PETROBRÁS E A BANANA DE OBAMA
Obama dá um “obanana” para a presidente Dilma em seu pedido de desculpas pessoais assumindo a responsabilidade de espionagem dos EUA no Brasil.
A indignação da nossa presidente em entrevista que foi ao ar nesta sexta-feira (6) da semana passada era evidente. Dilma chegou a dizer que o o colega americano assumira responsabilidade “direta e pessoal” na apuração de ações de espionagem dos EUA no Brasil.
A resposta veio em forma de uma nota assinada por um funcionário de terceiro escalão, Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional — NSC, na sigla em inglês. O órgão é chefiado por Susan Rice, com quem o chanceler brasileiro Luiz Alberto Figueiredo se reuniu por uma hora e quinze minutos.
O texto do porta-voz Caitlin Hayden reconhece como legítimas as preocupações do Brasil geradas pela suposta espionagem de Washington a Brasília. Além de colocar dúvidas sobre as espionagens, diz que há distorção das atividades americanas no processo de monitoramento de outros países.
Obama tergiversa ao dizer que há distorções do entendimento das atividades americanas. Espiona não assume, não nega, acha normal as preocupações dos espionados. Tudo vai ficar por isso mesmo. Continuaremos espionando tendo mais cuidado ao faze-lo. Vocês que se protejam. A culpa é das mídias que distorcem o trabalho da inteligência americana.
Dilma tem viagem marcada para Washington no dia 23 de outubro, condicionou sua ida à respostas de Obama. “Minha viagem depende de condições políticas. Eu quero saber tudo o que tem [sobre a espionagem feita no Brasil].Dilma deveria perguntar a Snowden.
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou na sessão desta quarta-feira (11) a formação de um grupo de parlamentares para visitar o ex-analista da CIA, Edward Snowden, em Moscou.
O que será que Obama sabe que preocupa nossa presidente?
Circula pelas redes o medo que Dilma e Lula, na verdade, estão morrendo de medo do conteúdo, que venha a ser vazado midiática, policial e judicialmente, de tudo que a espionagem norte-americana registrou.
Os problemas enfrentados pela Petrobrás parece ser o o calcanhar de Aquiles do governo petista.
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VOYERISMO AMERICANO
A presidente Dilma Rousseff classificou a suspeita de espionagem na rede de computadores da Petrobrás como uma prática movida por “interesses econômicos e estratégicos”.
Toda prática da hegemonia americana é movida por interesses econômicos.
Por trás da ideologia que justifica as atitudes dos líderes dos EUA nesses anos todos de construção política com base na democracia humanitária, existe o comportamento viciante pelo poder. E o poder é econômico. Outras discussões são apenas desvio do foco.
A cultura política americana oriunda da colonização da Nova Inglaterra fundamentada pelas seitas protestantes extremistas que praticaram o genocídio dos povos indígenas a escravização dos africanos que originou suas comunidades etnicamente segregadas pelo poder econômico.
O discurso de Obama marcando os cinquenta anos do histórico discurso “Eu tenho um sonho” (“I have a dream”) de Martin Luther King, nos fala desta realidade, tão presente entre os americanos, quanto no mundo.
“A igualdade econômica permanece como nossa grande questão inacabada. Cada vez mais pessoas têm dificuldades. Os que marcharam não buscaram somente a ausência de opressão, mas a presença de oportunidades econômicas. Em muitas comunidades neste país, em cidades, subúrbios e povoados, a pobreza paira sobre nossos jovens – afirmou. – E essa tarefa não será fácil. Eu sei que será um caminho longo, mas nós podemos chegar lá. Tropeçaremos, mas sei que levantaremos – afirmou, ao som de fortes aplausos.”
Os americanos se apresentam como os “mocinhos” da história e promovem guerras preventivas.
E sua democracia ostenta o direito de um predador da violação dos direitos humanos, violações unilaterais, exportação de armamentos para aliados subalternos, busca de rendas petrolíferas suplementares, as verdadeiras justificativas para as gueras na Ásia central e no Oriente Médio.
Este é o sistema de funcionamento do nosso pensamento na representatividade de todos todos governos, de todos os líderes e povos na história da humanidade.
Os interesses “nacionais” que a classe dirigente dos Estados Unidos se reserva o direito de invocar como melhor lhe pareça, é o objetivo único de todos os governos no mundo – “fazer dinheiro”. Tanto o Estado americano se colocou abertamente e prioritariamente a serviço do segmento dominante do capital constituído pelas suas transnacionais, quanto a violência no mundo é decorrente do seguimento de outros governos na mesma conjuntura ideológica estrutural.
A diferença é quem tem maior arsenal bélico e poder econômico.
Pedir que o governo Sírio entregue suas armas biológicas é uma forma infantilizada de lidarmos com a violência no mundo.
Espionar os governos como método de combate ao terrorismo é promover mais terrorismo.
E ao contrário de Obama, o governo brasileiro nunca sabe de nada.
A contradição americana é que com tanta tecnologia destinada a espionagem não evitaram o 11 de setembro.
Quem sabe não voltem esta tecnologia para si mesmo e observem o seu papel no mundo na manutenção da violência, da ganância e do poder a qualquer custo.
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