O RANKING DOS MAIS BÊBADOS NO MUNDO
O governo decidiu adiar em três meses o aumento de imposto para o setor de bebidas frias.
E a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um novo relatório que revela os países que são os maiores consumidores de bebidas alcoólicas do mundo.
E no ranking da sede pelo consumo de álcool , a nível mundial, não chegamos nem ao top 10.
No entanto, quando o assunto é América Latina, a história muda. Segundo dados da OMS, o Brasil é o quinto país que mais consome álcool na América Latina.
É considerado alcoólatra a pessoa que ingere abusivamente bebida alcoólica, o que corresponde a quatro doses para mulheres e cinco doses para homens em um único dia nos últimos três meses.
O consumo exagerado de álcool está ligado a diversas conseqüências para o indivíduo que o consome, para aqueles que estão à sua volta e para a sociedade como um todo.
Conseqüências estão relacionadas a acidentes de trânsito, problemas de relacionamento familiar e social, a violência e dificuldade no trabalho.
A violência interpessoal têm sido o foco de interesse e de atenção pública e de estudos científicos nos últimos anos, indicando um interesse crescente na elaboração de um conceito mais amplo do fenômeno.
O impacto que o uso de álcool na sociedade como um todo é maior que os lucros das empresas que possuem o aval do Estado para o seu comércio legal.
Os prejuízos sociais são amplos tanto dos recursos gastos pela justiça criminal, pelo sistema de saúde e por outras instituições sociais.
O Ministério da Saúde orienta as pessoas a fazer quatro perguntas para descobrir se você ou alguém próximo tem algum problema com a bebida.
Apenas um “sim” sugere um possível problema. Em qualquer dos casos, é importante ir ao médico ou outro profissional da área de saúde imediatamente para discutir suas respostas. Eles podem ajudar a determinar se você tem ou não um problema com a bebida, e, se você tiver, poderão recomendar a melhor atitude a ser tomada.
De todos os continentes do mundo, o que tem um maior número de litros de álcool puro consumido por pessoa é a Europa. A estimativa é que, por lá, cada pessoa consuma algo em torno de 10,9 litros de álcool por ano. Em segundo lugar, vem a nossa América Latina – com uma média de nada menos que 8,4 litros de álcool puro per capta, por ano. Aqui, o ranking fica assim:
1º Lugar: Chile (9,6 litros de álcool puro, por pessoa e por ano)
2º Lugar: Argentina (9,3 L)
3º Lugar: Venezuela (8,9 L)
4º Lugar: Paraguai (8,8 L)
5º Lugar: Brasil (8,7 L)
Se você está achando que esse números já são muito álcool pra uma pessoa beber (mesmo que ao longo de um longo ano), espere só para ver os campeões mundiais:
1º Lugar: Bielorrússia (17,5 L)
2º Lugar: República da Moldávia (16,8 L)
3º Lugar: Lituânia (15,4L )
4º Lugar: Federação Russa (15,1L)
5º Lugar: Romênia (14,4 L)
6º Lugar: Ucrânia (13,9 L)
7º Lugar: Andorra (13,8 L)
8º Lugar: Hungria (13,3 L)
9º Lugar: República Checa e Eslováquia (13 L)
10º Lugar: Portugal (12,9 L)
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CAPITALISMO E AS DOENÇAS AFETIVAS
Tanto a Psicologia quanto as ciências sociais necessitam trabalhar em conjunto para dar conta dessa critica que contemporaneidade necessita na proposta de um novo modelo de capitalismo que tenha prioridade no valor humano, e menos do lucro exacerbado mantido pelos donos do capital.
A Crise dos Subprimes foi manipulada pelos grandes detentores do capital e o mundo ainda está sofrendo este grande golpe do mercado financeiro.
Após esta crise de 2008 nos Estados Unidos o que existe é a separação entre o que é o Estado e o que é o governo. As plutocracias oligarcas, uma forma de governo onde poder está nas mãos de um pequeno grupo de indivíduos ou de poucas famílias na direção dos negócios públicos e as pseudo-disputas entre os partidos.
Essa é a crise de identidade entre a população e as legendas partidárias atuais.
Contudo, a falta de uma consciência sobre o que representa a mente capitalista ainda é pior que a falta de identidade nas legendas partidárias.
A maioria das pessoas possuem uma falsa consciência do capitalismo o que inviabiliza uma crítica da economia política.
Vladimir Safatle, diz que para decifrar o desencanto trazido pela crise de 2008 é necessário levar em conta os novos desafios da crítica que a contemporaneidade exige para dar conta dos impasses que sofremos debaixo deste capitalismo avançado.
Lembra de dois modelos diferentes que trazem relações entre si, apesar de tratarem de tipos diferentes de críticas.
O primeiro é conhecido pelo nome de “crítica da economia política”.
O segundo modelo de crítica chamado de “crítica da economia libidinal”, parte da ideia de que o capitalismo não é apenas um sistema de trocas econômicas, mas um modo de produção e administração dos afetos.
A maneira como o capitalismos condiciona e determina nossos afetos, modelando uma forma própria de desejarmos.
“Não se deseja da mesma forma dentro e fora do capitalismo. Há uma maneira de desejar própria do capitalismo, de sua velocidade, seu ritmo, seu espaço.”
Para compreendermos a força de adesão ao capitalismo devemos entender como ele mobiliza nossos afetos e nossa forma de desejar. Ele privilegia certos modos de afecção e descostuma outros. Não somos alienados apenas do nosso próprio trabalho. Somos alienados dos nossos próprios desejos.
Basta analisarmos as figura do sofrimento contemporâneo como a depressão, o narcisismo, a personalidade borderline, a perversão, o fetichismo e a anomia como sofrimentos de uma sociedade inconsciente de si mesma.
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BENS POSICIONAIS E BENS RELACIONAIS
O consumo é a atividade que consiste na fruição de bens e serviços pelos indivíduos, pelas empresas ou pelo governo, e que implica a posse e destruição material, no caso dos bens ou imaterial no caso dos serviços.
Constitui-se a fase final do processo produtivo, precedido pelas etapas da produção, distribuição e comercialização.
O que as pessoas devem consumir?
Se continuarmos nesta fome de consumo terá que haver mais quatro planetas.
A concepção ideológica do consumo diante de bens materiais levou o homem empreender grandes viagens, e, é a mesma concepção que o leva ao espaço. Os rituais frenéticos em Shopping nascem do desejo e das propagandas que incentivam o ritual de compras.
A simplicidade não é mais o que somos, mas o que compramos.
As nossas relações sociais são mediadas por objetos materiais.
O consumo visto de uma maneira perversa é histórico. Será que nossa relação com os bens materiais diminuiu a nossa humanidade?
O nosso bem estar dependente apenas da mensuração do crescimento econômico.
Produção e consumo é parte da sociedade e deve ser repensada no âmbito do consumo. A cadeia do consumo gera empregos, seria esta a virtude?
Mas e os recursos no mundo, a natureza da conta? Devemos ser ensinados a comprar? Negar o prazer foi sempre uma filosofia. Na década de 20 as pessoas começaram a se ver como consumidores. E o capitalismo exige que os negócios se expandam. O vício da compulsão ao consumo está se espalhando pelo mundo. E os que chegaram recentemente Brasil, as classes B e C não pensam diferente das demais classes consumistas.
O mercado deve repensar o que é necessário e não inventar necessidades de consumo.
Os governos, a sociedade, as indústrias devem repensar o seu endividamento físico, psicológico e com o planeta. O endividamento como qualidade de vida, moradia, saneamento básico, educação, que são formas de riqueza e geram riqueza. A indústria não tem mais a concepção de produzir bens duráveis. Estes já nascem com o prazo de validade vencido. Temos que gerar bens posicionais e mudar a nossa relação com os bens materiais. Bens posicionais e relacionais são grandes bens materiais. Menos é mais.
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