GUERRA PSICOLÓGICA?
No fim de ano, a presidente da República, Dilma Rousseff, usou seu pronunciamento que foi ao ar em cadeia nacional de rádio e TV, para defender a política econômica de seu governo e tentar tranquilizar trabalhadores e empresários discorrendo sobre o esforço de seu governo para combater a inflação e manter o equilíbrio das contas públicas.
No vídeo além das promessas projetando um ano melhor em 2014 ante as taxas de crescimento, Dilma criticou os setores que utilizam a desconfiança para fazer “guerra psicológica”.
Seria realmente guerra psicológica? O contínuo aumento da inflação e das taxas de juros respondem por si.
Segundo Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (BC), os efeitos dos aumentos da taxa básica de juros, a Selic, nos preços ainda estão por vir.
Em audiência pública, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Tombini lembrou que a taxa Selic vem sendo ajustada desde abril do ano passado e voltou a dizer que os efeitos da elevação são cumulativos e defasados.
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O CARNAVAL DO GOVERNO
O carnaval do governo é o ano todo. Os gastos públicos só aumentam. Em época de campanha o melhor é manter a máquina inchada,
Contradizendo seu discurso de austeridade o governo Dilma optou por ampliar gastos que podem garantir retorno eleitoral. As despesas de custeio deram um salto de 39,7% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 19,6 bilhões.
Quem promove a inflação e o aumento dos juros é o governo. Quem paga somos nós. Quem tem o poder de compra diminuído é o povo. Quem lucra com todo este teatro é o mercado financeiro, os grandes bancos.
A pergunta é: por que o combate da inflação no Brasil requer doses tão elevadas de juros?
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pela oitava vez aumentou a taxa de juros que passou a a 10,75% ao ano, acumulando acréscimo de 3,25 pontos em um ano.
Só o sistema financeiro ganha com isso. Quem mais perde são os trabalhadores, em especial os que ganham menos. Isso porque, junto com os juros sobem todos os preços das mercadorias e serviços. Com isso, cai violentamente o poder de compra da classe trabalhadora.
Mas, agora estamos no carnaval e em seguida vem a Copa das Copas, não nos preocupemos com essas coisas sem importância.
A cultura e e as festas do populacho sempre ajudaram a mascarar os problemas cotidianos.
E os problemas históricos não mudam, não são diferentes e continuam a alimentar o círculo vicioso dos governos e do povo. Aliás nem as ideologias partidárias quando no poder são diferentes das anteriores.
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DESAGRAVO DO PT
Para manter seu governo longe do escândalo do mensalão descolando-o da manifestação petista de desagravo na abertura do encontro do PT no 5.º Congresso Nacional do partido, em Brasília, Dilma e Lula não participaram do ato em solidariedade aos “injustiçados” pelo Supremo.
Disposto a virar a página do mensalão, mas enfrentando o protesto dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal, a presidente para não contaminar a campanha à reeleição, e proibiu ministros de fazerem a defesa pública dos réus do mensalão.
Dilma ficou irritada ao saber que dois ministros visitam o ex-chefe da Casa Cilvil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares.
Pelo script combinado entre Dilma e Lula não houve e nem haverá apologia e discursos otimistas para levantar o moral da tropa petista às vésperas da campanha.
Mas, Lula não deixou de alfinetar os partidos rivais em comparação controversa. entre o emprego oferecido ao ex-ministro José Dirceu em um hotel ao caso de cocaína encontrada no helicóptero da família do senador Zezé Perrella (PDT-MG).
Comparação controversa que coloca ambos no mesmo patamar moral diante do povo que vê a cada dia a impossibilidade de confiar na política dos partidos e dos políticos.
A catarse petista, apesar de contrariados com a posição de Lula e Dilma foi promovida pelo eleito presidente do PT, Rui Falção e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), outro condenado do mensalão, que subiu na tribuna para se defender acusando o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, de protagonizar uma “farsa teatral” e de usar “seletivamente” as informações da ação penal para incriminar o PT.
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FEZ, FAZ, FARÁ
Se dependermos dos três ‘F’ da presidente Dilma, estaremos é três vezes “F”….
A ideia que Dilma tentará vender em demagógica campanha para reeleição é : “Fez, faz, fará”. Os três ‘F’ foram batizados como “Mais Lula”.
O que o PT fez nesta década e governo? O que Dilma fez e faz em sua gestão?
A resposta é o descontentamento que levou milhares de pessoas às ruas.
O que Dilma faz, é ser uma marionete nas mãos de Lula. Seria mais bonito por parte do PT que lula assumisse a sua candidatura, já que segundo pesquisas é dono de uma popularidade de 80% por eleitores e já está em plena campanha por sua candidata que segundo ele, sendo a sua metamorfose ambulante.
“Eu não quero estar na coordenação, eu quero ser a metamorfose ambulante da Dilma. Estou disposto. Se ela não puder ir para o comício num determinado dia, eu vou no lugar dela. Se ela for para o Sul, eu vou para o Norte. Se ela for para o Nordeste, eu vou para o Sudeste. Isso quem vai determinar é ela”.
E Lula, o “Nhonhô” Supremo da República já começou seu trabalho de boca de urna.
A plataforma de reeleição preparada para construir o que chamam de “uma nova etapa”, o novo papel do Estado. e do serviços públicos.
Como poderemos confiar nessa nova etapa e neste novo papel do Estado, se durante os dez anos comemorados do governo do PT é fato a diminuição da qualidade já inexistente nos serviços públicos. E o governo de Lula e Dilma trilharam e trilham pelo mesmo caminho do velho Estado. Se embrenharam pelo mesmo caminho que um dia tanto criticaram.
Em suas políticas de “concessão” que, na verdade, significa a privatização dos serviços públicos. O resultado é o mesmo dos anos FHC: serviços públicos essenciais ficam nas mãos da iniciativa privada, cuja lógica, como já sabemos muito bem, não é a de prestar o melhor serviço possível, mas de lucrar o máximo, custe o que custar.
A estratégia de Lula é recuperar a imagem gestora de Dilma desgastada pelas ,manifestações de junho.
Na função de “ouvidor geral” do Palácio do Planalto, Lula faz reuniões com empresários, banqueiros, representantes de multinacionais no Brasil e investidores escutando as queixas e sugestões.
A preocupação do governo em ano eleitora é o déficit recorde das contas públicas sem a disposição para reduzir gastos. É assim que o governo gera a inflação e aumenta os juros, provocando a desconfiança dos mercados. E ainda usam do velho discurso da culpabilidade de governos anteriores.
Se depender dos três ‘F’ da presidente Dilma, estaremos é três vezes F….
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OS PRESOS DO BRASIL
Ela explicou que suas observações tratam de aspectos humanitários. Dilma Rousseff disse que conhece o estado de saúde do parlamentar, portador de “uma doença extremamente grave do coração”.
Sem a mesma preocupação humanitária do governo, os presídios brasileiros são o retrato do estado injusto, desigual e discriminatório
O Brasil é o quarto país do mundo em população carcerária.
A Anistia Internacional avaliou como degradante as condições do sistema penitenciário brasileiro, onde os presos vivem em presídios superlotados e sofrem tortura. De acordo com o Informe 2011 da Anistia Internacional: O Estado dos Direitos Humanos no Mundo, divulgado nesta quinta-feira, a falta de controle efetivo sobre o sistema prisional resultou em uma série de problemas que provocaram diversas mortes no ano passado, principalmente durante rebeliões.
Segundo a organização, houve prática de tortura no momento em que pessoas eram presas, nas celas de delegacias, nas penitenciárias e no sistema de detenção juvenil. Além disso, em 2010, as prisões continuaram extremamente superlotadas, com os internos mantidos em condições que configuravam tratamento cruel, desumano ou degradante.
Atualmente, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), 445,7 mil presos integram o Sistema Penitenciário do país. De acordo com o especialista em Brasil da Anistia Internacional, Patrick Wilcken, 40% dos presos ainda estão aguardando julgamento. “É evidente que esses números devem ser reduzidos, a fim de ter um sistema de justiça eficaz. Muitos dos detidos não estariam presos se tivessem tido acesso adequado à Justiça.”
Levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, com dados do InfoPen, do Ministério da Justiça, apontou um crescimento de 508,8% na população carcerária brasileira no período de 1990 a 2012, registrando 548.003 presos em 2012, uma taxa de 287,31 para cada 100 mil habitantes, em uma população de 190.732.694 habitantes, de acordo com o IBGE.
Esse crescimento foi muito maior, por exemplo, que a taxa de crescimento da população nacional, que não passou de 30%. Ou seja, enquanto a população cresceu 1/3, a população carcerária mais que sextuplicou.
Muito inferior ao crescimento da população carcerária foi o crescimento no número de vagas no sistema penitenciário no mesmo período. Em 2008 existiam 296.428 vagas, número que em 2012 chegou a 310.687, um crescimento de apenas 4%, resultando em 1,8 presos por vaga.
Outra taxa que continuou em ascensão em 2012 foi o número de presos provisórios. Dos 513.713 detentos custodiados no sistema penitenciário, 195.036 eram presos provisórios, ou seja, 37,9% do total de custodiados. Houve um crescimento de 25,1% no número de presos provisórios entre 2008 e 2012. Em 2012, essa população era de 94,5% de presos do sexo masculino e 5,5% do sexo feminino. No que tange o sistema de vagas a situação é ainda pior. Esses 195 mil presos estão distribuídos em 94.540 vagas, cerca de 2 detentos para cada vaga, um déficit de mais de 100 mil vagas.
FONTES:
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O CUSTO DA DEMOCRACIA
Vale tudo para ganhar eleições? Quanto vale o teu voto
“todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, nos termos
desta Constituição.”
O princípio democrático consagrado no Ordenamento Jurídico Brasileiro no parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal de 1988.
O modo como é construída a mensagem destinada aos eleitores deixou de ser persuasivo e passou a ser manipulador. O discurso político tendo como recurso a meia verdade, a mentira, a descontextualização, não existe lugar para a decência e a ética.
Nas eleições de 2014 os telhados de vidros dos partidos como legendas de fachada de interesses individuais , pseudo democratas e representantes do povo fica claro nas constantes comportamentais, na corrupção que fomenta a gravidade da contaminação em todos os setores do sistema público brasileiro.
O sistema que vivemos é cruel, e se reinventa a todos momento.
Mas, seriam os partidos políticos tão essenciais para a representação dos interesses da sociedade?
Nas manifestações de rua que pipocaram no mês de junho por todas as grandes cidades brasileiras viu-se um fenômeno interessante: o desejo da extinção dos partidos políticos. Entre a “classe política” houve quem ecoasse no Parlamento as “vozes da rua”: Cristovam Buarque, senador eleito pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), afirmou na plenária que “talvez seja a hora para dizer: estão abolidos todos os partidos”.
Ante a voz das ruas nas manifestações, a presidente Dilma virou a mesa: “democracia sem partidos não existe”.
Não existe democracia na atual contaminação partidária.
A Lei nº. 9.096, de 19 de setembro de 1995, que regulamenta os artigos 14 e 17 da Constituição Federal de 1988 e é conhecida como a Lei dos Partidos Políticos define em seu primeiro artigo que “partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal”.
Um partido deve ter como uma das suas principais bandeiras defender as premissas democráticas e buscar o atendimento dos interesses da coletividade, ressaltando viés ideológicos próprios da pluralidade de pensamentos existem nas sociedades.
Os partidos devem atender os interesses da sociedade de acordo com a visão ideológica de seus integrantes, respeitando o que determina a nossa Constituição, realçando os princípios éticos, morais e dos bons costumes.
Mal acabamos de prender os mensaleiros petistas continuam estourando escândalos.
Apesar de ,manifestar solidariedade aos petista condenados e com ordem de prisão decretada, o ex-presidente Lula teria ligado para José Dirceu e José Genoino para prestar solidariedade: “Estamos juntos”, teria dito. Juntos estariam se Lula também tivesse sido incluído e condenado como o chefe dos mensaleiros.
E para não contaminar ainda mais a imagem do PT em 2014, e sua metamorfose, a atual presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff optaram pela lei do silêncio em estratégia acertada entre eles.
“Nós temos um de não falar sobre este assunto”, admitiu neste feriado o ministro-chefe da Secretaria Geral da presidência, Gilberto Carvalho.
Além da presidente Dilma Rousseff , a cúpula do PT decidiu que não vão mais se pronunciar sobre a prisão dos réus do mensalão.
No caso do partido, o tom da manifestação política foi dado na nota emitida pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, na tarde de sexta-feira, defendendo os militantes e reafirmando que não houve compra de votos tampouco desvio de recursos públicos.
O silêncio do governo é uma opção clara de não prolongar um assunto que o Planalto considera encerrado. A avaliação do governo é de que a prisão dos réus encerra um ciclo político.
Encerra-se um ciclo político ou um ciclo de corruptos e da corrupção no Brasil?
O tom dado aos presos mensaleiros pelo PT é de heróis perseguidos políticos.
E para termos uma “democracia” continuaremos a pagar muito caro e nos vendermos muitos barato nos planos bolsas em prol de votos, o mensalão do povo.
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MARINA MORENA VOCÊ SURPREENDEU
Marina surpreendeu a todos com seu casamento as pressas com Eduardo Campos. Uma aliança que causou muita preocupação ao Governo Federal. E o desejado cenário sem Marina foi comemorado pelo PT. Mas, sua união com Eduardo Campos, um dos homens desejados pelo PT preocupa Dilma e o ex-presidente Lula. Lula nunca teve muita sorte em suas relações homo políticas. Inventou Dilma como sua metamorfose ambulante.
Contudo, Marina teria surpreendido se fizesse do seu casamento com Eduardo Campos algo mais surpreendente. Candidatando-se á presidência sendo Eduardo Campos seu vice. A rede de Marina pegaria um belo peixe se tornando RedePSB. E Marina tem os dotes da urna justificando tal autoridade. Mas, independente de quem vai estar no comando desta união, como todo casamento terá que discutir a relação. O programa de Marina não pragmático de Marina. Haverá ainda muitas crises alérgicas. Como será Marina e Eduardo Campos na prática? O plano C de uma filiação que chancela uma coligação não pragmática. E, Eduardo Campos festejou o que seria uma união chamada por ambos de “filiação democrática e transitória”. Seria esta uma forma de quebrar uma falsa polarização que precisa ser quebrada na política brasileira. Uma bela união prática e pragmática, não muito diferente da feita entre PMDB e PT.
Marina Silva de mulher negra seringueira ao conservadorismo das elites. Vai ser interessante ver a aliança do verde com o machado.
Na modernidade das relações, a “filiação simbólica” ao PSB, Marina passará a conviver com dilemas éticos da bancada do PSB na Câmara dos Deputados alinhados aos ruralistas nos debates sobre o Código Floresta. E o PPS possui o mesmo nó ideológico sendo um dos alvos de cobiça de Eduardo Campos, o que poderia ampliar ainda mais o “nó ideológico” da coligação negociada pelo governador pernambucano.
Na prática Marina demarcaria a terra dos ruralistas. Potencializaria tal programa. Abriria tal processo? Plano C, cerca na terra dos ruralistas.
São estas relações entre todos os candidatos que o eleitor necessita observar antes de depositar na urna o seu voto.
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AURORA
Todas as coisas que duram muito tempo se impregnam de razão.
É necessário observarmos a origem da razão. Mas, quando observamos a origem da razão moral do homem, observamos com espanto o que sempre nos foi dito. Toda nossa razão nasceu da desrazão. Mas, por que demos tanta razão a algo nascido da irracionalidade? A submissão às leis da moral nada tem de moral.
Ela pode ser provocada pelo instinto de escravidão, de vaidade, de egoísmo, pelo fanatismo, pela inflexão ou resignação.
Não é porque um cachorro fica acorrentado perto do seu dono que ele é o seu melhor amigo.
As relações sociais se dão mais pelas amabilidades morais que pela moral propriamente dita.
Na moral das leis e dos costumes teoria e prática ainda é um problema. Esta moral humana que dura há muito tempo já possui sua defesa impregnada pela memória do tempo, da sua própria origem.
Ela se coloca nos status divino. Ir contra a moral é ir contra Deus. E quanta vaidade há na adoração a Deus! E quanta escravidão há na adoração a Deus! E quanto fanatismo há na adoração há Deus! E quanto egoísmo há na adoração a Deus!
O ato de desespero como submissão à autoridade de um soberano, em si, nada tem de moral.
O que é conservar a liberdade intelectual? O tu deves. E vivemos uma época de grandes dívidas.
A moral da amabilidade comparativa e a bondade para comparar as divergências das nossas opiniões com os outros. Isto é considerado pelos homens um pouco independentes, não somente como admissível, mas também como “honesto”, “humano”, “tolerante”, “nada pedante” e quaisquer que sejam os temos que se usa para adornar a consciência intelectual: e é assim que um tal faz batizar cristãmente seu filho apesar de ser ateu, o outro cumpre os serviço militar como todos, embora condene severamente o ódio entre os povos, e um terceiro se apresenta à igreja com um mulher porque ela é de piedosa família e faz promessas diante de um padre sem sentir vergonha de sua inconsequência.
Esta é nossa sociedade política e polida. Milhões de rituais vazios, de reuniões obsoletas, de planos inconclusivos, de belos projetos Titanic. O no Titanic morreram tanto a burguesia, quanto a plebe que sonhara uma nova terra prometida.
E ainda estamos sonhando. Mas, a tecnologia é o nosso novo Titanic e não podemos naufragar.
No grande silêncio, a razão ulterior é que, se agimos de forma moral não é porque somos morais.
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PETROBRÁS E A BANANA DE OBAMA
Obama dá um “obanana” para a presidente Dilma em seu pedido de desculpas pessoais assumindo a responsabilidade de espionagem dos EUA no Brasil.
A indignação da nossa presidente em entrevista que foi ao ar nesta sexta-feira (6) da semana passada era evidente. Dilma chegou a dizer que o o colega americano assumira responsabilidade “direta e pessoal” na apuração de ações de espionagem dos EUA no Brasil.
A resposta veio em forma de uma nota assinada por um funcionário de terceiro escalão, Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional — NSC, na sigla em inglês. O órgão é chefiado por Susan Rice, com quem o chanceler brasileiro Luiz Alberto Figueiredo se reuniu por uma hora e quinze minutos.
O texto do porta-voz Caitlin Hayden reconhece como legítimas as preocupações do Brasil geradas pela suposta espionagem de Washington a Brasília. Além de colocar dúvidas sobre as espionagens, diz que há distorção das atividades americanas no processo de monitoramento de outros países.
Obama tergiversa ao dizer que há distorções do entendimento das atividades americanas. Espiona não assume, não nega, acha normal as preocupações dos espionados. Tudo vai ficar por isso mesmo. Continuaremos espionando tendo mais cuidado ao faze-lo. Vocês que se protejam. A culpa é das mídias que distorcem o trabalho da inteligência americana.
Dilma tem viagem marcada para Washington no dia 23 de outubro, condicionou sua ida à respostas de Obama. “Minha viagem depende de condições políticas. Eu quero saber tudo o que tem [sobre a espionagem feita no Brasil].Dilma deveria perguntar a Snowden.
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou na sessão desta quarta-feira (11) a formação de um grupo de parlamentares para visitar o ex-analista da CIA, Edward Snowden, em Moscou.
O que será que Obama sabe que preocupa nossa presidente?
Circula pelas redes o medo que Dilma e Lula, na verdade, estão morrendo de medo do conteúdo, que venha a ser vazado midiática, policial e judicialmente, de tudo que a espionagem norte-americana registrou.
Os problemas enfrentados pela Petrobrás parece ser o o calcanhar de Aquiles do governo petista.
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A MISÉRIA COMO FIM
Dilma anuncia fim da pobreza extrema e PT dá início à campanha.
Não existiria luz se não houvesse a escuridão. Nem a igreja se não fosse os pecadores. E talvez, nem partidos políticos se a miséria humana não fosse usada como palanque.
“Falta muito pouco para a superação da pobreza extrema”, afirmou a presidente. E nesse muito tempo em que falta pouco para a superação da pobreza extrema, a pobreza humana permanece eterna. E nesta plataforma é dada a largada da presidente Dilma Rousseff à campanha por sua reeleição.
Em solenidade cuidadosamente planejada na véspera do ato político para comemorar, os 10 anos do PT à frente do governo federal, Dilma anunciou que 22 milhões de brasileiros deixaram a situação de extrema pobreza desde que seu governo lançou o programa Brasil Sem Miséria. E com esse intuito, o governo anunciou que vai complementar a renda de 2,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família.
A erradicação da pobreza extrema foi uma das principais promessas da campanha de Dilma e deve embalar o projeto de reeleição. Com o slogan “O fim da miséria é só um começo”, de autoria do marqueteiro João Santana.
Dilma colou sua agenda à do PT e criticou antecessores, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), sem citá-los nominalmente. Dilma citou pelo menos quatro vezes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu legado e criticou a gestão tucana na área social. “Nós começamos em 2003, no governo do presidente Lula, quando unificamos programas sociais precários que até então existiam”, disse Dilma. ”Um País só pode retirar 36 milhões de pessoas da miséria com um programa como o Bolsa Família, quando além de ter a sensibilidade para a dor dos mais pobres possui também capacidade técnica, qualidade de gestão, honestidade moral e coragem política para realizar um feito dessa magnitude”, gabou-se em seu ensaio discurso sobre ética. Atacando os conservadores, e não muito diferente deles, Dilma se apoia na ampliação do Bolsa Família e nos miseráveis cadastrados com um “novo slogan” para sua campanha à reeleição no ano que vem. A miséria como um fim ainda é o começo da política no Brasil.
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