GOVERNO DIFICULTA A CRIAÇÃO DE PARTIDOS
Cada vez mais fica evidente, apesar do discurso da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que o governo tem “todo o respeito por todos os candidatos”. a tentativa do PT e do PMDB de barrar a criação do partido da pré-candidata à presidência da República, Marina Silva.
Orientados pelo Governo Federal, partidos aliados a presidente Dilma Rousseff (PT) tentam aprovar um projeto que dificulta o caminho de novos partidos, principalmente os que podem ser concorrentes do PT e PMDB em 2014.
O vice-presidente Michel Temer já tinha afirmado em entrevista ao jornal Estado de São Paulo que o Brasil tem um número excessivo de partidos políticos e que a legalização de dois novos partidos – o PROS e o Solidariedade – pelo Tribunal Superior Eleitoral nesta semana é “politicamente inadequada”. e inútil para o país. Ele tem sido muito útil em sua ligação com o governo.
O projeto do deputado federal Edinho Araújo, do PMDB de São Paulo, impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e dos recursos do fundo partidário relativos aos deputados que mudam de partido durante a legislatura. Hoje, deputados podem mudar de partido para integrar novas siglas, levando o tempo de televisão e fundo partidário.
Para Reinaldo, o projeto é um casuísmo da presidência, que deu oportunidade para a criação do PSD e agora quer deter Marina e a Rede Sustentabilidade.
O texto chegou a ter a tramitação suspensa em abril, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu liminar em mandado de segurança de autoria do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), mas em junho a maioria dos ministros votou contra a liminar e liberou a tramitação do projeto.
“Acho que o quadro partidário já extrapolou qualquer expectativa e é muito importante que, do ponto de vista do Congresso, possamos dar um basta. Então, vamos retomar a tramitação daquele projeto para não continuar estimulando a criação de partidos políticos. Temos uma medida provisória trancando a pauta, mas vamos conversar com os líderes para em seguida apreciarmos esse projeto de lei, que é importante para estancar a pulverização partidária”, disse Renan.
O presidente do Senado avalia que a grande quantidade de partidos no Brasil enfraquece o processo político. “Quanto mais partidos você tiver, menos identificação programática, característica partidária, menos a sociedade tem os partidos como referência. Então, acho que é preciso dar um basta nisso, desestimulando definitivamente a criação de partidos”, disse
Em tese, a esculhambação só poder ser deles, ninguém mais tem o direito.
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TIC-TAC DO FIM
Imagine se fosse tivesse sempre presente em sua mente a ideia do tempo de vida que lhe resta. Como isso mudaria sua vida?
Parece que esta é um das nossas diferenças em relação a outras espécies de animais. Temos consciência da nossa morte.
Segundo Schopenhauer, ao contrário do homem, o animal vive sem conhecer a morte. O indivíduo do gênero animal goza plenamente toda a imutabilidade da sua espécie, ao não ter consciência de si senão como ser imortal.
Mesmo a morte como fonte de dramas, interrogações, medo, angústia e revolta no espírito humano não foi fator determinante para que nós humanos desfrutássemos a vida de maneira menos problemática. Produzimos muita morte e sofrimento. E os moralismos religiosos que tentaram equacionar este medo também não deram conta do comportamento moral do homem.
Continuamos seres apegados ao passageiro, ao poder, ao lucro em detrimento de proporcionar uma melhor qualidade de vida para a humanidade. E a morte é um grande mercado, apesar de a criminalizarmos. Vive bem o homem que conseguiu resolver a sua mortalidade. Que percebeu a mutabilidade da vida, das ideias, do pensamento.
Somos tanto um ser para a morte como para a vida. A nossa qualidade de vida determinará a nossa qualidade de fim. E a morte é o evento mais temido e menos discutido. Viver bem significa morrer a todo tempo, em todas as nossa perspectivas de pensamento, de fundamentos, e de ilusões.
A morte é inegociável. A vida não é.
A vida é o que você faz dela.
Longo, se tem que morrer, morra agora para todas esta bobagens e valores aprendidos que apenas tiram a qualidade da sua vida e dos seus semelhantes. Morra para o ciúme, o medo, a avareza, a posse. Morra para o tempo.
Tikker é um relógio com uma contagem de tempo de certa forma diferente. Ele faz a contagem regressiva para morte do usuário. Para saber a hora exata da “passagem”, o usuário deve preencher algumas informações sobre seu histórico de saúde. Mortes trágicas, como acidente, por exemplo, obviamente não são previsíveis pelo novo produto. Segundo Fredrik Colting, idealizador do Tikker, a ideia é fazer com que o usuário aproveite melhor o tempo que lhe resta. E aí, vai comprar o seu?
Quem sabe se tivermos esta consciência presente não mudamos muito dos nossos padrões de existência, perdendo tempo com bobagens e sentimentos contraditórios de amor e ódio que apenas produzem o sofrimento.
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MARINA MORENA VOCÊ SURPREENDEU
Marina surpreendeu a todos com seu casamento as pressas com Eduardo Campos. Uma aliança que causou muita preocupação ao Governo Federal. E o desejado cenário sem Marina foi comemorado pelo PT. Mas, sua união com Eduardo Campos, um dos homens desejados pelo PT preocupa Dilma e o ex-presidente Lula. Lula nunca teve muita sorte em suas relações homo políticas. Inventou Dilma como sua metamorfose ambulante.
Contudo, Marina teria surpreendido se fizesse do seu casamento com Eduardo Campos algo mais surpreendente. Candidatando-se á presidência sendo Eduardo Campos seu vice. A rede de Marina pegaria um belo peixe se tornando RedePSB. E Marina tem os dotes da urna justificando tal autoridade. Mas, independente de quem vai estar no comando desta união, como todo casamento terá que discutir a relação. O programa de Marina não pragmático de Marina. Haverá ainda muitas crises alérgicas. Como será Marina e Eduardo Campos na prática? O plano C de uma filiação que chancela uma coligação não pragmática. E, Eduardo Campos festejou o que seria uma união chamada por ambos de “filiação democrática e transitória”. Seria esta uma forma de quebrar uma falsa polarização que precisa ser quebrada na política brasileira. Uma bela união prática e pragmática, não muito diferente da feita entre PMDB e PT.
Marina Silva de mulher negra seringueira ao conservadorismo das elites. Vai ser interessante ver a aliança do verde com o machado.
Na modernidade das relações, a “filiação simbólica” ao PSB, Marina passará a conviver com dilemas éticos da bancada do PSB na Câmara dos Deputados alinhados aos ruralistas nos debates sobre o Código Floresta. E o PPS possui o mesmo nó ideológico sendo um dos alvos de cobiça de Eduardo Campos, o que poderia ampliar ainda mais o “nó ideológico” da coligação negociada pelo governador pernambucano.
Na prática Marina demarcaria a terra dos ruralistas. Potencializaria tal programa. Abriria tal processo? Plano C, cerca na terra dos ruralistas.
São estas relações entre todos os candidatos que o eleitor necessita observar antes de depositar na urna o seu voto.
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DIA DAS CRIANÇAS E O COMBATE A VIOLÊNCIA INFANTIL
Em diferentes países, o Dia das Crianças,é comemorado de acordo com a história e o significado da comemoração. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) convencionou o dia 20 de novembro para se comemorar o dia das crianças.Nesta data no ano de 1959 oficializou-se a Declaração dos Direitos da Criança. Nesse documento, se estabeleceu uma série de direitos válidos a todas as crianças do mundo como alimentação, amor e educação.
No Brasil a tentativa de se padronizar uma data para as crianças aconteceu algumas décadas antes.
Em 1923, a cidade do Rio de Janeiro, sediou o 3º Congresso Sul-Americano da Criança. No ano seguinte o deputado federal Galdino do Valle Filho elaborou o projeto de lei que estabelecia essa nova data comemorativa. No dia 5 de novembro de 1924, o decreto nº 4867, instituiu 12 de outubro como data oficial para comemoração do Dia das Crianças.
A data se tornou unanimidade somente em 1955 a partir de uma campanha de marketing elaborada pela indústria de brinquedos Estrela.
Mais que um dia intensamente celebrado no comércio, o Dia da Criança deve refletir a luta pelos direitos infantis na luta contra o trabalho infantil e a violência contra a criança.
O avanço no combate ao trabalho infantil só é possível na intensificação de políticas públicas e proteção social das crianças e dos adolescentes. No Brasil, as políticas de combate ao trabalho infantil estão a cargo do Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome (MDS), responsável pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que o número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhando nos últimos 12 anos caiu de 246 milhões para 168 milhões. Os maiores progressos na queda do uso desse tipo de mão de obra ocorreu entre 2008 e 2012 em todo o mundo.
A sociedade está mais alerta e mais atuante diante de casos de abusos e de violência contra crianças e adolescentes. Isso é um fator muito positivo no País nos últimos anos. As pessoas estão denunciando mais, sendo menos coniventes e omissas.
Dados divulgados pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República mostraram que 77% das denúncias registradas por meio do Disque 100 entre janeiro e novembro deste ano são relativas à violência contra crianças e adolescentes, o que corresponde a 120.344 casos relatados. Isso significa que, por mês, ocorreram 10.940 agressões contra crianças e adolescentes, o que dá uma média de 364 denúncias por dia no País.
A violência doméstica é a que mais gera traumas nas crianças e nos adolescentes, sendo causada principalmente pela baixa condição social, uso de drogas. A ineficiência do Estado também é uma das maiores causas de violência infantil. A falta de rede de atendimento e de serviços que contemple as necessidades das famílias, torna a violência latente e as famílias mais vulneráveis. Ineficiência do Estado compreende-se também a falta de política habitacional, empregabilidade, questões na área da saúde e educação, e a precária e mesmo a inexistência de atendimento psicológico, políticas públicas de saúde mental. Sem dúvida, a dificuldade financeira, e a exploração do mercado financeiro é uma das principais causas de todos estes problemas. Famílias em dificuldade financeira estão sujeitas a todos os tipos de violência.
Dar condições para os pais, educando-os para que possam para que possam educar seus filhos de maneira adequada.
A conclusão do levantamento do Ministério da Saúde registrou 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos. A violência sexual em crianças de 0 a 9 anos é o segundo maior tipo de violência, ficando pouco atrás apenas para as notificações de negligência e abandono. A violência sexual contra crianças até os 9 anos representa 35% das notificações. Já a negligência e o abandono tem 36% dos registros. Os números são do sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) do Ministério da Saúde. O VIVA possibilita conhecer a frequência e a gravidade das agressões e identificar a violência doméstica, sexual e outras formas (física, sexual, psicológica e negligência/abandono). Esse tipo de notificação se tornou obrigatório a todos os estabelecimentos de saúde do Brasil, no ano passado. A maior parte das agressões ocorreram na residência da criança atingindo mais meninos . Grande parte dos agressores são pais e outros familiares, ou alguém do convívio muito próximo da criança e do adolescente, como amigos e vizinhos.
Crianças felizes são adultos felizes e imunes aos problemas de violência, abuso e exploração financeira.
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CANIBALISMO PETISTA E ANTROPOFAGIA DE ANÕES
Otimismo não vence eleição, e o marqueteiro oficial do governo federal, João Santana, está otimista. e ” afirma que a presidente Dilma Rousseff ganhará a reeleição no primeiro turno em 2014.
O povo está mais atento as condições sociais e aos serviços públicos oferecidos pelo governo. Perceberam que mais que discurso a situação do país não é nada boa nestes doze anos do governo petista. E o PT não mudou seu discurso de inclusão e redistribuição de renda feito através da classe média, transformando a pobreza extrema em pobres. Não temos vistos projetos eficazes do governo da Dilma. Estas foram as cobranças da classe média que sustenta esta país com seu trabalho e é obrigada a pagar altos juros e onerosa taxa de impostos.
As grandes questões centrais do Brasil não mudou nem alterou as demandas sociodemográficas do país. E ainda vão usar isso como plataforma política como sempre fizeram sem alterar a qualidade, traduzindo apenas em promessas. Agora o governo não poderá mais responsabilizar governos anteriores, pois demostrou que no poder efetivou uma prática histórica.
Queremos ver programas reais e não discursos genéricos. Em prol da governabilidade e de seu projeto de poder o PT fez pactos com o PMDB e ficou engessado num governo medíocre e sem uma efetiva administração pública. O povo contratou um governo através das urnas e percebeu que fez um péssimo negócio colocando eles no comando da nação. Existe uma grande inversão de valores. E para o bem da nação é necessário mudanças.A demissão de muita gente neste Congresso de incompetentes. O atual governo federal administrou a pobreza e não decolou o país para o crescimento necessário em infra-estrutura. Houve até o aumento da taxa de analfabetismo. O PT é um péssimo administrador. Inflou a máquina administrativa aumentando a burocracia e a corrupção histórica.
O casamento de Marina com Eduardo Campos ainda é algo incerto. Pegou muita gente de surpresa. Uma forma de Marina manter a polarização entre PT e PSBD. acho que Marina fez um péssimo negócio. Deveria ter ficando na dela. A morte de dois rebeldes ao governo petista? Seria realmente uma antropofagia de anões como disse o marqueteiro petista, João Santana.
O PT não deve esquecer que ele fez canibalismo com boas lideranças do seu partido em prol da manutenção de uma liderança lulista. E um canibalismo administrativo que o povo não aguenta mais em menos tempo do que muitos partidos que estiveram no poder.
O que teremos como opção a presidência? Anões antropofágicos em busca do poder, um playboy, e o continuísmo da incompetência com discursos populistas.
O que o povo deseja? Pelo menos o fim da corrupção que assola a nação e depreda nosso patrimônio produzindo servições públicos de péssima qualidade.
Parece que piorou.
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ESPERMA FEMININO E ÓVULO MASCULINO
Fêmeas podem produzir espermatozoides e machos conseguem fazer óvulos.
Pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, descobriram que é possível.
Um artigo publicado na revista Scientific American explica que Katsuhiko Hayashi e seu orientador Mitinori Saitou usaram células da pele de camundongos para criar células-tronco germinativas primordiais (CGP). Estas células foram, então, transformadas em espermatozoides e óvulos.
Oxalá a Ciência nos dê cada vez mais possibilidades de nos reproduzirmos para termos mais tempo de aproveitarmos o prazer da vida e do sexo. O que é necessário fazermos uma mutação da nossa mente e resolvermos todas estas memórias morais infantis de deuses e demônios que criamos nestes misticismos tolos. Diante de tais possibilidades ficamos discutindo o mesmo padrão tradicional de criação reprodução e geração de filhos nos mesmos moldes tradicionais implantados em nosso cérebro. Um mecanismo mnemônico que roda tanto na cabeça de héteros, homo, trans e hermafroditas. Ainda justificamos a diversidade de nossas relações apenas na geração de filhos. E que tipo de filhos temos gerado e educado? Sob as mesmas morais de dominação de dependência psicológica, religiosa, governamental e de exploração financeira. Gays, héteros e afins têm os mesmos padrões de funcionamento a anos, justificando sua união para gerar filhos para um mercado pessoal de exploração. Nem a ciência conseguiu se libertar desse padrão. O que é ser homem ou mulher moralmente, psicologicamente, eticamente? Vamos resolver nossa qualidade de vida física neste mundo, nossa ganância e exploração física, mental, espiritual deste padrão que roda na nossa memória a séculos. Vejo apenas uma reprodução mental em todas as vidas que geramos e exploramos. Que importa se um homem, uma mulher, um trans, um hermafrodita possam gerar filhos e como vão fazer isto, que tipo de técnica utilizarão se no final o padrão de memória é o mesmo. Nos prendemos a forma tradicional questionando os métodos reproduzindo a mesma essência. Temos que questionar esta essência. Criarmos vida para qual finalidade? Dominação, exploração física, mental, espiritual. Vidas para o consumo de instituições religiosas, privadas, de mercado, de governos.
E nossas relações com outros seres humanos ou não, como tem sido estabelecidas?
Em tese, no universo somos todos feitos do mesmo material.
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ECONOMIA DO ESTADO PRIVADO
Problemas da economia não são difíceis de resolver, diz presidente do Grupo Abril, Fábio Barbosa, em entrevista a Folha de São Paulo.
O Estado há décadas não investe em infra-estrutura e hoje se torna mais oneroso para não fazer nada do que obras sem as mínimas condições de planejamento. Segundo Barbosa, além de convivermos com o baixo investimento histórico, temos uma limitada capacidade de investimento do Estado.
Será que o Estado tem mesmo esta limitação? Se tem, qual é a cara desta limitação? No país que tem uma das maiores cargas de impostos do mundo, batendo recorde em arrecadação, como se dá esta limitação de investimento em infra-estrutura? A sociedade enche os cofres públicos e não sabe para onde vai tanto dinheiro. O retorno é a falta de investimento em infra-estrutura e o discurso que o Estado possui uma limitada capacidade de investimento.
A limitada capacidade do Estado é de gerenciamento? Colocamos pessoas incompetentes para administrar o nosso dinheiro público?
E as relações do governo quando se abre para concessões no setor privado em infra-estrutura tem sido o maior gargalo na promiscuidade entre o público e o privado. E novamente o povo paga por estas relações promíscuas. O grande problema do Estado e suas concessões públicas é a corrupção e o descaso com o nosso patrimônio público em mega obras que não terminam e se tornam o ralo para o enriquecimento ilícito de muita gente, tanto do setor público, quanto do privado.
E o Brasil, neste contexto sempre vai ser o país do futuro por estar em atraso. Uma nação riquíssima e historicamente sendo depredada tanto pelo setor público, quanto pelo magnatas do setor privado. Basta observarmos os PACs do governo, a burocracia e as obras que por problemas de contrato, corrupção, desvio público nas vias privadas não saem do papel, onerando o povo e trazendo sofrimento, colocando a produção e o trabalho dos brasileiros no ralo. Estas são as aberturas de concessões de um Estado com uma máquina.
Agora o governo está se abrindo para concessões no setor privado em infra-estrutura, que é justamente o maior gargalo, segundo Barbosa, numa tentativa de equilibrar um cenário internacional desfavorável com uma baixa taxa de crescimento e alto nível de desemprego.
O que os bancos fazem no gerenciamento do caos. O que sempre fizeram, manipulação das taxas de juros, e de preferência no que diz respeito ao país em desenvolvimento para cima. “O BC tateou esse equilíbrio mudando os patamares dos juros, para depois entender que teriam que ser mais altos. E o BC voltou com coragem para reequilibrar. É uma leitura de mercado difícil de fazer, até o FED teve leitura volátil.” A volatilidade do FED sabemos qual é.
“Brasil sempre teve um problema oposto. Aqui é preciso conter o potencial de consumo às vezes para evitar superaquecimento. E há uma demanda reprimida gigantesca na infra-estrutura. Diferentemente de outros, sabemos nosso caminho.
Não temos aeroportos e estradas vazias, temos é necessidade de novos aeroportos e estradas. E o que não temos é o capital, a questão é como gerar mais capital.”
Se o nosso problema é conter o consumo onerando os produtos e o povo com altos impostos e elevando as taxas de juros para que a população não tenha acesso a qualidade de vida, seria este o caminho de um Brasil tupiniquim? Um total contrassenso.
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A REVOLUÇÃO SÍRIA
YASSER MUNIF, um professor visitante do Emerson College, concedeu na semana passada uma
entrevista a Jeff Napolitano, transmitida pelo programa de rádio da seção do Oeste de Massachussetts do American Friends Service Committee, intitulada “Inside the Syrian Revolution and What the Left Must Do“. Uma transcrição da entrevista, feita por Linda Quiquivix, foi publicada no blog Syria Freedom Forever. Esta é uma transcrição da entrevista aprovada por Yasser Munif e foi publicada originalmente, em inglês, por Socialist Worker. Esta versão em português foi feita por Sebastião Nascimento e aprovada por Yasser Munif.
YM – Neste verão, passei dois meses no norte da Síria, na área libertada, e essa experiência foi uma lição de humildade. Aprendi muito e vi uma revolução popular em curso. As pessoas estão reconstruindo as instituições, administrando suas cidades após o colapso do Estado e do regime, e é uma tarefa cercada de desafios, pois não há recursos, não há dinheiro e são contínuos os ataques do regime. Essas áreas a que me refiro no norte foram libertadas – não há confrontos no terreno. Mas os bombardeios aéreos são constantes e mísseis continuam a ser lançados contra essas cidades.
As pessoas então recorrem a soluções criativas: estão criando instituições políticas. Há conselhos
locais em cada uma dessas cidades, que se reúnem semanalmente. Eles discutem tudo o que diz
respeito à cidade e tentar resolver seus problemas.
Há milhões de pessoas que ouvem a mídia ocidental e outras mídias falarem de guerra civil e coisas assim, mas a maioria dessas pessoas rejeita esses rótulos. É verdade que estão enfrentando um período crítico, há desafios cruciais pela frente e existem jihadistas tentando minar seu esforço – além, claro, do regime. Mas elas acreditam que há uma revolução popular em curso na Síria.
JN – Os jihadistas são frequentemente considerados como parcela dos “rebeldes”. Mas são, como você diz, algo completamente distinto da revolução propriamente dita.
YM – Correto. Ao longo dos últimos três ou quatro meses, os revolucionários vêm lutando, na
verdade, em duas frentes. Por um lado, existe o regime, e por outro, há os jihadistas – os grupos al-Nusra e aqueles criados pela al-Qaeda. Na verdade, os jihadistas estão prendendo, torturando e matando muitos ativistas, pessoas que têm mantido a resistência desde o primeiro dia. A maioria dos grupos criados pela al-Qaeda não estão realmente confrontando o regime. Eles mantêm sua presença nessas áreas do norte. Permitem que o Exército Livre Sírio e outras facções enfrentem o regime e vêm na sua cola para ocupar todas as cidades e todos os vilarejos que são libertados. São muito cruéis. Como disse, estão prendendo ativistas – qualquer um que os critique é preso, torturado, às vezes morto. Neste exato momento, eles mantêm mais de 1.500 ativistas em suas prisões.
Como pode ver, há duas frentes na Síria atualmente: os jihadistas de um lado e o regime do outro. É por isso que muitas pessoas acreditam que os jihadistas estão de algum modo aliados ao regime sírio. A al-Qaeda está, na verdade, fornecendo petróleo para o regime. O oleoduto tem de atravessar a região controlada por grupos criados pela al-Qaeda para que o regime faça o petróleo chegar até a região costeira.
As coisas são, portanto, muito mais complexas do que podem parecer aqui nos EUA, onde se leem artigos o tempo todo falando da dominação da “al-Qaeda”. A al-Qaeda na realidade não é parte da revolução. É antirrevolucionária.
JN – Correto. O debate que domina o Congresso parece ser em torno da questão de quem assumirá o poder se bombardearmos a Síria. Existem muitas pessoas no Congresso, especialmente republicanos, que parecem pensar que o problema com o bombardeio é apenas que a al-Qaeda passaria a ter o controle do país – ao invés de considerar que bombardear o país simplesmente não é uma boa ideia. Um dos mitos ou impressões populares na mídia é que os rebeldes que se opõem a
Assad e ao regime são favoráveis a um ataque contra a Síria. É isso mesmo?
YM – De longe, não posso dizer. Acredito que a população esteja dividida. Muitos são contrários aos ataques. Acredito que algumas pessoas, por causa da destruição e da violência e da mortandade, veem um ataque dos EUA como uma “saída”, mas não penso que sejam necessariamente a maioria. As pessoas aprenderam nos últimos 30 meses que ninguém é um verdadeiro aliado de sua causa ou se importa com a população síria – que o povo sírio de fato não tem amigos. Eles compreendem que o Ocidente – Europa e EUA – não são necessariamente favoráveis à vitória da revolução.
Quando você conversa com um cidadão comum na Síria, naquelas áreas libertadas, eles lhe contam que, quando quer que estejam perdendo território na luta contra o regime, eles recebem armas – e quando quer que estejam vencendo, as armas param de chegar. A razão disso é que o Ocidente e os EUA querem ver a continuidade dessa guerra como um impasse, pois é isso que mais lhes interessa.
Eles não estão necessariamente em favor do regime e não são necessariamente favoráveis à vitória dos revolucionários – ou do que eles chama de “al-Qaeda”.
Assim, o melhor para os EUA até agora tem sido sustentar a continuidade do conflito. Esse também é o interesse de Israel – que não quer necessariamente ver os revolucionários vencerem. Muitos políticos israelenses e americanos defendem manter um Bashar enfraquecido no poder.
JN – Estou realmente curioso a respeito disso, porque ninguém – nem mesmo na esquerda – fala
sobre como a revolução realmente se apresenta. Ao ouvir você, lembro-me do que aprendi a respeito da Revolução Espanhola na década de 1930, quando os anarquistas e socialistas também estavam se batendo com uma guerra em duas frentes: uma contra os fascistas e outra contra os comunistas. Essa é uma história mais complicada, mas o que me chamou a atenção foi que suas descrições da revolução desenvolvendo suas próprias instituições são similares à Espanha, onde uma sociedade igualitária chegou a desabrochar. Qual é a face da revolução vista de perto na Síria?
YM – A revolução é muito complexa. É bastante multifacetada e há diversas coisas acontecendo simultaneamente na realidade. A parte predominante é a revolução popular. Mas há também uma semi-Guerra-Fria em curso entre os EUA e seus aliados, de um lado, e a Rússia e seus aliados, de outro. Há também um conflito entre o Irã e seus aliados, de um lado, e Israel e o Golfo, do outro.
Existem, portanto, diversas camadas nesse conflito, mas a que predomina é a revolução popular. Acho que é muito importante compreender isso.
Outra razão para comparar a Revolução Síria com a Guerra Civil Espanhola, da maneira como você vinha fazendo, é que todo esquerdista tem uma opinião sobre o que está ocorrendo na Síria, assim como também acontecia com a Revolução Espanhola muitos anos atrás. E a maior parte da esquerda, infelizmente, está assumindo a posição errada. Estão considerando a revolução síria de uma forma fundamentalmente binária e reducionista.
JN – Trata-se da esquerda americana ou da esquerda síria?
YM – Mesmo a esquerda na síria e a esquerda árabe estão divididas, assim como as esquerdas americana e europeias.Em grande medida, esse conflito é entendido como uma guerra entre os EUA, de um lado, e pessoas que são contrárias aos EUA, do outro – “anti-imperialistas”, como alguns dizem. Esse lado inclui o Hezbollah, no Líbano, o Irã e o regime sírio, e seus apoiadores acreditam que a Síria tem ajudado os palestinos. Isso se baseia numa completa ignorância a respeito da história síria e do quão violento foi o regime sírio ao longo dos últimos 40 anos contra a luta palestina.
De certo modo, esses esquerdistas estão na verdade aderindo à doutrina Bush – o “ou/ou”, sem espaço para qualquer grau de complexidade em sua posição.
JN – Em outras palavras, “ou está conosco ou está contra nós”.
YM – Sim. A forma binária e reducionista de pensar sobre a revolução.
Acho que isso é muito prejudicial. Está mandando a mensagem errada para o povo sírio. Muitos sírios acreditam que a esquerda é, por definição, favorável ao regime. Recentemente, vimos protestos em Nova York e em outras cidades com pessoas se manifestando contra a guerra e segurando retratos de Assad.
JN – Alguns dias atrás, havia uma fotografia em destaque no Boston Globe, acompanhando um artigo sobre os protestos, e focaram um grupo de pessoas no meio da multidão que estavam carregando bandeiras do regime sírio com a foto de Assad estampada bem no meio. Isso imprime ao protesto inteiro a marca de um posicionamento não propriamente contrário ao bombardeio na Síria, mas em favor de Assad. Mas eu sei de algumas das organizações que promoveram o protesto para as quais isso vai no sentido contrário à mensagem que estavam tentando transmitir.
YM – Correto. Essa parte da esquerda está perdendo sua credibilidade. As pessoas nos EUA ou no mundo árabe ou na Síria não necessariamente perceberão isso como uma mensagem realmente contra a guerra. Verão as fotos de Assad e perceberão essas manifestações como propaganda – não realmente contrárias à guerra.
Acho que a esquerda tem uma tarefa importante diante de si. Deve formular uma posição nova, mais coerente – uma posição na qual se coloque ao mesmo tempo contra a guerra e contra a ditadura. Enquanto não fizer isso, não terão qualquer margem de credibilidade.
As pessoas na Síria verão essas imagens praticamente como uma licença para matar, pois o regime sírio vêm transmitindo essas manifestações na TV estatal, mostrando o quão popular é no Ocidente – que as pessoas estão se manifestando nas ruas de Nova York e outras cidades com fotos de Assad.
O regime sírio não tem sido capaz de organizar manifestações ou comícios assim nem mesmo na
própria Síria. Ficam muito contentes, portanto, ao vê-los surgirem em outras partes do mundo.
Muitas das pessoas que se manifestam não fazem a mínima ideia sobre a realidade daquilo que os sírios vêm enfrentando – suas lutas, seus combates, sua resistência cotidiana, aquilo que estão tentando construir e a criatividade daquilo que estão fazendo.
Acredito que também existe algo de racismo envolvido nisso – de simplemente negar qualquer tipo de iniciativa aos sírios e dizer “Isso tudo é uma grande conspiração e os EUA vêm planejando isso desde o início – é uma conspiração contra Assad”. Isso significa que os sírios não têm qualquer iniciativa, que na verdade não sabem pensar por si mesmos, não são capazes de fazer uma revolução. Acho que é um grande erro que a esquerda está cometendo.
JN – Tenho comigo a proposta apresentada pela secretária-geral do American Friends Services Committee, Shan Cretin, em uma carta endereçada ao Presidente Obama e ao Congresso. O que ela demanda é um amplo embargo ao envio de armas para todas as partes envolvidas no conflito; que a única solução na Síria é uma solução política; apoio aos esforços de Lakhdar Brahimi, o enviado conjunto da ONU e da Liga Árabe; pressionar para que rapidamente se reúna uma nova Conferência de Genebra; e que os EUA deveriam se pautar por uma transição que se baseasse nas instituições já existentes na Síria, em lugar de as remover, além de não alijar as pessoas que tiverem servido o governo ou o exército. O que você acha dessa proposta e o que você acha que a esquerda americana deveria fazer?
YM – Acredito que o mais importante para o movimento progressista e para as pessoas que realmente se importam com as revoluções árabes e querem apoiá-las e demonstrar sua solidariedade é afastar-se das alianças com quaisquer estados e construir um movimento social que apoie a população síria.
Essa solidariedade pode assumir diferentes formas. Pode ser por meio de relatos – um jornalista responsável que vá à Síria, veja o que está realmente acontecendo e tente levar a sério seu trabalho.
Muito do que vem sendo noticiado é sobre as lutas internas e sobre o aspecto militar da revolução, mas acredito que essa seja somente a ponta do iceberg – é a parte mais visível, mas não é a mais importante.
O que está acontecendo na Síria é muito mais que isso. Há muitas revoluções em curso em todos os campos: o político, o cultural, o social, o econômico. as pessoas estão criando novas instituições com novas ideias – estão tentando enfrentar os problemas mais difíceis e superá-los.
As pessoas na Síria precisam de médicos, precisam de engenheiros, precisam de qualquer ativista que os possa ajudar. O que é necessário é um movimento global de solidariedade que transcenda a política estado cêntrica que tem dominado pelos últimos 30 anos, revolvendo em torno de governos
e exércitos e tudo o mais. Acredito que esta é a mensagem mais poderosa que podemos enviar à população síria: construir um movimento social global alternativo que realmente compreenda a complexidade da revolução síria e não a reduza a “jihadistas” e “al-Qaeda”, mas compreenda que existem diferentes camadas.
Progressistas e esquerdistas deveriam promover o lado revolucionário e não apenas repetir a narrativa conspiratória que temos visto na mídia.
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MANUTENÇÃO DA ANTROPOLOGIA DIVINA
Retrocesso antropológico ou manutenção de uma antropologia divina?
As leis morais vistas como uma semiótica dos afetos em suas idiossincrasias sociais, religiosas e políticas não podem ser tratadas como algo estanque e de inexorável condição.
As palavras não são o fato, e a condição de registros mnemônicos, de tradições orais ou escritas não lhes dão o direito a eterna manutenção de um princípio.
O homem é um animal que aprende e inventa, indo na maré das transformações. Mesmos princípios “cientificamente” aceitos foram colocados a margem diante da construção de novas regras, fórmulas e tecnologias que transformaram estas realidades.
Todas as tradições morais, religiosas que querem regulamentar sofrem por seu escopo fundamentalista. E o século atual em sua construção moral ainda sobrevive fundamentado neste obscurantismo arbitrário de uma interpretação dos fatos como uma dança dos contrários. O que é toda essência senão uma maquiagem. A complexa superficialidade humana jamais abarcará a complexidade da existência. Nestas pseudo complexidade as morais religiosas também foram buscar nas morais científicas respaldo para sua existência.
O fundamentalismo de qualquer princípio coloca o homem sobre o altar da ignorância. Muito antes da instituição da moral cristã o homem já havia conquistado seu estado de um espírito dividido.
E foi com base nesta divisão que o Cristianismo se estabeleceu. E a ciência seguiu este mesmo método. E na dialética dos contrários escondemos nossos reais motivos. E esse é o nosso velho problema moral. O que todo deus do seu território deseja é a vontade de poder. O que aconteceu na luz também atua nas trevas e também o seu contrário.
Nossos sentidos de razão são tão hostis e relutantes para com aquilo que acreditamos ser novo que mesmo nos processos mais simples da sensualidade predominam os afetos como o medo e a indolência. Somos desde o começo em relação as nossas morais indivíduos fabricados, fantasiados e habituados a mentir.
Expressando de modo mais virtuoso, agradável e hipócrita.Somos mais artistas do que pensamos.
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GASTOS DE DILMA NO EXTERIOR
Governo impõe sigilo sobre gastos de Dilma no exterior
O Itamaraty orienta classificar todos os documentos relativos às viagens como ‘reservados’ enquanto presidente estiver no cargo.
Está sob sigilo todas as informações relativas às viagens que a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, já fizeram ou vierem a fazer ao exterior. Os dados só poderão ser divulgados depois que ela deixar o Palácio do Planalto, em 31 de dezembro de 2014. Se reeleita, em 2018.
Questionado sobre o tamanho das comitivas presidenciais e dos seus gastos no exterior, em época de campanha, o governo colocou a informação como “reservado”. Uma forma de impedir que que esses dados venham à luz durante a campanha eleitoral de 2014.
O Itamaraty determinou a reclassificação de todos os expedientes e documentos relacionados às visitas ao exterior de Dilma ou do vice, feitas desde que ela tomou posse, em 1º de janeiro de 2011. A regra se aplica também às viagens que forem feitas “futuramente”.
Recebendo o carimbo de reservado,a categoria prevê sigilo de cinco anos desde a sua produção. Mas podem ser reclassificados como secretos, o que os deixará 15 anos na sombra, ou como ultrassecretos – 25 anos.
A regra é que qualquer informação sobre viagens da presidente ao exterior ficará de fora do alcance da LAI (Lei de Acesso a Informação) até o fim da era Dilma.
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