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O Medo

Tuesday, 27 January 2015 by Mika Rodrigues

IMG_20150127_094233738O medo é uma das forças mais brutais na natureza. Não é algo ruim.

A milhares de anos nossos antepassados sobreviveram por possuir um comportamento extremamente medroso vivendo sempre em fuga do perigo. Mas, muitas coisas mudaram desde então.

Nosso cérebro humano evoluiu diante das contingências para ser extremamente medroso e sensível ao medo.

Apesar de não vivermos mais em situações extremas na natureza, a força do medo infelizmente ainda  é a energia motora utilizada  no aprendizado, condicionamento e controle social da humanidade.

Haja visto a forma como os governos, líderes religiosos  manipulam a massa.

Há quem diga que mesmo vivendo civilizadamente, a quantidade de situações e estímulos que nos causam receio e medo hoje é incalculavelmente maior. Vivemos uma explosão de medo no mundo. Terrorismos, atentados, guerras, fome, inflação, falta de bens de consumo básico, fome , epidemias e morte. Não precisaria ser deste jeito, mas isto é um fato.

Assim, o medo não é uma abstração. Ele só existe em relação a alguma coisa. Mesmo que seja em relação a alguma ideologia, crença ou sobre o que designamos por medo.

O homem sofre por medo. O medo do vir a ser, o medo do não ser. O temor sob a  ideia acerca de determinado fato nos torna cego diante  da coisa tal como é e  sobre o que pensamos que ela seja.

O medo como resultado do rotular, do nomear, do projetar um símbolo para representar um fato.

Ou seja, o medo não é independente da palavra. E mediante as palavras, símbolos e interpretações fugimos do medo na ilusão de entendê-lo.

Somos condicionados ao temor do desconhecido, ao temor das mudanças e ficamos aprisionados ao cotidiano por mais sofrimento que este estado do ser nos cause.

A mente com medo não é inteligente quando foge do fato e não o observa com clareza.

Somente numa completa comunhão com o fato é que o medo desaparece. Só há libertação e liberdade em relação ao medo quando a mente é capaz de observar o fato sem nenhum tipo de tradução, atribuição de nome ou rótulos.

O autoconhecimento é o começo da sabedoria e o fim do medo.

 

medo
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O Facismo e Sua Psicologia das Massas

Friday, 01 August 2014 by Mika Rodrigues

O estudo do fascismo não tem uma importância meramente histórica para nós. O fascismo das massas ainda é um fenômeno mundial e apesar de toda experiência perturbadora que ele impôs na humanidade, mantém seu território no pensamento humano e tem crescido atualmente no mundo. Temos vistos as constantes guerras políticas, ideológicas e religiosas que assola a humanidade causando muita destruição e sofrimento.

Por que as pessoas seguem fascistas?

O que faria com nós humanos apesar de toda nossa história mantenhamos tal comportamento?

Dentro da memória dos grandes estudos sobre tal fato, vamos seguir  a abordagem de  Reich sobre o fascismo  que é riquíssima e se configura como uma genial síntese entre Marx e Freud, entre marxismo e psicanálise.

Seu livro “Psicologia de massas do fascismo” foi escrito e publicado no início da década de 1930, enquanto o fascismo era ainda incipiente, e antes também de causar todas aquelas atrocidades que chocariam o mundo anos depois. Isso mostraria, mais tarde, a justeza da análise de Reich.

A clivagem
A divisão, o que Reich chama de clivagem é o  ponto fundamental da análise do comportamento fascista das massas.
Esta tem como elementos chaves a situação econômica, a ideologia e a sexualidade do trabalhador.
A definição do fascismo é a  “a expressão da estrutura irracional do caráter do homem médio, cujas necessidades biológicas primárias e cujos impulsos têm sido reprimidos há milênios”.
Nesse processo de clivagem, a família é a base educacional funcionando como  como uma preparação para o ajustamento geral que será exigido do indivíduo mais tarde pelo Estado. Através da autoridade patriarcal a autoridade do homem é produzida através da fixação das inibições e dos medos sexuais.
Mediante a inibição da sexualidade natural na infância torna a criança medrosa, submissa e obediente –  moralmente “boa e dócil”, domesticada para receber a paralisação sobre suas forças de rebelião contra toda autoridade imposta.
Assim, a família é o Estado autoritário em miniatura, ao qual a criança deve aprender a se adaptar, como uma preparação para o ajustamento geral que será exigido dela mais tarde. A estrutura autoritária do homem é basicamente produzida – é necessário ter isso presente – através da fixação das inibições e dos medos sexuais na substância viva dos impulsos sexuais.” 
O resultado desse processo é a moralidade conservadora, o medo da liberdade e a criação de da mentalidade reacionária.
A opressão econômica entra como outro fator unida a opressão sexual como ponto fundamental diante das autoridades seja dos governos ou religiosas.
Assim o indivíduo é preparado para exercer sua obediência e seguimento contra seus próprios interesses sexuais, econômicos e materiais. Ambos estado e as autoridade religiosas em seus misticismos formatam a psicologia das classes operárias gerando o seguimento a toda moral que é contra  qualquer tipo de regulação da vida sexual e econômica.
A grande massa do homem médio é o que mais sofre de tal modelagem.
Diante de tal fato, o homem médio, frente aos seus problemas ou adota a posição de seguimento fascistas religiosos e da ideologia estatal ou vive na divisão maniqueísta entre a anarquia política econômica e sexual.
As ditas perversões sexuais, econômica e sociais são a consequência de tal divisão maniqueísta do pensamento humano. Tanto as políticas quanto as religiões são o palco fundamental na produção de uma sociedade fascista. Tanto nas famílias patriarcais do proletariado subjugado economicamente e sexualmente  como nos círculos ascéticos da igreja e do Estado florescem as histerias e as perversões.  Daí o enorme interesse do fascismo e de toda sorte de reacionarismo político em se utilizar dessas instituições para desarmar o proletariado e manter intacto, sem perturbações, o seu sistema de dominação.
“…o homem religioso encontra-se num estado de total desamparo. Em consequência da total repressão da sua energia sexual, perdeu a capacidade para a felicidade e para a agressividade necessária ao combate das dificuldades da vida. Quanto mais desamparado ele se torna, mais é forçado a acreditar em forças sobrenaturais que o apoiam e o protegem. Assim se compreende que, em algumas situações, ele seja capaz de desenvolver um incrível poder de convicção; de fato, uma indiferença passiva com relação à morte. Essa força advém-lhe do amor às suas próprias convicções religiosas, que são sustentadas por excitações físicas altamente prazerosas. Mas ele acredita que essa força provém de ‘Deus’. O seu anseio por Deus é, na realidade, o anseio originado pela sua excitação sexual anterior ao prazer e que exige ser satisfeito. A liberação não é, nem pode ser, mais do que a libertação das tensões físicas insuportáveis, que podem ser agradáveis enquanto puderem ser associadas a uma união imaginária com Deus, isto é, à satisfação e ao alívio. A tendência dos religiosos fanáticos para se flagelarem, para atos masoquistas, etc, só vem confirmar o que dissemos. A experiência clínica em economia sexual mostra que o desejo de ser espancado ou a autopunição corresponde ao desejo instintivo de alívio sem incorrer em culpa. Não há tensão física que não evoque fantasias de estar sendo espancado ou torturado, se o indivíduo em questão se sente incapaz de produzir por si próprio o alívio. É essa a origem da ideologia do sofrimento passivo, presente em todas as religiões.” (p. 139-140)
Segundo Reich, “se conseguimos eliminar o medo infantil da masturbação – o que tem como consequência o aumento da necessidade de satisfação sexual genital -, então o conhecimento intelectual e a satisfação sexual prevalecerão. À medida que desaparece o medo da sexualidade, ou o medo da antiga proibição sexual paterna, diminui também a crença mística.” (p. 171). 
“A consciência sexual e os sentimentos místicos são incompatíveis.”
Conclusão:
Em julho de 1947, o Dr. Wilhelm Reich — um psicanalista brilhante,  o estudante mais promissor de Freud; que já havia enraivecido os nazistas e os stalinistas bem como as comunidades psicanalítica, médica e científica; que sobreviveu a duas guerras mundiais e fugiu para Nova York — estava morrendo em sua cela numa prisão em Lewisberg, Pensilvânia, acusado pelo governo de ser uma fraude médica engajada num “golpe sexual”.
Esse foi o maior incidente de perseguição científica da história norte-americana.


FascismomassasPsicologiaWilhelm Reich
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O Tempo Psicológico

Wednesday, 23 July 2014 by Mika Rodrigues

Solidão, desespero e sofrimento, eis a essência que iguala o homem de todos os tempos. Qual a solução? 

A palavra não é o fato, serve apenas de instrumento para comunicá-lo. A nominação de um fato transforma-o em memória, em pensamento. O pensamento é memória. Toda nossa comunicação tem como base o passado.  O nosso pensamento é sempre velho.
Seguirmos o pensamento dos outros nos faz não entrarmos em relação com o fato de nós mesmos. Seria possível o homem transcender o seu próprio pensamento? Não como criação do passado? Não como de um vir a ser no futuro?  Deste funcionamento nasce a introjeção do tempo cronológico transformado em tempo psicológico. Neste tempo psicológico a origem de todo nosso sofrimento. Seria possível ao homem terminar com todo seu sofrimento exterminando este tempo psicológico do vir a ser?  Krishnamurti enfatiza que em nenhum momento ou sentido ele se constitui uma autoridade, um guru, um doutrinário que apresenta à humanidade um novo sistema ou crença religiosa. Ao contrario, cabe a cada ser humano descobrir por si mesmo. Questionar tudo, se libertar de todo apego, de toda autoridade, do pensamento, da sociedade, instituições religiosas e mesmo a família no sentido psicológico como ela se apresenta. Assim se constituirá a liberdade, a felicidade, o amor. Nascido em 11 de maio de 1895 no sul da Índia, foi adotado pela Dra Besant presidente da Sociedade Teosófica que acreditava que  ele seria o novo instrutor do mundo. Contudo, em 1929, Krishnamurti renunciou o papel que lhe fora destinado, dissolveu a ordem com seus seguidores devolvendo todo o dinheiro e propriedades doadas para seu trabalho. Assim, viajou pelo mundo falando para grandes audiências sobre a necessidade de uma mudança radical na humanidade até sua morte em 17 de fevereiro de 1986. Falou sobre coisas que preocupam a todos nós. Os problemas de vivermos numa sociedade moderna, violenta, corrupta e da nossa busca por segurança e libertação do medo, da dor e da tristeza, explicando com precisão todo o funcionamento da mente humana. Não vinculado a nenhuma organização ideológica, seita ou pais, apontando justamente estes fatores como causadores da separação humana e promovedores das guerras e do sofrimento. Lembrou incessantemente que antes de sermos hindus, muçulmanos, cristãos, somos seres humanos iguais e participantes de uma mesma mente humana universal. Transmitiu o respeito pela natureza e o meio ambiente dando um novo sentido à verdade. Sem dúvida, ensinamentos atemporais e universais.

KrishnamurtiTempo Psicológico
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RELAÇÃO

Monday, 16 June 2014 by Mika Rodrigues

O que é relacionamento? Você já ficou totalmente só?

Estar relacionado significa não depender do outro,não tentar escapar da própria solidão por meio do outro, não tentar encontrar conforto, companhia por intermédio do outro. Quando isto acontece o relacionamento é usar mutuamente. Para que isto não ocorra temos que resolver o problema que criamos a respeito da solidão.

A maioria dos relacionamentos estão fadados ao cansaço e ao fim e sofrimento decorrente deste aprendizado que adquirimos desde a mais tenra idade. Nossa educação familiar necessita orientar a criança e o jovem a emancipação emocional em todos os níveis a que ele se destina. As significâncias, as fantasias orientadas não à dependência e a colocação do bem estar e da felicidade na dependência emocional de qualquer objeto ou ser. Ai teremos uma verdadeira relação e não um estado de suporte para a vida.

haveria um meio de existirmos e de vivermos na qual não usemos o outro psicologicamente nem emocionalmente, não dependendo do outro como válvula de escape das nossas próprias torturas, dos nossos próprios desesperos, da nossa própria solidão? Compreender isto é a compreensão do significado do que é ser solitário.

Até resolvermos por completo o nosso problema da solidão, dessa sensação profunda de isolamento nossos relacionamentos assumem o caráter de um meio de fuga levando à compulsão e a angústia.

A compreensão da nossa solidão é a percepção sem fugas de todas as nossas ações e movimentos que giram em torno de nós mesmos.

Temos que observar a nós mesmos sem conflitos ou julgamentos, pois todo conflito é a corrupção e perda de energia.

RelaçãoSolidão
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A RIGIDEZ HUMANA

Monday, 26 May 2014 by Mika Rodrigues

A essência da vida é funcionar. A natureza não conhece a burocracia, sendo antagônica à qualquer tipo de rigidez. todas as leis naturais são funcionais e pródigas em variações.

O homem com sua estrutura de caráter neurótico criou leis com base em seu pensamento mecanicista. Isto separou o observador do observado, criando um tempo psicológico do vir a ser e ao preconceito que o separa da realidade presente.

O religioso, o místico e os moralistas tradicionais são fruto dessa contradição.

A estrutura humana neurótica e mecanicista tem medo da vida e das suas mudanças. Daí resulta a dificuldade humana da metamorfose da mente. Neste medo as mudanças possíveis são interpretadas como incertas. Não há o percebimento do fluxo e do entrelaçamento das funções da natureza interpretando tudo na base da culpa e do medo.

A estrutura humana neurótica e mecanicista tem baixa tolerância à incertezas. Por isto o seu radicalismo estrutural em crenças fechadas que dão a falsa segurança. Passam a vida no conforto ilusório de girar em torno dos mesmo problemas sem nunca resolvê-los. Haja visto as politicas atuais e as frequentes guerras de cunho religioso e político em função de um territorialismo de morais, pensamentos, verdades absolutas no eterno retorno humano à padrões que mudam apenas na teatralidade das suas manifestações.

Onde não há compreensão instala-se o propósito, as finalidades e subordinações e não o organismo vivo como um todo. A permanência da nebulosidade e do mistério sobre o movimento coordenado.

Nossas células nervosas se comunicam em sua multiplicidade de funções. Não há o conceito de centro superiores e sim uma cooperação harmoniosa e de percebimento individual.

“A multiplicidade e a variedade se fundem na unidade.” wilhelm Reich

A própria função regula a cooperação. Cada órgão possui o seu próprio modo de expressão e sua linguagem específica.

A linguagem expressiva específica de um órgão não é função de qualquer “centro do sistema nervoso.”

Por exemplo: ouvimos como todo o nosso organismo e não só com o ouvido.

A mitologia do cérebro dominou as ciências naturais. Antes que houvessem cérebros bilhões de organismos funcionaram durante incontáveis milênios.

Os organismos humanos em seus padrões mecanicistas, em seus padrões não funcionais desenvolveram um sadismo destrutivo que permeia e contamina todas as suas relações.

As suas correntes de energia orgonótica existentes no interior de cada célula batem em um muro como uma couraça que impede o fluxo normal. Estes impulsos funcionais são transformados assim em uma tipo de raiva destrutiva.

Segundo Reich: “Acredito seriamente que, no encouraçamento rígido e tônico do animal humano, encontramos a resposta para a pergunta sabre os seu enorme ódio destrutivo e o pensamento místico-mecanicista.”

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NOSSO MUNDO IMAGEM

Tuesday, 13 May 2014 by Mika Rodrigues

Estamos e somos o tempo todo rodeados por imagens. Imagens impostas pela mídia, pela propaganda, por ideias, e comportamentos. Nós próprios somos uma imagem.

Como um ser que é, que produz  e vive sobre e sob as  imagens é muito importante que saibamos analisar a imagem fazendo uma  leitura precisa dos  significados que ela nos traz.   .

Para compreender este fenômeno, o  melhor possível, necessitamos despertar o nosso olhar mais critico, a nossa atitude mais reflexiva, entendendo o que a imagem nos transmite e sobretudo o sentimento que ela nos desperta.

Precisamos explorar mais a imagem que temos de nós mesmos, de  uma obra ou comportamento quando a vemos em algum lugar, assim entenderemos e não nos enganaremos com tudo aquilo que vimos, não ficando presos a um só pensamento, a um só sentimento sobre um determinado assunto.

Saber ler imagens é uma exigência e necessidade do ser na sociedade e  da sociedade.

Na contemporaneidade social, frente a grande quantidade de informações que nos são transmitidas qualquer educação deve ater-se ao entendimento desta linguagem visual em conexão com todos os nossos outros sentidos que não trabalham isoladamente, mas de forma integral.

A sedução da imagem pode nos assustar porque não fomos preparados para decodifica-lá e usá-la em prol da aprendizagem reflexiva. A própria imagem da sedução é algo a ser discutido. A imagem da sedução como sendo enganação. A ilusão de vendermos aquilo que não é.

O Eu Imagem

Formamos imagens o tempo todo. Esta é uma função do Eu. O nosso próprio eu é uma imagem criada e formada no cotidiano das nossas relações com a cultura, a família, com o mundo onde estamos e somos criados.

As imagens não são isoladas existindo  provenientes  nada. Estão sempre relacionadas. São a nossa memória, a nossa história, o nosso contexto.

As imagens são a essência das nossas relações. São as nossas próprias relações conosco, com o outro, com os objetos e com o mundo. É o nosso próprio mundo agindo criação e na manutenção  do mesmo.

Por exemplo: se em um relacionamento, alguém lhe chama de estúpido. Este conceito já existe como uma imagem que está registrada no cérebro.

O pensamento assume este registro e a partir deste age.

Existindo uma outra imagem a respeito de si mesmo que contradiz esta afirmação,  esta imagem se torna “ferida”. Cria-se assim a imagem ferida. Esta imagem ferida torna a essência da ação, da resposta ao sofrimento,  e assim por diante numa sequência relacional.

Estas são condições do ego, do eu ou do self. É um processo que todos temos plena consciência e vivência do mesmo.

Imagem Relação

As nossas relações são a coisa mais importante de nossas vidas. Não existimos fora das relações.

A “qualidade” destas relações podem ser determinadas pela qualidade das imagens que temos acerca de nós mesmo e do mundo. O conhecimento de si mesmo é o conhecimento do mundo e das imagens que nos cercam.

Como atuaremos a partir das contradições e das  qualidades contraditórias atuantes nas relações dessas imagens?

O que podemos fazer para termos  qualidade relacional em nossa vida e não gastarmos uma quantidade excessiva de energia na manutenção ou luta por imagens aparentemente contraditórias.

Não apenas os insultos, mas também os elogios fazem parte desse processo relacional. E, todo elogio ou insulto são automaticamente registrados no nosso cérebro e assumidos como memória. Logo, a imagem é tanto da dor quanto do prazer.

O que podemos fazer para termos  qualidade relacional em nossa vida?

Para que isto aconteça dois processos  estão envolvidos:

É possível livrar o nosso “HD” cerebral de todas estas imagens contraditórias?

Impedir  a manutenção das  imagens como uma continuidade modificada. Dessensibilizar e neutralizar as antigas imagens  para que este processo seja extirpado.

Impedir futuras dores, desprazeres e feridas causadas pela contínua reprodução e manutenção destas imagens.

Por não entendermos e que existe a contínua relação entre as imagens e que não existe uma distinção entre as feridas e os prazeres do passado e as do presente estamos continuamente repetindo-as. Todo este processo repetitivo vem do condicionamento do passado.

O observador se coloca como  diferente da imagem que ele observa e neste estado de separação cria-se uma lacuna, um intervalo de tempo onde há a impossibilidade de transformação.

O observador não é diferente daquilo que ele está a observar. Não existe realmente esta separação entre observador e observado. Esta lacuna criada pelo pensamento tem sido a força da manutenção e reprodução continua imagem. Esta questão tem sido a origem do poder da imagem.

Quando existe a diferença entre o observador e a coisa observada, ocorre um intervalo de tempo no qual outras atividades acontecem.

O observador é o observado

imagem
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ALÉM DA BARBA, PÊNIS E VAGINAS

Tuesday, 13 May 2014 by Mika Rodrigues

Declaração Universal dos Direitos Humanos
Artigo 3: Todos têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Thomas “Tom” Neuwirth (Gmunden, Áustria, 6 de novembro de 1988), mais conhecido pelo personagem Conchita Wurst, é um cantor austríaco que no papel de Conchita Wurst representou a Áustria e venceu o Festival Eurovisão da Canção 2014, em Copenhaga, na Dinamarca.

A seleção de Wurst gerou polêmica na Áustria, quatro dias depois de ORF anunciar a sua decisão, mais de 31,000 pessoas protestaram  numa página “Anti-Wurst” no Facebook.

Em outubro, o Ministério da Informação de Bielorrússia recebeu uma petição para que BTRC, emissora de Bielorrússia, tirasse a atuação de Wurst do programa. A petição alegou que a atuação iria transformar o Festival “num viveiro de sodomia”. Em dezembro, uma petição semelhante surgiu na Rússia.

Com a polêmica por toda a Europa, Conchita ou Thomas tem despertado a fúria de muitos moralistas e machistas de plantão.

Em campanha nas redes sociais  homens raspam a sua barba usando o argumento que “após o concurso, usar barba não representa mais masculinidade”.

O radialista russo Andrei Malakhov aderiu a campanha e disse que estava chocado com a vitória da austríaca.

Será que se Conchita não se apresentasse com a barba de Thomas teria causado tanta fúria?

Quem se traveste?

Conchita conseguiu desconstruir a simbologia da barba como um  um símbolo de masculinidade por  ser considerada um acessório exclusivo dos homens?

Por trás do personagem  Conchita existe um Thomas. Quem usa a barba, Thomas ou Conchita?

A polêmica barba de Conchita mexe com arquétipos biológicos, sociais e religiosos que pedem um definição para que aja a dita tranquilidade individual e  social.

Na  sociedade existe apenas dois gêneros. Nas trincheiras do o masculino e do feminino socialmente aprendidas ainda não existem espaço para qualquer variação no comportamento, no fenótipo ou de orientação.

Este contexto social nos traz idéias prontas  e pré-concebidas  sobre o que é considerado comportamento feminino e masculino e a sexualidade considerada adequada ou não.

Este espaço se caracteriza pelos direitos humanos e sociais à existência, à expressividade, ao trabalho.

Biologicamente , a barba é considerada um caráter secundário masculino. A voz grave também.

Conchita rompe com estes padrões biológicos ao atuar de barba e com seu comportamento e sua  voz excepcionalmente feminino. Ninguém criticou a sua performasse vocal e a mesma não despertou a ira masculina.

Àqueles que não tem tranquilidade na construção psicológica da sua sexualidade, e a fazem alicerçados apenas nos de esteriótipos secundários,  diante da quebra do uso de padrões considerados masculinos ou femininos sentem o desconforto, a agressividade e até mesmo a irracionalidade.

Ao que parece a maioria da humanidade em toda a sua diversidade de orientação ainda sofre desta confusão. Qualquer comportamento que coloque isto em evidência gera comportamentos irracionais contra o outro da sua mesma espécie.

Os Transgêneros

Transgênero é um ser humano, uma pessoa  que possui e/ou manifesta uma identidade de gênero diferente da que lhe foi atribuída à nascença. Podem optar por diversas formas de expressão da sua identidade de gênero.

Se pretender alterações anatômicas de carácter mais permanente recorrem a intervenções cirúrgicas e a tratamentos hormonais. O processo nem sempre implica uma redefinição integral de género («mudança de sexo»).

A identidade de gênero também é expressa através do vestuário e da cosmética (o chamado «travestismo»).

A Violência

Historicamente os seres humanos transgêneros  sofrem o preconceito, discriminação  e a violência, chamada de  transfobia.

A transfobia é uma violência física, psicológica,  e espiritual sobre os direitos humanos. Pode ser em decorrência  da sua identidade de gênero e ou não necessariamente devido à sua orientação sexual, já que  transgêneros tanto podem ser heterossexuais como homossexuais ou bissexuais.

Transgêneros que vivem em guetos e que não possuem alternativas no direito ao trabalho não causam tanta polêmica.

Psicologicamente,  decorrente de todo este processo cultural também tenho minha dificuldades por não ter o  convívio com indivíduos transgêneros. Mas, eles não me despertam o desejo, o medo e nem a violência.

Nem por isto acho que eu deva excluí-los do direito à um vida social nos padrões considerados humanamente dignos, a educação, o direito ao trabalho e as relações humanas.

Eu como ser humano, um profissional psicólogo, teólogo e barbeiro, digo que Conchita é bem vinda a Barbearia O Barbeiro para fazer a sua barba, seu cabelo ou mesmo tomar um café e dialogar acerca da sua experiência humana, do seu sofrimento e das suas alegrias como qualquer ser humano existente neste planeta.

Relações Libertárias

Talvez decorrente das proibições construídas  sexualizarmos tanto as nossas relações que criamos um crivo social estranho a nós mesmos.

Neste contexto necessitamos  de relações libertárias que não restrinjam apenas os padrões arbitrariamente instituídos como forma de controle social. Em  maior grau nós humanos temos objetivos, sofrimentos e sentimentos comuns, a felicidade, as condições de trabalho, educação e alimentação. A sexualidade e a manifestação do ato sexual é apenas mais uma delas e não o prato principal.

E como temos criado estas condições? Através de todo tipo de opressão como qualquer animal irracional. Que tipo de relação contratual temos tido em nossas relações que envolvem a nossa sexualidade, o ato sexual e a construção da família? A que isto tudo tem servido? O mercado? A vida? O sofrimento e/ou ao individualismo social?

Construímos nosso paradigma da nossa sexualidade na manifestação do ato sexual como demonstração de posse e pertencimento na base de contratos moralista e exclusivistas numa única orientação. Temos muito que aprender nas nossas relações e orientações de troca  neste imenso planeta terra onde vivemos.

Somos mais que pênis e vaginas e hormônios.

É possível vivermos a nossa sexualidade sem arraigá-la aos mundos hétero e homo facilitando a compreensão de que há uma infinidade de existências no caminho de uma à outra ponta?

Russos querem novo concurso musical após vitória de travesti

barbaConchita WurstFestival Eurovisão da Canção 2014transexuaisTransgênero
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CONTINUIDADE MODIFICADA

Wednesday, 07 May 2014 by Mika Rodrigues

continuidadeNascemos numa determinada estrutura social com suas regras, crenças, leis, políticas e tradições.

As religiões organizadas se empenham em educar-nos numa certa forma de crença condicionada. Os governos insistem em condicionar seus currais eleitorais de forma a manterem seu poderio sobre o gado. Todas as mudanças que operam ficam dentro dos limites modificados desta crença. No teatro cotidiano a humanidade continua a encenar as trágicas comédias com enredos modificados inseridos na mesma estrutura do teatro humano.

A grande maioria não encara o conceito de liberdade como algo necessário à vida.

Se colocam a disposição das crenças, dos governos ou qualquer tipo de liderança que se apresenta sem questioná-las. Afinal em suas memórias, negar a autoridade na forma como ela se apresenta é considerado perigoso.

Na ilusão de uma segurança, na covardia, na preguiça e na irresponsabilidade por nossa vida, delegamos o direito e o dever de comando das nossas vidas.

Este é o mecanismo psicológico individual e social na criação de super-heróis, salvadores e todo tipo de relação afetiva na busca de segurança.

É a educação paternalista da família tradicional que prepara o indivíduo para a segregação, a autocompaixão e o sofrimento em prol de bandeiras.

A incapacidade ou a falta de uma educação de desmame determina adultos infantilizados e prontos para a obediência, dependentes e incapazes de criar alternativas à vida.

Os movimentos individuais ou coletivos só agem de forma reativa diante das autoridades quando percebem que estes não proporcionam tal segurança.

O homem que se coloca debaixo de tais autoridades é tão fútil quanto elas. Toda as nossas tradições milenares produziram poucos homens capazes de viver de forma a não outorgar a qualquer tipo de autoridade o direito sobre si mesmos.

Estas tradições não produziram animais humanos independentes.

Na superficialidade da sua atuação produzem a dominação, o medo, a dependência, as guerras e consequentemente a desorganização.

Seus planos e propostas mascaram sua políticas de dependência.

A mente burguesa e superficial implantadas pelos séculos de condicionamento das autoridades vive com medo.

A não compreensão deste fato gera a continuidade deste medo.

E as transformações reativas vem e vão conforme as marés.

continuidadegovernosPolíticareligião
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CONTRADIÇÕES DO BRASIL DE ‘POLVOS E LULA’

Saturday, 03 May 2014 by Mika Rodrigues

450px-squid_komodoO pensamento humano sofre do problema da contradição. A contradição da teoria e da prática. Contrário a todas as nossas crenças, o pensamento em contradição não é inteligente por não ter a percepção da totalidade da realidade da vida.

E as contradições da fala de Lula no Encontro Nacional do PT afastando o “volta Lula” e aclamando Dilma Rousseff como pré-candidata à reeleição desafia  os dirigentes e militantes recuperem a imagem desgastada  do PT. É um  desafio extra em 2014 para uma campanha agora considerada difícil por Lula.

“Junto com a eleição da Dilma, nós temos que fazer um processo de recuperação da imagem do PT, mas, sobretudo, precisamos fazer uma campanha para construir uma nova utopia na cabeça de milhões e milhões de jovens brasileiros”, disse.

Qual seria esta nova utopia?

Estamos cansados da realidade das falsas utopias destituídas  da prática no que tange nossa política atual. Ao primeiro vento  todos os líderes do PT sucumbiram diante do enriquecimento fácil e do uso da máquina pública como um bem particular. E Lula, apesar de todos os indícios nunca soube de nada referente a vida particular dos seus companheiros. E, em seu discurso pontua a sua vida a parte das falcatruas dos fundadores petistas. Salva a si mesmo e ao partido em detrimento dos companheiros e companheiras.

“Nós criamos um partido político foi para ser diferente de tudo o que existia quando nós criamos esse partido. Esse partido não nasceu para fazer tudo o que os outros fazem. Esse partido nasceu para provar que é possível fazer política de forma mais digna, fazer política com ‘P’ maiúsculo.”

E não provou. O ônus da prova foi totalmente contra o PT em  toda contradição do discurso de Lula incluindo o seu partido, o PT na igualdade dos partidos convencionais condenado todos à farinha do mesmo saco.

 “Nós precisamos, então, voltar a recuperar o orgulho que foi a razão da existência desse partido em momentos muito difíceis, porque a gente às vezes não tinha panfleto para divulgar uma campanha. Hoje, parece que o dinheiro resolve tudo. Os candidatos a deputado não têm mais cabo eleitoral gratuito. É tudo uma máquina de fazer dinheiro, que está fazendo o partido ser um partido convencional.”

O que Lula deseja? Uma nova chance por ter sido traído pelos companheiros que não eram de sua confiança?

Ao condenar seus companheiros, Lula se eximir da responsabilidade política e pública salvando a si mesmo e ao PT. Por que  demovemos nós lhe creditar nova confiança após dez anos no poder?

Esta é a única esperteza de Lula, ou falta de caráter ou desvio de conduta. Eximindo-se da responsabilidade das contradições do seu governo e de seus companheiros fundadores do PT, se colocando a margem de toda realidade comprovada da corrupção que faz parte da história do partido, Lula ressurge como pregador de uma nova ideologia política.

E como Lula devolverá ao PT a imagem de virgem imaculada?

Comprando uma maioria da população como nosso dinheiro público nos programas de governo que usa da máquina pública em mensalões da pobreza? Valendo-se das condições sócio-educacionais e culturas  desvinculadas de uma educação política e  destituídos de análise pessoal  sofrem de  desvio de conduta de vido as condições impostas no país da miséria humana.

Segundo estudo, os polvos são os mais espertos entre os invertebrados. E o povo poderia ser mais inteligente que o Lula, apesar de todas os prêmios e horarias recebidos por Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma RousseffLulaPT
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O BRASIL DOS BRASILEIROS

Monday, 28 April 2014 by Mika Rodrigues

Brasil, oficialmente República Federativa do Brasil,  o maior país da América do Sul e da região da América Latina. O quinto maior do mundo em área territorial (equivalente a 47% do território sul-americano) e população (com mais de 201 milhões de habitantes).

 O único país onde se fala majoritariamente a língua portuguesa na América.

Uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas, em decorrência da forte imigração oriunda de variados cantos do mundo.

A   maior economia da América Latina e do Hemisfério Sul, a sétima maior do mundo por PIB nominal,  e a sétima maior por paridade do poder de compra (PPC).

 O  lar de uma diversidade de animais selvagens,ecossistemas e de vastos recursos naturais em uma grande variedade de habitats protegidos.

O que atrapalha o desenvolvimento do Brasil, e  nós brasileiros?

Nós brasileiros devemos olhar mais a fundo nossa história e refletir nosso comportamento em decorrência dela para podermos elaborar um projeto desmembrado da nossa cultura e das nossas políticas atuais.

Desde a  colonização portuguesa, as luso-elites brasileiras  elaboraram um projeto muito claro do que é o Brasil. Uma terra, onde, a partir da exploração intensiva do trabalho dos pobres e dos recursos naturais e de uma relação patrimonialista com o Estado,  seria possível reunir rapidamente grandes fortunas.

Tais fortunas seriam então usadas para reafirmar a hierarquia social através da ostentação e do clientelismo. Esta cultura se reflete e dita o comportamento de todos os brasileiros em seu cotidiano onde pobres, ricos, funcionários públicos, estudantes e as  gerações jovens estão imbricadas neste sistema. E mudança de cultura é uma das causas mais difíceis , mas não impossível.

A população absorveu e absorve estes ideais dos que mandam na nação. O Brasil caminha mal por que todos querem se dar bem.

Nosso  Estado ainda é montado e pensado não como fator de desenvolvimento ou estrutura de representação coletiva, mas simplesmente para manter os privilégios, o poder e a riqueza dos dominantes.

O  ideal aristocrático   permeia a sociedade brasileira, ideal pelo qual se busca sempre enriquecer não pelo trabalho, mas pelo rentismo (ou seja, lucro advindo de atividades não produtivas), e sempre se procurando manter a maior distância social possível entre ricos e pobres, não apenas como subproduto do modelo, mas como ideal deste.

Mesmo após o governo petista, partido dito popular do trabalhador há o aumento dessas derivações óbvias –  a violência para manter a ordem social e a fratura entre uma elite pouco comprometida com a nação e a população em geral que quer o assistencialismo do estado.

Talvez em algum momento, a pressão interna ou externa seja tão forte que inste nossas elites e nossa população a mudar. Enquanto isto o “projeto Brasil”  é inviável para o futuro.

Seremos sempre um “país do futuro” no engodo político e de nós mesmos.

Brasildesenvolvimento
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