AURORA
Todas as coisas que duram muito tempo se impregnam de razão.
É necessário observarmos a origem da razão. Mas, quando observamos a origem da razão moral do homem, observamos com espanto o que sempre nos foi dito. Toda nossa razão nasceu da desrazão. Mas, por que demos tanta razão a algo nascido da irracionalidade? A submissão às leis da moral nada tem de moral.
Ela pode ser provocada pelo instinto de escravidão, de vaidade, de egoísmo, pelo fanatismo, pela inflexão ou resignação.
Não é porque um cachorro fica acorrentado perto do seu dono que ele é o seu melhor amigo.
As relações sociais se dão mais pelas amabilidades morais que pela moral propriamente dita.
Na moral das leis e dos costumes teoria e prática ainda é um problema. Esta moral humana que dura há muito tempo já possui sua defesa impregnada pela memória do tempo, da sua própria origem.
Ela se coloca nos status divino. Ir contra a moral é ir contra Deus. E quanta vaidade há na adoração a Deus! E quanta escravidão há na adoração a Deus! E quanto fanatismo há na adoração há Deus! E quanto egoísmo há na adoração a Deus!
O ato de desespero como submissão à autoridade de um soberano, em si, nada tem de moral.
O que é conservar a liberdade intelectual? O tu deves. E vivemos uma época de grandes dívidas.
A moral da amabilidade comparativa e a bondade para comparar as divergências das nossas opiniões com os outros. Isto é considerado pelos homens um pouco independentes, não somente como admissível, mas também como “honesto”, “humano”, “tolerante”, “nada pedante” e quaisquer que sejam os temos que se usa para adornar a consciência intelectual: e é assim que um tal faz batizar cristãmente seu filho apesar de ser ateu, o outro cumpre os serviço militar como todos, embora condene severamente o ódio entre os povos, e um terceiro se apresenta à igreja com um mulher porque ela é de piedosa família e faz promessas diante de um padre sem sentir vergonha de sua inconsequência.
Esta é nossa sociedade política e polida. Milhões de rituais vazios, de reuniões obsoletas, de planos inconclusivos, de belos projetos Titanic. O no Titanic morreram tanto a burguesia, quanto a plebe que sonhara uma nova terra prometida.
E ainda estamos sonhando. Mas, a tecnologia é o nosso novo Titanic e não podemos naufragar.
No grande silêncio, a razão ulterior é que, se agimos de forma moral não é porque somos morais.
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PETROBRÁS E A BANANA DE OBAMA
Obama dá um “obanana” para a presidente Dilma em seu pedido de desculpas pessoais assumindo a responsabilidade de espionagem dos EUA no Brasil.
A indignação da nossa presidente em entrevista que foi ao ar nesta sexta-feira (6) da semana passada era evidente. Dilma chegou a dizer que o o colega americano assumira responsabilidade “direta e pessoal” na apuração de ações de espionagem dos EUA no Brasil.
A resposta veio em forma de uma nota assinada por um funcionário de terceiro escalão, Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional — NSC, na sigla em inglês. O órgão é chefiado por Susan Rice, com quem o chanceler brasileiro Luiz Alberto Figueiredo se reuniu por uma hora e quinze minutos.
O texto do porta-voz Caitlin Hayden reconhece como legítimas as preocupações do Brasil geradas pela suposta espionagem de Washington a Brasília. Além de colocar dúvidas sobre as espionagens, diz que há distorção das atividades americanas no processo de monitoramento de outros países.
Obama tergiversa ao dizer que há distorções do entendimento das atividades americanas. Espiona não assume, não nega, acha normal as preocupações dos espionados. Tudo vai ficar por isso mesmo. Continuaremos espionando tendo mais cuidado ao faze-lo. Vocês que se protejam. A culpa é das mídias que distorcem o trabalho da inteligência americana.
Dilma tem viagem marcada para Washington no dia 23 de outubro, condicionou sua ida à respostas de Obama. “Minha viagem depende de condições políticas. Eu quero saber tudo o que tem [sobre a espionagem feita no Brasil].Dilma deveria perguntar a Snowden.
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou na sessão desta quarta-feira (11) a formação de um grupo de parlamentares para visitar o ex-analista da CIA, Edward Snowden, em Moscou.
O que será que Obama sabe que preocupa nossa presidente?
Circula pelas redes o medo que Dilma e Lula, na verdade, estão morrendo de medo do conteúdo, que venha a ser vazado midiática, policial e judicialmente, de tudo que a espionagem norte-americana registrou.
Os problemas enfrentados pela Petrobrás parece ser o o calcanhar de Aquiles do governo petista.
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VOYERISMO AMERICANO
A presidente Dilma Rousseff classificou a suspeita de espionagem na rede de computadores da Petrobrás como uma prática movida por “interesses econômicos e estratégicos”.
Toda prática da hegemonia americana é movida por interesses econômicos.
Por trás da ideologia que justifica as atitudes dos líderes dos EUA nesses anos todos de construção política com base na democracia humanitária, existe o comportamento viciante pelo poder. E o poder é econômico. Outras discussões são apenas desvio do foco.
A cultura política americana oriunda da colonização da Nova Inglaterra fundamentada pelas seitas protestantes extremistas que praticaram o genocídio dos povos indígenas a escravização dos africanos que originou suas comunidades etnicamente segregadas pelo poder econômico.
O discurso de Obama marcando os cinquenta anos do histórico discurso “Eu tenho um sonho” (“I have a dream”) de Martin Luther King, nos fala desta realidade, tão presente entre os americanos, quanto no mundo.
“A igualdade econômica permanece como nossa grande questão inacabada. Cada vez mais pessoas têm dificuldades. Os que marcharam não buscaram somente a ausência de opressão, mas a presença de oportunidades econômicas. Em muitas comunidades neste país, em cidades, subúrbios e povoados, a pobreza paira sobre nossos jovens – afirmou. – E essa tarefa não será fácil. Eu sei que será um caminho longo, mas nós podemos chegar lá. Tropeçaremos, mas sei que levantaremos – afirmou, ao som de fortes aplausos.”
Os americanos se apresentam como os “mocinhos” da história e promovem guerras preventivas.
E sua democracia ostenta o direito de um predador da violação dos direitos humanos, violações unilaterais, exportação de armamentos para aliados subalternos, busca de rendas petrolíferas suplementares, as verdadeiras justificativas para as gueras na Ásia central e no Oriente Médio.
Este é o sistema de funcionamento do nosso pensamento na representatividade de todos todos governos, de todos os líderes e povos na história da humanidade.
Os interesses “nacionais” que a classe dirigente dos Estados Unidos se reserva o direito de invocar como melhor lhe pareça, é o objetivo único de todos os governos no mundo – “fazer dinheiro”. Tanto o Estado americano se colocou abertamente e prioritariamente a serviço do segmento dominante do capital constituído pelas suas transnacionais, quanto a violência no mundo é decorrente do seguimento de outros governos na mesma conjuntura ideológica estrutural.
A diferença é quem tem maior arsenal bélico e poder econômico.
Pedir que o governo Sírio entregue suas armas biológicas é uma forma infantilizada de lidarmos com a violência no mundo.
Espionar os governos como método de combate ao terrorismo é promover mais terrorismo.
E ao contrário de Obama, o governo brasileiro nunca sabe de nada.
A contradição americana é que com tanta tecnologia destinada a espionagem não evitaram o 11 de setembro.
Quem sabe não voltem esta tecnologia para si mesmo e observem o seu papel no mundo na manutenção da violência, da ganância e do poder a qualquer custo.
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O QUE NOS UNE NOS SEPARA
As diferenças culturais são difíceis de resolver enquanto estruturam o pensamento e justificam a violência contra o outro.
Diz-se que o pensamento neo conservador criou a noção de que os povos árabes são intolerantes dando pouco valor à democracia. Uma ideologia transmitida pela mídia, infestando a maioria dos jornais do mundo ocidental como se fosse uma verdade cientifica religiosamente inabalável. É necessário a conquista, não importando o número de vidas e o sofrimento. Isto é visto apenas como efeito colateral de uma verdade maior que necessita ser implementada a todo custo. A verdade democrática, que corre perigo ante a realidade muçulmana.
Do lado oposto o mesmo padrão de pensamento está agindo.
Há séculos utilizamos deste mecanismo neural como fórmula de origem e criação e destruição das nações.
As padronagens de comparação que determinam o que é diferente atuam reforçando e justificando o direito, a destruição e a posse territorialista, financeira, individuais e coletivas no mesmo seguimento neural.
As verdades religiosas causam mais dificuldades por serem disseminadas e dissimuladas pelo pensamento como algo imaterial, não oriundas do pensamento, divinas, dadas por entidades superiores e inquestionáveis na construção de toda uma mitologia envolvida pelas teias dos tabus e medos. E dentro desta hierarquia os governos se apresentam como representantes legais, morais e tangíveis desta imaterialidade. Nossos deuses são tão violentos quanto nós mesmos. Necessitam de sacrifícios para a sua existência. Nossos deuses são tão contraditórios quanto nós mesmos no amor à destruição como manutenção e geração da vida.
A elite que os governa faz uso do poder de manipulação das massas entendendo essa construção do pensamento. Se colocam acima do bem e do mal na imposição da sua ideologia mantendo seu status de dominação.
Qual a diferença entre o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, Obama dos Estados Unidos da América, os potenciais aliados americanos e o regime de Damasco (Síria) e Bashar al-Assad?
Com a apresentação de “provas incontestáveis” que foi o governo de Bashar al-Assad que utilizou armas químicas contra os rebeldes, o aval das Nações Unidas, respiraremos tranquilos por não considerarmos intervenção militar contra o regime de Damasco (Síria) e Bashar al-Assad “uma agressão”.
A construção da violência já existe, justificando-a ou não. Enquanto se procura dados que oficializem a punição dos supostos responsáveis pelo uso de armas químicas, houve morte de 1420 pessoas nos arredores de Damasco de acordo com número dos EUA.
Na tergiversação dos governos o que subjaz a dinâmica das justificativas ideológicas é a preocupação econômica.
Na economia dos deuses os sacrifícios são a moeda de troca para a manutenção divina.
A China advertiu nesta quinta-feira que uma intervenção militar na Síria vai prejudicar a economia mundial e elevar o preço do petróleo.
Mais do que uma intervenção real, no jogo da guerra os americanos tem interesse em abrir caminho para a China.
De acordo com um documento emitido em abril deste ano e vazado pelo ex-analista do órgão Edward Snowden, a política externa, o comércio exterior e a estabilidade econômica do bloco europeu são objetivos prioritários da vigilância da agência.
Entre os principais alvos de espionagem norte-americana aparecem a China, a Rússia, Irã, Paquistão, Coreia do Norte e Afeganistão.
Se os países ocidentais querem intervir para derrubar os governos antidemocráticos do Oriente Médio, o que os impedirá de tentarem derrubar o governo comunista da China?
Diferentes dos problemas enfrentados pelos governos de países do Oriente Médio, as questões chinesas derivam do rápido crescimento econômico e da dependência do petróleo.
“Uma ação militar teria um impacto negativo sobre a economia global, especialmente sobre o preço do petróleo — vai causar um aumento no preço do petróleo”, disse o vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, antes do início das negociações dos líderes do G20.
Se os países ocidentais decidirem intervir para derrubar os governos antidemocráticos do Oriente Médio, raciocinam os líderes chineses, o que os impedirá de um dia tentar derrubar o governo comunista da China?
Segundo Andrew Browne, os conflitos no Oriente Médio destacam para a China a realidade da existência de uma única superpotência no mundo hoje: os Estados Unidos.
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I HAVE A HOPE
No aniversário do discurso I Have a Dream serviu ao primeiro Presidente negro dos Estados Unidos para fazer um apelo ao ativismo. “Não somos reféns dos erros da história”, afirmou
Uma contradição de Obama diante da promoção das guerras no Oriente Médio. Neste ponto, pelo que consta, os americano ainda são reféns dos seus erros históricos e de seus presidentes.
A metodologia americana de dominação e promoção de guerras é igual e continuam sendo reféns da sua história.
Não adianta subirmos as escadas escadas do Lincoln Memorial em Washington, ocupando o mesmo lugar onde há 50 anos Martin Luther King fez o seu mais famoso discurso,e profetizar o paraíso no planeta com igualdade de oportunidade para todos, numa sociedade pós-racial, e na ideologia cristã americana viver apenas as expectativas, se os governos que detém o poder só o transfere o pode para aqueles que possuem o poder financeiro no mundo. Igualdade econômica para todos os americanos significa a promoção de guerra, a espionagem?
Na dominação e escravidão humana itens como a cor da pele, as ideologias religiosas e as lutas por igualdade de oportunidade no que concerne os direitos de gênero, homossexuais, trans e mulheres servem como base para justificar a dominação financeira. O sonho não foi completamente cumprido por que não existe equidade democrática no acesso as riquezas das nações.
O apelo e o sonho de King pode ter mudado do ponto de vista das leis contra o racismo, mas do ponto de vista econômico continua praticamente o mesmo. O preconceito, seja racial, de gênero ou religioso escamoteia os problemas econômicos que existem não apenas nos EUA, mas no mundo.
Todo preconceito e dominação antes de ser um ódio por etnia, cor de pele, gênero ou religião é de dominação econômica. Não observarmos este fato é sermos superficiais. Se Obama nunca mencionou diretamente a cor da pele como muitos negros americanos desejam é por razões econômicas. Existe muita diferença entre um negro, um gay, uma mulher incluídos no sistema financeiro e os que não tem condições.
O preconceito racial nos Estados Unidos, com um negro presidente pode ser camuflado de outra forma. A luta racial agora deve ser contra os mais vulneráveis, homens e mulheres negros marginalizados, desempregados pela crise econômica.
O discurso democrático de que a sociedade dá oportunidade iguais para todos é uma falácia. Imprime uma responsabilidade de competência individual eximindo as elites conservadoras detentoras do poder econômico com seu discurso de meritocracia, da valorização do esforço e da competência.
Para as elites conservadoras o culto ao mérito individual é uma escravidão disfarçada. E o discurso pronunciado por Obama está sendo amplamente utilizado por estas elites conservadoras que se apropriam inclusive do sonho de KIng.
Para os ricos não existe problemas com cor de pele, gênero. É difícil vermos ou ouvirmos que um Pelé sofre preconceito, e mais ainda ele se colocar como negro. A dignidade humana é inerente a sua condição financeira. As elites sempre irão escolher alguém dentro deste discurso de capacidade individual para proporcionar as massas exemplos heroicos a serem seguidos. O ideal é vivermos bem e sermos respeitados pelos outros, mesmo não tendo nenhuma capacidade considerada extraordinária, com uma equidade democrática dos recursos do planeta de forma que possamos ter uma vida digna como qualquer ser humano. Não queremos ser colocados como exemplo da ostentação de uma minoria detentora do poder econômico em detrimento da escravidão da maioria. Não queremos que a nossa cor de pele, orientação sexual ou religiosa seja usada como moeda de troca política e ostentação de das elites detentoras do poder econômico. Esta é a falácia democrática no culto das capacidades individuais que mantém o sistema.
Obama não se tornou presidente dos EUA por ter pele negra ou por seus méritos apenas. É o que é hoje por ter tido o apoio de organizações militares e empresariais imperialistas. Não foi colocado para questionar o imperialismo norte-americano, mas para torná-lo mais eficiente e aceitável perante o mundo.
Para superar todos os obstáculos através do esforço individual e não é necessário uma organização anti-racista. E ninguém vive com dignidade diante de tamanha pressão.
A esperança de mudança depositada em Obama nos EUA e do PT na figura de Lula, uma correlação com base apenas na simbologia de dois líderes populares é um sonho que não resolveu os pesadelo humano da desigualdade social, apesar do discurso e das maquiagens políticas. E os fundamentalistas econômicos continuam a semear a mesma discórdia de lutas raciais, de gênero e religiosa para a manutenção do seu status financeiro. Para as classes nobres estas prerrogativas já não existem.
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BARACK BUSH
Ainda brincamos com o valor das vidas humanas promovendo a violências das guerras na defesa de ideologias políticas que escondem nossa ganância pelo poder financeiro mascarados em lutas religiosas. Bastou um possível ataque contra Síria para derrubar as bolsas mundiais subindo o petróleo e ouro. Quem lucrou com isto? O sofrimento vem dos mercados emergentes. As bolsas asiáticas registraram fortes baixas nesta quarta-feira (28), o petróleo estava em alta e as divisas dos mercados emergentes passavam por nova desvalorização ante a provável intervenção militar ocidental na Síria.
A tensão geopolítica no Oriente Médio é um novo elemento de preocupação dos mercados, além da iminente disputa sobre o teto da dívida nos Estados Unidos, que ameaça deixar o país em um beco sem saída político.
Barack Hussein Obama ganhador do Nobel da Paz de 2009, o primeiro negro (afro-americano no contexto estadunidense) a ser eleito presidente dos Estados Unidos. Qual sua diferença em relação ao governo Bush? No tango entre democratas e republicanos a mesma dança no que tange as relações com o oriente médio.
Em seu discurso de democracia, uma falsa ideologia liberal, o governo dos EUA semeiam a guerra e a discórdia para depois dominar as riquezas dos países que lhes interessam. Não é nenhum segredo que a política externa dos EUA é tratada de acordo com os interesses do pais em todo o mundo. EUA busca controlar onde o seu governo acha que existem oportunidades para levar a cabo a sua agenda de controle.
Assim é a agenda americana no Egito.
De acordo com Brian Becker, coordenador nacional para a Coalizão ANSWER, a maioria do dinheiro dado ao Egito, nem sequer deixa os EUA, uma vez que grande parte do dinheiro dos contribuintes vai para as mãos de empresas ocidentais, principalmente empreiteiros militares que fazem as armas que o exército egípcio usa para oprimir seu povo.
Em primeiro lugar na lista de países que recebem bilhões de dólares em ajuda está Israel, com o Egito em segundo lugar. “Eles deram o dinheiro para Mubarak, Sadat, e estão dando sem parar ao longo deste mandato”, diz Becker. Segundo ele, os EUA não vai cortar o financiamento, por duas razões principais: a maior parte do dinheiro vai para as contas bancárias dos fabricantes de armas dos EUA e porque o resto do dinheiro dos EUA ajuda a manter o alto comando militar na folha de pagamento dos Americanos. “Essa é a dinâmica, a forma como os Estados Unidos mantêm o controle deste, o maior país árabe”, disse Becker em entrevista ao Russia Today.
A aversão extrema no Egito para o embaixador dos EUA Anne Patterson – amplamente visto como um fantoche Irmandade Muçulmana – é o exemplo de como o povo do :Egito vê a intervenção americana em seu país. A contradição – financiam aqueles que não tem interesse na democracia enquanto pregam a mesma como solução para o país e para o mundo. E assim tem sido não apenas os EUA, mas seus aliados e outros governos que escondem seus interesses econômicos por trás de um discurso ideológico. Se apropriam do fanatismo religioso para semear a luta, a desestabilização do povo que na maioria não conseguem fazer uma leitura mais profunda diante do emocionalismo cultural. O que querem o povo Egípcio? Seriam mesmo tão anti-democráticos?
7 Youm , um jornal popular no Egito (o sexto site mais acessado do país de acordo com a Alexa), realizou uma pesquisa pedindo a seus leitores “Você apóia a chamada para chutar embaixador dos EUA, Anne Patterson, porque ela interferia nos assuntos egípcios? “
A gritante 87,93% disseram que sim, 10,54% disseram que não, e 1,53% eram indiferentes.
Parece que este não e realmente o discurso daqueles que fizeram oposição ao governo de MOHAMMED MURSI. “Agora devemos pensar sobre uma nova Constituição para todos os egípcios, sobre uma nova lei fundamental que não irá distinguir as pessoas por sexo ou religião. A Constituição deve proteger a dignidade de cada cidadão e cidadã do Egito, seu direito à justiça social, proteger a soberania do estado e ter em conta o princípio da separação de poderes. Vamos lançar em breve uma campanha chamada “Escreve tua Constituição”. O povo egípcio vai participar da criação da Constituição, que deve refletir os objetivos da revolução de 30 de junho. Depois disso, vamos pensar sobre eleições.”
Apesar do que os fatos mostram, Obama disse recentemente que era injusto culpar o Ocidente ou os Estados Unidos pelos problemas que o Egito experimentou e está experimentando durante o último meio século. Ele disse que os Estados Unidos têm apenas o interesse de que o Egito se torne em uma democracia. O Sr. Becker não concorda com essa afirmação. “Os interesses dos Estados Unidos são os das companhias petrolíferas que só querem explorar a região. A política externa dos EUA é a de Chevron e Exxon Mobile “.
O artigo de Sara Khorshid recorda que os militares são sustentados pelo governo americano, com uma ajuda anual de US$ 1,8 bilhão por ano. Essa ajuda foi restaurada após a revolução e é ela que garante o poder supremo dos generais. Sem esse dinheiro, eles teriam sido escorraçados.
Falta de cultura democrática? Nada disso. Excesso de dólares no bolso de quem não quer democracia.
Para Huntington, o grande conflito de nossa época envolve valores culturais e morais – e não mais ideologias. Essa visão tem uma utilidade política clara. Serve para justificar o esforço norte-americano para manter seu domínio imperial em várias partes do mundo, inclusive no Oriente Médio. Em vez de dizer que os EUA querem petróleo, Huntington garante que querem defender valores moralmente mais elevados. .
O problema é que os compromissos externos dos EUA com valores democráticos são determinados por interesses concretos, que não se submetem aos caprichos da antropologia cultural. Podem ser abandonados quando não tem maior serventia, como acontece no Egito.
A manutenção de uma ditadura militar no Egito é de extremo interesse dos EUA. Contribui para preservar as boas relações com Israel, prioridade número 1 dos EUA naquela parte do mundo.
Por essa razão, a Casa Branca até fechou os olhos para uma lei do Congresso que limita a ajuda militar a regimes que defendem liberdades fundamentais. Já assegurava isso nos tempos de Muraback e segue na mesma linha, quando o ditador já foi destronado.
A noção de que os povos árabes são intolerantes e dão pouco valor à democracia integra uma das noções típicas do pensamento neo-conservador de nossa época e costumam ser transmitidos, de jornal em jornal, de comentarista para comentarista, como se fossem uma verdade científica.
Essa visão foi elaborada no início dos anos 90, num artigo célebre, Choque de Civilizações, de um professor americano chamado Samuel Huntington.
Se segundo Huntington as diferenças de natureza cultural são mais difíceis de mudar, conciliar e resolver do que as de natureza política e econômica, sendo a religião é um exemplo dessa dificuldade. Uma estratégia de dominação econômica dos povos que dissimula os interesses econômicos em prol da defesa de valores moralmente mais elevados é a criação da confusão religiosa que em consequentemente remete à outros temas de ordem moral como a sexualidade, o discurso de gênero que escamoteia o foco econômico. Para redefinir sua identidade um país dividido, precisa ter sua elite política e econômica favorável à condição, sua opinião publica tende estar de acordo e a civilização a que venha fazer parte devem estar dispostos a aceitar a conversão.
Em 2012, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Fernando Collor (PTB-AL) em discurso junto a comissão relatou que a situação da Síria envolvia interesses estratégicos mais amplos. Para ele, além dos Estados Unidos, o país sírio desperta a atenção econômica e política da Rússia, China, Turquia e do Irã.
Segundo Cláudia Trevisan, Barack Obama criou uma armadilha para seu próprio governo ao afirmar há um ano que o regime do ditador sírio Bashar al-Assad cruzaria a “linha vermelha” se usasse armas químicas contra sua própria população.
Depois que a história se encarregou de revelar a farsa das armas de destruição em massa construída por George W. Bush para justificar a invasão do Iraque, em 2003, é legítimo duvidar da acusação contundente do governo Obama de que o regime de Assad foi o responsável pelo ataque que deixou pelo menos 1.000 mortos há quase uma semana. Mas existe agora algo que estava ausente há uma década: as imagens dos sírios sucumbindo a um gás fatal.
Para Carla Del Ponte, membra da Comissão de Inquérito da ONU, sobre possíveis violações dos direitos humanos na Síria, foram os rebeldes quem usaram armas químicas. Os depoimentos de testemunhas e vítimas no distrito de Guta, na periferia de Damasco, “indicam com toda a evidência que o gás neuroparalítico sarin foi usado por militantes da oposição síria”, disse em entrevista à televisão suíça a membra da Comissão de Inquérito da ONU sobre possíveis violações dos direitos humanos na Síria, Carla Del Ponte.
“A comissão pericial não encontrou traços de uso de armas químicas pela parte do Exército governamental”, sublinha Del Ponte.
FONTE
ARMADILHA DE OBAMA A SÍRIA
EGITO DESTRUIU PLANOS DE OBAMA NO ORIENTE MÉDIO
IRMÃO DE OBAMA LÍDER DA IRMANDADE MUÇULMANA
IRMÃO DE OBAMA E IRMANDADE MUÇULMANA
CONEXÃO OBAMA E IRMANDADE MUÇULMANA
GOVERNO AMERICANO PEDE LIBERTAÇÃO DE MOHAMMED MURSI
EUA SUSTENTA DITADURA MILITAR NO EGITO
O SILÊNCIO DA MÍDIA SOBRE OS VERDADEIROS INTERESSES DOS EUA NO EGITO
Vídeo Ataque com gás venenoso pode ter matado mais de 1300 pessoas, entre mulheres e crianças.
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INSACIÁVEL GANÂNCIA
O Banco do Brasil explode: (BBAS3) apresentou hoje pela manhã o resultado dos primeiros seis meses deste ano. O BB atingiu lucro líquido recorde de R$ 10 bilhões no primeiro semestre de 2013, o maior já registrado por um banco na história nacional. O lucro líquido no semestre foi impulsionado principalmente pela expansão dos negócios, contenção das despesas, assim como pelo impacto da oferta pública das ações da BB Seguridade (BBSE3). O indicador de inadimplência do BB acima de 90 dias declinou para o menor patamar dos últimos 11 anos, permanecendo abaixo do apresentado pelo sistema financeiro nacional no período. No segundo trimestre de 2013 (2T13), o BB apresentou lucro líquido recorde de R$ 7,5 bilhões, alta de 150% na comparação anual.
O mercado, o dinheiro e o sistema financeiro que constitui as grandes corporações se tornaram uma uma abstração onde os agentes econômicos “guerreiam” entre si para impor o seu interesse individual, revelando no processo de negociação informação privada sobre os processos produtivos.
A ganância das grandes corporações tem produzido insatisfação no mundo e um estado de desconforto para a grande maioria da população mundial que não tem acesso ao sistema, e quando tem são abusado sofrendo a escravidão financeira.
E não tem sido diferente nas instituições governamentais, a exemplo do lucro recorde do Banco do Brasil (BBAS3), maior instituição financeira da América Latina, desbancando instituições privadas como o Itaú Unibanco (ITUB4) entre os maiores lucros de bancos privados no país.
Na escravidão não há liberdade pois o senhor tem o poder pleno sobre o escravo.No comunismo o Estado é que decide tudo o que se passa na sociedade.Decide onde as pessoas trabalham e o que consomem.
Mas existe liberdade em uma economia de mercado?
Protestos Contra o Sistema Financeiro se espalham pelo mundos como prova de que o mal-estar com o sistema financeiro internacional atinge hoje o centro da sociedade, ou seja, o cidadão comum. E os políticos têm que levar isso a sério, mesmo que eu não concorde com a crítica fundamental a nosso sistema econômico-financeiro.
Iniciados nos EUA, os protestos Occupy Wall Street receberam, de início, pouca atenção, antes de se transformarem em verdadeiros movimentos de massa.
As manifestações se voltam contra o poder dos mercados financeiros e o comportamento dos políticos que ignoram os desejos da população.
Em completa dependência daqueles que se beneficiam da crise, os governos trabalham em prol de poucos, sem levar em consideração as consequências sociais, humanas ou ecológicas de seus atos.
Um pais ou qualquer sistema seria uma democracia plena no qual só quem ganha muito dinheiro tem apoio de grandes corporações consegue se eleger para algum cargo político?
A força da internet está conseguindo mobilizar a maioria das pessoas em defesa do pagamento de impostos pelos mais ricos. Como Obama em crítica ao mercado financeiro que somente um ajuste nas regras do mercado e uma reforma nos impostos podem combater a desigualdade entre ricos e pobres e fazer a classe média voltar a acreditar no sonho americano.
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