NINFOMANIA DO MERCADO FINANCEIRO
O Copom (Comitê de Política Monetária), aumentou nesta quarta-feira (2) em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic), passando-a para 11% ao ano.
Uma contradição ante o discurso do governo de que a inflação está dentro dos parâmetros definidos pelo Banco Central (4,5% a 6,5% ao ano). O governo Dilma lança assim uma espécie de bolsa-banqueiro, enriquecendo uma minoria de rentistas que têm suas contas pagas pela sociedade.
O apetite insaciável do mercado financeiro encarece a produção e o consumo, dificulta o crescimento econômico do país, freando a política de geração de empregos, a melhoria dos salários e a distribuição de renda.
Com o novo aumento da Selic o governo representa apenas a ganância do mercado financeiro, sedendo ao seu terrorismo. O mercado financeiro é o único que ganha rios de dinheiro com a subida dos juros. Os demais setores da sociedade perdem.
É um mecanismo oriundo da herança perversa da ditadura civil-militar, criado no governo Castelo Branco para remunerar os detentores de títulos da dívida pública.
Vivemos para pagar juros á um mercado que no seu furor uterino não se satisfaz nunca no seu mecanismo de concentração de riqueza.
São mecanismos como este que explicam o fato de o Brasil, a sexta maior economia global, ser um dos países mais injustos e desiguais do mundo.
Depois vemos o governo Dilma/Lula aos quatro ventos como os maiores distribuidores de renda. Para quem?
Mesmo com o forte investimento do governo em programas de redução da pobreza nos últimos anos, o Brasil ainda é um dos países com maior desigualdade social do mundo, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Mesmo com investimentos do governo na redução da pobreza, o Brasil é um dos países com o maior desigualdade social no mundo, segundo a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Isso é inaceitável para nós brasileiros que lutam por um país justo e solidário com crescimento vinculado a distribuição de renda.
O caminho deveria ser inverso, a queda dos juros seguindo padrões internacionais.Além do controle da inflação, o BC deveria estabelecer metas sociais, como a geração de empregos e a redução das desigualdades.
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