TEREZA BRANT
A história de Tereza foi contada em reportagem da revista Época
Foto: Reprodução

Uma jovem de classe média de Belo Horizonte faz sucesso na internet usando roupa e corte de cabelo masculinos. A cada imagem compartilhada por Tereza Brant, milhares de curtidas, muitas de adolescentes encantadas. “Mesmo sendo uma mulher heterossexual, você é o macho que eu quero”, comenta uma.
A história de Tereza foi contada em reportagem da revista Época. Tereza tem milhares de seguidores no Instagram e no Facebook, onde existe uma página de fã-clube para a jovem. Ela diz que não gosta de nada fácil. “Não vim ao mundo para explicar, mas para confundir”, afirma. “Sinto-me bem assim e não vou deixar de ser eu mesma”.
Segundo Tereza, ela chega a ser parada na rua, reconhecida por pessoas que a acompanham na internet. Ela conta que começou a fazer tratamento com hormônios masculinos para ficar mais forte, há cerca de 9 meses. Ela garante que não quer mudar de nome nem se tornar homem, apenas na imagem que cultiva.
“Costumava namorar meninos, mas faltava alguma coisa. Quando cortei o cabelo e meu vi no espelho, adorei, mas parecia que tinha parado no tempo e queria também ver mudanças, externar o que eu sentia de dentro para fora. Foi aí que comecei o tratamento. Me dou muito bem sendo menino e expondo isso. Já mudei bastante, os músculos cresceram, a voz engrossou, só estou odiando os pelos crescendo por toda a parte. É uma coisa horrorosa”, explica.
A única cirurgia que Tereza tem em mente é nos seios. “depois que comecei o tratamento viraram uma muxiba da vovó, mas ainda não sei quando. Quando a pessoa me vê sem camisa, ela fica literalmente confusa e quando descobre que sou mulher, só piora”, conta.
Tereza é filha única e conta com apoio dos pais, conta. Ela prefere não definir sua sexualidade. “Até os 16 ficava com meninos, mas depois que cortei o cabelo passei a ficar com meninas. O que importa é o ser humano. Se dá para aprender com os dois, porque escolher um só?”, questiona.
A jovem conta que recebe cantadas de gays, heteros e bissexuais, mas a maior parte vem mesmo de meninas novas, a partir dos 13 anos. Ela diz que não costuma se passar por homem, só de brincadeira, e que se apresenta sempre com seu nome de mulher. Ela trabalha divulgando festas de música eletrônica em Belo Horizonte, sonha em estudar medicina, atuar e cantar.
Tereza faz sucesso com estilo de vida alternativo (Foto: Época)
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LIVRE-SE DO CHULÉ
O famoso chulé, termo popular usado para descrever o mau cheiro dos pés, recebe na medicina o nome de bromidrose plantar.
O chulé e outros odores pelo corpo surgem habitualmente após a puberdade e ocorrem devido à ação de bactérias sobre o suor de determinadas regiões do corpo.
Ao contrário da crença popular, o suor não é uma fonte de eliminação de toxinas e não serve para “purificar” o organismo.
O nosso suor é produzido pelas glândulas sudoríparas, sendo naturalmente um líquido sem odor. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas.
As glândulas apócrinas, por sua vez, só estão presentes em algumas partes do corpo, como nas axilas, virilhas, região ao redor dos mamilos e do ânus. As glândulas apócrinas surgem entre os 8 e 14 anos de idade e produzem um tipo de suor completamente diferente, oleoso, que não evapora e não tem função termorreguladora.
Tanto as glândulas écrinas quanto as apócrinas produzem um suor sem odor.
Porém, devido à ação de bactérias naturalmente presentes na pele, as regiões onde há mais transpiração podem passar a ter um odor incômodo.
As regiões de glândulas apócrinas, como axilas e genitais, costumam ser mais propícias ao desenvolvimento de bromidrose porque o suor oleoso destas glândulas é mais facilmente digerido pelas bactérias, liberando gases com odor desagradável.
No locais onde há glândulas écrinas, o suor é basicamente água e sal, não havendo substrato para as bactérias produzirem mau cheiro. O chulé, todavia, é um caso a parte. Nos pés, as glândulas sudoríparas, apesar de écrinas, podem também provocar cheiro ruim.
Fatores que favorecem o aparecimento do chulé
Nossos hábitos sociais nos fazem usar sapatos e meias por grande parte do dia, vários dias por semana, mesmo em épocas de maior calor. Por estarem sempre enclausurados, dois fatores ocorrem com os pés:
1- Os pés são dos locais do corpo onde mais há glândulas sudoríparas, podendo causar uma transpiração profusa.
2- o suor produzido tem mais dificuldade de evaporar, mantendo os pés sempre com alguma umidade, o que favorece a proliferação de bactérias.
3- Nossa pele possui uma proteína chamada queratina que é renovada constantemente. Nos pés, essa proteína quando exposta constantemente à umidade acaba sendo mais facilmente destacada da pele, formando um bom alimento para as bactérias. É a degradação da queratina por bactérias que libera um forte odor, provocando o chulé.
4- Portanto, os dois fatores mais importantes para o aparecimento do chulé são a quantidade de suor produzida ao longo dia e a quantidade de tempo que o indivíduo passa com os pés totalmente cobertos, sem contato com o ar para que a suor possa evaporar.
5- A má higiene dos pés também pode contribuir para o aparecimento do chulé, pois favorece a proliferação bacteriana. Repetir meias e/ou sapatos por vários dias seguidos também facilita o crescimento de bactérias, aumentado o risco da pessoa ter chulé.
6- Alguns alimentos também podem mudar a composição do suor, favorecendo a bromidrose. Os mais comuns são: alho, cebola, álcool, molho curry e pimenta.
7- Pessoas com obesidade, diabetes, fumo, doenças de pele ou unha também costumam apresentar mais chulé que o resto da população.
Como acabar com o chulé
1- Reduzir a umidade dos pés e o número de bactérias na pele.
2- Evite usar o mesmo sapato por dias seguidos. O ideal é revezar 2 ou 3 pares de calçados ao longo da semana. Os sapatos não utilizados no dia devem ficar sempre em locais bem ventilados, e se possível, expostos ao sol por algumas horas.
3- Dê preferência a calçados mais leves e que permitam melhor ventilação dos pés. Sapatos feito com material mais isolante, como borracha ou plástico, que impedem a ventilação dos pés e favorecem a proliferação de bactérias.
4- Evite usar sapatos sem meias, pois elas ajudam na absorção da umidade. Sapatos sem meias costumam provocar mais chulé. Quando usar meias, as melhores são as finas e feitas com algodão.
5- Alguns talcos são antissépticos e têm perfume, o que ajuda ainda mais a tirar o chulé.
6- Quando estiver em casa, prefira andar descalço ou de chinelo em vez de com meias e/ou sapatos fechados.
7- Lave os pés diariamente, de preferência com sabão antisséptico. Ao final seque bem, principalmente entre os dedos. O uso de secador ajuda nesta tarefa.
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LULA DESAFIA JOVENS MANIFESTANTES
Em reportagem da Folha, o ex-presidente Lula afirmou neste terça-feira (13) que o PT não precisa de formadores de opinião “ditando regra” ao partido e nem de “lições de outras pessoas. Em seu discurso no lançamento da campanha de Rui Falção, candidato à o presidência do partido desafiou os jovens que participam das manifestações a entrarem para a política e não ficar generalizando que todo político é ladrão. Como? Em seu enaltecimento à camisa vermelha do PT, Lula diz que não necessita de formadores de opiniões. Não está aberto a novas ideias e novas lideranças. Não mencionou o mensalão e todas as falcatruas do seu governo. Foge da sua responsabilidade diante do fato. Não vimos até agora nenhum tipo de punição do partido aos seus erros. E, Rui Falcão não cogitou a prisão de condenados no mensalão.
“Nós petistas conquistamos de andar de cabeça erguida nesse país, de ter orgulho da nossa camisa vermelha, da nossa estrela. E quando alguém nosso errar, nós mesmos punimos. Nós não precisamos que os outros venham dar lições na gente. Não precisamos que formadores de opinião pública fique ditando regra daquilo que a gente sabe fazer e muito bem”, disse o ex-presidente.
Seu discurso, um destempero diante do entendimento dos jovens que em sua história como político, Lula não conseguiu ficar fora da contaminação na política em seu sistema atual, da qual os velhos políticos fazem parte. Em prol do poder e da “governabilidade” também compraram e se venderam a corrupção. Os jovens militantes podem sim entrar para a política, e fazer política não é necessariamente fazer parte de partidos. Partidos fechados a mudança. Contrários a renovação do sistema. Enroladores da reforma que a política necessita fazendo-se de desentendidos ao clamor das ruas .
“Quando cidadão diz que não gosta de política, ninguém presta, todo mundo é ladrão, pergunta em que ele votou na última eleição. E se ele continuar falando que não gosta de política, que não acredita, que a imprensa passa 24 horas por dia esculhambando com político… Eu fico puto quando político não reage.
O cidadão votou no PT, na candidata do Lula, e agora diante das novas eleições ele poderá optar pelo continuísmo ou não.
Se Lula quer provocar os jovens que foram às ruas reclamar que nenhum partido ou político atual lhes representa , ele está certo ao dizer que a nova cara de uma política descente, honesta, combativa dever ser criada por esta nova geração que não tem a história do Lula como exemplo. Que esta nova política realmente esteja nos jovens.
“Eles ficam xingando a classe política, dizendo que não gosta de político, mandem eles entrar. Manda criar um partido político, se candidatar. Porque um político decente, honesto, combativo está nele, não em mim. Manda ele entrar na política. É fazendo esse desafio que a gente vai provocar essa juventude a fazer política. Não é aceitando que eles estão certos pura e simplesmente não”.
Em sua ponderação de que os protestos que tomaram conta das ruas em junho não atacou o PT e ele pessoalmente, está cego diante do fato de que o PT, como governo atual, e o Lula como representante do PT também fazem parte deste sistema que as manifestações são contra.
“Qual é a placa que o povo levantou na rua ofensiva a nós? Qual a placa que ele levantou que nós já não levantamos algum dia? Só faltou a placa do Fora FMI!”.
Durante o discurso, Lula afirmou ainda que o PT não pode ter medo.
“Não temos medo de disputar com nenhum partido em lugar nenhum do país. Podemos não ter feito tudo, mas que fizemos mais que todos eles juntos, fizemos”.
Não é necessário ter medo e nem fomentar o medo e a culpa como Lula em seu discurso. É necessário que os políticos e os partidos tenham responsabilidade diante do fato de que a população está cansada de todo dia ser agredida com a violência dos políticos e dos partidos diante de tanta corrupção, não atendendo as demandas básicas de segurança, saúde e educação. Temos que pensar na herança política, moral, financeira que estamos deixando para os nossos jovens.
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BLACK BLOC
Black bloc é o nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista na qual
grupos mascarados e vestidos de negro se reúnem com objetivo de protestar em manifestações anti-globalização e/ou anti-capitalistas entre outras ocasiões.
O nome black bloc vem da estratégia do uso de roupas e máscaras negras usadas para dificultar ou mesmo impedir qualquer tipo de identificação pelas autoridades, também com a finalidade de parecer uma única massa imensa, promovendo solidariedade entre seus participantes.
A propaganda pela ação, a destruição da propriedade para trazer a atenção e questionar o sistema vigente, contra as corporações multinacionais e os apoios e vantagens recebidas dos governos ocidentais por essas companhias.
O governador Sérgio Cabral (PMDB), culpou os black bloc pela confusão ocorrida no Rio nesta terça-feira (13) lhes atribuindo aos grupos a tática anarquistas que tentam coagir a democracia.
Entenda o Ativismo Black Bloc:
Surgido na Alemanha na década de 1970, apesar de não ser um movimento de organização única, possuem seguidores em diversos países.
Segundo a Folha de São Paulo, são geralmente associados à violência e depredação, e sua ideologia se baseia no questionamento da “ordem vigente”. Em suas manifestações contra o capitalismo e a globalização, suas ações promovem dano material a fachadas de empresas multinacionais e vidraças de bancos.
Na maioria das vezes acabam, entrando em confronto com a polícia.
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SOBRANCELHA MASCULINA ALIVIANDO A EXPRESSÃO
Como aliviar as expressões faciais dos homens que possuem as conhecidas monocelhas.
A monocelha é caracterizada pela união das sobrancelhas causando uma expressão mais pesada no rosto masculino e as vezes um aspecto de que a pessoas está brava.
A manutenção da sobrancelha masculina.
Assim como a barba, antes da retirada dos pelos é recomenda-se que a dilatação dos poros que pode ser feito com a aplicação de uma toalha quente e hidratante para suavizar a sensação de dor.
Para melhorar a aparência sem correr riscos seguem as dicas:
Quantidade de pelos
Analise se a sobrancelha apresenta grande quantidade de pelos. Caso estas possuírem um volume maior do que o normal é indicado que sejam escovadas ou penteadas para cima em direção aos cabelos.
O excesso de pelos é encontrado naqueles fios mais compridos que ficam para fora do desenho normal da sobrancelha, sendo cortados com uma tesoura tendo cuidado para não criar falhas.
Observe na foto as áreas que precisam de atenção.
Comece retirando os excessos do centro , linha que se estende pelo dorso do nariz. Esta região não deve conter pelos para não criar a monocelha. A retirada desses pelos deve ser indo até a borda do início da sobrancelha.
Na outra ponta próximo as orelhas, aonde termina o desenho da sobrancelha, alguns pelos crescem direcionados para baixo, proporcionando expressão triste. Portanto, apare alguns deles, geralmente dois ou três fios são suficientes para promover mudanças.
Quantidade e espessura
Observe a quantidade e espessura dos pelos que ficam na parte superior das sobrancelha ao alto da testa. São fios mais finos em relação aos que fazem parte das sobrancelhas. Estes fios que devem ser retirados com a pinça, mas sem criar um novo desenho na sobrancelha. A finalidade é limpar a região evitando que a mesma fique grossa.
Finalizar a sobrancelha
O processo é finalizado limpando os pelos com um lenço seco, certificando-se que ambas estejam harmônicas em relação ao rosto. Se necessário fazer pequenos reparos.
Utilizar uma locação com agente calmante próprio para diminuir a irritação da pele local em caso de sensibilidade.
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DEPILAÇÃO MASCULINA
Cinco entre cada dez homens já se depilam. O hábito passou a fazer parte do ritual de cuidados de beleza masculina.
Os pelos do peitoral e abdômen estão entre os mais retirados pelos homens (Foto: Reprodução)
Não é de hoje que os homens resolveram investir em tratamentos de beleza. Além dos tradicionais corte e barba, limpeza de pele, massagens, manicure, pedicure e depilação fazem parte dos cuidados com a aparência.
A depilação, cada vez mais popular, especialmente entre os mais jovens, que apostam na retirada de pelos de quase todo o corpo para deixar a pele lisinha e os músculos à mostra. Barba, peitoral, ombros, costas, pernas, braços, virilha, nariz e orelhas merecem a atenção do público masculino.
“Cinco em cada dez homens removem os pelos indesejados”, revela a dermatologista Letícia Sabo, da Clínica Vivid. Qualquer área do corpo pode ser depilada, inclusive nariz e orelhas, que quando em excesso, costumam ser um incômodo. “Não há riscos para a saúde”, completa. Em relação a características, os pelos femininos costumam ser mais ralos e finos, enquanto os masculinos, mais grossos e volumosos.
Fonte:
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POSSIBILIDADES DE AMORES
“O Homem é a única espécie biológica que destruiu a sua própria função sexual natural,e está doente em função disso.” Wilhelm Reich
Wilhelm Reich (1953) questionou o casamento monogâmico como única alternativa de relação familiar. No discurso em defesa da monogamia, grupos mostravam-se apenas interessados na manutenção da ordem social-política-econômica como forma impositiva de uma moral sexual única. Esta forma impositiva, e não propriamente a monogamia era geradora do desenvolvimento de neuroses, fadando o homem ao sofrimento.
Reich acreditava que a moral sexual-econômica de hoje antecipava a moral do futuro. Não somos uma ilha. Podemos ter pontos de vista diferente vivendo como parte de um processo gerador do desenvolvimento da sociedade. Pontos de vista ocorrendo de maneira completamente independente da vontade dos indivíduos, dos slogans religiosos e dos partidos.
Na família compulsória caracterizada por pai, mãe e filhos é onde comumente estabelece a atmosfera ideológica do conservadorismo, sendo não uma base natural, mas o alicerce da estrutura econômica social vigente. Nela se origina todo tipo de problemas relativos a sexualidade, a educação sexualmente negativa recebida desde a infância. A saúde de uma sociedade é equivalente a sua diversidade cultural e de suas manifestações morais.
O poliamor não é uma cultura nova. Este arranjo familiar é visto na história cultural da humanidade em sociedades que adotavam a poligamia e outras a poliandria.
O Poliamor
O poliamor é um movimento que surgiu na década de oitenta nos Estados Unidos, com sua primeira conferência internacional sendo realizada em 2005, em Hamburgo – Alemanha.
Ao contrário da monogamia romântica, tal movimento acredita que é mais feliz, saudável e natural que as pessoas amem e sejam amadas por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Diferentemente do amor livre, este tipo de relacionamento dá mais ênfase à amizade e ao companheirismo, e não somente ou necessariamente ao sexo; não incitando relações promíscuas. Assim, defendem a possibilidade de envolvimentos responsáveis, profundos e até mesmo duradouros com dois ou mais parceiros, simultaneamente.
Poliamor é frequentemente descrito como consensual, ético, responsável e não-monogâmico. A palavra é por vezes utilizado num sentido mais amplo para se referir a relações sexuais ou romântico que não incluem apenas sexo, embora haja discordância sobre quão amplamente se aplica; a ênfase na ética, honestidade e transparência como um todo é amplamente considerada por seus defensores como crucial para definir sua característica.
Em outras palavras, o poliamor como opção ou modo de vida, defende a possibilidade prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com vários parceiros simultaneamente.
O Poliamor como movimento é mais visível e organizado principalmente nos Estados Unidos, acompanhado de perto por movimentos na Alemanha e Reino Unido. No Brasil, já há até jurisprudência reconhecendo relações poliamorosas , sendo uma das principais estudiosas do assunto no país, a Dra Regina Navarro.
Recentemente, a imprensa em geral tem feito a cobertura quer do movimento poliamor em si, quer dos episódios que lhe estão ligados.
Em Novembro de 2005 realizou-se a Primeira Conferência Internacional sobre Poliamor (International Conference on Polyamory & Mono-Normativity) em Hamburgo, Alemanha.
A palavra em si já foi inventada várias vezes, a maior parte das quais sob a forma de adjectivo (inclusivamente utilizado para referir Henrique VIII, Rei da Inglaterra). Existe publicada em Português uma breve história sobre a palavra.
Poliamor na Prática
Existem várias maneiras de o pôr em prática, consoante às preferências dos interessados, e necessariamente deve envolver o consentimento e a confiança mútua de todas as partes envolvidas.
Polifidelidade: envolve múltiplas relações românticas com contacto sexual restrito a parceiros específicos do grupo.
Sub-relacionamentos: distinguem-se entre relações “primárias” e “secundárias” (um exemplo é a maioria dos casamentos abertos)
Poligamia (poliginia e poliandria): uma pessoa casa com diversas pessoas (estas podem ou não estarem casadas ou terem relações românticas entre elas).
Relações em Grupo/casamento em grupo: todos se consideram associados de forma igualitária.
Popularizado até certo ponto por Robert A. Heinlein, em romances como: Stranger in a Strange Land e The Moon Is a Harsh Mistress, Starhawk nos seus livros The Fifth Sacred Thing e Walking to Mercury.
Redes de relacionamentos interconectados: uma pessoa em particular pode ter relações de diversas naturezas com diversas pessoas.
Relações Mono/Poli: um parceiro é monogâmico, mas permite que o outro tenha relações exteriores. Os chamados “acordos geométricos”, que são descritos de acordo com o número de pessoas envolvidas e pelas suas ligações.
Exemplos incluem “trios” e “quadras”, assim como as geometrias “V” e “N”. O elemento comum de uma relação V é algumas vezes referido como “pivô” ou “charneira”, e os parceiros ligados indirectamente são referidos como os “braços”. Os parceiros-braço estão ligados de forma mais clara com o parceiro pivô do que entre si. Situação contrastante com o “triângulo”, em que todos os 3 parceiros estão ligados de forma equitativa. Um trio pode ser um “V” , um triângulo, ou um “T” (um casal com uma relação estreita entre si e uma relação mais ténue com o terceiro). A geometria da relação pode variar ao longo do tempo.
Algumas pessoas em relações sexuais e/ou emocionais exclusivas podem, mesmo assim, auto-intitularem-se poliamorosas, se tiverem laços emocionais relevantes com outras pessoas. Adicionalmente, pessoas que se descrevem como poliamorosas podem entrar em relações monogâmicas com um determinado parceiro, quer por terem negociado a situação, quer por se sentirem bem com a situação monogâmica com aquele parceiro em particular.
Alguns praticantes do poliamor são adeptos do swing.
A expressão relacionamento aberto indica uma relação afetiva estável (usualmente entre duas pessoas) em que os participantes são livres para terem outros parceiros. Se o casal que escolhe esta alternativa é casado, fala-se em casamento aberto. “Relação aberta” e “poliamor” não são sinónimos. Em termos genéricos, “aberto” refere-se a uma não exclusividade sexual no relacionamento, enquanto o poliamor envolve a extensão desta não exclusividade para o campo afetivo ao permitir que se criem laços emocionais exteriores à relação primordial com certa estabilidade.
Alguns relacionamentos definem regras restritas (ex: polifidelidade); estas relações são poliamorosas, mas não abertas.
Alguns relacionamentos permitem sexo fora da relação primária, mas não uma ligação emocional (como no swing); estas relações são abertas, mas não poliamorosas.
Alguns poliamorosos não aceitam as dicotomias de “estar numa relação/não estar numa relação” e “parceiros/não parceiros”. Sem esta separação não faz sentido classificar uma relação de “aberta” ou “fechada”.
Símbolo do Poliamor.
Poliamor como modo de vida pode, em muitas sociedades, ser contra as normas de comportamento geralmente aceitas (mesmo quando respeita as leis vigentes). Assim, os seus praticantes e/ou simpatizantes sofrem pressão mononormativa para se adequarem à norma de comportamento. Para se ajudarem mutuamente ou conhecerem pessoas com modo de vida semelhante, simpatizantes e praticantes do poliamor têm-se constituído em redes locais ou virtuais de suporte, discussão ou mesmo intervenção social (usando extensivamente a internet). Neste último caso, poli-activistas procuram intervir na sociedade em que se inserem, tentando criar uma imagem positiva e merecedora de respeito junto à sociedade majoritária. Por outro lado, consideram que a ajuda e o suporte emocional por vezes lá prestado constitui por si mesmo uma forma de intervenção social.
Poliamor é um tipo de relação em que cada pessoa tem a liberdade de manter mais do que um relacionamento ao mesmo tempo. Não segue a monogamia como modelo de felicidade, o que não implica, porém, a promiscuidade. Não se trata de procurar obsessivamente novas relações pelo facto de ter essa possibilidade sempre em aberto, mas sim de viver naturalmente tendo essa liberdade em mente.
O Poliamor pressupõe uma total honestidade no seio da relação. Não se trata de enganar nem magoar ninguém. Tem como princípio que todas as pessoas envolvidas estão a par da situação e se sentem confortáveis com ela.
Difere de outras formas de não-monogamia pelo facto de aceitar a afetividade em relação a mais do que uma pessoa. Tal como o próprio nome indica, poliamor significa muitos amores, ou seja, a possibilidade de amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Chamar-lhe amor, paixão, desejo, atração, ou carinho, é apenas uma questão de terminologia. A ideia principal é admitir essa variedade de sentimentos que se desenvolvem em relação a várias pessoas, e que vão para além da mera relação sexual.
O Poliamor aceita como facto evidente que todas as pessoas têm sentimentos em relação a outras que as rodeiam. E isto não põe necessariamente em causa sentimentos ou relações anteriores.
O ciúme passa a ser questionável. Primeiro porque nenhuma relação está posta em causa pela mera existência de outra, mas sim pela sua própria capacidade de se manter ou não. Segundo, porque a principal causa do ciúme, a insegurança, pode ser eliminada, já que a abertura é total.
Não havendo consequências restritivas para um comportamento, deixa de haver razão para esconder seja o que for. Cada pessoa tem o domínio total da situação, e a liberdade para fazer escolhas a qualquer momento.
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PELUDAS PELADAS
No encontro com a genital a preferencia tanto masculina quanto a feminina parece ser a unanimidade do desmatamento.
A probabilidade de eventuais afogamentos e engasgos com pelos na garganta, a sensação visual de limpeza e facilidade de acesso tem direcionado o comportamento masculino à preferência pelas depiladinhas às peludinhas.
Protagonista da Playboy de agosto, Nanda Costa deu o que falar nas redes sociais após as fotos de seu ensaio nu serem divulgadas. Optando por uma depilação mais natural, a atriz foi muito criticada em diversos posts. Com bom humor, Nanda postou uma foto no seu Instagram onde mostra seus pés, uma máquina de cortar cabelos e diversos tufos espalhados no chão.
A prova disso são as críticas Nanda Costa que viraram destaque nas redes sociais nos divertidos comentários postados em razão do estilo de depilação mais “natural” que ela exibiu no ensaio da edição de agosto da revista Playboy. O nome de Nanda chegou a figurar no topo dos Trending Topics nacional, comparada a outras personas de pombas naturais que causaram polêmica na Playboy como a atriz Clàudia Ohana, Vera Fischer e a ex-BBB Gyselle Soares.
Cláudia Ohana (1985) causou polêmica com o excesso de pelos que exibiu ao posar para a revista Play Boy.
Com Nanda o marketing da revista não foi diferente.
Rebatendo as críticas respondeu: “Não depilei por escolha, fiz até foto em uma barbearia, mesmo assim não mudei de ideia. #souassim”, escreveu hoje no Twitter.
Sendo assim ou sendo assada, seja bem vinda Nanda.
Não são apenas os homens que adquiriram a preferência por um corpo com menos pelos. A tendência das mulheres são homens mais pelados. Para os homens conectados o cuidado com os pelos se tornou uma realidade.
A depilação humana não é novidade. Há 1500 a.C. os homens já removiam os pelos com um depilador feito de sangue de diversos animais, gordura de hipopótamo, carcaça de tartaruga e trissulfeto de antimônio.
Você não precisa retirar totalmente os pelos, uma boa aparada já resolve o problema.
Na hora do sexo oral, os pelos não influenciam apenas os homens que preferem uma peladinha.
As mulheres também são mais acessíveis ao sexo oral quando não têm que se afogar em grandes cabeleiras.
Regiões geralmente são depiladas.
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ÍNDIOS E FAVELAS
“Mas se você não tem segurança em uma favela, como vai querer ter um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU?” Salil Shetty
Salil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional, em entrevista a BBC Brasil, fala sobre a onda de manifestações que balançou o país, as favelas do Rio e sua semelhança com a situação dos povos indígenas do Brasil. Os movimento tem legitimidade por se tratar de direitos humanos, sejam eles de ordem econômica, sociais, civis ou políticos.
O conceito básico quando se trata de direitos humanos é a questão do poder. As pessoas que estão no poder necessitam prestar contas diante das pessoas comuns. No Brasil como em muitas democracias, os líderes tem o péssimo hábito de presumir que na legitimidade da sua eleição, após obterem o poder só precisam prestas contas nas eleições seguintes.
A prestação de contas diante do poder deve ser uma constante diante da sociedade que delegou este poder.
Como as pessoas não estão mais apáticas, e esta é uma forma do povo cobrar dos governantes, elas querem o cumprimento das promessas, exigindo os seus direitos. O processo eleitoral deve ser o primeiro passo e não o último.
Frente as manifestações, a resposta do estado foi de repressão, uma herança da ditadura em
termos do comportamento da polícia, que gerou muitas críticas, denúncias de abuso de poder e prisões arbitrárias. A própria Anistia se pronunciou sobre o uso excessivo da forma e de armas não-letais.
Foi a primeira vez que a classe média experimentou a brutalidade da polícia. Os moradores de favelas tem esta experiência como rotineiras, assim como os povos indígenas. Para o cidadão brasileiro médio foi um grande despertar sobre como a polícia atua.
A polícia necessita de mudança, de uma reforma profunda. O Brasil possui um dos maiores índices de homicídios violentos no mundo, sendo uma proporção significativa, cerca de 20% dos homicídios cometidos pela polícia. É necessário um policiamento que ajude as pessoas e não as prejudique. Uma força policial unificada com bancos de dados e informações unificadas, um treinamento mais sério para o policiamento comunitário. As melhores polícias do mundo não utilizam armas. Antes da ação repressora e violenta o policial deve servir como orientador e educador, protegendo o cidadão.
“A questão central é a impunidade. Nós visitamos o Complexo da Maré, onde 10 pessoas foram mortas, inclusive um policial (durante operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o Bope, em junho). Tivemos o desaparecimento de Amarildo na Rocinha (o pedreiro que sumiu depois de ser levado para a Unidade de Polícia Pacificadora, a UPP, da favela, em 14 de julho).
A Anistia vem levantando esses problemas há muito tempo, e agora eles se tornaram mais visíveis para a mídia e para a classe média por causa dos protestos e do uso excessivo da força.”
Apesar do estado ter que agir para conter o vandalismo e a depredação do patrimônio público, não se pode usar isto como justificativa para ações desproporcionais, justificando ataques a estudantes e pessoas comuns que estão protestando de forma pacífica.
Ao referir-se à operação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no complexo da Maré, onde a ação terminou com dez mortos durante a Copa das Confederações, Shetty diz que a paz trazida por estes policiais gera medo nos moradores. A campanha feita junto aos moradores foi trazer o conhecimento dos seus direitos para que eles saibam como agir se a polícia entrar em suas casas chutando a porta no meio da noite. O problema do combate à impunidade policial é que o sistema de investigação é conduzido pela própria polícia. As pessoas não reclamam porque tem medo. Se reclamam não há investigação, e mesmo havendo investigação, nada acontece. A recomendação foi pela criação de um mecanismo independente de fiscalização de denuncias relacionadas à impunidade policial com o poder investigativo da participação civil.
O desaparecimento do pedreiro Amarildo, na Rocinha, um caso emblemático que aconteceu em uma favela pacificada mobilizou as pessoas em protestos até fora do Rio é um exemplo. Neste caso a mídia se tornou mais consciente e deu visibilidade ao caso.
“Conversamos com uma sobrinha do Amarildo, a Michele, e ela falou que ele tem seis filhos e que as crianças estão perguntando onde está o seu pai. Ele saiu para comprar limão para preparar um peixe e nunca mais voltou. É uma história dramática que aumentou a compreensão do problema após os protestos, ainda mais com a UPP lá.”
O governo ao sediar Copa do Mundo e a Olimpíada, tem que ver que grande parte da população do Rio nas favelas vivem com muito medo, intimidação e incertezas que não são compatíveis com grandes eventos.
“Os protestos que vimos não tiveram muita participação das pessoas das favelas e giravam em torno da Copa das Confederações. Você pode imaginar o que pode acontecer durante a Copa do Mundo.”
Houve manifestações durante a Copa das Confederações denunciando a violação de direitos humanos no contexto da Copa do Mundo falando sobre remoções forçadas, questionando-se as prioridades dos investimentos.
Existe a necessidade do diálogo jundo as comunidades para as suas necessidades, sendo esta uma responsabilidade do governo federal. Sendo signatário de diversos tratados internacionais de direitos humanos, remoções forçadas relacionadas à infraestrutura para eventos como está sendo para as Olimpíadas ferem estes tratados.
Neste aspecto de violação das diretrizes da ONU, o olhar tanto para a polícia, para as favelas é semelhante nas comunidades indígenas.
Justiça atrasada é justiça negada.
O que eu vi nas favelas e nas comunidades indígenas é muito semelhante – “ambas são espécies de “zonas francas” de direitos humanos. É como se essas pessoas não estivessem no Brasil. Lá valem regras diferentes. Elas vivem em zonas de guerra, e todos os direitos humanos estão suspensos.”
“Há 25 anos, o Brasil assegurou que os povos indígenas teriam direito a suas terras tradicionais demarcadas. Agora, 25 anos depois, os Guarani-Kaiowá, os Terena, as outras etnias que encontramos, as comunidades estão perdendo a paciência. Nas favelas também. Em inglês temos um ditado: justiça atrasada é justiça negada. (“Justice delayed is justice denied”)
Tentamos transmitir um sentido de urgência aos ministros. Tudo bem, são questões complexas e o Brasil tem um sistema burocrático. Mas por quanto tempo vocês vão continuar dizendo isso?
Nós visitamos comunidades que foram removidas de suas terras e estão vivendo à beira da estrada. Foi uma visão chocante. Algumas centenas de pessoas vivendo ali, com acampamentos dos dois lados da estrada, muitos casos de crianças mortas por atropelamento. Depois visitamos seus locais de sepultamento. Indígenas mortos por barões de açúcar ou mafiosos.
É uma luta muito desigual, porque os homens (capangas) chegam com armas e carros e eles estão ali à beira da estrada sem proteção nenhuma. A consequência do adiamento da demarcação das terras é que as comunidades indígenas estão sofrendo com violência, intimidação e remoções forçadas.
Falei para os ministros que essa estratégia é de muito alto risco. Continuam pedindo a eles para esperarem, mas eles chegaram a um ponto em que estão prestes a ocupar as terras. E se eles ocuparem as terras, você pode imaginar as consequências.
O Brasil é um país moderno, democrático, com uma sociedade relativamente abastada, está se tornando uma potência mundial. Os direitos humanos básicos têm que estar assegurados.
O Brasil quer ter uma cadeira no Conselho de Segurança (da ONU). É uma reivindicação legítima. Mas se você não tem segurança em uma favela, como vai querer ter um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU? Tem que haver uma correlação entre os dois. Você tem que proteger os seus cidadãos, e isso tem que ser feito de forma consistente.
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