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O Facismo e Sua Psicologia das Massas

Friday, 01 August 2014 by Mika Rodrigues

O estudo do fascismo não tem uma importância meramente histórica para nós. O fascismo das massas ainda é um fenômeno mundial e apesar de toda experiência perturbadora que ele impôs na humanidade, mantém seu território no pensamento humano e tem crescido atualmente no mundo. Temos vistos as constantes guerras políticas, ideológicas e religiosas que assola a humanidade causando muita destruição e sofrimento.

Por que as pessoas seguem fascistas?

O que faria com nós humanos apesar de toda nossa história mantenhamos tal comportamento?

Dentro da memória dos grandes estudos sobre tal fato, vamos seguir  a abordagem de  Reich sobre o fascismo  que é riquíssima e se configura como uma genial síntese entre Marx e Freud, entre marxismo e psicanálise.

Seu livro “Psicologia de massas do fascismo” foi escrito e publicado no início da década de 1930, enquanto o fascismo era ainda incipiente, e antes também de causar todas aquelas atrocidades que chocariam o mundo anos depois. Isso mostraria, mais tarde, a justeza da análise de Reich.

A clivagem
A divisão, o que Reich chama de clivagem é o  ponto fundamental da análise do comportamento fascista das massas.
Esta tem como elementos chaves a situação econômica, a ideologia e a sexualidade do trabalhador.
A definição do fascismo é a  “a expressão da estrutura irracional do caráter do homem médio, cujas necessidades biológicas primárias e cujos impulsos têm sido reprimidos há milênios”.
Nesse processo de clivagem, a família é a base educacional funcionando como  como uma preparação para o ajustamento geral que será exigido do indivíduo mais tarde pelo Estado. Através da autoridade patriarcal a autoridade do homem é produzida através da fixação das inibições e dos medos sexuais.
Mediante a inibição da sexualidade natural na infância torna a criança medrosa, submissa e obediente –  moralmente “boa e dócil”, domesticada para receber a paralisação sobre suas forças de rebelião contra toda autoridade imposta.
Assim, a família é o Estado autoritário em miniatura, ao qual a criança deve aprender a se adaptar, como uma preparação para o ajustamento geral que será exigido dela mais tarde. A estrutura autoritária do homem é basicamente produzida – é necessário ter isso presente – através da fixação das inibições e dos medos sexuais na substância viva dos impulsos sexuais.” 
O resultado desse processo é a moralidade conservadora, o medo da liberdade e a criação de da mentalidade reacionária.
A opressão econômica entra como outro fator unida a opressão sexual como ponto fundamental diante das autoridades seja dos governos ou religiosas.
Assim o indivíduo é preparado para exercer sua obediência e seguimento contra seus próprios interesses sexuais, econômicos e materiais. Ambos estado e as autoridade religiosas em seus misticismos formatam a psicologia das classes operárias gerando o seguimento a toda moral que é contra  qualquer tipo de regulação da vida sexual e econômica.
A grande massa do homem médio é o que mais sofre de tal modelagem.
Diante de tal fato, o homem médio, frente aos seus problemas ou adota a posição de seguimento fascistas religiosos e da ideologia estatal ou vive na divisão maniqueísta entre a anarquia política econômica e sexual.
As ditas perversões sexuais, econômica e sociais são a consequência de tal divisão maniqueísta do pensamento humano. Tanto as políticas quanto as religiões são o palco fundamental na produção de uma sociedade fascista. Tanto nas famílias patriarcais do proletariado subjugado economicamente e sexualmente  como nos círculos ascéticos da igreja e do Estado florescem as histerias e as perversões.  Daí o enorme interesse do fascismo e de toda sorte de reacionarismo político em se utilizar dessas instituições para desarmar o proletariado e manter intacto, sem perturbações, o seu sistema de dominação.
“…o homem religioso encontra-se num estado de total desamparo. Em consequência da total repressão da sua energia sexual, perdeu a capacidade para a felicidade e para a agressividade necessária ao combate das dificuldades da vida. Quanto mais desamparado ele se torna, mais é forçado a acreditar em forças sobrenaturais que o apoiam e o protegem. Assim se compreende que, em algumas situações, ele seja capaz de desenvolver um incrível poder de convicção; de fato, uma indiferença passiva com relação à morte. Essa força advém-lhe do amor às suas próprias convicções religiosas, que são sustentadas por excitações físicas altamente prazerosas. Mas ele acredita que essa força provém de ‘Deus’. O seu anseio por Deus é, na realidade, o anseio originado pela sua excitação sexual anterior ao prazer e que exige ser satisfeito. A liberação não é, nem pode ser, mais do que a libertação das tensões físicas insuportáveis, que podem ser agradáveis enquanto puderem ser associadas a uma união imaginária com Deus, isto é, à satisfação e ao alívio. A tendência dos religiosos fanáticos para se flagelarem, para atos masoquistas, etc, só vem confirmar o que dissemos. A experiência clínica em economia sexual mostra que o desejo de ser espancado ou a autopunição corresponde ao desejo instintivo de alívio sem incorrer em culpa. Não há tensão física que não evoque fantasias de estar sendo espancado ou torturado, se o indivíduo em questão se sente incapaz de produzir por si próprio o alívio. É essa a origem da ideologia do sofrimento passivo, presente em todas as religiões.” (p. 139-140)
Segundo Reich, “se conseguimos eliminar o medo infantil da masturbação – o que tem como consequência o aumento da necessidade de satisfação sexual genital -, então o conhecimento intelectual e a satisfação sexual prevalecerão. À medida que desaparece o medo da sexualidade, ou o medo da antiga proibição sexual paterna, diminui também a crença mística.” (p. 171). 
“A consciência sexual e os sentimentos místicos são incompatíveis.”
Conclusão:
Em julho de 1947, o Dr. Wilhelm Reich — um psicanalista brilhante,  o estudante mais promissor de Freud; que já havia enraivecido os nazistas e os stalinistas bem como as comunidades psicanalítica, médica e científica; que sobreviveu a duas guerras mundiais e fugiu para Nova York — estava morrendo em sua cela numa prisão em Lewisberg, Pensilvânia, acusado pelo governo de ser uma fraude médica engajada num “golpe sexual”.
Esse foi o maior incidente de perseguição científica da história norte-americana.


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