O PODER BLACK E O OBSERVATÓRIO DA POPULAÇÃO NEGRA
A Secretaria de Assuntos Estratégicos –SAE, em parceria com a Faculdade Zumbi dos Palmares, com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racional e a Fundação Getúlio Vargas está produzindo o primeiro banco de dados nacional sobre a população negra no Brasil.
No dia 21 de março foi lançado o “Observatório da População Negra”, com um banco de dados, com informações sobre o mercado de trabalho para a população negra, distribuição de renda, demografia, acesso à informação, habitação, estrutura familiar e educação, entre outras.
No Brasil, 51% da população são formados por negros.
As informações levantados mostram que, apesar dos avanços, ainda existe uma grande desigualdade no país.
A carne mais barata do mercado ainda é a carne negra, com apenas 20% dos negros brasileiros ganham mais de dez salários mínimos.
No quesito educação, a população negra também representa apenas 20% dos brasileiros que chegam a fazer pós-graduação no país. E de acordo com o quadro com base em dados da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar), 13% dos negros com idade a partir de 15 anos ainda são analfabetos.
Na soma total de todas as raças, o percentual chega a 10% de analfabetos no país.
Mas, o maior percentual de analfabetismo entre a população negra está registrado no Nordeste, 21%. Depois vêm o Norte e o Sul, abaixo da média, cada um com 10%, seguidos da região Centro Oeste, 9% e do Sudeste, com 8%.
Fica claro que está na hora da nossa maior representação populacional ir a luta em prol de mais politicas públicas que mudem esta realidade no nosso país.
E com certeza o maior sofrimento é em relação ao mercado financeiro, e a inclusão se dá por este mecanismo.
O dinheiro não tem cor, bandeira, orientação sexual, religião ou raça.
LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010.
Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.
No discurso e nas leis temos tudo instituído. Necessitamos de uma representação e cobrança mais efetiva.
Os negros e todas as minorias devem sair da sua situação de vitimização e mediante o conhecimento partir para a cobrança junto as autoridades e instituições, quer públicas ou privadas para obterem o mesmo tratamento como ser humano.
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