GUERRA PSICOLÓGICA?
No fim de ano, a presidente da República, Dilma Rousseff, usou seu pronunciamento que foi ao ar em cadeia nacional de rádio e TV, para defender a política econômica de seu governo e tentar tranquilizar trabalhadores e empresários discorrendo sobre o esforço de seu governo para combater a inflação e manter o equilíbrio das contas públicas.
No vídeo além das promessas projetando um ano melhor em 2014 ante as taxas de crescimento, Dilma criticou os setores que utilizam a desconfiança para fazer “guerra psicológica”.
Seria realmente guerra psicológica? O contínuo aumento da inflação e das taxas de juros respondem por si.
Segundo Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (BC), os efeitos dos aumentos da taxa básica de juros, a Selic, nos preços ainda estão por vir.
Em audiência pública, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Tombini lembrou que a taxa Selic vem sendo ajustada desde abril do ano passado e voltou a dizer que os efeitos da elevação são cumulativos e defasados.
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INFLAÇÃO E JUROS MONSTROS QUE ALIMENTAM OS BANCOS
Por já existirem quando nascemos e não termos aprendido sobre nosso sistema monetário na educação formal e informal, acreditamos na naturalidade deste sistema. Assim somos dominado por bancos, juros e inflação na propaganda dos governos e instituições financeiras como algo natural, e dificilmente vemos a influência que todo este sistema tem em nossas vidas e na sociedade. Julgando como algo normal não reconhecemos os efeitos do sistema na nossa forma de pensar e nas nossas convicções.
Canonizado por economistas, políticos e toda sociedade quer na América, Africa, Europa, Oriente ou Ocidente vivemos esforçando-nos pelo êxito do crescimento econômico e escravos deste. Acreditamos que a economia só é sã quando está em crescimento. Esta é a pregação por todas as mídias em todo tempo. O nosso sistema monetário baseado na inflação eterna e a nossa economia no crescimento eterno. Os banqueiros espertos conceberam o sistema desta forma no princípio do século passado. Juros e inflação constituiriam um rendimento permanente para os bancos, como malabarismo para simplesmente extraírem dinheiro dos seus chapéus.
Por definição a inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado país ou região, durante um período, levando neste processo a diminuição do poder de compra da moeda Num processo inflacionário o poder de compra da moeda cai.
O que os sistemas que definem a inflação, seja de demanda ou de custos não colocam que com o aumento dos juros, que inflaciona o valor do dinheiro, ao mesmo tempo tornando mais difícil o acesso ao mesmo, supervalorizando-o, contraditoriamente não ocorre a redução dos preços dos produtos, e ainda desvaloriza o valor do trabalho humano na aquisição tanto do dinheiro quanto dos produtos. Logo, a forma como os governos agem no engodo de conter a inflação, com a elevação das taxas de juros, apenas alimenta o mercado dos proprietários do dinheiro. Aumentam a dívida da maioria que não tem acesso a esta condição, e produzem mais trabalho escravo pelo mundo.
A inflação foi o monstro que os detentores do poder financeiro inventaram para enrolar a maioria escravizada que tem que trabalhar muito mais para ter acesso as parcas condições de uma vida descente na aquisição do básico para a sobrevivência na sociedade altamente capitalista.
Exemplo: num país com inflação de 10% ao mês, um trabalhador compra cinco quilos de arroz num mês e paga R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele necessitará de R$ 11,00. Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu 120% do valor de compra.
A inflação é muito ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde mais são os trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe garantam a correção inflacionária.
A redistribuição de renda que os governos dizem que fazem trazem mais lucros aos detentores do dinheiro, pois esta mesma renda volta de uma forma inflacionada na aquisição de mercadorias por estas classes inferiorizadas sem o mesmo poder de compra, pagando em dobro o valor das mercadorias.
Logo, a ação econômica dos governos e banqueiros detentores da economia, não é o fim da inflação, apenas desviam a mesma para o valor do dinheiro, diminuindo o poder de compra nas exacerbadas taxas de juros, lucrando muito mais, retendo a riqueza. Os bancos necessitam da inflação para justificar suas taxas de juros e seus lucros exorbitantes.
Quando os bancos dizem prever a inflação, eles apenas cobraram um pouco mais de juros adiantadamente.
Podemos citar as seguintes causas da inflação:
– Emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo;
– Demanda por produtos (aumento no consumo) maior do que a capacidade de produção do país;
– Aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos produtos.
Apesar deste discurso da expansão das nossas economias, nossa população não vai ter este desenvolvimento tão pregação.
Tanto a igreja quanto o Estado sempre costumavam pregar este crescimento. Os banqueiros, nem se fala, é a ideologia que mais gostam.
Onde estaria o limite para tudo isto que tem trazido o sofrimento para a humanidade?
Depende do que queremos como seres humanos. Queremos alcançar a qualidade para nossos filhos e netos? Nosso planeta também está sobrecarregado, e não deveríamos sobrecarregar a Terra mais do que o estritamente necessário.
A política de hoje é completamente oposta às necessidade de uma sociedade pacífica e sustentável. O sistema monetário desempenha um papel chave. São necessárias reformas. Quanto mais tempo esperarmos, mais difícil se tornará o futuro.
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