CÓPIA OU PLÁGIO, IMAGEM E SEMELHANÇA
Do que somos cópia? O que copiamos?
A cópia é uma questão de DNA. Ninguém acusa o DNA de plágio. O julgamento vem quando o DNA não é uma cópia perfeita.
O copiar e colar é uma ferramenta moderna. A cópia é algo tão intrínseco que copiamos até as idiossincrasias sintomáticas da individualização do eu. O eu no seu sentimento de estado perfeito, de não cópia, não tem a percepção, a propriocepção que ele é construído a partir da matéria prima de toda a memória histórica da humanidade.O eu é a cópia da humanidade em todas as suas idiossincrasias humanas.
Copiar e colar é moderno e o ato mais antigo. Na natureza copia-se, e o universo é uma cópia de si mesmo.
O pensamento socrático de um mundo superior com uma cópia inferior.
Um pensamento cristão pois somos imagem e semelhança de Deus.
Copiar é parte da estrutura do pensamento humano como forma de ver o mundo.
E o que temos copiados nos tornando cópias? Como temos copiado?
Copiar apresenta uma outra realidade humana que determina o funcionamento do seu pensamento. O estado de comparar. Você já se comparou hoje?
E nossa Ciência é comparativa. E a comparação gera o sofrimento.
E hoje o homem começa a perceber que todas as suas comparações ou foram com base na sua imagem num espelho.
E a imagem e semelhança dos Deuses no qual ele depositou a sua crença era uma falsa imagem de uma realidade inventada, criada.
A Ciência cria tanto quanto a Religião. A errônea imagem de mundos separados.
O que tem embaixo tem em cima. O observador é o observado.
E como diz Schopenhauer, a natureza copia mas não se contrista.
Quando se sentires mais ou menos diante de todas as vidas existentes da qual você é uma cópia, observe o que você está copiando. Depois acuse de plágio.
Teremos o sentimento de Salomão que não há nada de novo debaixo do sol.
As novidades são velhas?
O mundo como representação da nossa vontade é velho? Seria este o segredo da tristeza da suposta tristeza Schopenhauer?
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