Todos Somos Gerson
Assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira. Provérbios 26:19
Fernando Henrique se tornou viral. Dilma é um vírus. Lula a virulência. A política contaminada pela promiscuidade dos partidos e dos políticos
é mais contagiosa que o HIV ou Ebola. Infectou o Congresso, infectou Brasília, infectou o Brasil. O que. O que o cidadão está precisando é de proteção. Proteção da atual política no vício político com base na Lei de Gerson. Somos um povo que gosta de levar vantagem. E patrocinamos tais vantagens. O problema na aplicação da política da vantagem foi a vantagem dos políticos. A primazia requer inferioridade, mediocridade, subalternidade. Esta primazia na nossa política atual não deseja a hegemonia. Ela nos agride os ouvidos ao assassinar nossa Língua e nossos direitos na total inversão dos valores . Com o intuito de prosperar, enganaram a muitos com promessas de prosperidade. Como uma pomba facilmente enganada pagamos caro aos nossos salvadores; uma hora apelamos para salvador encarnado de O Filho do Brasil. Outra hora voltamos para o agora, o viral Fernando Henrique Cardoso. Falsas polarizações no jogo de peso e medidas onde quem leva mais do ouro e das riquezas do Brasil são os políticos enquanto enganam multidões de brasileiros? É sem dúvida mais fácil enganar uma multidão do que um só homem.
Combinaram enganar com mentiras, enganando com balanças desonestas.
Nós brasileiros que temos tal instinto percebemos o quanto isto tem sido nocivo para a nossa supremacia. Esta Lei de Gerson aplicada a nossa política em todas instâncias das nossas relações tem sido nociva. A nossa condição de desvantagem é econômica. Logo, precisamos aplicar a Economia com base na Lei de Murphy, segundo o enunciado de que se algo pode dar errado, algo dará errado, e não seguirmos mais a política do governo com base na Lei de Gerson, se algo pode dar errado, não tem problema, pois mesmo que der errado, a gente dá um jeitinho de fazer parecer certo. O fato é que a maioria do povo já se beneficiou com tal lei e ainda se gaba por ser mundialmente famosos por isso.
A corrupção fere os investimentos públicos, fere a saúde, fere a educação, fere a infraestrutura, fere a segurança, fere a habitação, fere os direitos essenciais à vida, e fere criminalmente a Constituição quando amplia a exclusão social e a desigualdade econômica. Mais terrificante que a supremacia dos governos é a supremacia do Mercado Financeiro. A Lei de Gerson aplicada a economia dos governos e do Sistema Financeiro a maioria paga duas vezes sete, vezes sete, mais isto é assunto para outro entendimento.
Gérson somos nós. Eis nosso dilema. Então devemos exigir a igualdade na aplicação da Lei de Gerson.
Todos querem o melhor para si – e que mal há de haver nisso?
O problema de um instinto é quando ele se apropria em demasia outros instintos. O homem que não entende os seus instintos produz uma sociedade com polaridades extremas. Temos que reaprender o significado das hierarquias e das vantagens.
Estamos presos a Lei de Gérson. E todos queremos festa. Sejamos honestos com a nossa corrupção exigindo igualdade de direitos nas benesses que temos como direito na Constituição. A frequência dos escândalos políticos na política brasileira, tais como fraude, corrupção, lavagem de dinheiro, superfaturamento, entre outros, se enraíza na cultura popular como sinônimo de levar vantagem acima de tudo, sem respeitar códigos éticos ou morais.
O fato é que a maioria de nós brasileiros moldados na cultura da Lei de Gerson, segundo nos fazem pensar, agir e representar no Congresso não recebemos as benesses desta Lei.
Já que, em meio à nossa barafunda legal, a propina é questão de sobrevivência e só ela faz a economia andar, diante das dificuldades na mudança de tal cultura política público e privada, devemos exigir a igualdade na aplicação da Lei de Gerson.
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Políticas de Vermes, Germes e AFins
“Monitorar governos é uma forma vital de exercermos o poder”
Como germes, vermes e afins se nutrem do caos e da destruição dos doentes e feridos, as politicas atuais tem o mesmo comportamento na manutenção do caos e, apesar do discurso, da pobreza psicológica e financeira, educacional. É a manutenção das dependências no discurso com intuito de salvadores da pátria sem programas reais e soluções verdadeiras nas meras falácias institucionais.
Em sua filosofia que nega a vida promovem e enfatizam sempre o elemento divisor como as diferenças entre os povos no nacionalismo, as diferenças entre as famílias na ideologia, as diferenças na riqueza no princípio financeiros e as diferenças de categoria social no princípio autoritário.
Esta são as nossas morais no discurso da governabilidade e da organização social. O que vivemos é o caos e a degeneração humana que alimenta os vermes institucionais.
Não são capazes, não podem e não querem reconciliar sociedade e indivíduo. Reuniões e planejamentos, metas, programas e pactos como teatro de vampiros.
E a sociedade em sua maioria apenas mantém este sistema como moribundos.
O que a humanidade necessita saber sobre si mesmo está escrito em sua memória celular, em sua memória histórica e recentemente em sua memória tecnológica. O trabalhador tem o poder que precisa em suas mãos para ser verdadeiramente livre. Por ser condicionado neste sistema de sofrimento e engano, o medo deu este poder a senhores, se submetendo as hierarquias distorcidas das autoridades.
Ethan Zuckerman, Diretor do Centro de Mídia Cívica no Instituto de Tecnologia de Massachusetts é um renomado editor de internet, e um forte defensor da tecnologia digital e uma nova era de participação cívica.
Sr. Zuckerman é forte defensor da forma como os cidadãos podem usar a internet para se fortalecer e melhorar suas comunidades. Ele é o fundador do site de notícias da comunidade Global Voices: http://globalvoicesonline.org/
O diretor do Center for Civic Media, do MIT, fala do Promise Tracker, programa que vai colocar na mão do cidadão ferramenta de avaliação do poder público
MIT Ethan Zuckerman (Ivan Pacheco/VEJA)
Um time de trinta pessoas vai começar a circular por São Paulo com celulares à mão e uma missão: conferir se o prefeito cumpre o que prometeu em campanha. A inteligência do programa que vai comparar promessas e realidade vem do Massachusetts Institute of Technology (MIT): é criação do professor Ethan Zuckerman, diretor do Center for Civid Media. No futuro, o sistema poderá ser usado por qualquer pessoa, que se tornará fiscal do poder público. A ideia por trás da ferramenta é que, em tempos de divórcio entre cidadãos e políticos, votar não basta. “Monitorar governos é uma forma vital de exercermos o poder”, diz Zuckerman, que visitou as capitais paulista e mineira na semana passada para apresentar a ferramenta aos usuários que vão testá-la. Na prática, o Promise Tracker é um programa simples e em desenvolvimento para smartphone. Com o aparelhinho em mãos, os usuários podem visitar as ruas da cidade recolhendo informações geolocalizadas em texto, foto ou vídeo acerca da infraestrutura que encontram no local. Os dados são, então, colocados em um mapa e podem ser cotejados com as promessas de campanha de um governante. Os corredores de ônibus foram construídos? As escolas estão funcionando? E assim por diante. Por trás da ferramenta, está a convicção de Zuckerman de que o papel do cidadão não é apenas reclamar do administrador de plantão, mas também fiscalizar os poderosos, medir sua performance e eventualmente colaborar. “A esperança é que a confiança nos governos seja recuperada e que os governos se tornem mais dignos de confiança”, diz. Na entrevista a seguir, ele fala sobre os testes do Promise Tracker e comenta os protestos ocorridos em junho, fruto de uma crise de “desconfiança pública”, na visão dele.
Qual é a ideia por trás do Promise Tracker? Um professor da Universidade Columbia chamado Michael Schudson escreveu um livro há 15 anos em que afirmava que a maneira como pensamos a democracia está errada. Achamos que nossa tarefa é ler jornais e assistir a telejornais diariamente para saber o que os governantes estão fazendo e, a cada quatros anos, usar as informações que obtivemos para escolher nossos representantes. Isso estaria errado por duas razões. Primeiro, porque em geral não estamos tão bem informados sobre a vida pública. Em segundo, porque é inconcebível que as eleições sejam a única oportunidade em que damos nossa participação à vida pública. Qual seria o sistema mais participativo? Aquele em que a tarefa mais importante do cidadão é monitorar as tarefas do governo. É um trabalho habitual dos jornalistas, mas que poderia de certa forma ser executada também pelo cidadão. Monitorar governos é uma forma vital de exercermos poder. Os movimentos de transparência pública já trabalham nesse sentido, mas se concentram no acompanhamento das despesas governamentais. É só uma parte do trabalho. Com o Promise Tracker, pretendemos monitorar tudo: um prédio cuja construção foi prometida está de fato sendo erguido? O trabalho está bem feito? Está no lugar certo? E assim por diante.
O que é possível monitorar? A melhor maneira de fazer isso é monitorar a situação da infraestrutura pública. Qual a condição das estradas? Elas estão melhorando com o passar do tempo? Quantas escolas foram construídas? Quantas vagas elas oferecem? Em São Paulo, há um movimento em favor do uso das bicicletas para o deslocamento, embora pedalar seja uma atividade reconhecidamente perigosa na cidade. Seria possível mapear, por exemplo, os locais onde houve mais acidentes ou onde há mais obstáculos aos ciclistas. Essas são coisas concretas e podem ser monitoradas.
Como está sendo feito o teste em São Paulo? Em São Paulo, o prefeito é obrigado a publicar suas promessas. A atual gestão apresentou 123 objetivos de governo. Vamos alimentar o Promise Tracker com essas informações, iniciar o monitoramento e averiguar se as promessas estão sendo cumpridas ou não. Dezenove conselheiros municipais e cerca de dez pessoas da ONG Nossa São Paulo participaram do workshop do Promise Tracker, além de cerca de quarenta pessoas em Belo Horizonte. Seremos então responsáveis por atualizar o programa, localizar os dados recolhidos pelos usuários e colocá-los no mapa. Nosso trabalho é prover a ferramenta. O uso que será dado a ela depende de seus usuários. A Nossa São Paulo, por exemplo, planeja criar um site para que os usuários acrescentem mapas e dados relativos ao monitoramento de um objetivo. São tarefas nas quais os cidadãos podem ajudar o governo. A corrupção muitas vezes não se dá quando o governante coloca dinheiro no bolso, mas quando a administração pública faz o pagamento para que alguém realize um trabalho e a tarefa não é feita.
De que forma esse monitoramento pode pressionar o governo a melhorar sua atuação? Durante nossa passagem por Belo Horizonte, os participantes do workshop foram incentivados a fotografar pontos em que lixo se acumulava na favela Santa Luzia. A partir daí, vemos três formas possíveis de ação. A comunidade pode fazer um mapa mostrando os pontos de acúmulo de lixo, procurar o governo e dizer: “Vejam, mapeamos a situação. Agora, vocês precisam nos apresentar um calendário de coleta.” No segundo cenário, os moradores procuram a imprensa, que pode amplificar a queixa. Finalmente, com os dados em mãos, a própria comunidade pode tentar resolver o problema. São três caminhos válidos. Eu espero que o primeiro seja bem-sucedido, pois acredito que os governos são de fato importantes. A falta de confiança nos governos que testemunhamos é consequência do fato de que o governo não percebe que é responsável pelas pessoas e essas pessoas, por sua vez, não sabem como influenciar seus governos.
O senhor acompanhou os protestos ocorridos no Brasil em junho do ano passado? Qual é sua impressão? Eu almocei com o prefeito Fernando Haddad durante minha visita a São Paulo. Ele leva a sério a ideia de transparência. E está muito frustrado porque queria mais dinheiro proveniente de impostos sobre a propriedade (IPTU) e das tarifas de ônibus para realizar projetos para a cidade. Porém, toda vez que ele tenta fazer isso as pessoas dizem: “Não acreditamos que o governo nos dará alguma coisa em troca.” Ele sabe, portanto, que é uma questão de confiança. Deixe-me construir um paralelo com o que aconteceu na Nigéria. O movimento Ocupe Nigéria, que tomou as ruas do país africano, começou por causa de uma mudança na taxação da gasolina. O país mantinha um subsídio ao combustível, o que favorecia as classes mais abastadas, porque lá os veículos ainda são privilégio dos ricos. Quando o governo cortou o subsídio, e os preços do combustível subiram, as pessoas foram às ruas queimar pneus, inclusive as pobres. Por quê? Quando os subsídios foram cortados, os preços da água, do transporte, entre outros itens, também subiram. Tentando contornar a crise, o governo disse que usaria o dinheiro economizado com o corte de subsídios para construir escolas e hospitais, mas o povo respondeu: “Não acreditamos em você. Não acreditamos que o governo possa resolver nossos problemas. Vocês retiraram a única coisa que tínhamos: combustível barato.”
É o que, na sua opinião, acontece no Brasil? De certa forma, sim. O prefeito prometeu fazer muitas coisas pela cidade, mas precisava de mais dinheiro. As pessoas responderam: “Nós não acreditamos em você.” É uma questão de desconfiança pública. O desafio é: como reconstruir essa confiança. Uma das razões que me levou a construir o Promise Tracker é a possibilidade de fazer com que as pessoas gostem mais dos governos. O monitoramento do cidadão não é contra o governo. Ele pretende ajudar as pessoas a perceber que o trabalho do cidadão não é apenas reclamar, mas também reunir dados que revelem quais queixas são justificadas e quais são efeito da falta de confiança no governo. A esperança é que a confiança seja recuperada e que o governo se torne mais confiável. Precisamos encontrar um caminho em que faça sentido confiar no governo. Ainda estamos no começo desse processo, é claro. Estamos falando de mudança, da transição de um modelo em que você pede a um político que ele resolva seus problemas para outro em que você estuda o problema, reúne dados, analisa informações e trabalha com os políticos para resolver o problema.
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CONTINUIDADE MODIFICADA
Nascemos numa determinada estrutura social com suas regras, crenças, leis, políticas e tradições.
As religiões organizadas se empenham em educar-nos numa certa forma de crença condicionada. Os governos insistem em condicionar seus currais eleitorais de forma a manterem seu poderio sobre o gado. Todas as mudanças que operam ficam dentro dos limites modificados desta crença. No teatro cotidiano a humanidade continua a encenar as trágicas comédias com enredos modificados inseridos na mesma estrutura do teatro humano.
A grande maioria não encara o conceito de liberdade como algo necessário à vida.
Se colocam a disposição das crenças, dos governos ou qualquer tipo de liderança que se apresenta sem questioná-las. Afinal em suas memórias, negar a autoridade na forma como ela se apresenta é considerado perigoso.
Na ilusão de uma segurança, na covardia, na preguiça e na irresponsabilidade por nossa vida, delegamos o direito e o dever de comando das nossas vidas.
Este é o mecanismo psicológico individual e social na criação de super-heróis, salvadores e todo tipo de relação afetiva na busca de segurança.
É a educação paternalista da família tradicional que prepara o indivíduo para a segregação, a autocompaixão e o sofrimento em prol de bandeiras.
A incapacidade ou a falta de uma educação de desmame determina adultos infantilizados e prontos para a obediência, dependentes e incapazes de criar alternativas à vida.
Os movimentos individuais ou coletivos só agem de forma reativa diante das autoridades quando percebem que estes não proporcionam tal segurança.
O homem que se coloca debaixo de tais autoridades é tão fútil quanto elas. Toda as nossas tradições milenares produziram poucos homens capazes de viver de forma a não outorgar a qualquer tipo de autoridade o direito sobre si mesmos.
Estas tradições não produziram animais humanos independentes.
Na superficialidade da sua atuação produzem a dominação, o medo, a dependência, as guerras e consequentemente a desorganização.
Seus planos e propostas mascaram sua políticas de dependência.
A mente burguesa e superficial implantadas pelos séculos de condicionamento das autoridades vive com medo.
A não compreensão deste fato gera a continuidade deste medo.
E as transformações reativas vem e vão conforme as marés.
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O HOMEM CULTIVADO
Idéias profundas odeiam o disfarce dos idealistas. Não adoram a imagem e nem as palavras imagens vazias de significação e da prática.
O que são ideais democráticos?
O que é a esquerda ou a direita?
Ordens dadas para a obediência popular.
Oposições consideradas necessárias à instituição democrática?
O que vemos na política atual é o exagero no cultivo da personalidade. O culto da personalidade uma , prática tão peculiar do totalitarismo.
Mais forte que o petismo é o lulismo. E Lula destituiu do PT todas as possíveis personalidades que pudessem assumir seu posto. O que é o PT sem Lula?
Lula é o gênio da lâmpada política do PT, um petista nem tão republicano, democrático ou socialista. Com seu hocus pocus também dá ordens para a obediência popular em sua psicologia dos pobres onde a “ralé” entra no capitalismo de consumo. A hegemonia social as avessas onde o pobre ainda não pode comprar calça de 300 reais. Socialismo do Bolsa Família formado pela propaganda do consumo, pelo desejo do consumo no sentimento de uma mãe que reclama da ajuda do governo.
E o lulismo beneficiou os proprietários fazendo circular dinheiro com programas e financiamentos e reduziu impostos na ilusão da chamada “nova classe média”. Ao subir a renda das classes baixas houve o aumento ainda maior àqueles que possuem renda elevada.
Quanto disfarce e sedução dos falastrões da política!
Embriagam a maioria dos espíritos desatentos. Espíritos que possuem sua mesma índole cultivado na ideia do lucro fácil e nas promessas paternalistas dos ideais democráticos ou qualquer outra ideologia destituída da prática.
Não possuem o pudor ao colocarem-se como deuses salvadores pátria e donos da pátria. Quanta bondade há na astúcia!
Qualquer espírito livre não permitirá tal dominação. Espíritos destinados a independência e não à obediência. Não se ligar a ninguém que o torne uma prisão. Quanta tentação e vício há nas políticas da falsa liberalidade, políticas de serpente. Alçapão para pássaros preguiçosos e desprovidos de consciência a qual se fecha para dentro pelo peso da vítima.
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MANUTENÇÃO DA ANTROPOLOGIA DIVINA
Retrocesso antropológico ou manutenção de uma antropologia divina?
As leis morais vistas como uma semiótica dos afetos em suas idiossincrasias sociais, religiosas e políticas não podem ser tratadas como algo estanque e de inexorável condição.
As palavras não são o fato, e a condição de registros mnemônicos, de tradições orais ou escritas não lhes dão o direito a eterna manutenção de um princípio.
O homem é um animal que aprende e inventa, indo na maré das transformações. Mesmos princípios “cientificamente” aceitos foram colocados a margem diante da construção de novas regras, fórmulas e tecnologias que transformaram estas realidades.
Todas as tradições morais, religiosas que querem regulamentar sofrem por seu escopo fundamentalista. E o século atual em sua construção moral ainda sobrevive fundamentado neste obscurantismo arbitrário de uma interpretação dos fatos como uma dança dos contrários. O que é toda essência senão uma maquiagem. A complexa superficialidade humana jamais abarcará a complexidade da existência. Nestas pseudo complexidade as morais religiosas também foram buscar nas morais científicas respaldo para sua existência.
O fundamentalismo de qualquer princípio coloca o homem sobre o altar da ignorância. Muito antes da instituição da moral cristã o homem já havia conquistado seu estado de um espírito dividido.
E foi com base nesta divisão que o Cristianismo se estabeleceu. E a ciência seguiu este mesmo método. E na dialética dos contrários escondemos nossos reais motivos. E esse é o nosso velho problema moral. O que todo deus do seu território deseja é a vontade de poder. O que aconteceu na luz também atua nas trevas e também o seu contrário.
Nossos sentidos de razão são tão hostis e relutantes para com aquilo que acreditamos ser novo que mesmo nos processos mais simples da sensualidade predominam os afetos como o medo e a indolência. Somos desde o começo em relação as nossas morais indivíduos fabricados, fantasiados e habituados a mentir.
Expressando de modo mais virtuoso, agradável e hipócrita.Somos mais artistas do que pensamos.
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REDUÇÃO DE PARLAMENTARES: AS TIRIRICAS DO CONGRESSO
Tiririca deputado federal (PR-SP) foi eleito um dos 25 melhores deputados do Congresso por jornalistas, imagine a qualidade dos demais parlamentares. E Tiririca tomou gosto pelo poder. Após passar por um período de frustração com a vida parlamentar resolveu que continuará na política. Entre voltar aos shows melhor ficar onde está, pois pior não fica, afinal mais palhaçada e circo que a política.
O poder após ser considerando um analfabeto.
E como parlamentar, Tiririca aprendeu bem rápido que o seu papel não é diferente da palhaçada. Vai oferecer pão e circo para o povo. Junto com o líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), Tiririca anunciou que participa em breve uma caravana por 50 municípios de São Paulo para se reunir com eleitores e se aproximar da população, especialmente de periferia.
“Eu vou de encontro ao meu eleitor. Vou mostrar pras pessoas como é que funciona aqui dentro. Lá fora a gente tem uma visão muito diferente”, explicou.
Será que nossa visão é tão diferente assim. Não de acordo com os repetidos dados da mídia sobre as tiriricas na política.
E a pergunta instigante de Tiririca continua. Mas, ele deveria deixar esta a questão. Sabemos muito bem o que faz um deputado federal e principalmente o que ele não faz.
Tiririca, mesmo com todo seu analfabetismo de político principiante, não teve dificuldade em diagnosticar os problemas no Congresso.
“Um deputado federal é uma pessoa que trabalha muito e produz pouco”.
Detalhe: Tiririca de fato tem trabalhado muito. Não faltou a nenhuma reunião das Comissões das quais participa, entre elas a de Educação. Já apresentou três projetos desde que tomou posse. Nada diferente do que os paternalismos políticos de plantão fazem com seus projetos de dependência e compra de votos. No Brasil tudo se resolve com projetos bolsas.
O problema, segundo ele, é que tudo é muito demorado e a burocracia até o projeto ser aprovado é muito grande.
Outra coisa que atrapalha o rendimento de um deputado federal é o número de parlamentares:
“Produzimos pouco porque são 513 deputados comigo… Então, são muitas cabeças pensando diferente”, concluiu.
Conclusão: muita gente “trabalhando” muito e não produzindo nada. E a pergunta que Tiririca e toda população brasileira deveria ter em mente é.
Para que precisamos de tantos parlamentares?
O excesso, a demora, a burocracia, o dispêndio em gastos público tem como uma das variáveis o número de em excesso de parlamentares.
Segundo o Propostas Para Um Brasil Melhor, a redução do número de parlamentares por si só já é capaz de reduzir de forma gigantesca os gastos públicos.
O Brasil conta hoje com 513 deputados federais e 81 senadores, para representar 185 milhões de brasileiros. Os Estados Unidos da América tem 435 membros na Câmara, representando quase 300 milhões de habitantes.
A redução do número de parlamentares no Brasil para cerca de 300 (ainda é um número bastante significativo e, pessoalmente, creio que poderia ser menor) levaria a uma economia direta da ordem de R$ 260 milhões por ano. Façamos as contas para ver como chegamos a este número (dados de abril de 2006 – estão defasados mas a analogia continua válida):
Salário do parlamentar: R$ 12.700,00
Cota postal-telefônica: R$ 4.200,00
Passagens aéreas: R$ 16.000,00
Verba indenizatória de despesas de gabinete: R$ 15.000,00
Auxílio-moradia: R$ 3.000,00
Verba para contratação de assessores de confiança: R$ 50.800,00
No período de um mandato, com a economia direta de cerca de 1 bilhão de reais seria possível construir 173 mil casas populares.
O que se busca não é, como poderiam argumentar nossos parlamentares, o enfraquecimento do Parlamento, mas tão somente cortar excessos, desperdícios que levam, paulatinamente, ao enfraquecimento da imagem do Legislativo frente à população já cansada dos desmandos e aumentos injustificados dos próprios salários.
Seria proposta ainda, uma moralização no que diz respeito aos aumentos “auto-infligidos” nos vencimentos do legislativo e judiciário. Por 20 anos (sugestão), ficam proibidos quaisquer reajustes e, com o corte do número de deputados federais, reduziria-se também a verba da Câmara, para que não aconteça como em alguns municípios em que foi reduzido o número de Vereadores mas a verba da Câmara continuou a mesma e foi rateada entre os referidos Vereadores.
Vivemos em um Brasil onde, lembrando a velha piada, viceja a fartura: “farta” saúde, “farta” comida na mesa do povo, “farta” educação de qualidade, “farta” caráter onde mais devia ter… Se pudermos cortar gastos e investir nas áreas mais carentes (e importantes) como educação, saúde, segurança pública e assistência social, certamente estaremos fortalecendo esta democracia que decrepitamente se oferece perante nossos olhos nos dias atuais.
Somente com pressão social tais medidas irão se estabelecer. Para exercermos pressão social, não basta sermos um grupo de 20 ou 500 ou 1000 pessoas. Precisamos ser milhões, afinados no mesmo pensamento. Comecemos aqui esta jornada e vamos firmes rumo aos nossos objetivos.
Mas isso não é suficiente. Devemos reduzir a verba destinada anualmente ao Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Estaduais e Câmaras de Vereadores. Estas instituições recebem verbas que são, no mínimo, abusivas e vergonhosas face à constatação que nosso sistema de saúde é capenga, o sistema educacional medíocre e a segurança parece ser uma palavra prestes a ser abolida do dicionário do brasileiro.
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SOBRE O CÉU E SOB A TERRA
Ou Sob o Céu e Sobre a Terra
“O poder todo concentrado nas mãos do estado também é algo errado. O estado não é algo abstrato. É constituído por homens. Não é certo então que alguns tenham um poder gigantesco e outros, nada” Rabino Abraham Skorka
Quando se fala em realidade democrática prezando o direito de escolha de cada um, esquece-se que os julgamentos morais têm base em leis arbitrárias.
A não oposição da Igreja e sua concordância do ponto de vista material, de direitos e obrigações nada significa para aqueles que não creditam a autoridade da Igreja como algo “natural”.
Toda a formação de uma cultura humana se dá nas relações de poder, sejam a cultura judaica, cultura bíblica, protestante ou católica e as relações políticas entre os indivíduos e o estado. E mesmo o que acontece no céu, segundo as mitologias religiosas. São essas lutas de poder, de hierarquização, de domínio.
Não há diferenças significativas essenciais entre o céu e a terra no que tange realidades morais com base em leis arbitrárias escritas por homens. Se a Igreja ou o Cristianismo como uma construção humana não tem respostas para a diversidade, e apenas segue uma norma que aparece na Bíblia como algo “natural”, imutável, coloca em evidência o seu fundamentalismo creditado sem o poder de qualquer tipo de questionamento.
A resposta da Igreja para a diversidade sexual todos sabemos. O modelo patriarcal da família reprodutora constituída pelas diferenças anatômicas presente na concepção biológica do masculino e do feminino. Para que necessitamos de tão grande fundamentalismo?
O poder todo concentrado, seja na mão de “Deus”, Igreja, Estado não é algo abstrato por se constituir de uma construção humana que escamoteia o verdadeiro universo das ideologias dominantes. Quando separamos a psique do corpo não imaginávamos que pudessem ter construções diferentes. Mas, isto seria justificar o que sempre existiu?
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NÃO ME REPRESENTA
Quem criminaliza a política é o comportamento dos políticos e dos partidos.
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, conclamou a direção do partido PT para combater a criminalização da política e o preconceito contra os políticos. Disse ficar puta com a falta de reação dos políticos e do PT. Em tom de desafio pediu mais estrada e menos bunda na cadeira.
“O Cara diz que não gosta de política, que todo mundo é ladrão. Pergunta em quem ele votou na última eleição? A imprensa passa 24 horas por dia esculhambando com político e eu fico puto quando político não reage. Então manda ele entrar, criar um partido político, se candidatar, porque o político decente, honesto, combativo, está nele, não está em mim”, disse Lula.”
Quem criminaliza a política? O comportamento criminoso dos políticos e partidos que não mais representam o anseio do povo que votou neles. As políticas são uma corrida do ouro para conquistar o voto do eleitor. As idéias, os projetos e a visão dos candidatos são substituídos pela força do dinheiro.
E nesta corrida do ouro e do pragmatismo dos políticos, não importando a filiação partidária, os políticos se protegem no sistema de financiamento de campanha e do voto secreto. Haja visto a última votação da O plenário da Câmara absolvendo, na noite desta quarta-feira (28), o deputado Natan Donadon do processo de cassação de mandato.
No discurso de Lula há existe uma inversão de valores como há uma inversão dos políticos e dos partidos que deveriam representar seus eleitores mas tem como meio político a representação das grandes empresas que dominam o mercado financeiro.
A melhor frase do discurso das últimas manifestações: “Não me representa”
O jogo do poder econômico na corrupção partidária, no pragmatismo político e nas campanhas caras financiadas por grandes empresas além do financiamento público com o dinheiro do contribuinte esvaziam o jogo político na profundidade de uma disputa democrática. A criminalização da política é decorrente da impossibilidade de todos os atores sociais independentes da sua condição econômica influir no debate de idéias e projetos.
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MINHA CASA MINHA VIDA DE RENAN CALHEIROS
Renan Calheiros compra casa de R$ 2 milhões
- Imóvel custa no mercado ao menos 50% mais do que o registrado na escritura do negócio
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comprou de um empreiteiro casa na área mais nobre de Brasília por R$ 2 milhões, há três meses. Metade do pagamento foi acertada por meio de um contrato particular firmado com o empresário. O imóvel custa no mercado ao menos 50% mais do que o registrado na escritura do negócio, segundo corretores ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Renan afirma ter fechado com o empreiteiro um contrato paralelo, que prevê o pagamento de R$ 240 mil à vista, como sinal, e de mais R$ 760 mil diluídos em cinco parcelas semestrais de R$ 152 mil cada uma. Em 2010, Renan declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) patrimônio de R$ 2,1 milhões, composto por um apartamento e uma casa em Alagoas, uma caminhonete e quotas da Sociedade Agropecuária Alagoas, que pertence à sua família. O saldo em contas correntes, à época, não passava de R$ 3,3 mil.
Agora, para fazer o negócio, o senador informou à Caixa Econômica Federal, que financia o R$ 1 milhão restante do valor do imóvel, ter renda mensal bruta de R$ 51.723 – o salário de senador é de R$ 26,5 mil. Questionado sobre como pagará as prestações semestrais de R$ 152 mil ao empreiteiro, além das parcelas devidas ao banco, ele alegou que a renda informada, fonte dos recursos para a compra, é proveniente de atividades “pública e privada”. Renan não vendeu nenhum dos imóveis que já possuía para adquirir a casa.
Além do “contrato particular” com o empreiteiro, o negócio envolve financiamento de 22 anos com a Caixa. A prestação inicial, apenas a devida ao banco, é de R$ 13.299, 62% da remuneração líquida no Senado.
Espaço – Com 404 metros de área construída, a nova morada dos Calheiros fica em quadra do Lago Sul, vizinha a embaixadas e à residência oficial do Senado, que Renan ocupa desde que ascendeu à presidência da Casa no início do ano. Tem duas salas, quatro quartos, três banheiros sociais, dois quartos de serviço e área descoberta com piscina. Segundo três imobiliárias da região, não sairia por menos de R$ 3 milhões – só o lote, de 700 metros quadrados, está avaliado em R$ 2 milhões.
A compra foi fechada com o empresário Hugo Soares Júnior, construtor de Brasília, numa transação cujos detalhes não são descritos integralmente na escritura de compra e venda, registrada em maio no cartório.
A casa vendida a Renan por R$ 2 milhões foi comprada pelo empresário por R$ 1,8 milhão, em janeiro de 2010, de um casal de economistas. Passados três anos e quatro meses, em que houve intensa valorização imobiliária em Brasília, ele fechou o negócio, portanto, por R$ 200 mil a mais, diluindo parte do montante em parcelas que levarão dois anos e meio para serem quitadas. Soares é conhecido em Brasília por comprar e reformar imóveis, revendendo-os depois a preços maiores.
Além de Renan, consta como compradora da casa a mulher do senador, Maria Verônica Rodrigues Calheiros. Para obter o financiamento na Caixa, ela não apresentou renda própria.A casa no Lago Sul é ocupada pelos filhos do peemedebista, Rodolfo e Rodrigo Calheiros, este último funcionário comissionado na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), controlada pelo PMDB.
Dinheiro vivo – A compra do imóvel é mais um capítulo recente, envolvendo quantias vultosas, da vida empresarial de Renan. Como o Estado mostrou em março, o senador e sua família injetaram R$ 300 mil em dinheiro vivo numa empresa imobiliária que funcionou por apenas um ano. A Tarumã Empreendimentos Imobiliários foi aberta após as eleições, em fevereiro de 2011, por Renan, Rodolfo e Rodrigo com a missão de “administrar a compra e venda de imóveis próprios e de terceiros”.
Renan e os filhos colocaram R$ 10 mil no negócio. Cinco meses depois, ele se retira da sociedade, dando lugar à mulher, Verônica, que aportou R$ 290 mil “em moeda corrente nacional”. Ela é sócia do marido em outros negócios, como a Agropecuária Alagoas. Após a operação, a empresa fechou. Desde janeiro de 2012, a Tarumã consta como extinta nos registros da Receita.
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