Mais de um bilhão de pessoas da população mundial, vivem algum tipo de deficiência física. A maior minoria do mundo que com frequência enfrentam muitas barreiras que inviabilizam sua participação em de todos os aspectos da sociedade.
O Brasil tem cerca de 45,6 milhões de pessoas com pelo menos um tipo de deficiência, o que representa 23,92% da população, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro visa buscar esta conscientização e a promoção de políticas de inclusão para os portadores de deficiência física.
Os desafios a serem enfrentados são muitos e podem ser classificados em ambiente físico, psicológico, econômico e tecnológico.
Ambiente Físico
O homem sempre modificou seu ambiente físico de acordo com as suas necessidades de adequação física priorizando os não portadores de deficiência física. Hoje existem políticas de conscientização e leis que protegem os deficientes físicos, bem como a obrigatoriedade de adequação de espaços físicos adaptados para portadores de deficiência.
Psicológico
Todos nós temos algum tipo de deficiência. Somos iguais nas diferenças, apesar dos deficientes físicos serem colocados em um patamar inferior na sociedade.
Órgãos públicos, instituições de ensino e empresas ainda não estão maduras suficientemente para recebê-los, sendo necessário não só melhorar a infraestrutura dos ambientes, mas também melhorar o nível de conscientização da sociedade no sentido de combater estereótipos, fomentando o respeito e os direitos dos deficientes.
Nossa história e cultura em diferentes momentos vê a deficiência física com rejeição. As representações sociais e atitudes em relação às pessoas com deficiência física têm sido negativas. O deficiente físico ainda é visto como um obstáculo e uma pessoa incapaz. No passado a deficiência física era demonizada, vista como punição, uma consequência de culpa. A deformação produzia os segregados, marginalizados e discriminados.
A partir do século XX há um movimento que tende a aceitar as pessoas deficientes e sua integração ao cotidiano social, tanto quanto possível. Houve a expansão da educação especial. Surgem instituições de deficientes, legislações específicas e movimentos para promover o bem-estar das pessoas com deficiências.
Econômico
Garantir o acesso das pessoas com deficiência ao mercado de trabalho.
De acordo com o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), Antônio José Ferreira, nem 50% das vagas de trabalho que deveriam estar ocupadas por deficientes, de acordo com a Lei 8.213 de julho de 1991, estão preenchidas.
Ele observa, no entanto, que é preciso criar uma cultura de inclusão na sociedade brasileira. “No caso das pessoas com deficiência não temos leis que sejam punitivas, então, temos que fazer sensibilização, campanhas”, disse.
Tecnológico
A tecnologia evolui não apenas para modificar o ambiente. Ela pode produzir soluções para pessoas com deficiência física. Surgem equipamentos direcionados aos portadores de deficiências.
Através da mediação tecnológica as dificuldades do portadores de deficiência são diminuídas, dando-lhes oportunidades de participação efetiva do cotidiano social, utilizando das sua potencialidades disponíveis.
Graças a tecnologia o maior físico da atualidade, Stephen William Hawking, pode contribuir para a humanidade com sua genialidade.
Aos 21 anos, Stephen foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa que ataca os músculos do corpo mas não atinge as funções cerebrais. Em decorrência da doença, Hawking contraiu pneumonia e desde então usa um sintetizador para se comunicar.
Contudo, a tecnologia deveria ser tornar mais acessível ao deficiente físico.
Por meio do desenvolvimento de recursos de acessibilidade, as ferramentas tecnológicas abrem possibilidades de combate aos preconceitos, impostos pelas limitações, oferecendo uma oportunidade de condições para interagir e aprender, explicitando com mais facilidade e sendo tratado como um “diferente-igual”.
As diferenças não devem ser obstáculos à interação, relação e integração com seu meio. Com a democratização da tecnologia temos muito mais a aprender com os deficientes.
Sugestão de filme de superação. Um filme que ensina a todos nós sobre nossas deficiências.