ESPELHO, ESPELHO MEU!
Muito estudado pelos psicólogos, o mito de Narciso é fonte de muita inspiração e trabalhos científicos.
A história de Narciso na mitologia grega e a ninfa Eco, uma tagarela incorrigível, punida por Hera, para que sempre repetisse os últimos sons que ouvisse. Eco, acompanhava Narciso admirando sua beleza sem nunca deixar que ele a notasse.
Narciso, passeando pelos bosques e suspeitando de que estava sendo seguido, perguntou: “quem está aí?”. E ouviu: “Alguém aí?” Então, ele gritou novamente: “Por que foges de mim?”. E ouviu “foges de mim”. Até dizer “Juntemo-nos aqui” e ter como resposta “juntemo-nos aqui”.
Toda essa repetição acabou deixando Narciso angustiado por desejar amar algo que não poderia ver.
Entristecido, Narciso foi à beira de um lago e deparou-se com sua imagem nos reflexos da água. Como nunca antes havia se olhado (pois sua mãe foi recomendada a não permitir que isso ocorresse), enamorou-se perdidamente, acreditando ser a pessoa com quem estava “dialogando”.
Imergindo nas águas no intento de ter a pessoa refletida na água, acabou morrendo afogado.
O comportamento narcisista é explicado na reverberação do alter ego em alusão a ninfa Eco. Na busca do outro fora de si mesmo, mas sempre como um retorno a si mesmo.
O egoísmo que reverbera na relação com a nossa necessidade de preenchimento do vazio libidinal e a forma como redirecionamos nossas pulsões sexuais.
No narcismo moderno, o direcionamento exagerado na aquisição de bens, um individualismo exacerbado, recebe o rotulo de “sociedade narcisista”.
O exagero na busca deste padrão gera sofrimento.
E narcisismo exagerado na busca da beleza também gera muito stress e sérios problemas de saúde física e mental.
Na maioria das vezes a forma como nos enxergamos no espelho não condiz com a realidade.
E sempre gostaríamos de se mais bonitos, mais magros ou mais musculosos do que de fato somos. Quando esse desejo é levado ao extremo, há uma distorção da imagem que fazemos de nós mesmos. A autoimagem distorcida é causa de transtornos como anorexia, bulimia e vigorexia, condições que, sem tratamento, colocam a vida em perigo.
Um estudo conduzido pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, concluiu que o narcisismo pode ter efeitos negativos sobre a saúde dos homens.
Os participantes responderam um questionário com 40 perguntas que medem cinco componentes dos traços de personalidade.
Há grande possibilidades do aumento de problemas cardiorrespiratórios, ao medir os níveis de cortisol – substância que indica presença de estresse fisiológico – em 106 estudantes.
A conclusão que os efeitos mais tóxicos do narcisismo foram associados com maiores níveis de cortisol nos participantes do sexo masculino, mas não em mulheres.
Pesquisas anteriores mostram que o narcisismo não só pode influenciar o modo como as pessoas respondem a eventos estressantes, mas também pode afetar a forma como eles respondem às suas rotinas diárias e interações, afirmou Sara Konrath, psicóloga da universidade e coautora do estudo.
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