BANCOS E OS SERVIÇOS DOMÉSTICOS
De bobo os bancos não têm nada. Não que não seja interessante o “serviço” que estão oferecendo à classe trabalhadora escrava que presta serviço, movimenta e fabrica a riqueza no mundo.
De olhos na expansão deste mercado, os bancos estão oferecendo um serviço com o foco comerciantes, profissionais liberais, microempreendedores ou informais que querem aceitar cartões ou celulares como meio de pagamento.
A estratégia dos bancos é a redução dos saques de dinheiro nos caixas eletrônicos do país e ainda abarcar a grande parte da população que não tem conta em nenhuma instituição financeira.
As estimativas do setor, são cerca de 55 milhões de pessoas em idade adulta que movimentam algo em torno de R$ 65 bilhões. Esta população têm estreita relação com a população com conta em banco. Para atingir esse novo público, o caminho foi mais fácil é usar a própria base de clientes de cada instituição.
Os maiores bancos de varejo do país — Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco — dizem que essa é a forma mais rápida de atingir três objetivos de uma única vez: incluir quem hoje não tem conta em banco, popularizar as novas formas de pagamentos (como o pagamento via celular, cartão pré-pago ou moedeiro virtual) e reduzir os saques.
Segundo Raul Moreira, diretor da área de cartões do Banco do Brasil, a instituição identificou 2,6 milhões de clientes que faziam saques frequentes em caixas eletrônicos.
Uma pesquisa descobriu que o principal motivo era realizar pagamentos a prestadores de serviços domésticos, como diaristas, jardineiro e babá.
“Quem aumenta os saques não é a baixa renda. É a população que ganha mais”, argumenta Moreira.
Agora, o BB está tentando convencer essas pessoas a realizar esses pagamentos usando o celular. A ideia é o que o cliente, por meio da sua conta-corrente, faça o registro de uma conta de pagamento em nome de quem vai receber o dinheiro, vinculada a uma linha de celular.
Na primeira operação, a pessoa receberá uma mensagem de texto com uma senha e terá que se cadastrar num caixa eletrônico para sacar o dinheiro. A partir daí, argumenta-se que tanto as novas transferências quanto o uso da quantia depositada poderão ser pelo canal eletrônico.
O dinheiro se virtualizou, mas a maioria esquece que ele não sai do nada como um milagre divino. O dinheiro é produto do trabalho, e a grande parcela que trabalha tem que ralar muito ao produzir a riqueza para poucos no mundo.
Os ricos e banqueiros vivem dos juros e da inflação, coisa que andam juntas.
Pagamos dobrado, tanto pela inflação quanto pelos juros, um sistema enganador que o Estado e os governos contribuem e muito nos seus gastos absurdos.
Sabemos que na falácia democrática quem governa é o sistema financeiro.
O que os bancos farão ao oferecer este serviço abocanhando mais ainda a classe trabalhadora? Oferecerão muitos cartões com os juros absurdos que endividarão a classe operária no afã do acesso ao sistema financeiro.
Então cuidado! Aprendam antes a usar. Inadimplência todos já pagamos alto nas taxas de seguro embutidas em tudo que gastamos. E continuaremos a pagar com nosso trabalho escravo.
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