TINGIDOS E GRISALHOS
Uns apostam no charme do grisalho. Outros nas cores.
Grisalhos ou tingidos, os homens liberam a vaidade e apostam em produtos de beleza.
Com as novas tecnologias para a coloração capilar os homens apostam nas cores. As tintas estão liberadas tanto para todos os tipos e idades. E, são muitos os exemplos masculinos que utilizam desta tecnologia, basta observarmos na mídia. Famosos nacionais como Silvio Santos, Ratinho, Raul Gil, Heródoto Barbeiro, Edson Celulari e Pelé.
Podemos ir mais além e citar os famosos internacionais: Gerard Butler, Charlie Sheen, Tom Cruise, Mickey Rourke e o rock star Steven Tyler.
Tratamento para os Fios brancos
Para quem prefere os fios brancos e aquele charme cinquentão.
Richard Gere, George Clooney, Harrison Ford e Pierce Brosnan deixam tudo por conta da naturalidade.
O grisalho necessita tratamento adequado. Cabelos brancos sim, amarelos não. O motivo amarelamento indesejável dos fios segundo os especialistas, é a oleosidade excessiva, a poluição e a distribuição irregular de pigmentação.
O uso de xampus anti-amarelo dão um tom ligeiramente acinzentado e tiram completamente o amarelado dos fios.
Recomenda-se lavar os cabelos uma vez por semana com este xampu especial. O produto contém micro pigmentos violetas que com o uso continuo evitam que os fios fiquem amarelos.
A ingestão de suplementos vitamínicos à base de zinco, cobre e ácido pantotênico podem ajudar a retardar o aparecimento dos cabelos brancos. Não existem tratamentos tópicos com comprovação científica de eficiência.
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LOUCO É ‘NÃO EU’
Identificar o outro como louco abre um campo de abuso de poder, intolerância e violência.
As culturas sociais determinam os parâmetros tanto da normalidade quanto do que é categorizado como anormal.
No trabalho do filósofo Michael Foucault (1926-1984), a História da loucura na Idade Clássica, o termo “loucura” é a desqualificação do outro. A desqualificação como marco diferencial em relação ao que define a identidade de uma pessoa e até mesmo de uma cultura.
O nosso pensamento ainda funciona nos moldes da imagem, e da comparação, e tudo que não reconhecemos como parecido ou dentro do nosso padrão é taxado como anormal.
Este é um tipo de mecanismo condicional presente em toda humanidade, e serviu como meio de sobrevivência.
O uso do termo “louco”, ou “loucura” pode funcionar de diversas formas, dependendo da imagem que criamos em relação àquilo que consideramos fora da normalidade.
E hoje, num mundo extremamente capitalista, não observamos as “loucuras” que somos obrigados a fazer em relação a sobrevivência do mercado.
Mas, o louco nunca sou eu.
E a forma dos padrões de “normalidade” a nós apresentado são carregados da moralidade que julga e determina o que é “normal”.
Sob o amparo de uma “lei natural”, uma natureza não construída pelo pensamento humano. O pensamento humano se apresenta sempre como natural no sentido de não ser construído, como se sempre existisse e fosse irrefutável e ainda como se não fosse ele que estivesse fazendo este processo.
E nos travestimos de personagens que são modificados a medida que temos o feedback social na cultura da normalidade. E chamamos de insensato aquele (ou aquilo) que não entendemos, que não atribuímos “sentido”, que não conseguimos fazer as relações.
Mas, a partir do momento que nomeamos, temos a posse do fenômeno e consequentemente a imagem da tranquilidade. Desta perspectiva, é comum que quando surge a denominação de louco sejam acionados mecanismos de exclusão simplesmente porque uma pessoa (ou um grupo) pensa de forma radicalmente diferente da nossa ou não compartilha nossos valores morais ou religiosos.
Identificar o outro como louco é abrir um campo de abuso de poder, intolerância e violência.
Diferentemente do ato, ou do comportamento visível, a humanidade tem que aprender que ela criou um mundo da dualidade entre a ideia e o fato. Será que nós humanos somos tão diferentes assim? O que nos diferencia são esteriótipos linguísticos, estéticos, religiosos, sexuais, servidos num baquete multifacetado ou sobre o prisma da nova moral da diversidade humana que em essência a finalidade é a mesma. O que todos queremos?
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CORTE ASSIMÉTRICO
A tendência dos cabelos assimétricos tornou-se ícone da modernidade.
Bastante repicado com pontas irregulares , topetes e franjas longas na intenção de deixar o homem mais moderno e com um ar bem jovial.
Outra tendência é o corte conhecido como “fringe. O corte é feito bem curtinho na parte de trás com a nuca bem batida, a franja mais longa e na parte frontal os fios são irregulares no comprimento dando a aparência de desconectados.
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RELIGIÃO E SEXUALIDADE
A visão ética da religião tradicional em relação a sexualidade não mudou. A única forma correta admitida pela igreja é a heterossexualidade. Todas as outras formas de manifestação da sexualidade são considerados desvios, pecados, possessão de espíritos malignos. Qualquer outra forma de manifestação da sexualidade que não seja a heterossexualidade também é visto sob o prisma moral da igreja como imoralidade e do desvio de caráter. E na mesma visão ética da igreja aplicada a ciência, ou a ciência fundamentada sob a perspectiva da ética da religião qualquer manifestação da sexualidade não sendo de construção heteronormativa é considerada uma doença, perversão ou desvio de personalidade.
Possíveis Curas:
. Em relação a possessão por qualquer espírito não hétero – exorcismo que subtende-se cura imediata.
. Em relação ao pecado da não heterossexualidade – arrependimento e busca de santidade. Não quer dizer que a pessoa será um hétero, mas terá que usar do arrependimento e da busca de santidade como algo constante até a morte física para finalmente adquirir a total libertação. Concepção de paraíso, livre da sexualidade não hétero normativa. Pode ser traduzido como abstinência sexual ou como na igreja, celibato. A sexualidade como um espinho na carne na visão paulina. O sofrimento como abnegação e glória do ego.
. Em relação a doença, perversão ou desvio de personalidade da ciência sob o comando ético da igreja – um psicanalista com direito ao receituário, antidepressivos, ansiolíticos, e qualquer medicamento que diminua a libido. Psicólogos com terapias que alterem o comportamento sexual desviante da ética hétero normativa. Ambas as terapias são crônicas por se tratar ainda de uma doença crônica.
Em todos os tratamentos os efeitos colaterais são dependência crônica.
Repensando Religião e Sexualidade
Apesar de algumas divergências entre católicos e protestantes,ambos compartilham a sexualidade de forma reproduzir o conceito de família hétero tradicional reprodutiva.
E em pleno momento de muitas mudanças na cultura social em relação a sexualidade, a visão do Cristianismo continua a mesma em relação a sexualidade humana, pautada em alguns textos que acreditam ser a base de uma ética comportamental não refletindo mais os padrões psicológicos, sociais, científicos do nosso tempo.
Esta é a causa de muito sofrimento para muitos que dão crédito a esta concepção decorrente do assédio religioso e da visão condicionada da família tradicional reprodutiva.
Para reconhecermos a dimensão deste sofrimento humano que ao longo da nossa história da sexualidade e a religião envolveu questões como: a obrigatoriedade do celibato dos padres (inexistente até ao século XI) e freiras, a condenação da contracepção dita artificial, da homossexualidade, da masturbação, das relações sexuais pré-matrimoniais, do recasamento dos divorciados são, só por si, motivo mais que suficiente para séria e madura reflexão.
Dentro de uma análise dialética entendo que a sociedade é produto do homem e o homem é produto da sociedade, a religião faz parte da sociedade, ela é uma construção do homem que vive em sociedade.
Este processo dialético envolve o homem a sociedade e a religião, cada um exercendo seu papel, porém, interligados entre si e contribuindo para as legitimações sócio-culturais.
Enquanto o mundo dos animais é fechado em termos de possibilidades, pois cada espécie vive no seu ambiente especifico, o homem vive em um mundo aberto, um mundo que ele deve modelar.
Ao colocarmos qualquer conceito como algo fechado, como fazem todos aqueles que acreditam no fim da manifestação de Deus como um plano definido, destruímos todas as outras possibilidades de fenômenos no mundo.
Para o homem que busca a tranquilidade da certeza em uma fé fechada a crença fechada em Deus, além de determinar um Deus absolutista, destrói toda possibilidade de manifestações do divino em outras instâncias da vida.
Toda religião nada mais é que o construto do pensamento humano de forma a ter algo que o proteja daquilo que acredita ser misterioso ou temeroso. Do medo de sair do conhecido para o desconhecido.
O homem já atribuiu tantas coisas como sagradas, desde objetos de poder com status de sagrados, crenças em sacrifícios, comportamentos regulatórios no que tange a vida em sociedade. E a sexualidade por ser um dos comportamentos mais regulatórios e instintivos do animal humano não ficaria distante do sagrado na construção dos mitos.
A tendência natural é achar que as coisas são do jeito que sempre foram em todos os lugares e tempos. A sociedade se caracteriza pelas suas constantes mudanças. O modelo ocidental de família vem sofrendo profundas mudanças há alguns séculos, percebemos que: “O exercício da sexualidade também está se dissociando mais e mais das esferas da conjugalidade e da reprodução, em decorrência do desenvolvimento cientifico-tecnológico e da diminuição da influência religiosa, particularmente católica, no imaginário social dominante no Ocidente.” (MELLO, 2005,p.31)
As representações sociais relativas à família não devem ser pautadas em apenas um modelo. A forma como as pessoas se organizam já não é a mesma que na Idade Média.
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DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA
Ativistas da democratização da mídia mobilizam-se em todo o país para coletar 1,5 milhão de assinaturas e viabilizar o ingresso de projeto de lei por iniciativa popular no Congresso Nacional. A intenção é regulamentar artigos constitucionais que já dispõem sobre os direitos da comunicação e dos cidadãos quanto ao acesso aos conteúdos produzidos pelas emissoras. Além de mexer nos interesses das sete famílias donas dos principais grupos comunicacionais do país, o texto pretende restringir as concessões evitando que religiosos e políticos continuem sendo donos de emissoras de rádio e televisão. No Rio Grande do Sul, o projeto foi apresentado em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande Sul (AL-RS).
O projeto elaborado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), o projeto prevê normas apenas para a comunicação eletrônica, especificamente, alterar a distribuição das concessões de rádio e televisão no país.
Não é o fantasma da censura à liberdade de imprensa, mas a garantia do cumprimento do previsto na Constituição, a promoção da diversidade cultural, o equilíbrio dos setores da comunicação, conteúdos anti-discriminatórios, garantindo o direito à comunicação ao cidadãos.
O que falta para aprovação de um marco regulatório para as comunicações, que não fique restrito às rádios e televisões, é a coragem dos governantes em enfrentar os interesses econômicos e políticos umbilicalmente ligados às emissoras.O fim do oligopólio de grupos reduzidos que detêm o poder sobre as mídias e a distribuição de verbas publicitárias dos governos.
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GOOGLE, FACEBOOK E MICROSOFT E O MARCO CIVIL DA INTERNET
Após as denúncias de espionagem dos Estados Unidos, os gingantes da tecnologia , Google, Facebook e Microsoft se reuniram para uma discussão e dizem apoiar Marco Civil da Internet.
O Marco Civil da Internet que tramita no Congresso Nacional é uma discussão que ultrapassa campo jurídico e vai para o âmbito da política internacional. Mostra as complexidades para os Estados nacionais legislarem sobre a rede. No Brasil, o tema envolve não só leis, mas a infraestrutura de comunicações, como centros armazenadores de dados e condições de gerenciar o tráfego de informações.
Representantes do Google e Facebook, no entanto, mostraram preocupação com a possibilidade de haver obrigação de instalar suas centrais de tráfegos de dados no Brasil, caso seja inserido no texto. A Microsoft afirma já ter instalado uma central no país.
Marcel Leonardi, diretor de Políticas Públicas do Google, informou que apoia o Marco Civil como está atualmente, sem a inclusão de obrigatoriedade na instalação de data centers em território brasileiro.
Bruno Magrini, gerente de Relações Governamentais do Brasil Facebook, por sua vez, destacou que o Marco Civil foi “construído por meio de um processo democrático” e que, a sua companhia sempre foi favorável ao projeto. Suas preocupações com as possíveis mudanças como a exigência da manutenção de dados no Brasil é de ordem técnica, pois acreditam que degradará o serviço de internet, dificultando a circulação de dados.
A questão é financeira. Essa exigência acarretaria em enormes custos e ineficiência nos negócios online no país ao causar impacto em pequenas e novas empresas de tecnologia que queiram prestar serviços aos brasileiros, segundo o gerente do Facebook.
O diretor-geral Jurídico e de Relações Institucionais da Microsoft Brasil, Alexandre Esper, acredita que o Marco Civil da Internet “colocará o Brasil entre as legislações mais modernas do mundo”. Esper citou que a companhia já conta com data center no país. “No nosso caso, a localização dos dados é irrelevante”, afirmou.
Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, os três representantes das companhias citadas reuniram-se (15) para discutir as denúncias de espionagem por parte dos Estados Unidos.
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CÓPIA OU PLÁGIO, IMAGEM E SEMELHANÇA
Do que somos cópia? O que copiamos?
A cópia é uma questão de DNA. Ninguém acusa o DNA de plágio. O julgamento vem quando o DNA não é uma cópia perfeita.
O copiar e colar é uma ferramenta moderna. A cópia é algo tão intrínseco que copiamos até as idiossincrasias sintomáticas da individualização do eu. O eu no seu sentimento de estado perfeito, de não cópia, não tem a percepção, a propriocepção que ele é construído a partir da matéria prima de toda a memória histórica da humanidade.O eu é a cópia da humanidade em todas as suas idiossincrasias humanas.
Copiar e colar é moderno e o ato mais antigo. Na natureza copia-se, e o universo é uma cópia de si mesmo.
O pensamento socrático de um mundo superior com uma cópia inferior.
Um pensamento cristão pois somos imagem e semelhança de Deus.
Copiar é parte da estrutura do pensamento humano como forma de ver o mundo.
E o que temos copiados nos tornando cópias? Como temos copiado?
Copiar apresenta uma outra realidade humana que determina o funcionamento do seu pensamento. O estado de comparar. Você já se comparou hoje?
E nossa Ciência é comparativa. E a comparação gera o sofrimento.
E hoje o homem começa a perceber que todas as suas comparações ou foram com base na sua imagem num espelho.
E a imagem e semelhança dos Deuses no qual ele depositou a sua crença era uma falsa imagem de uma realidade inventada, criada.
A Ciência cria tanto quanto a Religião. A errônea imagem de mundos separados.
O que tem embaixo tem em cima. O observador é o observado.
E como diz Schopenhauer, a natureza copia mas não se contrista.
Quando se sentires mais ou menos diante de todas as vidas existentes da qual você é uma cópia, observe o que você está copiando. Depois acuse de plágio.
Teremos o sentimento de Salomão que não há nada de novo debaixo do sol.
As novidades são velhas?
O mundo como representação da nossa vontade é velho? Seria este o segredo da tristeza da suposta tristeza Schopenhauer?
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O PRAGMATISMO POLÍTICO
“A vida é inventada e cabe a nós inventarmos uma melhor.” Ferreira Gullard
Quem sempre deflagou a mudança na sociedade foi a classe média, sendo seguida por outros setores.
Ao dirigir as benesses populistas, do ex-presidente Lula, retirou da classe média e distribuiu para as classes mais pobres. E a classe rica beneficiou enriquecendo com o endividamento da suposta nova classe média oriunda dessa distribuição.
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A classe média se tornou o alvo dos problemas crescentes. Ficou insatisfeita com os partidos políticos que não têm mais o compromisso com a ideologia partidária, mas o pragmatismo. O pragmatismo em defesa de ideais próprios, ideais de mercado, do se dar bem em detrimento do patrimônio público, em síntese, corrupção.
Os partidos e os políticos são semelhantes. As demagogias políticas não são diferentes. O individualismo fala mais alto em relação a cartilha partidária. Como construção humana os partidos se fragmentaram internamente, uma contradição. No mar das individualidades brigam entre si.
O melhor deste fenômeno é não mais a existência das polaridades esquerda e direita. Esta seria uma interessante transformação se ainda não existisse a falsa utopia partidária transformada em rituais de perfumarias que tentam esconder o mofo das velhas práticas na corruptela dos políticos e dos partidos.
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