DEPILAÇÃO MASCULINA
Cinco entre cada dez homens já se depilam. O hábito passou a fazer parte do ritual de cuidados de beleza masculina.
Os pelos do peitoral e abdômen estão entre os mais retirados pelos homens (Foto: Reprodução)
Não é de hoje que os homens resolveram investir em tratamentos de beleza. Além dos tradicionais corte e barba, limpeza de pele, massagens, manicure, pedicure e depilação fazem parte dos cuidados com a aparência.
A depilação, cada vez mais popular, especialmente entre os mais jovens, que apostam na retirada de pelos de quase todo o corpo para deixar a pele lisinha e os músculos à mostra. Barba, peitoral, ombros, costas, pernas, braços, virilha, nariz e orelhas merecem a atenção do público masculino.
“Cinco em cada dez homens removem os pelos indesejados”, revela a dermatologista Letícia Sabo, da Clínica Vivid. Qualquer área do corpo pode ser depilada, inclusive nariz e orelhas, que quando em excesso, costumam ser um incômodo. “Não há riscos para a saúde”, completa. Em relação a características, os pelos femininos costumam ser mais ralos e finos, enquanto os masculinos, mais grossos e volumosos.
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INSACIÁVEL GANÂNCIA
O Banco do Brasil explode: (BBAS3) apresentou hoje pela manhã o resultado dos primeiros seis meses deste ano. O BB atingiu lucro líquido recorde de R$ 10 bilhões no primeiro semestre de 2013, o maior já registrado por um banco na história nacional. O lucro líquido no semestre foi impulsionado principalmente pela expansão dos negócios, contenção das despesas, assim como pelo impacto da oferta pública das ações da BB Seguridade (BBSE3). O indicador de inadimplência do BB acima de 90 dias declinou para o menor patamar dos últimos 11 anos, permanecendo abaixo do apresentado pelo sistema financeiro nacional no período. No segundo trimestre de 2013 (2T13), o BB apresentou lucro líquido recorde de R$ 7,5 bilhões, alta de 150% na comparação anual.
O mercado, o dinheiro e o sistema financeiro que constitui as grandes corporações se tornaram uma uma abstração onde os agentes econômicos “guerreiam” entre si para impor o seu interesse individual, revelando no processo de negociação informação privada sobre os processos produtivos.
A ganância das grandes corporações tem produzido insatisfação no mundo e um estado de desconforto para a grande maioria da população mundial que não tem acesso ao sistema, e quando tem são abusado sofrendo a escravidão financeira.
E não tem sido diferente nas instituições governamentais, a exemplo do lucro recorde do Banco do Brasil (BBAS3), maior instituição financeira da América Latina, desbancando instituições privadas como o Itaú Unibanco (ITUB4) entre os maiores lucros de bancos privados no país.
Na escravidão não há liberdade pois o senhor tem o poder pleno sobre o escravo.No comunismo o Estado é que decide tudo o que se passa na sociedade.Decide onde as pessoas trabalham e o que consomem.
Mas existe liberdade em uma economia de mercado?
Protestos Contra o Sistema Financeiro se espalham pelo mundos como prova de que o mal-estar com o sistema financeiro internacional atinge hoje o centro da sociedade, ou seja, o cidadão comum. E os políticos têm que levar isso a sério, mesmo que eu não concorde com a crítica fundamental a nosso sistema econômico-financeiro.
Iniciados nos EUA, os protestos Occupy Wall Street receberam, de início, pouca atenção, antes de se transformarem em verdadeiros movimentos de massa.
As manifestações se voltam contra o poder dos mercados financeiros e o comportamento dos políticos que ignoram os desejos da população.
Em completa dependência daqueles que se beneficiam da crise, os governos trabalham em prol de poucos, sem levar em consideração as consequências sociais, humanas ou ecológicas de seus atos.
Um pais ou qualquer sistema seria uma democracia plena no qual só quem ganha muito dinheiro tem apoio de grandes corporações consegue se eleger para algum cargo político?
A força da internet está conseguindo mobilizar a maioria das pessoas em defesa do pagamento de impostos pelos mais ricos. Como Obama em crítica ao mercado financeiro que somente um ajuste nas regras do mercado e uma reforma nos impostos podem combater a desigualdade entre ricos e pobres e fazer a classe média voltar a acreditar no sonho americano.
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Para onde vai o lucro dos bancos
Manifestações contra sistema financeiro
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POSSIBILIDADES DE AMORES
“O Homem é a única espécie biológica que destruiu a sua própria função sexual natural,e está doente em função disso.” Wilhelm Reich
Wilhelm Reich (1953) questionou o casamento monogâmico como única alternativa de relação familiar. No discurso em defesa da monogamia, grupos mostravam-se apenas interessados na manutenção da ordem social-política-econômica como forma impositiva de uma moral sexual única. Esta forma impositiva, e não propriamente a monogamia era geradora do desenvolvimento de neuroses, fadando o homem ao sofrimento.
Reich acreditava que a moral sexual-econômica de hoje antecipava a moral do futuro. Não somos uma ilha. Podemos ter pontos de vista diferente vivendo como parte de um processo gerador do desenvolvimento da sociedade. Pontos de vista ocorrendo de maneira completamente independente da vontade dos indivíduos, dos slogans religiosos e dos partidos.
Na família compulsória caracterizada por pai, mãe e filhos é onde comumente estabelece a atmosfera ideológica do conservadorismo, sendo não uma base natural, mas o alicerce da estrutura econômica social vigente. Nela se origina todo tipo de problemas relativos a sexualidade, a educação sexualmente negativa recebida desde a infância. A saúde de uma sociedade é equivalente a sua diversidade cultural e de suas manifestações morais.
O poliamor não é uma cultura nova. Este arranjo familiar é visto na história cultural da humanidade em sociedades que adotavam a poligamia e outras a poliandria.
O Poliamor
O poliamor é um movimento que surgiu na década de oitenta nos Estados Unidos, com sua primeira conferência internacional sendo realizada em 2005, em Hamburgo – Alemanha.
Ao contrário da monogamia romântica, tal movimento acredita que é mais feliz, saudável e natural que as pessoas amem e sejam amadas por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Diferentemente do amor livre, este tipo de relacionamento dá mais ênfase à amizade e ao companheirismo, e não somente ou necessariamente ao sexo; não incitando relações promíscuas. Assim, defendem a possibilidade de envolvimentos responsáveis, profundos e até mesmo duradouros com dois ou mais parceiros, simultaneamente.
Poliamor é frequentemente descrito como consensual, ético, responsável e não-monogâmico. A palavra é por vezes utilizado num sentido mais amplo para se referir a relações sexuais ou romântico que não incluem apenas sexo, embora haja discordância sobre quão amplamente se aplica; a ênfase na ética, honestidade e transparência como um todo é amplamente considerada por seus defensores como crucial para definir sua característica.
Em outras palavras, o poliamor como opção ou modo de vida, defende a possibilidade prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com vários parceiros simultaneamente.
O Poliamor como movimento é mais visível e organizado principalmente nos Estados Unidos, acompanhado de perto por movimentos na Alemanha e Reino Unido. No Brasil, já há até jurisprudência reconhecendo relações poliamorosas , sendo uma das principais estudiosas do assunto no país, a Dra Regina Navarro.
Recentemente, a imprensa em geral tem feito a cobertura quer do movimento poliamor em si, quer dos episódios que lhe estão ligados.
Em Novembro de 2005 realizou-se a Primeira Conferência Internacional sobre Poliamor (International Conference on Polyamory & Mono-Normativity) em Hamburgo, Alemanha.
A palavra em si já foi inventada várias vezes, a maior parte das quais sob a forma de adjectivo (inclusivamente utilizado para referir Henrique VIII, Rei da Inglaterra). Existe publicada em Português uma breve história sobre a palavra.
Poliamor na Prática
Existem várias maneiras de o pôr em prática, consoante às preferências dos interessados, e necessariamente deve envolver o consentimento e a confiança mútua de todas as partes envolvidas.
Polifidelidade: envolve múltiplas relações românticas com contacto sexual restrito a parceiros específicos do grupo.
Sub-relacionamentos: distinguem-se entre relações “primárias” e “secundárias” (um exemplo é a maioria dos casamentos abertos)
Poligamia (poliginia e poliandria): uma pessoa casa com diversas pessoas (estas podem ou não estarem casadas ou terem relações românticas entre elas).
Relações em Grupo/casamento em grupo: todos se consideram associados de forma igualitária.
Popularizado até certo ponto por Robert A. Heinlein, em romances como: Stranger in a Strange Land e The Moon Is a Harsh Mistress, Starhawk nos seus livros The Fifth Sacred Thing e Walking to Mercury.
Redes de relacionamentos interconectados: uma pessoa em particular pode ter relações de diversas naturezas com diversas pessoas.
Relações Mono/Poli: um parceiro é monogâmico, mas permite que o outro tenha relações exteriores. Os chamados “acordos geométricos”, que são descritos de acordo com o número de pessoas envolvidas e pelas suas ligações.
Exemplos incluem “trios” e “quadras”, assim como as geometrias “V” e “N”. O elemento comum de uma relação V é algumas vezes referido como “pivô” ou “charneira”, e os parceiros ligados indirectamente são referidos como os “braços”. Os parceiros-braço estão ligados de forma mais clara com o parceiro pivô do que entre si. Situação contrastante com o “triângulo”, em que todos os 3 parceiros estão ligados de forma equitativa. Um trio pode ser um “V” , um triângulo, ou um “T” (um casal com uma relação estreita entre si e uma relação mais ténue com o terceiro). A geometria da relação pode variar ao longo do tempo.
Algumas pessoas em relações sexuais e/ou emocionais exclusivas podem, mesmo assim, auto-intitularem-se poliamorosas, se tiverem laços emocionais relevantes com outras pessoas. Adicionalmente, pessoas que se descrevem como poliamorosas podem entrar em relações monogâmicas com um determinado parceiro, quer por terem negociado a situação, quer por se sentirem bem com a situação monogâmica com aquele parceiro em particular.
Alguns praticantes do poliamor são adeptos do swing.
A expressão relacionamento aberto indica uma relação afetiva estável (usualmente entre duas pessoas) em que os participantes são livres para terem outros parceiros. Se o casal que escolhe esta alternativa é casado, fala-se em casamento aberto. “Relação aberta” e “poliamor” não são sinónimos. Em termos genéricos, “aberto” refere-se a uma não exclusividade sexual no relacionamento, enquanto o poliamor envolve a extensão desta não exclusividade para o campo afetivo ao permitir que se criem laços emocionais exteriores à relação primordial com certa estabilidade.
Alguns relacionamentos definem regras restritas (ex: polifidelidade); estas relações são poliamorosas, mas não abertas.
Alguns relacionamentos permitem sexo fora da relação primária, mas não uma ligação emocional (como no swing); estas relações são abertas, mas não poliamorosas.
Alguns poliamorosos não aceitam as dicotomias de “estar numa relação/não estar numa relação” e “parceiros/não parceiros”. Sem esta separação não faz sentido classificar uma relação de “aberta” ou “fechada”.
Símbolo do Poliamor.
Poliamor como modo de vida pode, em muitas sociedades, ser contra as normas de comportamento geralmente aceitas (mesmo quando respeita as leis vigentes). Assim, os seus praticantes e/ou simpatizantes sofrem pressão mononormativa para se adequarem à norma de comportamento. Para se ajudarem mutuamente ou conhecerem pessoas com modo de vida semelhante, simpatizantes e praticantes do poliamor têm-se constituído em redes locais ou virtuais de suporte, discussão ou mesmo intervenção social (usando extensivamente a internet). Neste último caso, poli-activistas procuram intervir na sociedade em que se inserem, tentando criar uma imagem positiva e merecedora de respeito junto à sociedade majoritária. Por outro lado, consideram que a ajuda e o suporte emocional por vezes lá prestado constitui por si mesmo uma forma de intervenção social.
Poliamor é um tipo de relação em que cada pessoa tem a liberdade de manter mais do que um relacionamento ao mesmo tempo. Não segue a monogamia como modelo de felicidade, o que não implica, porém, a promiscuidade. Não se trata de procurar obsessivamente novas relações pelo facto de ter essa possibilidade sempre em aberto, mas sim de viver naturalmente tendo essa liberdade em mente.
O Poliamor pressupõe uma total honestidade no seio da relação. Não se trata de enganar nem magoar ninguém. Tem como princípio que todas as pessoas envolvidas estão a par da situação e se sentem confortáveis com ela.
Difere de outras formas de não-monogamia pelo facto de aceitar a afetividade em relação a mais do que uma pessoa. Tal como o próprio nome indica, poliamor significa muitos amores, ou seja, a possibilidade de amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Chamar-lhe amor, paixão, desejo, atração, ou carinho, é apenas uma questão de terminologia. A ideia principal é admitir essa variedade de sentimentos que se desenvolvem em relação a várias pessoas, e que vão para além da mera relação sexual.
O Poliamor aceita como facto evidente que todas as pessoas têm sentimentos em relação a outras que as rodeiam. E isto não põe necessariamente em causa sentimentos ou relações anteriores.
O ciúme passa a ser questionável. Primeiro porque nenhuma relação está posta em causa pela mera existência de outra, mas sim pela sua própria capacidade de se manter ou não. Segundo, porque a principal causa do ciúme, a insegurança, pode ser eliminada, já que a abertura é total.
Não havendo consequências restritivas para um comportamento, deixa de haver razão para esconder seja o que for. Cada pessoa tem o domínio total da situação, e a liberdade para fazer escolhas a qualquer momento.
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PELUDAS PELADAS
No encontro com a genital a preferencia tanto masculina quanto a feminina parece ser a unanimidade do desmatamento.
A probabilidade de eventuais afogamentos e engasgos com pelos na garganta, a sensação visual de limpeza e facilidade de acesso tem direcionado o comportamento masculino à preferência pelas depiladinhas às peludinhas.
Protagonista da Playboy de agosto, Nanda Costa deu o que falar nas redes sociais após as fotos de seu ensaio nu serem divulgadas. Optando por uma depilação mais natural, a atriz foi muito criticada em diversos posts. Com bom humor, Nanda postou uma foto no seu Instagram onde mostra seus pés, uma máquina de cortar cabelos e diversos tufos espalhados no chão.
A prova disso são as críticas Nanda Costa que viraram destaque nas redes sociais nos divertidos comentários postados em razão do estilo de depilação mais “natural” que ela exibiu no ensaio da edição de agosto da revista Playboy. O nome de Nanda chegou a figurar no topo dos Trending Topics nacional, comparada a outras personas de pombas naturais que causaram polêmica na Playboy como a atriz Clàudia Ohana, Vera Fischer e a ex-BBB Gyselle Soares.
Cláudia Ohana (1985) causou polêmica com o excesso de pelos que exibiu ao posar para a revista Play Boy.
Com Nanda o marketing da revista não foi diferente.
Rebatendo as críticas respondeu: “Não depilei por escolha, fiz até foto em uma barbearia, mesmo assim não mudei de ideia. #souassim”, escreveu hoje no Twitter.
Sendo assim ou sendo assada, seja bem vinda Nanda.
Não são apenas os homens que adquiriram a preferência por um corpo com menos pelos. A tendência das mulheres são homens mais pelados. Para os homens conectados o cuidado com os pelos se tornou uma realidade.
A depilação humana não é novidade. Há 1500 a.C. os homens já removiam os pelos com um depilador feito de sangue de diversos animais, gordura de hipopótamo, carcaça de tartaruga e trissulfeto de antimônio.
Você não precisa retirar totalmente os pelos, uma boa aparada já resolve o problema.
Na hora do sexo oral, os pelos não influenciam apenas os homens que preferem uma peladinha.
As mulheres também são mais acessíveis ao sexo oral quando não têm que se afogar em grandes cabeleiras.
Regiões geralmente são depiladas.
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ÍNDIOS E FAVELAS
“Mas se você não tem segurança em uma favela, como vai querer ter um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU?” Salil Shetty
Salil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional, em entrevista a BBC Brasil, fala sobre a onda de manifestações que balançou o país, as favelas do Rio e sua semelhança com a situação dos povos indígenas do Brasil. Os movimento tem legitimidade por se tratar de direitos humanos, sejam eles de ordem econômica, sociais, civis ou políticos.
O conceito básico quando se trata de direitos humanos é a questão do poder. As pessoas que estão no poder necessitam prestar contas diante das pessoas comuns. No Brasil como em muitas democracias, os líderes tem o péssimo hábito de presumir que na legitimidade da sua eleição, após obterem o poder só precisam prestas contas nas eleições seguintes.
A prestação de contas diante do poder deve ser uma constante diante da sociedade que delegou este poder.
Como as pessoas não estão mais apáticas, e esta é uma forma do povo cobrar dos governantes, elas querem o cumprimento das promessas, exigindo os seus direitos. O processo eleitoral deve ser o primeiro passo e não o último.
Frente as manifestações, a resposta do estado foi de repressão, uma herança da ditadura em termos do comportamento da polícia, que gerou muitas críticas, denúncias de abuso de poder e prisões arbitrárias. A própria Anistia se pronunciou sobre o uso excessivo da forma e de armas não-letais.
Foi a primeira vez que a classe média experimentou a brutalidade da polícia. Os moradores de favelas tem esta experiência como rotineiras, assim como os povos indígenas. Para o cidadão brasileiro médio foi um grande despertar sobre como a polícia atua.
A polícia necessita de mudança, de uma reforma profunda. O Brasil possui um dos maiores índices de homicídios violentos no mundo, sendo uma proporção significativa, cerca de 20% dos homicídios cometidos pela polícia. É necessário um policiamento que ajude as pessoas e não as prejudique. Uma força policial unificada com bancos de dados e informações unificadas, um treinamento mais sério para o policiamento comunitário. As melhores polícias do mundo não utilizam armas. Antes da ação repressora e violenta o policial deve servir como orientador e educador, protegendo o cidadão.
“A questão central é a impunidade. Nós visitamos o Complexo da Maré, onde 10 pessoas foram mortas, inclusive um policial (durante operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o Bope, em junho). Tivemos o desaparecimento de Amarildo na Rocinha (o pedreiro que sumiu depois de ser levado para a Unidade de Polícia Pacificadora, a UPP, da favela, em 14 de julho).
A Anistia vem levantando esses problemas há muito tempo, e agora eles se tornaram mais visíveis para a mídia e para a classe média por causa dos protestos e do uso excessivo da força.”
Apesar do estado ter que agir para conter o vandalismo e a depredação do patrimônio público, não se pode usar isto como justificativa para ações desproporcionais, justificando ataques a estudantes e pessoas comuns que estão protestando de forma pacífica.
Ao referir-se à operação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no complexo da Maré, onde a ação terminou com dez mortos durante a Copa das Confederações, Shetty diz que a paz trazida por estes policiais gera medo nos moradores. A campanha feita junto aos moradores foi trazer o conhecimento dos seus direitos para que eles saibam como agir se a polícia entrar em suas casas chutando a porta no meio da noite. O problema do combate à impunidade policial é que o sistema de investigação é conduzido pela própria polícia. As pessoas não reclamam porque tem medo. Se reclamam não há investigação, e mesmo havendo investigação, nada acontece. A recomendação foi pela criação de um mecanismo independente de fiscalização de denuncias relacionadas à impunidade policial com o poder investigativo da participação civil.
O desaparecimento do pedreiro Amarildo, na Rocinha, um caso emblemático que aconteceu em uma favela pacificada mobilizou as pessoas em protestos até fora do Rio é um exemplo. Neste caso a mídia se tornou mais consciente e deu visibilidade ao caso.
“Conversamos com uma sobrinha do Amarildo, a Michele, e ela falou que ele tem seis filhos e que as crianças estão perguntando onde está o seu pai. Ele saiu para comprar limão para preparar um peixe e nunca mais voltou. É uma história dramática que aumentou a compreensão do problema após os protestos, ainda mais com a UPP lá.”
O governo ao sediar Copa do Mundo e a Olimpíada, tem que ver que grande parte da população do Rio nas favelas vivem com muito medo, intimidação e incertezas que não são compatíveis com grandes eventos.
“Os protestos que vimos não tiveram muita participação das pessoas das favelas e giravam em torno da Copa das Confederações. Você pode imaginar o que pode acontecer durante a Copa do Mundo.”
Houve manifestações durante a Copa das Confederações denunciando a violação de direitos humanos no contexto da Copa do Mundo falando sobre remoções forçadas, questionando-se as prioridades dos investimentos.
Existe a necessidade do diálogo jundo as comunidades para as suas necessidades, sendo esta uma responsabilidade do governo federal. Sendo signatário de diversos tratados internacionais de direitos humanos, remoções forçadas relacionadas à infraestrutura para eventos como está sendo para as Olimpíadas ferem estes tratados.
Neste aspecto de violação das diretrizes da ONU, o olhar tanto para a polícia, para as favelas é semelhante nas comunidades indígenas.
Justiça atrasada é justiça negada.
O que eu vi nas favelas e nas comunidades indígenas é muito semelhante – “ambas são espécies de “zonas francas” de direitos humanos. É como se essas pessoas não estivessem no Brasil. Lá valem regras diferentes. Elas vivem em zonas de guerra, e todos os direitos humanos estão suspensos.”
“Há 25 anos, o Brasil assegurou que os povos indígenas teriam direito a suas terras tradicionais demarcadas. Agora, 25 anos depois, os Guarani-Kaiowá, os Terena, as outras etnias que encontramos, as comunidades estão perdendo a paciência. Nas favelas também. Em inglês temos um ditado: justiça atrasada é justiça negada. (“Justice delayed is justice denied”)
Tentamos transmitir um sentido de urgência aos ministros. Tudo bem, são questões complexas e o Brasil tem um sistema burocrático. Mas por quanto tempo vocês vão continuar dizendo isso?
Nós visitamos comunidades que foram removidas de suas terras e estão vivendo à beira da estrada. Foi uma visão chocante. Algumas centenas de pessoas vivendo ali, com acampamentos dos dois lados da estrada, muitos casos de crianças mortas por atropelamento. Depois visitamos seus locais de sepultamento. Indígenas mortos por barões de açúcar ou mafiosos.
É uma luta muito desigual, porque os homens (capangas) chegam com armas e carros e eles estão ali à beira da estrada sem proteção nenhuma. A consequência do adiamento da demarcação das terras é que as comunidades indígenas estão sofrendo com violência, intimidação e remoções forçadas.
Falei para os ministros que essa estratégia é de muito alto risco. Continuam pedindo a eles para esperarem, mas eles chegaram a um ponto em que estão prestes a ocupar as terras. E se eles ocuparem as terras, você pode imaginar as consequências.
O Brasil é um país moderno, democrático, com uma sociedade relativamente abastada, está se tornando uma potência mundial. Os direitos humanos básicos têm que estar assegurados.
O Brasil quer ter uma cadeira no Conselho de Segurança (da ONU). É uma reivindicação legítima. Mas se você não tem segurança em uma favela, como vai querer ter um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU? Tem que haver uma correlação entre os dois. Você tem que proteger os seus cidadãos, e isso tem que ser feito de forma consistente.
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IMPORTÂNCIA PATERNA
Há mais de 4 mil anos, um jovem chamado Elmesu teria moldado em argila o primeiro cartão desejando sorte, saúde e longa vida a seu pai.
E a história mais conhecida em comemoração ao dia dos pais é a de William Jackson Smart, um ex-combatente da guerra civil que perdeu sua esposa quando os seis filhos eram ainda bem pequenos, criando-os sozinho.
Na Psicologia que o pai tem papel importante na saúde mental dos seus filhos é uma discussão psicológica não que não necessita de grandes pesquisas. É uma pergunta que contém uma resposta embutida na intencionalidade afirmativa da importância paterna.
E esta importância tem servido na construção de padrões de egos de “pai para filho” justificada na presença ou ausência da figura paterna.
O ditado popular que “filho de peixe, peixinho é”, é a justificação do filho na herança paterna.
Na sociedade patriarcal é pior não saber quem é o pai do que não ter tido uma mãe.
Fala-se da decadência do patriarcado, mas família patriarcal ainda é um modelo de mundo do homem por excelência.
Na política a mulher no poder segue o modelo patriarcal, o modelo de construção machista, do falo exclusivista. Nossa política mesmo com uma mulher no governo é patriarcal. No poder a mulher assumiu o mesmo padrão masculino.
“A pátria é a família amplificada. E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. (…) Multiplicai a família, e tereis a pátria”. (Ruy Barbosa)
Isto inclui o poder da mulher nas relações de trabalho e em qualquer relação de comando. As mulheres contribuem na criação machista. Mesmo para aqueles filhos que não tiveram a representação da figura paterna.
Homem que é homem tem que se impor na relação e dizer para a mulher: “Olha aqui, tô cansado de avisar que quem manda aqui é você!
Hoje a discussão sobre o modelo patriarcal transcende da família para a Política, a Ciência e a Religião que seguem o patriarcado como modelo.
No mundo ocidental houve a confiscação do divino pelo princípio masculino. O Cristianismo construído na mitologia da Bíblia tem como referência a perspectiva do patriarcado monoteísta. A divindade assume uma forma única e não múltipla, sendo uma divindade sexuada, já que é um “pai”. Essa concepção é, além do mais, apresentada como a única aceitável e exclui qualquer outra visão espiritual, o que a mais ou menos longo termo só pode mesmo acabar em excessos de toda ordem e, em particular, num comportamento intolerante.” Fonte
“(…) Essa ordem da dominação masculina muitas vezes se expressa de maneira radical, por exemplo, uma dessas manifestações radicais é o crescimento do fundamentalismo religioso, ou seja, quando a religião se volta aos seus fundamentos, ao que fundamenta a si mesmo, os seus mitos fundadores, para tratá-los como se fossem verdades absolutas.” Jean Wyllys
Teóloga Pintos conclui que as mulheres como as mais fiéis seguidoras e melhores transmissoras das crenças reproduzem muitas vezes o patriarcado que as submete.
E como será quando a mulher possuir o direito ao sacerdócio?
O teólogo Juan José Tamayo, que abriu a jornada, desenhou um panorama desolador sobre a relação mulher-religião, mas se mostrou otimista porque, disse, “surgiu uma nova forma de pensar e de reformular as crenças e as práticas religiosas”. Ele se referia à teologia feminista.
Com as mudanças sócio-econômicas-culturais em andamento no mundo, está ocorrendo uma modificação dos padrões historicamente estabelecidos nas relações familiares e no modelo da família tradicional reprodutora.
Ocorre o aumento da proporção de homens que tomam conta da casa e dos filhos sozinhos.
E a revolução doméstica em marcha mostra que no futuro haverá cada vez menos diferenças nas relações entre os papéis masculino e feminino na família do século 21.
Oxalá haja uma grande revisão nos papéis e nas estruturas do modo familiar de existência, onde o sexo biológico não esteja mais visto com tanta relevância. O ser pai ou mãe não esteja mais atrelado ao esteriótipo biológico do macho e da fêmea. E os antigos modelos que continuarão existindo sejam transversalizados por um modo mais afetivo de existência.
Novos país são aqueles que não apresentam a sua história como única alternativa de reprodução cultural nos seus filhos.
Novos filhos que não culpem seus pais por tudo.
O que você vai ser quando você crescer?
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LULA E AS MANIFESTAÇÕES
“Só temos que ter medo daqueles que querem negar a política. Exemplos disso são Hitler e Mussolini”.
Entusiasmado pelo lançamento de Alexandre Padilha como nome para a disputa pelo governo do Estado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou durante 20 minutos na abertura do Encontro do Interior de São Paulo do Partido dos Trabalhadores.
Na preocupação de uma resposta ao discurso das ruas, o ex presidente lula, que nunca saiu do governo segundo a presidenta Dilma, traz mais do mesmo em sua fala.
Segundo ele, o mundo não saiu completamente da crise porque os dirigentes preferem salvar bancos a pensar nos trabalhadores.
Como “bom” político da velha demagógica política, Lula se esquece sempre do que disse anteriormente. Em seu primeiro encontro com banqueiros Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Lula foi muito elogiado pelos banqueiros manifestando interesse em “não fazer nenhuma loucura ou adotar medidas que causem impacto negativo no sistema financeiro e na economia”.
E as elites não poderiam estar mais satisfeitas com a gestão Lula ou seu continuísmo no governo Dilma. Os banqueiros tiverem e têm lucros recordes na república do mensalão. Na era do governo W. Bush os especuladores e empresas blindavam e elogiavam a política neoliberal de Lula. Lula pediu que a Caixa comprasse o Banco Panamericano de Sílvio Santos que estava quebrado, um rombo de quase R$ 5 bilhões usando o dinheiro do trabalhador. O governa Dilma autorizou Edir Macedo o 41º mais rico no Brasil e o 1268º no mundo, de acordo com o ranking da revista “Forbes”a ser dono de banco. E nem falamos do governo do Pt e suas relações com o ex-megaempresário Eike Batista e seus empréstimos bilionários junto ao BNDS.
Lula ironizou a interpretação de que o movimento das ruas é sinal de enfraquecimento do governo petista. Segundo sua avaliação, o partido criou condições de ascensão social e, agora, essas pessoas querem mais. “O povo não se contenta mais com o ‘Minha Casa Minha Vida’. Quer a casa, mas com garagem e biblioteca. As pessoas compraram carros e, agora, cobram que o prefeito de sua cidade abra mais ruas”.
O povo que foi as ruas não foram os que recebem bolsa família, mas a classe C. Em geral, é uma manifestação massivamente estudantil, de jovens trabalhadores e da classe média brasileira. A redistribuição de renda feita pelo governo saiu da classe C e não das grandes fortunas. E suposta classe que acendeu está se endividando sustentando os grandes mercados de juros, e as empreiteiras que ganharam muita grana com o Minha Casa Minha Vida. No governo Lula a riqueza das elites triplicaram.
O presidente de honra da sigla disse que o PT não deve temer o debate e o diálogo com essas as movimentações, mas orientou que os políticos reajam quando chamados de ladrões de forma generalizada. “Só temos que ter medo daqueles que querem negar a política. Exemplos disso são Hitler e Mussolini”.
Queremos, o diálogo sim, mas não nesta demagogia de políticos que acreditam que os jovens não estão acompanhando o processo e podem ser enganados com discursos com base nas velhas políticas da enrolação.
Não estamos negando a política no seu sentido original de participação. Nosso não é para esta velha política de demagogia. E não venha nos comparar a Hitler e Mussolini.
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Como Cuidar do Cabelo Masculino
Ao contrário do que os homens pensam, os cabelos masculinos também precisam de tratamentos para mantê-los saudáveis, principalmente durante a lavagem.
1. Shampoo
Muitos homens ainda lavam o cabelo com o próprio sabonete corporal, ou qualquer shampoo, sem atentar-se a funcionalidade dele.
Utilizar não só um shampoo apropriado, mas também um anti resíduo é fundamental para eliminar a química diária que os cabelos recebem como: gel, pomadas, hair spray, além da poluição do dia a dia.
Complementando o tratamento básico, é necessário utilizar o condicionador três vezes na semana.
2. Para Finalizar o Penteado
O uso de secador e/ou pomada.
A pomada ou cera tem o mesmo efeito que o gel , mas com a aparência seca, deixando as madeixas mais flexíveis. O gel é aplicado com o cabelo molhado dando aparência mais brilhosa e deixando os fios mais duros. Caso não queira esta aparência, pode-se aplicar o gel e com secador secar o cabelo quebrando a rigidez dos fios.
3. Use os Famosos Redemoinhos a Seu Favor
O segredo está em não brigar com os fios, penteando sempre no sentido em que eles nascem, dando mais naturalidade ao cabelo.
4. Luzes
Para aqueles homens que gostam de luzes, a dica é manter a suavidade, evitando que fiquem marcadas ou artificiais. Já os que querem maquiar os fios brancos, o mercado disponibiliza tonalizantes que cobrem em torno de 50% à 60% dos fios em apenas 10 minutos, sem deixa-los com aspecto artificial.
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