Há mais de 4 mil anos, um jovem chamado Elmesu teria moldado em argila o primeiro cartão desejando sorte, saúde e longa vida a seu pai.
E a história mais conhecida em comemoração ao dia dos pais é a de William Jackson Smart, um ex-combatente da guerra civil que perdeu sua esposa quando os seis filhos eram ainda bem pequenos, criando-os sozinho.
Na Psicologia que o pai tem papel importante na saúde mental dos seus filhos é uma discussão psicológica não que não necessita de grandes pesquisas. É uma pergunta que contém uma resposta embutida na intencionalidade afirmativa da importância paterna.
E esta importância tem servido na construção de padrões de egos de “pai para filho” justificada na presença ou ausência da figura paterna.
O ditado popular que “filho de peixe, peixinho é”, é a justificação do filho na herança paterna.
Na sociedade patriarcal é pior não saber quem é o pai do que não ter tido uma mãe.
Fala-se da decadência do patriarcado, mas família patriarcal ainda é um modelo de mundo do homem por excelência.
Na política a mulher no poder segue o modelo patriarcal, o modelo de construção machista, do falo exclusivista. Nossa política mesmo com uma mulher no governo é patriarcal. No poder a mulher assumiu o mesmo padrão masculino.
“A pátria é a família amplificada. E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. (…) Multiplicai a família, e tereis a pátria”. (Ruy Barbosa)
Isto inclui o poder da mulher nas relações de trabalho e em qualquer relação de comando. As mulheres contribuem na criação machista. Mesmo para aqueles filhos que não tiveram a representação da figura paterna.
Homem que é homem tem que se impor na relação e dizer para a mulher: “Olha aqui, tô cansado de avisar que quem manda aqui é você!
Hoje a discussão sobre o modelo patriarcal transcende da família para a Política, a Ciência e a Religião que seguem o patriarcado como modelo.
No mundo ocidental houve a confiscação do divino pelo princípio masculino. O Cristianismo construído na mitologia da Bíblia tem como referência a perspectiva do patriarcado monoteísta. A divindade assume uma forma única e não múltipla, sendo uma divindade sexuada, já que é um “pai”. Essa concepção é, além do mais, apresentada como a única aceitável e exclui qualquer outra visão espiritual, o que a mais ou menos longo termo só pode mesmo acabar em excessos de toda ordem e, em particular, num comportamento intolerante.” Fonte
“(…) Essa ordem da dominação masculina muitas vezes se expressa de maneira radical, por exemplo, uma dessas manifestações radicais é o crescimento do fundamentalismo religioso, ou seja, quando a religião se volta aos seus fundamentos, ao que fundamenta a si mesmo, os seus mitos fundadores, para tratá-los como se fossem verdades absolutas.” Jean Wyllys
Teóloga Pintos conclui que as mulheres como as mais fiéis seguidoras e melhores transmissoras das crenças reproduzem muitas vezes o patriarcado que as submete.
E como será quando a mulher possuir o direito ao sacerdócio?
O teólogo Juan José Tamayo, que abriu a jornada, desenhou um panorama desolador sobre a relação mulher-religião, mas se mostrou otimista porque, disse, “surgiu uma nova forma de pensar e de reformular as crenças e as práticas religiosas”. Ele se referia à teologia feminista.
Com as mudanças sócio-econômicas-culturais em andamento no mundo, está ocorrendo uma modificação dos padrões historicamente estabelecidos nas relações familiares e no modelo da família tradicional reprodutora.
Ocorre o aumento da proporção de homens que tomam conta da casa e dos filhos sozinhos.
E a revolução doméstica em marcha mostra que no futuro haverá cada vez menos diferenças nas relações entre os papéis masculino e feminino na família do século 21.
Oxalá haja uma grande revisão nos papéis e nas estruturas do modo familiar de existência, onde o sexo biológico não esteja mais visto com tanta relevância. O ser pai ou mãe não esteja mais atrelado ao esteriótipo biológico do macho e da fêmea. E os antigos modelos que continuarão existindo sejam transversalizados por um modo mais afetivo de existência.
Novos país são aqueles que não apresentam a sua história como única alternativa de reprodução cultural nos seus filhos.
Novos filhos que não culpem seus pais por tudo.
O que você vai ser quando você crescer?
Ao que parece estar sendo dificil “convencer” que cisgenero seja sinônimo de hetero e que complementariedade seja homem e mulher, no chamado periodo fertil: procriação! Tem um casal com uma filha jovem, vizinhos, que raramente, percebo transarem (o mal humor dela confirma)! Mesmo que sejam coroas, nada impediria, até porque há momentos em que eles tem privacidade (já ouvi ela, “alertando” a filha, sobre as baladas)! Confirmam a minha tese: procriação ocorrida, começam a se relacionar com mesmo genero!
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