O PAPA E O PODER BLACK
Este foi um dos motivos de defesa do Papa Francisco em visita a cidade de Lampedusa, ao Sul da Itália, uma das principais rotas de entrada de refugiados do Norte da África em direção à Europa. Pediu aos países que acolham e respeitem os refugiados. “Os migrantes e refugiados não são peões no tabuleiro de xadrez da humanidade”, disse o papa em carta enviada a instituições governamentais e internacionais, como a ONU.
A costa do Mediterrâneo naquela região é digna de uma versão contemporânea do inferno de Dante. Nos poucos mais de 100 quilômetros de mar que dividem a Europa do Norte da África já morreram milhares de pessoas. A maioria delas em função dos naufrágios das precárias embarcações, mas parte faleciam por falta de água e comida, enquanto ficavam à deriva no mar.
Francisco, que faz da defesa dos pobres e vulneráveis a principal marca do seu pontificado, disse em mensagem por ocasião do Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados que precisa haver uma mudança de atitude por parte dos países anfitriões.
“São crianças, mulheres e homens que deixam ou são forçados a deixar suas casas por várias razões, que partilham de um desejo legítimo de saberem e terem, mas acima de tudo de serem mais.”
O papa também repetiu sua condenação ao “trabalho escravo” e ao tráfico humano, ampliando sua crítica à “cultura descartável” — termo que ele tem usado para descrever uma sociedade em que os improdutivos, como os idosos, são negligenciados como objetos que perderam a utilidade.
“Não de forma infrequente, a chegada de imigrantes, pessoas desalojadas, candidatos a asilo e refugiados dá margem a suspeita e hostilidade. Há um temor de que a sociedade se torne menos segura, que a identidade e a cultura se percam, que a concorrência por empregos se torne mais forte, e que mesmo a atividade criminal aumente.”
Na mensagem, Francisco recriminou empresas que exploram imigrantes e refugiados, muitos deles trabalhando em troca de baixos salários diários em lavouras e fábricas clandestinas da Itália e outros lugares da Europa.
“Particularmente perturbadoras são essas situações onde a migração é não só involuntária, como na verdade acionada por várias formas de tráfico humano e escravização. Hoje em dia, ‘trabalho escravo’ é uma moeda comum”, afirmou o papa.
Na sua primeira viagem para fora de Roma desde a eleição como papa, ocorrida em março, Francisco foi à ilha de Lampedusa, no sul da Itália, para chamar a atenção do drama de milhares de refugiados e migrantes que desembarcam por lá todos os anos.
“Uma mudança de atitude com relação aos migrantes e refugiados é necessária por parte de todos, afastando-nos das atitudes de defesa e medo, indiferença e marginalização – todas típicas de uma cultura descartável -, no sentido de atitudes baseadas em uma cultura do encontro, a única cultura capaz de construir um mundo melhor, mais justo e fraterno”, disse o pontífice na mensagem.
“O desenvolvimento não pode ser reduzido só ao crescimento econômico, muitas vezes obtido sem um pensamento pelos pobres e vulneráveis.”
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O PODER DO BLACK POWER
Novembro (20) é mês da consciência Negra, uma data de importante reflexão em relação à introdução dos negros na sociedade brasileira. Este dia tem a finalidade de fazer você refletir e pensar na grande jornada e batalha que os negros enfrentaram contra o preconceito racial dentre diversos outros problemas. Infelizmente ainda ocorre assassinatos em massa dos negros (2/3 do total), sobretudo jovens. A conclusão é que a desigualdade no Brasil é vinculada, à cor. O Senado quer instalar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar os casos de violência contra jovens negros no país. “De cada dez jovens assassinados, [quase] oito são negros!
Mais que um estilo de corte, o Black Power, ou Poder negro é o movimento entre pessoas negras em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos.
No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, o movimento enfatizou o orgulho racial e a criação de instituições políticas culturais dos negros no intuito de cultivar e promover a sua autonomia e seus interesses.
O conhecimento mais antigo do uso da expressão “Black Power” veio de um livro de Richard Wright (1954) intitulado “Black Power“.
O uso da expressão no sentido político parece ter sido feita por Robert F. Williams, presidente da NAACP, escritor e editor da década de 1950.
Contudo, a expressão “Black Power” foi criada pelo militante do movimento negro nos Estados Unidos , Stokely Carmichael, após sua vigésima sétima detenção em 1966.
“Estamos gritando liberdade há seis anos. O que vamos começar a dizer agora é poder negro“, anunciou.
A exemplo do que tinha acontecido nos anos 20 com a “Harlem Renaissance”, considerado por muitos como o movimento das “artes negras”, o Black Power estimulou a criação de instituições culturais e educacionais independentes para a comunidade negra que durante os anos 70. A atenção dos meios de comunicação internacional relativos a este movimento no verão de 1966, quando o termo foi utilizado num discurso pelo presidente do comitê de Coordenação dos Estudantes, Stockely Carmichael, na defesa dos direitos civis da comunidade negra no Mississipi. A expressão Black Power passou a ser utilizada por outros atividas e organizações defensoras dos direitos civis dos negros, tendo escrito vários artigos e livros sobre o tema.
No livro Black Power, The Politics of Liberation in America (vintage, 1966), da autoria de Stockely Carmichael e Charles V. Hamilton, houve a primeira tentativa de definição do conceito. O termo foi rejeitado por alguns membros da comunidade negra que acreditava haver nele uma inerente divisão étnica. mas aceito pela maior parte da comunidade negra. Houve a aceitação também pelos brancos, como o caso do presidente Richard Nixon que defendeu um capitalismo negro como resposta aos problemas econômicos da comunidade negra dos EUA.
O penteado que foi moda nos anos 70 com as formas mais desalinhadas e descontraídas, continua fazendo sucesso.
Nos anos 70, quanto maior era o black power mais seria respeitado pela turma. Famosos na época que assumiram o pixaim foi Toni Tornado e Tim Maia, trazendo a tendência dos Estados Unidos por terem morado lá por um tempo.
A ênfase era o cabelo natural como símbolo de libertação. A atriz Zezé Mota relata que, ao visitar os EUA, na época, se deparou com os negros usando cabelo natural. Ao voltar para o hotel enfiou a cabeça debaixo do chuveiro sentindo como se fosse uma libertação.
A onda pegou tanto no Brasil que virou símbolo de modernidade não só para negros.
Muitos artista aderiram o Black Power, a exemplo Roberto Carlos, Erasmo, Jô Soares e o falecido Marcos Paulo, Roberto e Erasmo Carlos (cantores), todos usavam.
O black dos anos 70 tinha o corte bem definido e era cortado com precisão.
A moda atual é deixar o cabelo crescer sem corte, sem definição. Alguns homens, por exemplo, texturizam os fios para os cachos ficarem mais soltos. Nesse caso, os cabeleireiros indicam gel como manutenção para maior fixação. Já para os que possuem cachos naturais, o ideal é usar leaven-in para evitar o ressecamento dos fios.
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