PROPAGANDA, BUGIGANGAS E QUINQUILHARIAS
Ver é agir. Quando não vemos claramente toda a ação se torna confusa. Consequentemente buscamos em outras pessoas a visão clara. Delegamos ao outro o direito a determinar a nossa visão.
A propaganda hoje, em todos os seus níveis de persuasão se torna terribilíssima, pois visa imprimir nas pessoas uma a visão de uma determinada maneira.
Sua atuação não é uma intensão de se compreender a totalidade da vida, mas uma pequena fragmentação, um mero fragmento que coloca o persuadido em situação de dominação.
Quando vemos as coisas de forma fragmentária nos colocamos na posição de superioridade em relação a totalidade da existência.
Esta em sido a propaganda ao longo dos séculos por governos e religiosos no mundo. A grande massa de manobra como cordeiros atrás de lideres que os levam para a guerra e para o buraco.
Observe você mesmo, sua história, o contexto que está inserido, sua cultura e veja que não somos diferentes em nada de toda uma humanidade manipulada como rebanho.
Hoje a dominação de um povo se pela cultura transformada em objeto mercadológico, objeto de grande monopólio. Uma forma de falsa individualização.
Um dos grandes monopolios em ascensão no mundo é o chinês. A escravidão amarela. A escravidão do trabalho terceirizado que recebem praticamente zero de benefícios, produzindo em larga escala objetos de desejo de culturas ocidentais. Uma grande estratégia comercial e de poder que tira proveito dos marqueteiros ocidentais que ganham rios de dinheiro comprando por centavos e vendendo por centenas de dolares.
Enquanto os ocidentais terceirizam e enriquecem a curto prazo, a China assimila a cultura e as táticas, criando unidades produtivas de alta desempenho, para dominar no longo prazo. Esta é a grande armadilha chinesa.
As grandes potências mercadológicas ficam com as marcas,o designe suas grifes. Os chineses com a produção.
Se num futuro os chineses aumentarem os preços, produzindo um “choque da manufatura”, como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta, o que acontecerá? Com o monopólio da produção escrava quem ditará as novas leis de mercado?
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O QUE NOS UNE NOS SEPARA
As diferenças culturais são difíceis de resolver enquanto estruturam o pensamento e justificam a violência contra o outro.
Diz-se que o pensamento neo conservador criou a noção de que os povos árabes são intolerantes dando pouco valor à democracia. Uma ideologia transmitida pela mídia, infestando a maioria dos jornais do mundo ocidental como se fosse uma verdade cientifica religiosamente inabalável. É necessário a conquista, não importando o número de vidas e o sofrimento. Isto é visto apenas como efeito colateral de uma verdade maior que necessita ser implementada a todo custo. A verdade democrática, que corre perigo ante a realidade muçulmana.
Do lado oposto o mesmo padrão de pensamento está agindo.
Há séculos utilizamos deste mecanismo neural como fórmula de origem e criação e destruição das nações.
As padronagens de comparação que determinam o que é diferente atuam reforçando e justificando o direito, a destruição e a posse territorialista, financeira, individuais e coletivas no mesmo seguimento neural.
As verdades religiosas causam mais dificuldades por serem disseminadas e dissimuladas pelo pensamento como algo imaterial, não oriundas do pensamento, divinas, dadas por entidades superiores e inquestionáveis na construção de toda uma mitologia envolvida pelas teias dos tabus e medos. E dentro desta hierarquia os governos se apresentam como representantes legais, morais e tangíveis desta imaterialidade. Nossos deuses são tão violentos quanto nós mesmos. Necessitam de sacrifícios para a sua existência. Nossos deuses são tão contraditórios quanto nós mesmos no amor à destruição como manutenção e geração da vida.
A elite que os governa faz uso do poder de manipulação das massas entendendo essa construção do pensamento. Se colocam acima do bem e do mal na imposição da sua ideologia mantendo seu status de dominação.
Qual a diferença entre o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, Obama dos Estados Unidos da América, os potenciais aliados americanos e o regime de Damasco (Síria) e Bashar al-Assad?
Com a apresentação de “provas incontestáveis” que foi o governo de Bashar al-Assad que utilizou armas químicas contra os rebeldes, o aval das Nações Unidas, respiraremos tranquilos por não considerarmos intervenção militar contra o regime de Damasco (Síria) e Bashar al-Assad “uma agressão”.
A construção da violência já existe, justificando-a ou não. Enquanto se procura dados que oficializem a punição dos supostos responsáveis pelo uso de armas químicas, houve morte de 1420 pessoas nos arredores de Damasco de acordo com número dos EUA.
Na tergiversação dos governos o que subjaz a dinâmica das justificativas ideológicas é a preocupação econômica.
Na economia dos deuses os sacrifícios são a moeda de troca para a manutenção divina.
A China advertiu nesta quinta-feira que uma intervenção militar na Síria vai prejudicar a economia mundial e elevar o preço do petróleo.
Mais do que uma intervenção real, no jogo da guerra os americanos tem interesse em abrir caminho para a China.
De acordo com um documento emitido em abril deste ano e vazado pelo ex-analista do órgão Edward Snowden, a política externa, o comércio exterior e a estabilidade econômica do bloco europeu são objetivos prioritários da vigilância da agência.
Entre os principais alvos de espionagem norte-americana aparecem a China, a Rússia, Irã, Paquistão, Coreia do Norte e Afeganistão.
Se os países ocidentais querem intervir para derrubar os governos antidemocráticos do Oriente Médio, o que os impedirá de tentarem derrubar o governo comunista da China?
Diferentes dos problemas enfrentados pelos governos de países do Oriente Médio, as questões chinesas derivam do rápido crescimento econômico e da dependência do petróleo.
“Uma ação militar teria um impacto negativo sobre a economia global, especialmente sobre o preço do petróleo — vai causar um aumento no preço do petróleo”, disse o vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, antes do início das negociações dos líderes do G20.
Se os países ocidentais decidirem intervir para derrubar os governos antidemocráticos do Oriente Médio, raciocinam os líderes chineses, o que os impedirá de um dia tentar derrubar o governo comunista da China?
Segundo Andrew Browne, os conflitos no Oriente Médio destacam para a China a realidade da existência de uma única superpotência no mundo hoje: os Estados Unidos.
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