GOOGLE, FACEBOOK E MICROSOFT E O MARCO CIVIL DA INTERNET
Após as denúncias de espionagem dos Estados Unidos, os gingantes da tecnologia , Google, Facebook e Microsoft se reuniram para uma discussão e dizem apoiar Marco Civil da Internet.
O Marco Civil da Internet que tramita no Congresso Nacional é uma discussão que ultrapassa campo jurídico e vai para o âmbito da política internacional. Mostra as complexidades para os Estados nacionais legislarem sobre a rede. No Brasil, o tema envolve não só leis, mas a infraestrutura de comunicações, como centros armazenadores de dados e condições de gerenciar o tráfego de informações.
Representantes do Google e Facebook, no entanto, mostraram preocupação com a possibilidade de haver obrigação de instalar suas centrais de tráfegos de dados no Brasil, caso seja inserido no texto. A Microsoft afirma já ter instalado uma central no país.
Marcel Leonardi, diretor de Políticas Públicas do Google, informou que apoia o Marco Civil como está atualmente, sem a inclusão de obrigatoriedade na instalação de data centers em território brasileiro.
Bruno Magrini, gerente de Relações Governamentais do Brasil Facebook, por sua vez, destacou que o Marco Civil foi “construído por meio de um processo democrático” e que, a sua companhia sempre foi favorável ao projeto. Suas preocupações com as possíveis mudanças como a exigência da manutenção de dados no Brasil é de ordem técnica, pois acreditam que degradará o serviço de internet, dificultando a circulação de dados.
A questão é financeira. Essa exigência acarretaria em enormes custos e ineficiência nos negócios online no país ao causar impacto em pequenas e novas empresas de tecnologia que queiram prestar serviços aos brasileiros, segundo o gerente do Facebook.
O diretor-geral Jurídico e de Relações Institucionais da Microsoft Brasil, Alexandre Esper, acredita que o Marco Civil da Internet “colocará o Brasil entre as legislações mais modernas do mundo”. Esper citou que a companhia já conta com data center no país. “No nosso caso, a localização dos dados é irrelevante”, afirmou.
Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, os três representantes das companhias citadas reuniram-se (15) para discutir as denúncias de espionagem por parte dos Estados Unidos.
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