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A Cultura do Gênero

Thursday, 29 January 2015 by Mika Rodrigues
 
. O prefixo trans significa "além de", "através de". Buck Angel prova que não é preciso ter algo pendurado entre as pernas para ser homem

. O prefixo trans significa “além de”, “através de”.
Buck Angel prova que não é preciso ter algo pendurado entre as pernas para ser homem

Vivemos em uma cultura que divide tudo em gêneros, desde sentimentos,  objetos e comportamentos. É uma nomenclatura que de certa forma organiza a sociedade.

Deste o útero sofremos esta cultura do gênero. Biologicamente somos determinados como o masculino e o feminino. Mas existem entes humanos que estão além destas atribuições do gênero biológico designado no nascimento e mesmo outros que estão em constante trânsito entre um gênero e outro. Estes são rotulados como “transgênero”. Mas, as  pessoas consideradas “trans” não são tão diferentes do cisgênero, termo utilizado para se referir às pessoas cujo gênero é o mesmo que o designado quando do seu nascimento e tendo uma concordância entre a identidade de gênero e o sexo biológico, sendo o seu comportamento ou papel considerado socialmente aceito para esse sexo. O transgênero também se orienta a partir dos modelos pré estabelecidos no contexto social e psicológico do gênero feminino ou masculino.

Transgênero é um conceito abrangente que engloba grupos diversificados de pessoas que têm em comum a não identificação com comportamentos e/ou papéis esperados do sexo biológico, determinado no seu nascimento. Esses grupos não são homogêneos dado que a não identificação com o gênero de nascimento se dá em graus diferenciados e refletem realidades diferentes.

Além da identidade de gênero biologicamente determinada existe a  identidade de gênero entendida  como “a vivência interna e individual do gênero tal como cada pessoa a sente, seja correspondente ou não ao sexo biológico.

Transgêneros são  pessoas  que de alguma forma não se encaixam , isto é, se ajustam aos padrões de gênero impostos pela sociedade a todos os seus membros.

Alguns transgêneros sofrem apenas “leves desencaixes”, que ocorrem de tempos em tempos e se manifestam preponderantemente na forma de travestismo. Os casos “mais agudos” de transgêneros impõem mudanças radicais no próprio corpo do indivíduo, a fim de que ele encontre um mínimo de conforto físico e psíquico e de dignidade social. logo, é uma  vivência pessoal que incluir  a modificação da aparência do corpo e das funções corporais por meio farmacológicos ou cirúrgicos, por livre escolha da pessoa, além de aspectos relativos à vestimenta, aos modos e à fala”.

Transfobia

n50ab00eeee4a8Nossas instituições sociais, nosso pensamento e psicologismo   rigidamente construído em cima do binômio masculino/feminino carecem inteiramente de meios para lidar com pessoas que não se enquadram nem em uma nem em outra dessas categorias.

É um  despreparo crônico refletido em pequenos detalhes do nosso cotiano como por exemplo,  a rígida divisão dos sanitários públicos em masculino e feminino, que ignora completamente as necessidades do público transgênero. Também os transgêneros sofrem de situações mais  complexas, como o nome da pessoa no registro geral, na carteira de habilitação, na certidão de casamento, no diploma de conclusão de curso, etc, etc.

Como quaisquer outros cidadãos, pessoas transgêneras também se casam, constituem famílias, têm filhos, dirigem automóveis, pagam impostos, frequentam escolas e, naturalmente, utilizam sanitários públicos.

O grande problema é que, não havendo uma categoria de gênero socialmente reconhecida para acolhe-las, as pessoas transgêneras estão obrigadas a viver na marginalidade, acintosamente excluídas do gozo da cidadania a que têm direito e sendo submetidas a todo tipo de constrangimento diante das situações mais comuns e triviais para as demais pessoas. Todos estes aspecto não deixa de ser um sentimento tão comum em nossa cultura quando falamos sobre a transgenia, a transfobia.

A transfobia é a discriminação relativa às pessoas transexuais e transgêneros. Seja intencional ou não, a transfobia causa severas consequências para quem por ela sofre a  discriminação. Os ditos transsexuais também podem ser alvo da homofobia, tal como homossexuais podem ser alvo de transfobia, por parte de pessoas que incorretamente não distinguem identidade de gênero de orientação sexual.

A transfobia  também é  definida como aversão sem controle, repugnância, ódio, preconceito de algumas pessoas ou grupos contra pessoas e grupos com identidades de gênero travestis, transgêneros, transexuais, também denominados população trans.

Historicamente, há uma sobreposição dos papéis socialmente construídos para homens e mulheres às anatomias genitais tradicionalmente entendidas como feminina (vagina) ou masculina (pênis). Essa sobreposição leva ao entendimento da categoria sexo como algo universal (todos os seres vivos teriam sexo), binário (macho e fêmea) e globalizante das identidades e papéis sociais. Assim, pessoas e grupos trans vivenciam vários níveis de discriminação, o que incorre em sofrimento e negação de direitos.

Acima e abaixo de todas esta nomenclaturas que rotulam e determinam a humanidade, temos vidas humanas.

O Brasil comemora nesta quinta, 29, o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, data que marca a luta pelos direitos humanos e respeito à identidade de gênero e em busca do direito à vida sem preconceito e discriminação.

O dia é celebrado desde 2004, quando o Ministério da Saúde e entidades da sociedade civil lançaram a campanha “Travesti e Respeito”, em reconhecimento à dignidade dessa população.  Ainda hoje, a população brasileira de travestis e transexuais tem grande dificuldade no acesso à educação, ao trabalho e à saúde, assim como sofre violência e é desrespeitada de forma contumaz.

Dados indicam que a população trans vem sendo a mais violada e violentada entre a população LGBT no país. O último Relatório de Violência Homofóbica publicado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República aponta que grupos de travestis e transexuais ainda são os mais suscetíveis à violência, que se expressa através de injúrias, agressões físicas e psicológicas e assassinatos todos os dias.

É necessário muito trabalho ainda para que possamos realizar a despatologização das identidades trans”, dando visibilidade a diversas vozes sobre as experiências culturais, políticas e subjetivas de gênero e sexualidade.

Transgênero
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ALÉM DA BARBA, PÊNIS E VAGINAS

Tuesday, 13 May 2014 by Mika Rodrigues

Declaração Universal dos Direitos Humanos
Artigo 3: Todos têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Thomas “Tom” Neuwirth (Gmunden, Áustria, 6 de novembro de 1988), mais conhecido pelo personagem Conchita Wurst, é um cantor austríaco que no papel de Conchita Wurst representou a Áustria e venceu o Festival Eurovisão da Canção 2014, em Copenhaga, na Dinamarca.

A seleção de Wurst gerou polêmica na Áustria, quatro dias depois de ORF anunciar a sua decisão, mais de 31,000 pessoas protestaram  numa página “Anti-Wurst” no Facebook.

Em outubro, o Ministério da Informação de Bielorrússia recebeu uma petição para que BTRC, emissora de Bielorrússia, tirasse a atuação de Wurst do programa. A petição alegou que a atuação iria transformar o Festival “num viveiro de sodomia”. Em dezembro, uma petição semelhante surgiu na Rússia.

Com a polêmica por toda a Europa, Conchita ou Thomas tem despertado a fúria de muitos moralistas e machistas de plantão.

Em campanha nas redes sociais  homens raspam a sua barba usando o argumento que “após o concurso, usar barba não representa mais masculinidade”.

O radialista russo Andrei Malakhov aderiu a campanha e disse que estava chocado com a vitória da austríaca.

Será que se Conchita não se apresentasse com a barba de Thomas teria causado tanta fúria?

Quem se traveste?

Conchita conseguiu desconstruir a simbologia da barba como um  um símbolo de masculinidade por  ser considerada um acessório exclusivo dos homens?

Por trás do personagem  Conchita existe um Thomas. Quem usa a barba, Thomas ou Conchita?

A polêmica barba de Conchita mexe com arquétipos biológicos, sociais e religiosos que pedem um definição para que aja a dita tranquilidade individual e  social.

Na  sociedade existe apenas dois gêneros. Nas trincheiras do o masculino e do feminino socialmente aprendidas ainda não existem espaço para qualquer variação no comportamento, no fenótipo ou de orientação.

Este contexto social nos traz idéias prontas  e pré-concebidas  sobre o que é considerado comportamento feminino e masculino e a sexualidade considerada adequada ou não.

Este espaço se caracteriza pelos direitos humanos e sociais à existência, à expressividade, ao trabalho.

Biologicamente , a barba é considerada um caráter secundário masculino. A voz grave também.

Conchita rompe com estes padrões biológicos ao atuar de barba e com seu comportamento e sua  voz excepcionalmente feminino. Ninguém criticou a sua performasse vocal e a mesma não despertou a ira masculina.

Àqueles que não tem tranquilidade na construção psicológica da sua sexualidade, e a fazem alicerçados apenas nos de esteriótipos secundários,  diante da quebra do uso de padrões considerados masculinos ou femininos sentem o desconforto, a agressividade e até mesmo a irracionalidade.

Ao que parece a maioria da humanidade em toda a sua diversidade de orientação ainda sofre desta confusão. Qualquer comportamento que coloque isto em evidência gera comportamentos irracionais contra o outro da sua mesma espécie.

Os Transgêneros

Transgênero é um ser humano, uma pessoa  que possui e/ou manifesta uma identidade de gênero diferente da que lhe foi atribuída à nascença. Podem optar por diversas formas de expressão da sua identidade de gênero.

Se pretender alterações anatômicas de carácter mais permanente recorrem a intervenções cirúrgicas e a tratamentos hormonais. O processo nem sempre implica uma redefinição integral de género («mudança de sexo»).

A identidade de gênero também é expressa através do vestuário e da cosmética (o chamado «travestismo»).

A Violência

Historicamente os seres humanos transgêneros  sofrem o preconceito, discriminação  e a violência, chamada de  transfobia.

A transfobia é uma violência física, psicológica,  e espiritual sobre os direitos humanos. Pode ser em decorrência  da sua identidade de gênero e ou não necessariamente devido à sua orientação sexual, já que  transgêneros tanto podem ser heterossexuais como homossexuais ou bissexuais.

Transgêneros que vivem em guetos e que não possuem alternativas no direito ao trabalho não causam tanta polêmica.

Psicologicamente,  decorrente de todo este processo cultural também tenho minha dificuldades por não ter o  convívio com indivíduos transgêneros. Mas, eles não me despertam o desejo, o medo e nem a violência.

Nem por isto acho que eu deva excluí-los do direito à um vida social nos padrões considerados humanamente dignos, a educação, o direito ao trabalho e as relações humanas.

Eu como ser humano, um profissional psicólogo, teólogo e barbeiro, digo que Conchita é bem vinda a Barbearia O Barbeiro para fazer a sua barba, seu cabelo ou mesmo tomar um café e dialogar acerca da sua experiência humana, do seu sofrimento e das suas alegrias como qualquer ser humano existente neste planeta.

Relações Libertárias

Talvez decorrente das proibições construídas  sexualizarmos tanto as nossas relações que criamos um crivo social estranho a nós mesmos.

Neste contexto necessitamos  de relações libertárias que não restrinjam apenas os padrões arbitrariamente instituídos como forma de controle social. Em  maior grau nós humanos temos objetivos, sofrimentos e sentimentos comuns, a felicidade, as condições de trabalho, educação e alimentação. A sexualidade e a manifestação do ato sexual é apenas mais uma delas e não o prato principal.

E como temos criado estas condições? Através de todo tipo de opressão como qualquer animal irracional. Que tipo de relação contratual temos tido em nossas relações que envolvem a nossa sexualidade, o ato sexual e a construção da família? A que isto tudo tem servido? O mercado? A vida? O sofrimento e/ou ao individualismo social?

Construímos nosso paradigma da nossa sexualidade na manifestação do ato sexual como demonstração de posse e pertencimento na base de contratos moralista e exclusivistas numa única orientação. Temos muito que aprender nas nossas relações e orientações de troca  neste imenso planeta terra onde vivemos.

Somos mais que pênis e vaginas e hormônios.

É possível vivermos a nossa sexualidade sem arraigá-la aos mundos hétero e homo facilitando a compreensão de que há uma infinidade de existências no caminho de uma à outra ponta?

Russos querem novo concurso musical após vitória de travesti

barbaConchita WurstFestival Eurovisão da Canção 2014transexuaisTransgênero
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CHRIS NÃO, KRISTIN

Sunday, 04 August 2013 by Mika Rodrigues

Chris Beck, quando trabalhava nos Seals, e após assumir nova identidade de gênero, como Kristin
Soldado de elite americano relata mudança de gênero.

Transgênero ou “trans” são termos utilizados para reunir, numa única categoria, travesti e transexuais como sujeitos que realizam um trânsito entre um gênero e outro.
Gênero e identidade de gênero são conceitos que necessitam diferenciação. O conceito de gênero está ligado às características comportamentais, culturais, sociais e históricas do individuo. A identidade de gênero refere-se à maneira como alguém se sente e se apresenta para si e para os demais (homem ou mulher), independente do sexo biológico.
E quem somos nós para julgar?
Se a homossexualidade não deve ser julgada nem marginalizada por causa de serem o que são, mas integrada a sociedade, devemos viver num mundo onde o humano tenha mais valor do que esteriótipos. Haverá o tempo em que conviveremos como humanos e não como masculinos e femininos?

Fonte: 

gênerohomossexualidademudança de sexosexoSoldadoTransgênero
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