ATO MÉDICO
Definir ser privativo aos médicos a formulação do diagnóstico e a respectiva prescrição terapêutica é se colocar sob a total responsabilidade apenas deste profissional a intervenção junto ao paciente.
Profissionais da saúde em vez de ficarem lutando por territórios e poderes devem pensar a vida do paciente sob o conceito holístico. Determinar apenas a médicos com os únicos portadores da formulação do diagnóstico e respectiva prescrição terapêutica é colocar a medicina sob um patamar de hierarquia superior em detrimento de todos os outros profissionais que trabalham para a saúde do paciente.
A obrigação de qualquer profissional em qualquer área acima de tudo deve ser educacional, havendo uma transversalização do conhecimento. Hoje com a informação disponível, também os pacientes tem o direito de discutir suas dificuldades e interagir com os profissionais da saúde para juntos equacionar uma melhor plataforma de ações sobre a saúde do cliente.
Ao suprimir um dos trechos mais polêmicos, que definia ser privativo aos médicos a formulação do diagnóstico e a respectiva prescrição terapêutica a presidente Dilma aproximou outras profissões e especialidades em saúde no patamar dos médicos. Eles querem ser historicamente os únicos com capacidade e detentores na verdade do tratamento. Então que se responsabilizem quando algum procedimento, ou tratamento não vai bem ou leva a alguma erro. O que vemos hoje é a criação de um protecionismo profissional. Querem o direito, a exclusividade, o poder, mas não a responsabilidade.
Dividir de forma holística com uma equipe multidisciplinar é dividir procedimentos e responsabilidades de forma que a atuação venha de encontro com a visão da qualidade do tratamento do cliente e não a marcação de territórios fechados e reducionistas. Este comportamento não condiz mais com a visão moderna de mundo, onde o conhecimento deve ser sim compartilhado e não especializado a ponto de gerar dependências e territórios místicos do saber.
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