HIEROFANIAS CÓSMICAS
Muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender!
O homem que optou por uma vida profana não consegue abolir por completo seu comportamento religioso. A existência profana jamais se encontra em seu estado puro.
O mundo moderno jamais se dessacralizou. Este sentimento de “sacralização” fomenta as morais, as políticas e o poder financeiro.
A religiosidade nasceu da necessidade diante da perda do território. O mito de Adão e Eva e a perda do paraíso expressa claramente este fato.
A terra prometida dos judeus o paraíso dos cristãos é a transformação deste fato. Os cristãos vindo de uma maioria escrava e subjugada criaram um mundo após a morte sem sofrimentos, um reino perfeito com rua e casas de ouro. É esta maioria escrava que ainda espera, nos seus rituais dessacralizados e estereotipados a solução de governos ou líderes religiosos. Talvez uma preguiça em assumir a responsabilidade pela sua vida, quer sacra ou profana.
Como manadas oscilam no vai e vem das ondas da propaganda.
Financeiramente cada um constrói seu paraíso.
O mercado financeiro utiliza dos símbolos. Fragmentados e destituídos de uma clara significação, assumem a experiência individual e se transformam em atos espirituais.
Arraigado no inconsciente as simbologias buscam assegurar a integridade dos que se proclamam a-religiosos, e os que creem.
O mito judaico cristão da primeira queda a religiosidade caiu no nível da consciência dilacerada, separada.
A moderna humanidade interpretada como uma segunda queda, esta dilaceração da consciência se dá pelo poder do mercado financeiro. A exploração do caos obtendo lucro.
E as hierofanias cósmicas transformaram-se em imagens fantasmagóricas no mais profundo do inconsciente da humanidade. Seus rituais religiosos, sacros, milenares representam a busca de outro tipo de poder. O poder financeiro.
«Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.»
Em que circunstâncias seria desejável para um cristão se submeter à autoridade terrena?
Nada mais atual diante do valor do dólar. Se é que ainda tem valor real. Do abuso dos governos e líderes religiosos na cobrança de impostos e dízimos. Muda-se o teatro, mas o palco e o conteúdo continuam o mesmo.

O touro é símbolo de crescimento e ganhos, e é tão importante que há inclusive uma estátua de bronze do animal em Wall Street.
Universalmente somos ainda uma minoria escrava, vagando pelo deserto na busca de um território, sendo explorados pelos dez mandamentos do sistema, julgados e condenados a não entrarmos na terra prometida por que adorarmos bezerro de ouro.
Esperamos que o maná caia do céu!
E no que tange a santos e hierofanias cósmicas aplicadas as políticas desde mundo, o melhor é adotarmos a posição de São Tomé, tão discriminada pelos cristão: “ver para crer”.
O equilíbrio e o paradoxo da fé paulina em Hebreus definida como o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.
O que se vê não necessita ter fé.
E o que temos visto? Promessas de fatos que não vemos.
“Jesus disse: Se vossos guias vos disserem: ‘o reino está no céu’, então as aves vos precederam; se vos disserem que está no mar, então os peixes vos precederam. Mas o reino está dentro de vós, e também fora de vós. Se vos conhecerdes, sereis conhecidos e sabereis que sois filhos do Pai Vivo. Mas, se não vos conhecerdes, vivereis em pobreza, e vós mesmos sereis essa pobreza…”
“Dai a a César o que é de César, e dai a Deus o que é de Deus – e dai a mim o que é meu.” ( Evangelho de Tomé vs. 3 e 100)
Leitura recomendada: O SAGRADO E O PROFANO Mircea Eliade (pdf livro)
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