IMAGEM E AUDIÊNCIA
“A gente quebrou o Twitter”, Ellen DeGeneres
Na era da tecnologia entramos na mania de compartilhar. A onda é o envio de imagens pelas redes sociais.
Uma forma de pegar carona na onda das experiências particulares? Uma ode à exposição dos usuários nas redes sociais.
O legal da internet é realmente podermos compartilhar. A forma como fazemos cada um que reflita.
Veicular sua imagem nas redes sociais e na internet é uma forma de ser admirado. Quanto mais se é admirada por todos, mais popular se torna.
Para o bem ou para o mal estamos aprendendo com nosso comportamento na web. Existem casos que chamam a atenção negativa, como o cyberbullying. A a violência dos comentários e a indiferença ao sofrimento do outro no mundo on line leva á morte no mundo off line. As redes potencializando um comportamento já existente.
Nossas doenças comportamentais não podem servir de pretexto para a maravilha do acesso a informação na briga dos governos pelo controle da internet. O controle da internet pelos governos significa o nosso controle. E a forma como a utilizamos é pretexto para os mesmos.
O que você curte e o que compartilha?
Tudo que se coloca na internet é para ser compartilhado. Esta é a nossa memória real tornada virtual na psicologia do compartilhamento. Lembre-se, tudo que é compartilhado é multiplicado.
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MINIRREFORMA ELEITORAL CRIMINALIZA ATIVISTA VIRTUAL
O controle da internet sempre foi o sonho e o pesadelo dos governos. Na surdina arranjam mecanismos para tal.
Não fazendo parte do projeto original da minirreforma eleitoral, batizada de perfumaria apresentado em dezembro pelo senador Romero Juca (PMDB), os dispositivos incriminadores de certas condutas virtuais foram introduzidos pela proposta do senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
Segundo Cunha Lima, as redes sociais ao se tornarem poderosas formadoras da opinião pública tem seu uso deturpado, principalmente em época eleitoral.
Projeto que aguarda sanção de Dilma torna crime publicação de mensagens ou comentários na internet contra candidatos.
Mudança na lei afetará publicações de internautas nas redes sociais.
O artigo aguarda a sanção da presidenta Dilma Rousseff, torna crime a divulgação de mensagens e comentários na internet ofensivos a candidatos, partidos e coligações. Caso o texto aprovado pelo Congresso seja sancionado sem vetos por Dilma, quem divulgar esse tipo de conteúdo poderá ser punido com multa de até R$ 30 mil e um ano de prisão. A pena prevista para quem contratar serviços para atacar adversários políticos é de até quatro anos e multa de R$ 50 mil.
A intenção é a censura de todos nós que somos ativista. A internet tem incomodado muito todos os políticos que fazem do Congresso, do bem público e da política fonte inesgotável de riqueza ilícita e poder a qualquer custo. A internet através das mídias sociais se tornou uma fonte importante de organização, fiscalização e combate a corrupção.
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Internet Livre
Querem acabar com a liberdade e a neutralidade da internet. Não à ditadura on line.
O Marco Civil da Internet é um projeto de lei que estabelece os direitos do usuário da web no Brasil e servirá para impor limites as ações das empresas e do governo em relação à rede, garantindo uma internet aberta e livre que proteja direitos como acesso, privacidade e neutralidade da rede. É necessário entendermos por quê este assunto impacta diretamente na liberdade e no bolso de todos brasileiros.
A internet coloca em crise uma série de formas de intermediação entre os negócios da política e da industria. A indústria do coop ligth tem dificuldade de lidar com as pessoas compartilhando arquivos digitais. Os governos tem dificuldade em lidar com as possibilidades que a tecnologia traz com a participação. A tecnologia facilita a participação, facilita as denúncias. Um exemplo é como poderíamos prever que um grupo tão pequeno como o wikileaks pudesse fazer um estrago tão grande na imagem de um governo. A internet incomoda muito e começou a receber uma série de restrições a partir das leis nacionais em diversos países. Nos governos temos os ditadores amigos e os ditadores inimigos que querem cercear a internet. Tantos o governo francês, o governo inglês, o governo americano quanto os ditadores do oriente médio querem cercear a internet.
Na França foi aprovada a lei Sarkozy que desconecta o internauta que compartilha arquivos em rede Peer-to-peer. Na Espanha foi proibido download de arquivos que o internauta não tenha direitos autorais, o que gerou grande indignação fazendo um dos pontos culminantes do movimento 15-M. Na Inglaterra quando mataram o jovem negro, os jovens explodiram Londres, e a primeira coisa que o liberal David Cameral sugeriu foi tirar a internet do ar, bloquear as redes sociais. Na Síria o Assad é acusado de bloquear a internet. Estes são os ditadores amigos e ditadores inimigos.
Aqui no Brasil somos defensores da liberdade da internet, assim como a imprensa em geral, da liberdade de expressão das mídias em geral, e para isto queremos que a internet continue livre.
Existem batalhas em todo o mundo sendo travadas, os ativistas da democracia da comunicação da internet livre estão buscando a aprovação de leis que garantam que a internet continua a funcionar como ela funciona hoje, com neutralidade da rede, ou seja, o cara que controla o cabo não controle o fluxo de informação. Temos que ter liberdade de expressão e de criação, sem burocracia anti-criatividade. Os controles técnicos não podem ser transformados em controles da cultura e da política. Não dá para criar uma internet com controle opressivo, tendo que ficar pedido protocolos para governo e operadoras. Para isto foi criado o marco civil foi construído pela sociedade civil, antes de ir para o governo, sendo uma reação a Lei Azeredo AI5 Digital, tendo duas mil contribuições numa plataforma digital. O governo depois incorporou e mandou para o Congresso, mas as operadoras de Telecom, as empresas tipo as associações das industrias do coop light junto com o Ecad entraram paralisando este processo. Assim, se não houver pressão, muito dificilmente conseguiremos aprovar esta lei, pois no mundo todo esta batalha é muito dura, e, no Brasil não é diferente.
O Marco Cível no Brasil é muito elogiados por outros países, apontando por garantia direitos do cidadão internauta por trazer três pontos fundamentais:
1. A liberdade de expressão;
2. Garantia da privacidade do usuário; e
3. Da neutralidade de rede que impede que a internet se transforme por exemplo em uma grande TV a cabo, vendendo-a em pacotes de serviços.
O grande problema é o mercado abusivo que quer ganhar dinheiro em todo plus da internet, sem perder nada em relação aos mercados anteriores existentes.
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CYPHERPUNKS A LIBERDADE E O FUTURO DA INTERNET
“É preciso acionar o alarme. Esse livro é o grito de advertência de uma sentinela na calada da noite”, escreve Assange na introdução.
A internet possibilitou verdadeira revolução no mundo todo, mas a previsão de Assange é uma grande onda de repressão no mundo online, a ponto de considerar a internet como uma possível ameaça à civilização humana devido à transferência do poder de populações inteiras a um complexo de agências de espionagem e seus aliados corporativos transnacionais que não precisarão prestar contas pelos seus atos. Em contrapartida, propõe o lema “privacidade para os fracos e transparência para os poderosos”. Resultado de reflexões de Assange com um grupo de pensadores rebeldes e ativistas que atuam nas linhas de frente da batalha em defesa do ciberespaço, o livro reflete sobre a vigilância em massa, censura e liberdade, mas o principal tema é o movimento cypherpunk, que faz uso da criptografia como mecanismo de defesa dos indivíduos perante a apropriação e uso bélico da internet pelos governos, Estados e empresas. Os cypherpunks defendem a utilização da criptografia e métodos similares como meios para provocar mudanças sociais e políticas. O movimento teve início em 1990, atingiu o auge de suas atividades durante as “criptoguerras” e, sobretudo, após a censura da Internet em 2011 na Primavera Árabe. O termo cypherpunk, uma derivação (criptográfica) de cipher (escrita cifrada) e punk, foi incluído no Oxford English Dictionary em 2006. “Uma guerra furiosa pelo futuro da sociedade está em andamento. Para a maioria, essa guerra é invisível”, alerta Julian Assange, fundador do WikiLeaks, na apresentação do seu programa de entrevistas World Tomorrow, realizado em parceria com a rede de TV russa WT – e que serviu de base para este livro. “De um lado, uma rede de governos e corporações que espionam tudo o que fazemos. Do outro, os cypherpunks, ativistas e geeks virtuosos que desenvolvem códigos e influenciam políticas públicas. Foi esse movimento que gerou o WikiLeaks”. A batalha travada pelo WikiLeaks é tanto política quanto tecnológica. A organização representa um marco importante ao disponibilizar, por princípio, toda a base documental de suas publicações. Além de divulgar documentos, o WikiLeaks produziu dezenas de matérias, vídeos e artigos de opinião. Por outro lado, no jornalismo tradicional são poucos os veículos que disponibilizam todo o material‑base de suas reportagens para que seja escrutinado e reutilizado pelo público. A indústria da notícia é uma das principais trincheiras na disputa sobre o vasto mundo da internet. Na era da internet qualquer um pode ser produtor de notícia. O WikiLeaks avança ao trazer a possibilidade de dezenas de veículos independentes, jornalistas e usuários se apropriarem de documentação, se tornando provedores de jornalismo de qualidade, com base no jornalismo investigativo ao valer‑se dos segredos de Estado, documentos que comprovam violações de direitos humanos por empresas, o rastro documental dos crimes dos poderosos. Apesar da noção hacker intrínseca na maneira de o WikiLeaks praticar jornalismo aliando-se a veículos tradicionais de mídia, bem como a veículos não tradicionais, ela incentiva a disseminação de conteúdos livres, fora dessa indústria. Redes sociais como o Facebook, Google são apontados como “a maior máquina de vigilância que já existiu”. O debate argumenta que as agências de espionagem dos EUA têm acesso a todos os dados armazenados por Google e Facebook – vistos como “extensões dessas agências”. “É uma maluquice imaginar que entregamos nossos dados pessoais a essas empresas e que elas se transformaram basicamente em uma polícia secreta privatizada”, afirma Jacob Appelbaum, fundador da Noisebridge. “A internet, nossa maior ferramenta de emancipação, está sendo transformada no mais perigoso facilitador de totalitarismo que já vimos. A internet é uma ameaça à civilização humana”, afirma o editor, que enxerga uma militarização do ciberespaço: “Quando nos comunicamos pela internet ou por telefonia celular, nossas trocas são interceptadas por organizações militares de inteligência. É como ter um tanque de guerra dentro do quarto”, diz. O escritor faz uma defesa da auto-gestão ou autonomismo e com uma metralhadora giratória do texto ataca poderes políticos e econômicos fazendo parecer brincadeira de criança a imaginação de George Orwell. No debate transcrito, surgem temas como censura, direito autoral e pornografia infantil. E são relatados casos de softwares que, por exemplo, impedem que funcionários tenham acesso a sites de sindicatos que informem sobre seus direitos trabalhistas. Cuidado: você está sendo vigiado e manipulado. Essa é a mensagem que fica da leitura de “Cypherpunks, Liberdade e o Futuro da Internet”, novo livro de Julian Assange. E o homem transferiu para o cyber espaço todo seu mundo de segredos, reproduzindo online sua mediocridade moral em busca da liberdade.
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INTERNET COMO UM LEGO
“Vivemos em um mundo remix”
Para Mark Surman, da Mozilla Foundation, tudo pode e deve ser modificado na web
Transformar a web em uma plataforma aberta, este é o conceito de Mark Surman, diretor-executivo da Mozilla Foundation. A idéia é que os usuários tenham total autonomia e possam manipular a web construindo-a da forma como desejarem, não ficando dependentes dos serviços de grandes empresas. “A web foi feita para ser como Lego”, comparou, emendando em seguida: “deveria ser divertido”. “Vamos usar a web para criar mais web”, resumiu, citando o Mozilla Webmaker, ferramenta que permite ao usuário comum construir conteúdos na internet usando recursos que já existem. Ferramentas que incentivem o usuário a mudar a internet são necessárias para chegar lá, e é essa direção que a fundação de Surman tenta seguir. Enquanto muitos discutem a militarização da internet, Surman acredita na programação livre inserida na vida civil, sendo a programação uma disciplina em sala de aula onde todos aprendam a programar. Com relação a discussões sobre a privacidade na internet, é preciso aprendermos o equilíbrio entre o que é privado e o que se ganha ao dispor dados pessoais na rede. “Já fazemos isso no dia-a-dia, somos ao mesmo tempo pessoas públicas e privadas”, reforçou. O Firefox, sistema operacional móvel que a Mozilla desenvolve em parceria com a telefônica deve levar avante o conceito de web móvel e aberta com possibilidade da construção da internet que queremos. O sistema operacional é uma alternativa ao mercado para que este não fique concentrado nas mãos de duas únicas empresas – o google, com o Android, e a Apple, com o iOS do iPhone e do iPad. Infelizmente as tecnologias na maioria são utilizadas no antigo padrão de condicionamento da mente humana. E a internet como cérebro humano também se tornou a representação desta velha mentalidade no uso de rede de informantes, estruturas de suborno, técnicas de lavagem de dinheiro e o emprego de métodos de cunho psicológico. O problema não é a rede, somos nós.
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