BOLSA NOVELA
Governo estuda dar ‘bolsa novela’ para levar TV digital à baixa renda. “Vamos acabar com a era do Bombril na antena.
Para implantar a TV digital no Brasil, o governo estuda doar conversores digitais para a população de baixa renda, no que já está sendo chamado de “bolsa novela”. Se adotado, o projeto, do Ministério das Comunicações, atenderá a todos os beneficiários do Bolsa Família. Com o leilão da frequência de 700 MHz, previsto para o início de 2014, o Executivo pretende abandonar a TV analógica de uma vez por todas. Qualidade das teles para internet e mensagens é insatisfatória, diz Anatel. Assim que a faixa que elas ocupam for destinada à internet 4G, de alta velocidade, quem não tem uma TV digital ou o conversor digital para conectar o televisor antigo não conseguirá assistir aos canais da TV aberta. “Vamos acabar com a era do bombril na antena. A TV vai pegar melhor”, afirmou à Folha o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Para isso, a pasta já está fazendo um estudo de impacto financeiro a fim de viabilizar a medida e, depois, submeter ao crivo da presidente Dilma. O objetivo principal é conceder benefícios fiscais, subsídios e até facilitar crédito para a compra de televisores digitais e conversores. Nos estratos sociais em que não houver condições de compra, a saída pode ser bancar parte do valor ou mesmo doar o equipamento. Inicialmente, o “bolsa novela” integral, com doação, atingiria apenas os usuários do programa Bolsa Família. Enquanto TVs com tecnologia digital custam a partir de cerca de R$ 300 (14 polegadas), os conversores saem, em média, por R$ 100 –R$ 25 são tributos federais e estaduais. O governo também estuda criar uma política para desonerar esses conversores, o que ainda precisa ser mais bem discutido internamente. Todos esses benefícios, se adotados, devem valer a partir de 2015 –portanto, após o leilão da faixa 700 MHz e sua consequente implantação. O governo acredita que um dos bons efeitos colaterais será o estimulo à indústria nacional desses componentes. “Para a indústria, vai ser muito bom, vai ter dois, três anos de venda assegurada, tanto para o setor de radiodifusão como para o de telecomunicações”, diz Bernardo. A ideia é promover a adesão gradual por Estado, até para evitar uma corrida ao comércio em busca por aparelhos e conversores. Para quem tem renda mais elevada, o governo aposta na chegada dos grandes eventos esportivos, como Copa e Olimpíada, como motivação para a compra de aparelhos.
ENTENDA A MUDANÇA
Por que o governo vai mexer nas frequências?
O objetivo é leiloar para as operadoras de celular a frequência de 700 MHz, hoje usada por canais de UHF.
Por que passar a faixa de 700 MHz para as teles?
Porque, por razões técnicas, essa frequência permite a expansão mais rápida e mais barata da internet móvel de quarta geração, a 4G.
Por que isso afeta quem assiste à TV?
A frequência de 700 MHz é como uma rodovia, na qual três faixas servem à transmissão analógica e outras três à digital. Com o leilão, acaba o sinal analógico, deixando livres as três faixas para a internet. Quem não tiver um aparelho digital ou um conversor digital não poderá ver TV.
O que o governo quer fazer para garantir acesso à nova TV digital?
O governo dará subsídios, isenção de imposto e outros benefícios para permitir que brasileiros de baixa renda adquiram os conversores e não fiquem sem assistir à televisão.
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A MISÉRIA COMO FIM
Dilma anuncia fim da pobreza extrema e PT dá início à campanha.
Não existiria luz se não houvesse a escuridão. Nem a igreja se não fosse os pecadores. E talvez, nem partidos políticos se a miséria humana não fosse usada como palanque.
“Falta muito pouco para a superação da pobreza extrema”, afirmou a presidente. E nesse muito tempo em que falta pouco para a superação da pobreza extrema, a pobreza humana permanece eterna. E nesta plataforma é dada a largada da presidente Dilma Rousseff à campanha por sua reeleição.
Em solenidade cuidadosamente planejada na véspera do ato político para comemorar, os 10 anos do PT à frente do governo federal, Dilma anunciou que 22 milhões de brasileiros deixaram a situação de extrema pobreza desde que seu governo lançou o programa Brasil Sem Miséria. E com esse intuito, o governo anunciou que vai complementar a renda de 2,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família.
A erradicação da pobreza extrema foi uma das principais promessas da campanha de Dilma e deve embalar o projeto de reeleição. Com o slogan “O fim da miséria é só um começo”, de autoria do marqueteiro João Santana.
Dilma colou sua agenda à do PT e criticou antecessores, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), sem citá-los nominalmente. Dilma citou pelo menos quatro vezes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu legado e criticou a gestão tucana na área social. “Nós começamos em 2003, no governo do presidente Lula, quando unificamos programas sociais precários que até então existiam”, disse Dilma. ”Um País só pode retirar 36 milhões de pessoas da miséria com um programa como o Bolsa Família, quando além de ter a sensibilidade para a dor dos mais pobres possui também capacidade técnica, qualidade de gestão, honestidade moral e coragem política para realizar um feito dessa magnitude”, gabou-se em seu ensaio discurso sobre ética. Atacando os conservadores, e não muito diferente deles, Dilma se apoia na ampliação do Bolsa Família e nos miseráveis cadastrados com um “novo slogan” para sua campanha à reeleição no ano que vem. A miséria como um fim ainda é o começo da política no Brasil.
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DADA A LARGADA ELEIÇÕES 2014
Tempo Rei, Transformai as Velhas Formas de Poder.
Foi da da a largada rumo ao Planalto. No páreo Dilma Rousseff, atual governo, se protege na popularidade, no discurso da redução da miséria e nas baixas taxas de desemprego como principais trunfos na conquista da reeleição.
Seu grande problema, o pibinho, a estagnação econômica, a necessidade de domar a inflação e acelerar as obras de infraestrutura não dando margem de discurso aos adversários.
Aécio Neves, o garanhão de Minas Gerais, tem como triunfo, além do sobrenome, seu modelo de gestão desenvolvido em Minas, e uma oposição claudicante, sem projeto e fragmentada por brigas internas, mas necessita de um discurso que convença o eleitor tirando-o do PT.
A ex-PV, Marina Silva e o seu desejo de um partido próprio, o Rede Sustentabilidade, O Rede, como ela prefere, apesar de vir de uma legende pequena, na eleição anterior conseguiu 20% do eleitorado. Vivendo paradoxo de ter eleitorado e não um partido, terá que convencer o eleitor que seu projeto não se trata de uma aventura, clarear o seu discurso sobre o que pretende com a sustentabilidade e suas parcerias na rede .
Eduardo Campos, o azarão novidade de Pernambuco onde foi reeleito com 83% dos votos, tendo que superar os desafios de ordem partidária, geográfica e de comunicação. Precisa de uma máquina eleitoral que sustente uma disputa nacional e de uma estratégia que o torne conhecido no país.
Enquanto isto, mais de 1,5 milhão de pessoas correm risco de perder título de eleitor. No Estado de São Paulo, são mais de 370 mil brasileiros que podem ter o documento cancelado porque não votaram nas últimas três eleições e não justificaram a falta e correm o risco de ter o título cancelado. O prazo para regularizar a situação nos cartórios eleitorais vai de 25 de fevereiro a 25 de abril. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não enviará qualquer tipo de notificação ao cidadão em relação à situação eleitoral irregular. A relação de inscrições com risco de serem canceladas já está disponível para consulta nos cartórios eleitorais desde a última quarta-feira (20).
O eleitor também poderá verificar a sua situação no site do TSE a situação eleitoral. No total, os eleitores com pendência perante a Justiça Eleitoral são 1.512.884. Quem estiver sob risco de ter o título cancelado deverá levar documento original com foto, título de eleitor e comprovantes de eleição, de justificativa e de recolhimento ou dispensa de recolhimento de multa ao cartório eleitoral para regularizar a situação. A não regularização acarretará o cancelamento do título, que será realizado entre os dias 10 e 12 de maio de 2013. Quem tiver o título eleitoral cancelado será impedido de obter passaporte ou carteira de identidade, receber salários de função ou emprego público e obter certos tipos de empréstimos e inscrição. Também haverá restrição para investidura e nomeação em concurso público, renovação de matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo ou qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado. Assim, somos obrigados a continuar mantendo o mesmo sistema de poder via punição. O eleitor deveria fazer campanha para o término da obrigatoriedade do voto.
O que fazer se você teve o título cancelado:
1) Comparecer a um cartório eleitoral, apresentar um documento de identificação, um comprovante de residência e preencher a formalização de RAE (Requerimento de Alistamento Eleitoral).
2) Pagar multa no valor de R$ 3,51 por turno faltante. Cada turno é considerado uma eleição.
3) Aguardar até o reinício das atualizações de cadastro do banco de dados da Justiça Eleitoral.
4) Veja site
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CYPHERPUNKS A LIBERDADE E O FUTURO DA INTERNET
“É preciso acionar o alarme. Esse livro é o grito de advertência de uma sentinela na calada da noite”, escreve Assange na introdução.
A internet possibilitou verdadeira revolução no mundo todo, mas a previsão de Assange é uma grande onda de repressão no mundo online, a ponto de considerar a internet como uma possível ameaça à civilização humana devido à transferência do poder de populações inteiras a um complexo de agências de espionagem e seus aliados corporativos transnacionais que não precisarão prestar contas pelos seus atos. Em contrapartida, propõe o lema “privacidade para os fracos e transparência para os poderosos”. Resultado de reflexões de Assange com um grupo de pensadores rebeldes e ativistas que atuam nas linhas de frente da batalha em defesa do ciberespaço, o livro reflete sobre a vigilância em massa, censura e liberdade, mas o principal tema é o movimento cypherpunk, que faz uso da criptografia como mecanismo de defesa dos indivíduos perante a apropriação e uso bélico da internet pelos governos, Estados e empresas. Os cypherpunks defendem a utilização da criptografia e métodos similares como meios para provocar mudanças sociais e políticas. O movimento teve início em 1990, atingiu o auge de suas atividades durante as “criptoguerras” e, sobretudo, após a censura da Internet em 2011 na Primavera Árabe. O termo cypherpunk, uma derivação (criptográfica) de cipher (escrita cifrada) e punk, foi incluído no Oxford English Dictionary em 2006. “Uma guerra furiosa pelo futuro da sociedade está em andamento. Para a maioria, essa guerra é invisível”, alerta Julian Assange, fundador do WikiLeaks, na apresentação do seu programa de entrevistas World Tomorrow, realizado em parceria com a rede de TV russa WT – e que serviu de base para este livro. “De um lado, uma rede de governos e corporações que espionam tudo o que fazemos. Do outro, os cypherpunks, ativistas e geeks virtuosos que desenvolvem códigos e influenciam políticas públicas. Foi esse movimento que gerou o WikiLeaks”. A batalha travada pelo WikiLeaks é tanto política quanto tecnológica. A organização representa um marco importante ao disponibilizar, por princípio, toda a base documental de suas publicações. Além de divulgar documentos, o WikiLeaks produziu dezenas de matérias, vídeos e artigos de opinião. Por outro lado, no jornalismo tradicional são poucos os veículos que disponibilizam todo o material‑base de suas reportagens para que seja escrutinado e reutilizado pelo público. A indústria da notícia é uma das principais trincheiras na disputa sobre o vasto mundo da internet. Na era da internet qualquer um pode ser produtor de notícia. O WikiLeaks avança ao trazer a possibilidade de dezenas de veículos independentes, jornalistas e usuários se apropriarem de documentação, se tornando provedores de jornalismo de qualidade, com base no jornalismo investigativo ao valer‑se dos segredos de Estado, documentos que comprovam violações de direitos humanos por empresas, o rastro documental dos crimes dos poderosos. Apesar da noção hacker intrínseca na maneira de o WikiLeaks praticar jornalismo aliando-se a veículos tradicionais de mídia, bem como a veículos não tradicionais, ela incentiva a disseminação de conteúdos livres, fora dessa indústria. Redes sociais como o Facebook, Google são apontados como “a maior máquina de vigilância que já existiu”. O debate argumenta que as agências de espionagem dos EUA têm acesso a todos os dados armazenados por Google e Facebook – vistos como “extensões dessas agências”. “É uma maluquice imaginar que entregamos nossos dados pessoais a essas empresas e que elas se transformaram basicamente em uma polícia secreta privatizada”, afirma Jacob Appelbaum, fundador da Noisebridge. “A internet, nossa maior ferramenta de emancipação, está sendo transformada no mais perigoso facilitador de totalitarismo que já vimos. A internet é uma ameaça à civilização humana”, afirma o editor, que enxerga uma militarização do ciberespaço: “Quando nos comunicamos pela internet ou por telefonia celular, nossas trocas são interceptadas por organizações militares de inteligência. É como ter um tanque de guerra dentro do quarto”, diz. O escritor faz uma defesa da auto-gestão ou autonomismo e com uma metralhadora giratória do texto ataca poderes políticos e econômicos fazendo parecer brincadeira de criança a imaginação de George Orwell. No debate transcrito, surgem temas como censura, direito autoral e pornografia infantil. E são relatados casos de softwares que, por exemplo, impedem que funcionários tenham acesso a sites de sindicatos que informem sobre seus direitos trabalhistas. Cuidado: você está sendo vigiado e manipulado. Essa é a mensagem que fica da leitura de “Cypherpunks, Liberdade e o Futuro da Internet”, novo livro de Julian Assange. E o homem transferiu para o cyber espaço todo seu mundo de segredos, reproduzindo online sua mediocridade moral em busca da liberdade.
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A POLÍTICA DAS TIRIRICAS E OS TIRIRICAS NA POLÍTICA
Não é apenas o Deputado Federal Tiririca que esta decepcionado com a política. Todos os eleitores que são tratados como palhaços.
O reinado dos demagogos e senhores do engenho rurais e urbanos que sempre exploraram o Brasil e os brasileiros como um negócio pessoal, jamais admitiram qualquer mudança. Como diz Renan Calheiros, uma democracia exemplar para o mundo não deve ser mudada. E não mudou com o PT chegando à Presidência da República. Objetivando amansar os inimigos o PT pactuou e aderiu rapidamente todas as práticas que ele um dia condenou. Como resultado prático a igualdade entre eles. E o eleitor apostou com seu voto no sinalizadores de segunda mão inadequado à uma mudança na política brasileira que abafa suas falcatruas alcoviteiras com espuma de colchão usado como tratamento acústico. Com rapidez, os petistas mais espertos, que são muitos, viram a grande oportunidade apresentada pela velha política de velhos políticos. E na antiga lei de Gerson não pararam mais de buscar vantagens para si próprios, seus familiares, amigos, amigos de amigos, traficando todo tipo de licença na mídia, montagem de ONGs que recebem dinheiro do Tesouro, e a criação de todo tipo de empresas para parentes. O PT se tornou o partido do homem-cueca, de bebês de Rosemary, bode galeguinho beneficiário das doações das empreiteiras e assumindo a defesa dos acusados. Aliou-se a Maluf, Fernando Collor, Renan Calheiros, Henrique alves e todos os mensaleiros. A política da tiririca continuam com seus tiriricas impedindo o desenvolvimento do país.
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A RESIGNAÇÃO DE BENTO
Não precisamos mais que a fumaça branca do conclave decida nossas moralidades.
O que significaria a resignação de um Papa? No Brasil muito pouco, pois estamos sob o reinado e a égide da lei do Rei Momo. Oxalá, em meio a tanta resignação o mundo eleja Momo como Papa, e festeje o carnaval da libertação do fundamentalismo da chefia da doutrina, de toda inquisição, e, haja o diálogo com a modernidade de uma lei “lei natural” de acordo com a moderna racionalidade divina.
Tanto o Papa quanto a igreja católica sofrem, não tendo forças devido à idade avançada. No mundo atual, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevância para a vida da Fé, para governar a barca de S. Pedro e anunciar o Evangelho é necessário também vigor, tanto do corpo como do espírito. Vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de forma que tenho de reconhecer a minha incapacidade para exercer de boa forma o ministério que me foi encomendado”, justificou o líder da Igreja Católica, que comunicou a sua decisão em latim, durante a canonização dos mártires de Otranto. A Igreja e o Papa Bento XVI não são mais capazes de exercer de forma adequada o ministério de Papa e bispo de Roma”. Bento XVI considerava a necessidade de redescobrir o valor da lei moral natural para as bases da desejada ética universal. João Paulo II e Bento XVI demarcam uma nova discussão a respeito da importância da lei natural para o diálogo contemporâneo com pessoas das diferentes religiões e culturas. Em busca de uma ética universal, um novo olhar sobre a lei natural Bento XVI, em seu discurso, insistiu na «necessidade e urgência, no contexto atual, de criar na cultura e na sociedade civil e política as condições indispensáveis para uma plena consciência sobre o valor irrenunciável da lei moral natural». A lei natural constitui a verdadeira garantia oferecida a cada um para viver livremente e em respeito de sua dignidade de pessoa, e para sentir-se defendido de qualquer manipulação ideológica e de todo abuso perpetrado em virtude da lei do mais forte», disse o Santo Padre. Segundo o bispo de Roma, «em um mundo conformado pelas ciências naturais, o conceito metafísico de lei natural está quase ausente, incompreensível». «Ao ver esta importância fundamental para nossas sociedades, para a vida humana, é necessário que se volte a propor e dar a compreender no contexto de nosso pensamento, este conceito: o próprio ser em si leva uma mensagem moral e uma indicação para os caminhos do direito.» Segundo explica o Catecismo da Igreja Católica no número 1954, «a lei natural expressa o sentido moral original que permite ao homem discernir mediante a razão o que são o bem e o mal, a verdade e a mentira». Em definitivo, os dez mandamentos. O número 1956 do Catecismo acrescenta: «A lei natural, presente no coração de todo homem e estabelecida pela razão, é universal em seus preceitos, e sua autoridade se estende a todos os homens. Expressa a dignidade da pessoa e determina a base de seus direitos e seus deveres fundamentais». A antinomia da Igreja sempre sofreu pela sua inadequação entre o fundamentalismo judeu como base nos usos e costumes e o pax deorum (“paz divina”, em latim) romano que, em sua origem, crenças etruscas, gregas e orientais foram sendo incorporadas aos costumes já tradicionais de acordo com sua efetividade. O politeísmo romano no sincretismo monoteísta das leis e éticas judaicas presentes no Cristianismo. A noção de nossa sociedade de tradição judaico-cristã quanto à religião liga os rituais à fé, algo que não era levado em conta pelos romanos. Para eles os deuses simplesmente existiam, não havia necessidade de questionar esse fato. Os deuses dos antigos romanos, à semelhança dos antigos gregos, eram antropomórficos, ou seja, eram representados com a forma humana e possuíam características (qualidades e defeitos) de seres humanos. Não havia uma separação entre uma lei divina moral e uma lei social cerimonial. O mundo atual caminha em direção à Antiga Roma na sua diversidade cultural, enquanto Roma se fecha em seu fundamentalismo judaico cristão das “leis naturais”. Tanto os seguidores de Pedro, quanto os de Paulo se equivocaram na sua interpretação do Evangelho de Cristo em sua ênfase nas imagens cerimoniais. Apesar da diversidade de Paulo como romano, ele adotou a moralidade judaica na sua ética evangelista. Pedro a rocha sobre o qual a Igreja Romana se fundamentou seguiu a lei paulina como base ética comportamental da sociedade, numa tentativa organizacional cultural. Contudo, a dicotomia romana judaica paulina tornou-se o espinho na carne tanto de Paulo, quanto no modo operante do patriarcado de Pedro como representante de Deus na terra. A carta de Paulo aos romanos como considerada por Lutero a “mais importante peça do Novo Testamento, o mais puro Evangelho é novamente endereçada a Roma, e para cada um que se cristão não somente memorizar palavra por palavra, mas também ocupar-se com ela diariamente, como se fosse o pão diário da alma”. O mundo ainda vive e discute a hermenêutica bíblica entre a fé, obras e salvação. O Evangelho de Paulo desenha no livro de romanos todas as contradições presentes atualmente entre a Igreja e as sociedades e o indivíduo e sua incapacidade prática cerimonial de solução desta dualidade. Qual seria esta “lei natural”? A consciência do certo e do errado inerente à humanidade, independente que alguém tenha ensinado, personificado nas práticas sociais, por não conseguirmos colocá-la em prática. Eis o grande dilema da Igreja: adequar as novas práticas sociais reinterpretando a “lei natural”, onde não há Lei, também não há transgressão. Permanecer fiel a sua crença que as “novas” práticas presentes na sociedade ferem a constituição divina. Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. (Hebreus 7:12). Nosso sacerdote não é Pedro e nem Paulo, um sacerdócio levítico de homens fracos, e mortais, que necessitando primeiramente de oferecer sacrifícios pelos seus próprios pecados, incapacitados de continuar em seu ofício visto terem de ser inevitavelmente removidos pela morte (Hb 7.23,27,28), mas Cristo (Hb 4.14)O Sacerdócio de Cristo na Carta aos Hebreus liga com Cristo as idéias de “verdade” e “perfeição”. Doravante, portanto, devemos não limitar nossa idéia cristã de sacerdócio àquilo que aprendemos pelo sacerdócio levítico que serviam apenas como solene memória que algo restava ainda para ser feito de modo completo e final para que o pecado pudesse ser aniquilado (Hb 10.1-3). Isso ensinava que “ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou” (Hb 9.8) ; pelo que também, sob a antiga aliança, a cortina divisória que impedia os homens de penetrarem no Santo dos santos nunca foi rasgada nem tirada fora (Hb 9.7-8). Em Cristo houve a aniquilação desta cortinha divisória, não havendo mais a necessidade de sacerdotes mediadores (Mateus 27:51-53). Não precisamos mais que a fumaça branca do conclave decida nossas moralidades.
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BIGODES FAMOSOS: O BIGODE CLARK GABLE
Anunciado como o Rei de Hollywood, Clark Gable, é um dos maiores símbolos sexuais de todos os tempos. Seu bigode curto e fino permanece como um estilo eterno.
O estilo forte exige linhas diagonais do nariz até o canto da boca com uma linha igualmente forte no limite inferior.
O bigode tem um papel bem definido no centro, após a dobra natural entre o lábio e o nariz. Estilo curto como este necessita de manutenção diária.
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MADRE TERESA EM CALCUTÁ?
‘Que hipocrisia’, “O sorriso é uma máscara ou um manto que cobre uma multitude de dores.
Este é um dos trechos das cartas de Madre Teresa escritas três meses antes de receber o prêmio Nobel da Paz, em setembro de 1979.
As cartas demostram a discrepância entre o que sentia e aquilo que expressava e a constante luta de Madre teresa contra estes sentimentos de escuridão, solidão e tortura que surgiram após “ouvir a voz de Deus” engajando no cuidado dos dos pobres em Calcutá.
“Quanto a mim, o silêncio e o vazio são tão grandes que olho e não vejo, escuto e não ouço.”
Não somos diferentes de Madre Tereza diante da hipocrisia dos governos, da sociedade, dos indivíduos e das religiões na dualidade frente a situação da maioria dos povos do mundo.
Criamos a hipocrisia como a moral de permanência discrepante entre o que falamos, o que acreditamos e o que fazemos. A mente humana tem funcionado por muito tempo dentro deste padrão de condicionamento, obtusa e confusa. Nem os supostos santos escaparam de tamanha obscuridade.
Mais que cultuarmos santidades, é necessário uma mutação da mente. Isto significa uma relação inteiramente diferente desta que temos tido com qualquer dependência de santos e autoridades.
Um pensar totalmente diferente, livre da ansiedade, do medo, da dualidade e do conflito do vir a ser algo.
Nosso apego a qualquer tipo de autoridade é decorrente do medo do desconhecido, das incertezas que produzimos na sociedade, a fome, a miséria, a ganância, a dominação, o dogmatismo, a violência e a agressividade naquilo que chamamos de religião ou governos.
A perseverança de madre Teresa, apesar de todas as suas dúvidas, foi o seu ato mais heroico. Um heroísmo cultuado como imagem na continuidade da existência da fome. “Sinto que Deus não me quer, que Deus não é Deus e que ele não existe realmente.” Venha, seja minha luz. Continuamos alimentando a miséria adorando a imagem de Madre Teresa. Podemos transformá-la em santa, ou apenas naquela que alimentou os pobres. Apenas uma imagem! Venha, seja minha luz! Deixe a escuridão da sua miséria. Me faça acreditar que Deus existe nesta escuridão humana. Que Madre Teresa teríamos num mundo onde o problema da miséria foi solucionado? Qual imagem cultuaríamos? O livro Come Be My Light, que será publicado em Setembro para assinalar o 10.º aniversário da sua morte, mostra que essa crise esteve quase sempre presente nos últimos 50 anos da sua vida.
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INTERNET COMO UM LEGO
“Vivemos em um mundo remix”
Para Mark Surman, da Mozilla Foundation, tudo pode e deve ser modificado na web
Transformar a web em uma plataforma aberta, este é o conceito de Mark Surman, diretor-executivo da Mozilla Foundation. A idéia é que os usuários tenham total autonomia e possam manipular a web construindo-a da forma como desejarem, não ficando dependentes dos serviços de grandes empresas. “A web foi feita para ser como Lego”, comparou, emendando em seguida: “deveria ser divertido”. “Vamos usar a web para criar mais web”, resumiu, citando o Mozilla Webmaker, ferramenta que permite ao usuário comum construir conteúdos na internet usando recursos que já existem. Ferramentas que incentivem o usuário a mudar a internet são necessárias para chegar lá, e é essa direção que a fundação de Surman tenta seguir. Enquanto muitos discutem a militarização da internet, Surman acredita na programação livre inserida na vida civil, sendo a programação uma disciplina em sala de aula onde todos aprendam a programar. Com relação a discussões sobre a privacidade na internet, é preciso aprendermos o equilíbrio entre o que é privado e o que se ganha ao dispor dados pessoais na rede. “Já fazemos isso no dia-a-dia, somos ao mesmo tempo pessoas públicas e privadas”, reforçou. O Firefox, sistema operacional móvel que a Mozilla desenvolve em parceria com a telefônica deve levar avante o conceito de web móvel e aberta com possibilidade da construção da internet que queremos. O sistema operacional é uma alternativa ao mercado para que este não fique concentrado nas mãos de duas únicas empresas – o google, com o Android, e a Apple, com o iOS do iPhone e do iPad. Infelizmente as tecnologias na maioria são utilizadas no antigo padrão de condicionamento da mente humana. E a internet como cérebro humano também se tornou a representação desta velha mentalidade no uso de rede de informantes, estruturas de suborno, técnicas de lavagem de dinheiro e o emprego de métodos de cunho psicológico. O problema não é a rede, somos nós.
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O PARTIDO DA MARINA
Marina Silva quer ser dona do seu partido, ou melhor, uma rede, uma nova cultura política no Brasil. E qual rede fará parte deste partido? Marina Silva se reuniu em São Paulo com simpatizantes do movimento “Nova Política”, para discutir a criação da sua nova rede.
A lista de participantes do encontro incluiu desde o deputado tucano Walter Feldmann (PSDB) até a herdeira do Banco Itaú, a socióloga Maria Alice Setúbal. Feldmann, que já integrou várias administrações tucanas em São Paulo e chegou a figurar no time mais próximo ao ex-governador José Serra, apareceu no encontro vestindo uma camiseta verde. No evento, realizado num prédio do empresário Ale Youssef, na zona oeste da capital paulista, o roteiro não teve surpresas. Os apoiadores da ex-senadora e candidata derrotada à Presidência em 2010, assim como a própria, negaram que a ação seja eleitoreira.
Um evento em Brasília marcará a fundação da sigla e o nome terá que ser definido até o dia 16 de fevereiro. A palavra “verde” foi vetada para não ocorrer associação com o PV, sigla que Marina abandonou em 2011. Alinhados com o discurso de Marina Silva, apoiadores da ex-ministra do Meio Ambiente estão promovendo uma espécie de “plesbicito virtual” para escolher o nome de seu novo partido ou rede. A enquete foi organizada a partir de sugestões de internautas e reúne 40 nomes para serem escolhidos até às 12h da segunda-feira (21). O site que convoca os “marineiros” para o ato chama-se “RedePróPartido”. De acordo com Alves, cerca de 600 já se inscrevem para participar do evento. Até agora, o novo partido da ex-senadora Marina Silva comove mais piadistas do que entusiastas em Brasília. Um dos alvos da pilhéria é a proposta de o partido se diluir em 20 anos, para evitar a perpetuação de feudos políticos. Maldosos, deputados de diversas siglas também riam, dia desses, do possível nome do partido: Semear. Já que Marina não pode colocar o nome do partido de Rede Globo, poderia ser: Rede Glóbulo, Rede Planeta, Rede Terra, Re de Regina, Rede Reto. Cair na rede é a nova onda.
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