maior economia global, ser um dos países mais injustos e desiguais do mundo.
Depois vemos o governo Dilma/Lula aos quatro ventos como os maiores distribuidores de renda. Para quem?
Mesmo com o forte investimento do governo em programas de redução da pobreza nos últimos anos, o Brasil ainda é um dos países com maior desigualdade social do mundo, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Mesmo com investimentos do governo na redução da pobreza, o Brasil é um dos países com o maior desigualdade social no mundo, segundo a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Isso é inaceitável para nós brasileiros que lutam por um país justo e solidário com crescimento vinculado a distribuição de renda.
O caminho deveria ser inverso, a queda dos juros seguindo padrões internacionais.Além do controle da inflação, o BC deveria estabelecer metas sociais, como a geração de empregos e a redução das desigualdades.
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RESILIÊNCIA E OS IMPOSTOS
Segundo o IRBES (índice de retorno de bem-estar à sociedade), pela quinta vez consecutiva o Brasil é o pior país em retorno de qualidade de vida com impostos arrecadados. E um dos que mais cobra impostos da população. Só perdemos para a Índia em arrecadação, ficando em segundo lugar em relação aos países que mais cobram impostos. Nosso dinheiro público mau administrado vai para o ralo e é corroído pela corrupção.
E o ministro da Dilma, Guido Mantega, não descarta a possibilidade do aumento dos impostos em 2014.
E nós brasileiros somos resilientes. Aceitamos e suportamos tudo que os governos e os políticos fazem no máximo impossível de nossas forças. E ainda aguentamos as críticas de que somos o povo do “relaxa e goza”, segundo a cartilha da Fifa. E, sorrimos ante a perversidade e a violência a qual somos submetidos no cotidiano da nossa existência. Suportamos as promessas vazias dos candidatos em épocas de eleição nas falácias dos seus jargões hipnoticamente eleitoreiros, esperando receber alguma esmola em troca do voto. A bolsa esmola, mensalão do povo que tira a dignidade humana no direito ao trabalho, da educação, da segurança e da saúde. O governo finge que dá com uma mão, e com tentáculos de lula abocanha as riquezas da classe operária, dos pequenos produtores e da classe média que sustenta esta nação.
No Imposto de Renda o cidadão repassa parte de sua renda média anual para o Estado. A expressão “prestar contas ao leão” cria a ideia de que o governo não será condescendente com a sonegação. Mas, nós o pagadores temos que ser condescendentes com os abusos do leão. Como nosso empregado o governo deve mais ao povo que o povo ao governo. Ocorre uma total inversão de valores no abuso das autoridades. Não deveria haver esta sensação medo e de que estamos sendo roubados e abusados quando pagamos tributos ao Estado.
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GOVERNO E AS PROPAGANDAS
Se um governo anda bem, para que necessita gastar nosso dinheiro público em propagandas de massa?
Em seu livro Mein Kampf, Adolf Hitler (1926) nos dá a resposta. O uso da propaganda política
tem o objetivo de disseminar o seu ideal. No casado de Hitler o Socialismo que compreendia o racismo, o anti-semitismo e o anti bolchevismo.
“A propaganda política busca imbuir o povo, como um todo, com uma doutrina… A propaganda para o público em geral funciona a partir do ponto de vista de uma ideia, e o prepara para quando da vitória daquela opinião”. Adolf Hitler
E com a chegada do nazismo ao poder em 1933, Hitler estabeleceu o Ministério do Reich para Esclarecimento Popular e Propaganda, com objetivo de garantir que a mensagem nazista fosse transmitida com sucesso através da arte, da música, do teatro, de filmes, livros, estações de rádio, materiais escolares e imprensa. Os alemães eram constantemente relembrados de suas lutas contra inimigos estrangeiros, e de uma pretensa subversão judaica, criando uma atmosfera tolerante para com os atos de violência contra os judeus. A propaganda também incentivou a passividade e a aceitação das medidas iminentes contra os judeus, uma vez que o governo nazista interferia e “restabelecia a ordem”. Preparando o povo para a guerra com a insistência na perseguição de inimigos reais ou imaginários a propaganda serviu como uma lavagem cerebral. Geralmente as propagandas emitidas pelos governos mostram uma imagem apocalíptica caso o referido governo não venha a ter o poder.
O cinema, em particular, tem um papel importante na disseminação das idéias e dos mitos dos governos. Os jornais com suas notícias frequentes e caricaturas também auxiliam na disseminação das ideologias.
Uma mentira dita cem vezes se torna-se verdade.
As propagandas possuem nos tempos atuais um peso essencial através dos meios de comunicação.
Independente da veracidade da notícia, a repetição de uma mensagem faz com que esta penetre na consciência de todos, se tornando uma verdade socialmente aceita.
Este tem sido o padrão de muitos governos, a manipulação ideológica através dos meios de comunicação por parte de grupos que detêm o poder de Estado. Em regimes totalitários este é o modelo clássico na utilização da propaganda.
Assim foi no regime ditatorial de Getúlio Vargas (1942), com seu Departamento de Imprensa (DIP) que criava uma imagem positiva de Vargas na ditadura em questão.
O que mudou atualmente? O governo gasta bilhões em propagandas enganosas para manter seu status e poder sobre a maioria de uma população desinformada. Se investe mais em propaganda que em segurança, saúde e educação. Quando um governo é boma atendendo as necessidades da população não necessita um gasto tão absurdo nas mídias.
A tabela abaixo mostra os valores que o governo federal gastou com propaganda no ano 2012 e também o acumulado de gastos entre 2000 a 2012, considerando-se apenas as principais redes de TV. Em 2012, a Globo levou o principal naco, faturando R$ 495,3 milhões, 43,95% do total. Nos 13 anos encerrados em 2012, a Globo abiscoitou 50,3% do bolo, com R$ 5,9 bilhões.
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A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Dos alimentos à energia: a revolução que queremos.
Americano Jeremy Rifkin argumenta que “internet das coisas”, energias renováveis e custo marginal zero vão nos levar para novo sistema colaborativo.
O economista americano autor do livro “A Terceira Revolução Industrial defende uma conversão completa para a energia renovável.
Visionário e cheio de idéias que perturbam os modelos centralizadores dos governos e grandes empresas, reconhece que o crepúsculo da segunda revolução industrial ainda é longo.
As guerras representam um período de ouro para o capitalismo mundial, governos e empresas centralizadoras. O período do fim da Segunda Guerra Mundial até a crise do petróleo (1973) representa uma época de ouro para o capitalismo mundial, que cresceu sob a égide norte-americana. Esse processo proporcionou a expansão econômica com integração dos sistemas produtivos mundiais, amparados em um padrão tecnológico e produtivo relativamente estável, e com a relação capital-trabalho mediada e controlada pelo Estado e por um padrão de consumo que resultasse na venda da produção dos bens e serviços ofertados pelas empresas capitalistas.
Segundo Rifikin, crise atual não é a crise das finanças, mas a crise do petróleo. Este ouro negro vai se tornar cada vez mais escasso e cada vez mais caro, com desastres naturais mais frequentes e violentos. Defensor de um modelo de crescimento mais sustentável, um modelo alternativo baseado em energia verde e na Internet.
Cada época econômica está enraizada na combinação de um novo modo de comunicação associado a uma nova fonte de energia.
Após a era do vapor e da impressão, no século XIX, e do motor de combustão interna e a transmissão de dados, no século XX, a terceira revolução industrial com base na combinação das redes de energia e de comunicação renováveis,o economista prevê um pico em 2050 que duram até o fim do século.
“Como os dois anteriores, ele vai mudar radicalmente todos os aspectos de como trabalhamos e vivemos”, diz Jeremy Rifkin.
Cinco pré-requisitos para uma nova revolução industrial
Vários passos são necessários para entrar nesta nova era econômica.
Os combustíveis fósseis usados atualmente em quase todas as nossas atividades, serão substituídos por fontes de energia renováveis: eólica, solar, hidráulica, geotérmica, e ao tratamento dos resíduos agrícolas.
Para promover a produção destas energias renováveis, imobiliário deve ser repensado: Cada edifício vai se tornar uma usina mini-energia capaz de coletar a energia no local. Novos métodos de armazenamento de energia, incluindo a via de hidrogênio deve ser desenvolvido para ser capaz de armazenar a energia produzida. Portanto, a grade pode ser transformada em rede inteligente através da Internet.
Esta rede irá operar de código aberto distribuído gratuitamente, onde todos podem se conectar todos os pontos na rede e só paga o que consumir.
As cidades poderão desenvolver veículos elétricos ou célula de combustível compartilhada onde as pessoas usarão no tempo que for necessário. Por exemplo, as redes de carros de auto-atendimento, como o Autolib, em Paris. Possuir um carro não será mais um sonho para a maioria da juventude urbana, como foram para os seus país quando tinham a mesma idade
O fim de uma era industrial voltada para os valores da disciplina e trabalho duro, da autoridade hierárquica, da importância do capital financeiro, dos mecanismos de mercado e comunicação de propriedade privada.
A terceira era industrial favorece jogo cooperativo, criativo e interativo do grupo. O capital social, na participação em comunidades abertas e acesso a redes globais.
Jeremy Rifkin acredita que a transição para os valores da terceira revolução industrial começou há dez anos.
É provável que continue e intensifique, graças a uma reforma do sistema de educação. “As escolas devem ensinar às crianças o sentido de responsabilidade e o impacto ambiental de suas ações. Essa consciência vem antes da soma do conhecimento, que deve se concentrar em computação avançada, nanotecnologia, biotecnologia, ciências da terra, a ecologia e a teoria dos sistemas e certas qualificações profissionais “, incluindo armazenamento de engenharia de energia, redes inteligentes, e marketing.
Viver não para trabalho, mas para “jogo”
Para Rifkin, é especialmente importante ensinar o “pensamento lateral”. Nas escolas de amanhã, os alunos divididos em grupos partilham os temas a aprender, e dentro de cada grupo, cada aluno aprofunda um problema particular, antes de retornar um resumo de todo o grupo.
Aprender torna-se uma experiência coletiva, compartilhada e lúdica. O tempo livre em abudância seria agendada entre as sessões de aprendizagem para permitir que as crianças fazerem o que quiserem, como jogar, socializar, etc.
“A nova geração não veria o mundo de forma binária, baseado em oposições entre direita e esquerda num mundo patriarcal, ou nas oposições de valores ideológicos como o capitalismo e o socialismo.
Jeremy Rifkin aposta que o estabelecimento dos pilares deste novo sistema vai levar cerca de vinte anos, mas “em seguida, o desenvolvimento da terceira revolução industrial vai ser muito rápido.”
* Jeremy Rifkin, A Terceira Revolução Industrial , os vínculos edições que liberam
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“A célula de combustível a maior do mundo
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ESCRAVIDÃO FINANCEIRA
Todos os governos, sem exceção, democráticos, socialistas e afins contribuem para o aumento da escravidão mundial. Não existem mais as velhas ideologias, o que existe é o discurso do mercado. Somos mercados as serem explorados.
A escravidão no mundo é um imperativo que todos devemos combater. A escravidão moderna atual é financeira, onde 18 milhões morrem de fome por ano e, a cada 5 segundos, uma criança morre de fome.
As características da crise é:
. a destruição de empregos;
. elevação do preço dos alimentos e do custo de vida;
. o empobrecimento das massas.
. o aumento das intervenções militares e guerra com objetivo de saquear nações e controlar suas riquezas
. o enriquecimento da grande burguesia mundial, em particular da alemã e da norte-americana.
E os governos aumentam a repressão sobre as massas, criminalizam os protestos e os movimentos sociais e montaram uma rede de espionagem mundial na telefonia e na internet, violando os mais elementares direitos das liberdades.
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VICIADOS EM ‘SELFIES’
“A única coisa com que eu me importava era estar sempre com meu celular, para que eu pudesse satisfazer a minha necessidade de tirar uma foto minha a qualquer momento do dia”. Danny bowman
O humano consegue transformar qualquer coisa em problema. Um novo distúrbio que está sendo catalogado pelos psicanalistas de plantão. Trata -se dos viciados em ‘selfies’.
Selfie significa simplesmente o autorretrato. Braço esticado, carão, sorrisos e click. Mas, selfie que é selfie tem que aparecer nas redes sociais.
Tirar fotos de si mesmo se tornou tão popular em 2013 que o termo foi eleito pelos editores do dicionário Oxford – um dos mais respeitados do mundo – a palavra de 2013 no idioma inglês.
A mania já tinha aparecido com as câmeras digitais. Ganhou força com as redes socieais e os smartphones.
O selfie é a modernidade da expressão do narcisismo aliado a tecnologia.
Para o psiquiatra David Veal, este problema vai além da vaidade. “É uma das doenças mentais com a mais alta taxa de suicídio”, disse o especialista ao jornal britânico.
A Psicologia do Self criada no século XX pelo psicanalista e psiquiatra Heinz Kohut (1913 – 1981), foi resultado do trabalho pioneiro com pacientes que sofriam de distúrbios narcísicos. Pessoas que tinham sentimentos indefinidos de depressão, autoestima vulnerável e eram sensíveis às ofensas ditas por outros. Tudo somado à preocupação em excesso com o próprio corpo e a falta de empatia pelo próximo. Kohut propôs que a formação e desenvolvimento do self se dá desde a infância pela busca incessante do humano pelo prazer e as relações entre a experiência do self com o objeto, com o outro.
Assunto extenso, o fato é que o self está mais contemporâneo do que nunca e através do novo termo selfie, vem gerando novas formas narcísicas de viver e conviver.
Identificado também como a ‘essência’ do ser humano, o self da era digital está atraindo a curiosidade e a observação científica de muitos psicólogos atentos a este novo fenômeno do comportamento humano na modernidade.
Quando envolve várias pessoas são conhecidas como “selfies de grupo”.2 No Oscar 2014 a selfie de grupo comandada pela apresentadora Ellen DeGeneres, teve mais de 2,7 milhões de partilhas, chegando a colapsar o Twitter por alguns minutos. A imagem tornou-se a foto mais retuitada da história.
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