Estilo César
O estilo César é aquele corte que lembra o dos imperadores romanos.
É um estilo ideal para quem tem pouco volume de cabelo na parte frontal. Cortado de maneira uniforme e penteado para frente proporciona um olhar bem bacana parta todos os tipos de rostos e principalmente para quem tem a testa uma pouco mais proeminente.
As versões mais modernas deixam as laterais ligeiramente mais baixa que o topo.
Penteado todo jogado para a frente e finalizado com pouca pomada ou gel deixa uma franja bem discreta.
Muito Bom para esconder entradas ou testa grande.
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Degradê: O Estilo Moderno e Versátil
O cabelo degradê ou fade hair é uma das opções mais modernas e versáteis para todas as ocasiões.
Versatilidade é exatamente o que a maioria dos homens procuram em um corte de cabelo. Sair da mesmice e mesmo assim conseguir manter uma boa aparência tanto no trabalho quanto na vida social é o corte ideal para qualquer um. O corte em degradê consegue atender a todo tipo de estilo masculino.
Para os homens a praticidade e a funcionalidade contam muito quando escolhem um corte de cabelo. Neste quesito o degradê não apresenta dúvidas por beneficiar e facilitar o equilíbrio para todos os tipos de rostos.
Como é feito o corte?
1. Scissor fade
Para quem prefere um visual clássico sem o uso da máquina para aparar as laterais deixando corte mais natural. Com o uso da tesoura o comprimento das laterais é maior , mantendo no entretanto o efeito progressivo da base ao topo de forma mais discreta.
Degradê baixo
A altura do degradê na lateral não ultrapassa a linha da orelha. É mais marcado do que os outros tipos de degradê por não ter espaço o suficiente para a escala progressiva de comprimento.
Degradê Médio
A linha mais curta quase zero sobe um pouco mais e o degradê é mais visível no resultado final do corte.
Degradê alto
A parte raspada é quase zero indo até bem perto do topo da cabeça onde os fios são mais longos. Mesmo se a lateral não for tão curta é possível fazer o degradê com uma progressão até o topo.
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Deus não morreu, ele se tornou dinheiro
“Deus não morreu. Ele tornou-se Dinheiro”.
Esta é a afirmação de Giorgio Agamben, um dos maiores filósofos vivos.
O capitalismo é uma religião, e como religiao é a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu. Não conhece nem a redenção nem a trégua. Tendo como liturgia o trabalho cujo objetivo é apenas o dinheiro celebrado numa culto ininterrupto e insáciável.
Esta nova ordem do poder mundial fundamentanda sobre um modelo de governabilidade definida como democrática que nada tem a ver com a concepção de democracia que este termo significava em Atenas.
A democracia surgiu na Grécia, com o significado de governo do povo (demo = povo,cracia=governo), e foi implantada em Atenas, por volta de 510 a.C., quando Clístenes liderou um rebelião vitoriosa contra o último tirano As reformas políticas adotadas por Clístenes visavam a resolver graves conflitos sociais decorrentes da estratificação social em Atenas, já que os aristocratas detinham o poder político e econômico sobre comerciantes, artesãos, camponeses e escravos.que governou a cidade-estado. O regime político democrático instituído por Clístenes tinha por princípio básico a noção de que “todos os cidadãos têm o mesmo direito perante as leis”.
Crise Econômica
Como palavras de ordem, Crise” e “economia” atualmente não são são conceitos, servem apenas para impor e para fazer com que se aceitem medidas e restrições que as pessoas não têm motivo algum para aceitar.
O que é a “Crise” hoje em dia? Significa simplesmente você deve obedecer! é evidente que, o que todos chamam de crise, um fenômeno que já dura decênios, não é nada mais que o modo normal como funciona o capitalismo do nosso tempo de uma forma totalmente irracional.
Os bancos assumiram o lugar das igrejas, governando o crédito até mesmo dos Estados que docilmente abdicaram sua sobernia. Geram a escassez, a incerta confiança, utilizam até de conceitos religiosos como “salvar”, uma salvação ao preço que inclui o sacrifício de vidas humanas e do planeta em prol do desenvolvimento e crescimento econômico.
Fonte: www.pragmatismopolitico.com.br/2013/06/deus-nao-morreu-ele-se-tornou-dinheiro.html
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Vida Simples
Vida Simples
A história da vida simples, na sociedade consumista norte-americana, passou pelas comunas hippies dos anos 1960, seguidas pela ascensão do movimento anticonsumista ecologicamente consciente dos anos 1970, cujo objetivo era “obter o máximo de bem-estar com o mínimo de consumo”. A filosofia da “simplicidade voluntária” promovia o consumo consciencioso em vez do consumo conspícuo e uma vida exteriormente simples, internamente rica. Mas será que nós do século XXI podemos viver uma vida boa sem tirar a carteira do bolso a todo instante?
Essa é a pergunta-chave que Roman Krznaric, autor do livro Sobre A Arte De Viver: Lições da História Para Uma Vida Melhor, se coloca. O ponto de partida mais prático é reduzir o consumo cotidiano. Comprar a maior parte de nossas roupas em segunda mão em bazares de caridade ou brechós. Utensílios de cozinha, utilidades domésticas diversas e mesmo carros só usados, especialmente, comprados de “família viaja e vende tudo”. Cultivar em horta comunitária, apoiar produtores locais e raramente comer em restaurantes, preferindo reunir pessoas em volta da mesa de casa.
Casa com beleza rústica com móveis feitos de madeira reaproveitada é possível de ser construída e habitada. Recolher sem constrangimento bens doados por pessoas que não os querem mais — é possível descobri-los, navegando em certos sites da internet. Morar em habitação cooperativa administrada por locatários é uma alternativa.
Radicalizando, alguns ecologicamente corretos só usam software de código aberto gratuito. Utilizam só bicicleta e transporte público. O passeio preferido é excursão a pé em um parque acessível…
A meta é nunca trabalhar mais de 24 horas por semana! A principal questão financeira da vida não seria “quanto dinheiro eu gostaria de ganhar”, mas sim “qual é o mínimo de dinheiro que necessito para viver?”
Na cultura voltada para o desfrute de bens de consumo de luxo, em que a posição social está tão estreitamente relacionada a exibições de riqueza, muitos relutam em abraçar um modo de vida mais frugal. Querem admiração e respeito por parte dos outros. Para a maioria de nós, a ansiedade pelo status obscurece as possibilidades da vida simples. Dificilmente conseguimos evitar o desejo de ficar à altura dos que nos parecem bem-sucedidos.
A recomendação sábia é: “nunca tente subir até o nível dos que lhe parecem bem-sucedidos. Faça-os descer até o seu. É mais barato”.
Mas a realidade é que, provavelmente, não se pode puxá-los para o nosso nível. O que fazer? A Economia da Felicidade sugere: “nunca compare; quem compara, perde”. Roman Krznaric recomenda o oposto: “quanto a seu senso de valor social, escolha com quem te comparar”. Opte por se inspirar em amigos que prosperaram com suas famílias em casas não maiores que a sua. Ninguém determina quem cada um de nós deve escolher como par.
Mas a vida simples envolve mais que reduzir as próprias despesas diárias ou repensar os próprios termos de comparação social. É também uma questão de vida comunitária. O florescimento humano é algo que dificilmente se alcança sozinho. Um dos resultados deletérios da ideologia consumista foi encorajar uma cultura extrema de individualismo possessivo. O único objetivo é acumular riqueza pessoal e propriedades. E se você vai ser rico, para que precisa de qualquer outra pessoa para amar e ser amado?! Esta é uma das maiores ilusões da vida…
A obsessão pelo interesse pessoal cega as pessoas para o papel que a comunidade desempenha na criação de vínculos sociais que muito contribuem para o senso de bem-estar. Somos animais sociais gregários. Mas a associação de forças que incluem os condomínios fechados, as longas jornadas de trabalho, a televisão, o smartphone, o PC e o próprio impulso consumista erodiram a vida cívica presencial. Evitamos conhecer nossos vizinhos. Não seria uma medida sábia recuperar a vida comunitária?
Essa vida simples pode ser extraordinariamente barata. Não seria mais necessário extrair tanta sustentação existencial de dispendiosas expedições de compras. Algumas atividades comunitárias são o compartilhamento de carros ou as redes de permuta de tempos de serviços via “moeda social ou local”. Outras são pouco dispendiosas como tocar música com grupos de pessoas, conhecer pessoas de diferentes culturas, ou fazer algum trabalho voluntário de assistência social. Enfim, tecer uma teia de relações humanas que nos sustentem emocionalmente.
É um passo difícil largar a vida isolada hiperindividualista, que desconfia do(s) desconhecido(s), e fazer uma imersão comunitária. Mas esta oferece a perspectiva de uma vida profunda sem que sejam necessárias iras regulares ao caixa eletrônico.
Roman Krznaric afirma, portanto, que é possível:
- reduzir os gastos com luxo;
- evitar comparações com os mais prósperos; e
- redescobrir nossas raízes comunitárias.
Mas podemos extrair da história do dinheiro uma lição final para a arte da vida simples: expandir os espaços gratuitos, livres de dinheiro, em nossa vida.
Faça uma lista de todas as coisas que não gosta de fazer e você faz. Depois, outra com as que gosta e não faz, tais como namorar, conversar com amigos, trabalhar de maneira criativa, visitar exposições, viajar sem tensão, simplesmente, observar pessoas. Troque uma lista pela outra! Aumente a vida gratuita e simples em sua existência!
As coisas mais valiosas custam pouco ou são gratuitas. As melhores coisas da vida não são coisas…
Reduzir o papel do dinheiro em nossas vidas e livrar-nos da dependência dele não significa que ficaremos privados de luxos. A palavra “luxo” vem do termo latino “abundância”. Pensamos nele em termos materiais, mas podemos ter uma abundância de relacionamentos íntimos, trabalho significativo, dedicação a causas, risos e sossego para sermos nós mesmos. Esses luxos constituem nossa riqueza oculta.
Fonte:https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2014/08/04/vida-simples/
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Desigualdade e Crescimento Econômico dos Países
O crescimento económico dos países está muito condicionado pelo aumento das desigualdades,
que atingiram o valor mais elevado dos últimos 30 anos. Os 10% mais ricos da população total da OCDE ganham agora 9,6 vezes mais do que os 10% mais pobres, quando nos anos 80 ganhavam 7,1 vezes mais.
Todos os governos aliados ao Mercado Financeiro são responsáveis por este fato.
Não existe crise, ela é forjada para que aja maior aumento de lucro. Inflação e juros alimentam o mercado.
Enquanto ficamos nesta polaridade “coxinhas” X esquerda caviar, “eles”, no poder dão risada e semeiam estas bobagens para que a população desvie o real foco da ditadura do sistema financeiro.
O fato é:
. A dita classe média e média baixa está vulnerável
. Os governos devem promover a igualdade de género no emprego e o acesso a emprego de qualidade.
. é necessário que se tomem medidas que encorajem o investimento em educação e na formação ao longo da vida.
. Na questão dos impostos, deveria-se ter a taxação da carga fiscal sobre os mais ricos.
. É necessário o investimento na indústria e não nas comodites para que se crie empregos e lucro sobre produtos agregados.
. Não mais colocar a dependência dos mais pobres apenas a projetos “esmolas”, mas que se crie apoios ao rendimento dos mais pobres, tanto trabalhadores, como desempregados.
O que temos visto atualmente nas polícas do nosso governo é uma total inversão disto tudo.
Exploraram a classe média que é empreendedora apesar de todas as dificuldades. Distribuiram o dinheiro da classe média e média baixa para os pobres e ainda enrriqueceram mais os ricos.
Sem contar com o constante aumento dos gastos farônicos do governo.
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Deus
Não estou falando de um criador. De um pai. De um ser supremo. De um espírito infinito criador e preservador do universo. De um ser superior sentado num trono. De algo infinitamente perfeito e inquestionável em suas leis. De uma divindade. De uma Trindade. De um personagem que, por qualidades extraordinárias, se impõe à adoração ou ao amor dos homens. De um objeto. De um culto. De uma tradição. De fanatismo. De verdades absolutas.
De um desejo ardente que se antepõe a todos os outros desejos ou afetos. De um compêndio teológico. De uma programação, um condicionamento, um aprendizado. De uma imposição. De uma crença. De uma fé. De uma obrigação moral. De uma punição. De uma recompensa. Do medo e uma explicação que acalma. De uma superstição. De monoteísmo ou politeísmos. De onipotência, onipresença, benevolência, bondade perfeita, zelo, sobrenaturalidade, transcendentalidade, eternidade e existência necessária.
De um ser incorpóreo, um ser intangível. De uma personalidade divina e justa.
Tais atributos foram todos anteriormente defendidos e suportados em diferentes graus pelos filósofos teológicos judeus e religiosos cristãos e muçulmanos. Tão iguais em suas crenças em maior ou menor grau de ilusão. Tão iguais em sua bondade e violência. Tão inclusivos e excludentes.
O que estou falando, permitam-me ilustrar através das palavras de Osho:
“Você está caminhando só; Deus está adormecido. De repente você vê alguém e sorri: Deus está desperto, o outro entrou. Seu sorriso não está isolado, é uma ponte. Você lançou uma ponte em direção ao outro. O outro também sorriu. Houve uma resposta. Entre vocês surgem um espaço que eu chamo Deus – uma pequena palpitação. Quando alguém vai até uma árvore e se senta ao lado dela, completamente alheio à existência da árvore, Deus está adormecido. Mas, de repente você olha para a árvore e surge uma onda de sentimento em relação a ela, e Deus desperta. Onde quer que haja amor, Deus está; onde quer que haja uma resposta, Deus está. Deus é o espaço. Ele existe onde existe união. Por isso eu digo que o amor é a mais pura possibilidade de Deus, porque ele é a mais sutil união de energias.
Amor é Deus. Esqueça-te de Deus, o amor fará tudo. “Mas nunca se esqueça do amor, porque Deus sozinho não adiantará.”
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Os Trabalhadores têm motivos para comemorar o 1º de maio?
As datas significativas para os trabalhadores geralmente não nascem de um evento feliz da história, mas representam marcos da luta por melhores condições de trabalho.
O Dia dos Trabalhadores comemorado em 1º da maio, relembra as dezenas de trabalhadores que em 1886 foram mortos pela repressão policial, na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos), quando, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias
Transposto para a realidade brasileira, através dos incipientes movimentos operários do início do século XX, o dia do trabalho não perdeu a sua característica de dia de luta e reivindicação por melhores condições de vida, para a classe trabalhadora.
Contudo, a sua incorporação pelo Estado, a partir de 1925, foi gradualmente mudando a natureza do dia do trabalho, que adquiriu uma conotação ambígua: por um lado, Estado, empresas e sindicatos – ideologicamente alinhados com a política governamental.
PL da Terceirização – Mercantilização do Trabalhador.
Governados por um partido que leva o nome do trabalhador, mas que na prática tem assolado o país, um Congresso conservador, que tem como prioridade defender os interesses patronais e se mobilizar apenas para atacar os direitos dos trabalhadores e as conquistas sociais, o que os trabalhadores tem a comemorar?
Especialmente em um ano onde o desenvolvimento está desaquecido ameaçando diminuir o lucro dos empresários. o Congresso conservador eleito em 2014 defende apenas os interesses patronais e só se mobilizamr para atacar os direitos dos trabalhadores e as conquistas sociais.
A votação pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei 4330/04, que libera a terceirização para todas as atividades das empresas, na prática, legaliza o desmanche da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), retirando direitos da classe trabalhadora e proporcionando aos setores patronais segurança jurídica para manter e até mesmo ampliar a precarização das relações e condições de trabalho.
Os trabalhadores em todo o Brasil devem sair em defesa dos seus direitos, da precarização da da saúde pública, da democracia, da Petrobras, das reformas política, tributária e agrária, do combate à corrupção.
Não se pode construir um país a partir do rebaixamento do ser humano.
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Assexuais
Você conhece alguma pessoa assexual?
Para a maioria das pessoas parece difícil alguém não sentir sentir atração sexual por ninguém, nunca.
Logo o sexo que é colocado como o prato principal nas nossas relações afetivas. Ao mesmo tempo tão proibido e explorado em todas as nossas propagandas e mídias que parece impossível alguém não sentir este tipo de atração. O sexo e sua energia é usado e explorado por todas as nossas instâncias da vida moral, social, política e religiosa, sendo uma das bases para vida em comunidade. Nossa sexualidade é tão ampla e tão limitada pelas nossas morais que tudo o que se afasta dos “padrões aceitáveis, controláveis” é colocado como anormal. Existiriam pessoas assexuais? Muitas pessoas veem a assexualidade como algo que precisa ser corrigido. É neste terreno que caimos no preconceito por não observarmos em primeiro plano todos os determinantes que orientam a nossa sexualidade.
O que é
Assexualidade é uma das formas de manifestação da sexualidade humana baseada na falta de atração sexual por pessoas. Essa é uma das definições mais bem aceitas da assexualidade, entretanto, ela não abrange todas as pessoas que adotam este rótulo. Podemos dizer que esse conceito ainda está em construção e que ainda não há uma delimitação exata para toda a sua abrangência.
· Se eu não sinto atração sexual, necessariamente sou assexual?
Não. A falta de atração sexual ocorre por diversos motivos, e a assexualidade é apenas um deles. Algumas pessoas não se sentem atraídas por homens ou mulheres devido à traumas, problemas hormonais ou transtornos psicológicos, os quais demandam tratamento médico ou psicológico. Logo, aqueles que não se sentem confortáveis com a falta de interesse sexual devem procurar tratamento.
· Isso significa que assexualidade não é doença?
Exatamente. É importante desassociar a assexualidade do transtorno do desejo hipoativo, pois enquanto este é um transtorno psicológico com diversas causas possíveis, a assexualidade ainda não possui uma causa específica que seja comprovada cientificamente. Mas pesquisas recentes, como a realizada por Lori Brotto, têm mostrado que pessoas as quais se identificam como assexuais não possuem sinais patológicos.
· Eu não sinto atração sexual, mas já me apaixonei. Isso significa que não sou assexual?
Parte dos assexuais afirma já ter se apaixonado. O sentimento de amor e a atração sexual não estão necessariamente associados. Por isso, da mesma forma que muitos praticam relações sexuais sem amarem seus parceiros, é possível amar alguém sem que se queira relacionar-se sexualmente com a pessoa, e é esse último caso que ocorre muitas vezes com os assexuais.
· Se eu já fiz sexo, então não posso ser assexual, correto?
Errado. As pessoas praticam sexo por vários motivos, os quais não estão necessariamente associados à libido própria. Satisfação do parceiro, manutenção de relacionamento, ou tentativa de entender como a sexualidade se manifesta são alguns dos diversos motivos que levam os assexuais a terem relações sexuais com outras pessoas.
· Assexualidade é a mesma coisa que celibato?
Não, pois o celibato é uma escolha, enquanto a assexualidade converge para um lugar mais próximo ao de orientação sexual. O celibatário é alguém que opta por não fazer sexo, e ele pode ser heterossexual, homossexual ou até mesmo assexual. Já o assexual é a pessoa que não sente a vontade de praticar relações sexuais, mas que pode praticá-la independente disso.
· Todo assexual é gay?
Homossexual é a pessoa que sente atração sexual por pessoas do mesmo sexo, diferente do conceito de assexualidade o qual está ligado à falta de atração sexual. Mas alguns assexuais também dizem serem gays, ou homorromânticos – utilizando-se a nomenclatura mais correta -, pois sentem atração romântica por pessoas do mesmo sexo.
· O que eu faço para ser assexual ou para me tornar assexual?
Nada. Diferente das orientações sexuais tradicionais, a assexualidade não se constitui por algo que você faça. Pode-se ser assexual praticando ou não sexo, beijando ou não beijando, amando ou não amando. Ela se refere a algo subjetivo e só diz respeito ao próprio assexual. E assim como não existe um tratamento ou método válido que permita a troca de orientação sexual, as pessoas não se tornam assexuais pela própria vontade.
· A assexualidade é uma orientação sexual?
Muitas das definições da assexualidade incluem-na na categoria de orientação sexual. Entretanto, ainda não existe um consenso sobre essa categorização, pois, assim como existem semelhanças entre a assexualidade e as outras orientações sexuais tradicionais, também existem muitas diferenças. Portanto, não é errôneo afirmar que a assexualidade é uma orientação sexual, do mesmo modo que não é incorreto afirmar o contrário.
· Eu sempre senti atração sexual, mas, de repente, deixei de sentí-la. Virei assexual?
Depende. A sexualidade humana é fluida, sofrendo mudanças ao passar do tempo, mas a repentina falta de interesse sexual também pode ser um sintoma patológico. É recomendável que a pessoa que deixou de sentí-la procure um médico ou psicólogo que a diagnostique se ela se sentir mal perante isso, mas ela também pode entender-se como assexual nessa situação. Assim como tudo que se refere à assexualidade, essa é uma questão bastante subjetiva, e apenas a própria pessoa, após a reflexão necessária, poderá chegar a uma conclusão mais exata sobre a sua sexualidade.
· Existem classificações que categorizam as diferentes formas de manifestação da assexualidade?
A AVEN (Asexuality Visibility and Education Network) criou algumas subclassificações da assexualidade para tornar mais didática a percepção das diferentes formas com que ela se manifesta. A divisão básica se dá na forma da assexualidade romântica e arromântica, em que o assexual romântico seria aquele que pode se apaixonar e o arromântico seria o assexual que não tem interesse em relações românticas ou não sente amor romântico. Os assexuais românticos se dividiriam, ainda, em heterorromânticos, homorromânticos e birromânticos. O sufixo “-romântico” é utilizado ao invés do “-sexual” para não confundir as subclassificações da assexualidade com as orientações sexuais tradicionais. Existiriam ainda os demissexuais, que são aqueles que se encontram entre a assexualidade e as outras orientações sexuais, sentindo atração sexual esporadicamente ou exclusivamente quando formam fortes laços afetivos e românticos com outras pessoas. Entretanto, essas classificações ainda estão em discussão na comunidade assexual brasileira, mas percebe-se que nem todos os assexuais se identificam com elas. E há um relativo consenso de que essas classificações são importantes em um plano didático, mas que não são essenciais na busca do autoconhecimento de cada assexual.
· Assexuais são pessoas desprovidas da sexualidade?
Não. A sexualidade é um dos elementos constitutivos da psique humana, e ela não se limita à atração sexual, pois a sua abrangência é muito maior.
· Meu amigo disse que, como não pareço ter muito interesse por sexo, sou assexual. Posso confiar nele?
A assexualidade não é um diagnóstico ou uma característica que você possa atribuir a outra pessoa. A única pessoa que pode dizer se você é ou não assexual é você mesmo, e as ferramentas que você poderá utilizar na busca deste saber é o estudo e a introspecção para a busca do autoconhecimento.
· Sexo, para mim, é sinônimo de pecado, sujeira, doença e imundice. Acho que todos que fazem sexo merecem morrer ou ir para o inferno. Sou, então, assexual?
É preciso ter muito cuidado com os nossos julgamentos e com as ideias que temos. Pelas nossas experiências de vida, formulamos os nossos julgamentos, e, muitas vezes, também formulamos impressões demasiadamente negativas do ambiente ou de fatos que podem refletir uma situação interna. O sexo não é sujo e não é uma doença. Se você acredita ser assexual por possuir essa visão negativista e patológica do sexo, pode ser interessante procurar um tratamento psicológico.
· Depois de uma grande desilusão amorosa eu perdi totalmente o interesse de fazer sexo. Estou confuso(a). Posso ser assexual?
Dependendo da angústia ocasionada, pode ser recomendável a procura de um tratamento psicológico ou de grande reflexão antes da pessoa ver se consegue se identificar com a assexualidade.
· Eu me identifiquei com todas as características da assexualidade, mas pratico a masturbação. Posso ser assexual mesmo assim?
Certamente. A masturbação pode ter diversos significados, não estando necessariamente ligado à fantasia da prática sexual. Muitos assexuais afirmam que a masturbação, para eles, é algo semelhante a uma necessidade fisiológica, e que a praticam sem pensar em nada. Entretanto, essa experiência pode ser diferente de assexual para assexual, e nem todos eles praticam a masturbação.
· Eu queria ser assexual para não sofrer mais. É possível?
A ideia de que o assexual não sofre é uma ilusão. Assim como heterossexuais e homossexuais, os assexuais têm as suas próprias angústias e problemas. Procurar um modo de mudar a sua orientação sexual não é a solução para os seus problemas.
· Ser assexual é tão triste quanto parece ser?
Existem assexuais que são tristes e outros que são felizes, assim como existem heterossexuais e homossexuais tristes e felizes. A orientação sexual é apenas um dos elementos compositivos do ser humano e a felicidade não está associada somente a ela. A ideia de que sexo é fundamental para a felicidade humana é resultado da cultura contemporânea de supervalorização do sexo, mas a sua prática não é pré-requisito para o alcance da felicidade.
· Os assexuais são pessoas espiritualmente superiores e moralmente evoluídas?
Orientação sexual não define caráter e moral. Assim como existem pessoas de outras orientações sexuais com uma moralidade mais desenvolvida, haverá assexuais com essa mesma moral. Entretanto, também existirão assexuais com uma deficiência nessa característica, assim como ocorre com outras pessoas.
· Eu digo que alguém é assexuado ou que alguém é assexual?
Assexual é um termo mais adequado, pois assexuado será aquela pessoa sem genitália ou o ser que se reproduz por bipartição, como as amebas. E, além disso, nós não falamos que as pessoas são “heterossexuadas” ou “homossexuadas”. Por isso, a comunidade assexual brasileira, de forma geral, sente-se mais confortável com a denominação “assexual”.
· Em raros momentos eu sinto ou já senti atração sexual. Posso, mesmo assim, ser assexual?
Sim. Como já foi respondido anteriormente, o conceito de assexualidade ainda está em construção por não abranger todos aqueles que assim se consideram. Existem pessoas que em quase todo o tempo não possuem o menor interesse sexual por pessoas, mas, em raras situações, podem sentir esse tipo de atração.
· A assexualidade é uma fórmula?
Lendo essas perguntas e respostas, é natural perceber o paradoxo entre respostas prontas e determinadas sobre a assexualidade e a subjetividade que é atribuída a ela em algumas questões. É importante saber que a assexualidade não é uma fórmula, e que estas questões, por mais que tenham respostas prontas, têm como objetivo libertar a pessoa de ideias pré-determinadas e preconceituosas. Então, esse é apenas o primeiro passo. A assexualidade é uma questão bastante ampla e complexa para se limitar somente às abordagens acima. Pesquise, reflita, compartilhe.
Fontes:
Cerca de 1% da população britânica, assexuais se unem para romper tabus sobre vida sem sexo
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A Diminuição da Maioridade Penal: O Triunfo do ManiqueÍsmo Numa Falsa Polêmica
“Os índices de criminalidade no Brasil são macabros. Mata-se mais em latrocínios aqui que no Iraque. E o que a mídia grande faz? Reduz tudo a uma única questão: ser ou não ser a favor da diminuição da maioridade penal.”
Vários casos de repercussão na mídia pressionam o Senado a tomar uma posição sobre a questão da violência cometida por adolescentes. Há os defensores da redução da maioridade penal para 16 anos.
A maioridade penal ou maioridade criminal define a idade mínima a partir da qual o sistema judiciário pode processar um cidadão como uma pessoa que se responsabiliza por seus atos, não existindo sobre ele quaisquer desagravos, atenuante ou subterfúgios baseados na sua idade. O indivíduo é reconhecido como adulto consciente das consequências individuais e coletivas dos seus atos e da responsabilidade legal embutidas nas suas ações. Definida pelo artigo 228 da Constituição a idade em que um jovem passa a responder inteiramente por seus atos como cidadão adulto é fixada em 18 anos.
A legislação brasileira adota o sistema biológico independente da capacidade psíquica ao entender que o menor deve receber tratamento diferenciado daquele aplicado ao adulto, por não possuir desenvolvimento mental completo para compreender o caráter ilícito dos seus atos.
Na legislação atual o menor infrator pode ficar mais de três anos internado em instituição de reeducação como a FEBEM, hoje Fundação Casa, apenas uma mudança de nomenclatura. E não sabemos o que é pior nas instituições brasileiras de reeducação, as prisões comuns ou a crueldade e sadismo sofrido por jovens nas instituições. O que estamos vendo é um genocídio com que as elites brasileiras executam de maneira permanente seus planos de faxina social. Nosso sistema penal e prisional é de caráter seletivo e classista. Qualquer um que acompanha as mídias faz a leitura que os presídios são o que há de mais terrível, um sistema sádico que não contribui para a diminuição da violência, acentuando-a, marginalizando-a, a violência como algo prazeroso, utilizando da violência para satisfazer os desejos de uma elite de destruição dos nossos jovens, educando-os para se tornarem doutores em sadismo. Nosso sistema penal só contribui para o aumento da violência e para a insegurança pública. Ninguém dá a mínima para esta situação, e os políticos, os juristas vêem os presidiários como uma massa humana que deve ser retirada da vista, torturada e exterminada. E as mídias bombardeiam a cabeça da população nesta mesma visão, educando todos no prazer da tortura, na vitimização em massa, e quando tudo foge do controle, bradam os conservadores por aumento das penas, do sadismo institucionalizado na redução da idade penal, que apenas vai tornar lícito a violência que já existe. Quem continuará a ser as maiores vítimas deste sistema conservador? A grande massa sem acesso a uma vida digna de trabalho, hospitais, educação, gado marcado para consumo tanto da elite branca composta pelas grandes fortunas, políticos, juízes, e da elite do tráfico, dos grandes cartéis de drogas e de jovens para a escravidão sexual, financeira e do trabalho. Uma sustenta a outra. Portanto, é uma grande bobagem esperar pela boa vontade do judiciário, dos políticos e dos que detêm o poder financeiro uma mudança. Isto só ocorrerá a partir de quem é vítima direta deste sistema.
Não adiante ficarmos babando diante dos grandes pilares de nossa maravilhosa ordem social, tratando-os como os novos sacerdotes imaculados e inquestionáveis. “O Supremo”, uma instituição altamente conservadora, que não faz nada em relação a situação dos presídios e julga os grandes com olhares e direitos de penas diferenciadas, contribuindo ainda mais com a onda conservadora que se espalha pelo país.
Enquanto a grande massa de favelados está em guerra, os que desviam verba de hospitais, de merenda escolar, que fraudam licitações, que compram votos dos parlamentares, que são figuras de mando do tráfico de droga, de armas e de pessoas, que conduzem esquemas de lavagem de dinheiro em grande escala continuam em ação. Para a imensa maioria da população carcerária a prisão continua a única solução, e o encarceramento em massa, um grande negócio.
As penalidades previstas são chamadas de medidas socioeducativas. Crianças até doze anos não podem ser julgadas ou punidas pelo Estado. De doze a 17 anos o jovem infrator é julgado na Vara da Infância e da Juventude, podendo receber advertência como punição, obrigação de reparação do dano, prestando serviços comunitário, liberdade assistida, inserção em regime de semiliberdade ou internação em estabelecimento educacional, não podendo ser encaminhado ao sistema penitenciário. E esta deve ser a aplicação da penas para os privilegiados. Querem tratar os jovens como adultos que tiveram todas as condições sociais e educativas para serem donos e responsáveis pelos seus crime e punidos pelo Estado, enquanto transformam os criminosos de colarinho branco em jovens que não tinham esta mesma responsabilidade, colocando-os em prisões domiciliares, penas alternativas, direito a todos os julgamentos e recursos.
Não vemos ninguém falar na melhoria das condições sociais desta juventude. Mau e porcamente se remetem a um problema educacional de forma genérica. E o que é educação?
Se querem diminuir a maioridade penal para os jovens, que estendam esta diminuição para os seus direitos. Direito ao acesso financeiro digno, que subtende-se ao trabalho bem remunerado e não escravo. As condições de crescimento com acesso e escolha de boas escolas e universidades para todos como manda uma constituinte tão aclamada como democrática. Educação que realmente discuta a diversidade religiosa, o uso de drogas, a diversidade de orientação sexual, para que realmente tenham capacidade de responder por elas.
Os defensores da redução da maioridade penal acreditam que os adolescentes infratores não estão recebendo a punição devida, sendo o Estatuto da Criança e do Adolescente muito tolerante com os infratores, não intimidando os que pretendem transgredir a lei. Têm como argumento a legislação eleitoral que considera o jovem apto para votar aos 16 anos. O direito ao voto imputa a responsabilidade diante da justiça.
Discute-se assim a redução da idade da responsabilidade criminal para o jovem com a fala das maioria em 16 anos. Há propostas para 12 anos como idade-limite com punições mais severas. Não sendo mais o tempo máximo de permanência de menores infratores em instituições de três anos como determina a legislação, e sim de dez anos. A maioridade penal somente quando o caso envolver crime hediondo e “imputabilidade” penal quando o menos apresentar “idade psicológica” igual ou superior a 18 anos.
Os combatentes da mudança na legislação acreditam que a redução na maioridade penal não traria resultados na diminuição da violência e ainda acentuaria a exclusão de parte da população. Como alternativa a proposta de melhorar os sistema socioeducativos dos infratores, investimentos em educação e a mudança na forma de julgamento de menores violentos estabelecendo regras mais rígidas e mesmo a aplicação adequada a legislação vigente. Enquanto isto no Ministério da Justiça, o ministro da justiça fala como cidadão comum dizendo o que todos dizem:
“Do fundo do meu coração, se fosse para cumprir muitos anos em alguma prisão nossa, eu preferia morrer”
Seríamos insensíveis ao sofrimento humano e no que tange as nossas moralidades na manutenção do nosso medíocre status social optando mais pela punição do que observamos a fundo o que fomenta o mercado da violência?
De que adianta estipularmos uma idade para a punição se a mesma está a tanto tempo conosco que nos acostumamos a ela. E há os que sentem prazer na punição como forma de poder.
Na política, na religião, na sociedade, em nossos condicionamentos, idiossincrasias individuais e coletivas a violência institucionalizada ou marginalizada como meio é um fato. Para isto necessitamos de Ministérios e ministros da justiça. De deuses e demônios. De policiais e bandidos na imensa e contraditória teia social, psicológica e sacra. Aumentaremos e pena e diminuiremos a cronologia de aplicação das mesmas. E no milênios de nosso existência conviveremos com a nossa violência, nosso medo e nossa culpa, nosso desespero, prazer e cegueira por não observarmos o fato de que tudo o que fizemos não resolveu e não resolverá nosso intrínseco desejo de justiça e vingança ante nossa pequenez existência. Nosso sistemas de condicionamentos políticos, religiosos e sociais e condicionamento não são e jamais serão justos. Então cruzaremos os braços disfarçando nossa hipocrisia como temos feito em nossos papéis como políticos, padres, pastores, pobres e ricos, ministros, presidentes, favelados ou burgos e gritaremos por justiça quando a mesma violência que não faz distinção invadir a nossa casa.
Não gostamos que nos apontem os nossos condicionamentos e condicionantes, mas diante da brutalidade do fato colocamos a solução ou a culpa neles. Tudo o que não funciona como gostaríamos depositamos a responsabilidade na educação. Uma da primeiras coisas que aprendemos em família, a educação. mas, o que é a educação?
A educação que o jovens tem recebido como modelo das políticas do Estado é que o crime compensa. As polarizações da mídia em relação as orientações religiosas e sexuais apenas geram mais separatismo e fomentam uma luta num país que nunca teve problemas com a diversidade aqui acolhida. Os grande nobres deste país semeiam a discórdia em temas de comportamentos de fórum íntimo, e, enquanto a massa atolada na pobreza física e intelectual se digladiam eles reinam soberanos tendo acesso a todos os direitos e as riquezas do país. As soluções apresentadas como mais do mesmo, aumento de penas, diminuição da idade cronológica não resolvem e não resolverão a miséria deste país.
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