APARTHEID FINANCEIRO
Raros são os que trazem luz na avassaladora escuridão do mundo que gera a escravidão, o racismo e a miséria. Mais raros são as personalidades políticas que entendem a responsabilidade do poder. Não buscam a sua manutenção a qualquer custo em detrimento do sofrimento humano, implementando políticas de domínio e enganação.
Enquanto conservadores como Boris Johnson, acende o pavio ao dizer que as diferenças socioeconômicas se deviam ao quociente intelectual, mostrando o que realmente pensa e defende essa minoria, morre uma semente que deixa o seu legado plantado no coração da humanidade.
Os sul-africanos acordaram para viver um futuro sem Nelson Mandela. Alguns reconhecem temer que a morte do herói da luta contra o apartheid possa deixar o país vulnerável a tensões raciais e sociais que ele lutou tanto para combater.
E não apenas os sul-africanos, mas o mundo deve sempre temer o que ainda prevalece. Pensamentos como de Boris Johnson que resumem a “naturalidade” dinâmica mercantil da expressão inglesa: business as usual, ou seja, um negócio comum, como outro qualquer que tem sido a escravidão humana no mundo, que enriqueceu e enriquece.
Não são as diferenças de pele, de religião, de QI, mas a ganância e a facilidade com que líderes mundiais semeiam não a luz de Mandela, mas sim a escuridão das guerras e divergências.
A África do Sul vive crescentes conflitos e protestos contra serviços precários, pobreza, criminalidade, desemprego e escândalos de corrupção que atingem o governo de Zuma.
A Europa vive o crescente aumento da pobreza. Será por problemas de QI?
O Brasil também vive suas tensões raciais, corrupção e luta por melhores condições sociais.
Hoje quem escraviza, além da corrupção dos partidos é o mercado financeiro, o trabalho escravo, o juro escravo acolhido pelos governos que sugam o poder de melhores condições sociais.
A partida de Mandela é o começo da nossa missão contra todo tipo de apartheid.
Se observarmos bem tranquilamente, todo apartheid é financeiro. Semeando as diferenças raciais, a moral do apartheid é o domínio dos recursos do planeta, quer sejam humanos ou naturais.
A luz de Mandela está sempre em nossos corações.
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