CONTRADIÇÕES DO BRASIL DE ‘POLVOS E LULA’
O pensamento humano sofre do problema da contradição. A contradição da teoria e da prática. Contrário a todas as nossas crenças, o pensamento em contradição não é inteligente por não ter a percepção da totalidade da realidade da vida.
E as contradições da fala de Lula no Encontro Nacional do PT afastando o “volta Lula” e aclamando Dilma Rousseff como pré-candidata à reeleição desafia os dirigentes e militantes recuperem a imagem desgastada do PT. É um desafio extra em 2014 para uma campanha agora considerada difícil por Lula.
“Junto com a eleição da Dilma, nós temos que fazer um processo de recuperação da imagem do PT, mas, sobretudo, precisamos fazer uma campanha para construir uma nova utopia na cabeça de milhões e milhões de jovens brasileiros”, disse.
Qual seria esta nova utopia?
Estamos cansados da realidade das falsas utopias destituídas da prática no que tange nossa política atual. Ao primeiro vento todos os líderes do PT sucumbiram diante do enriquecimento fácil e do uso da máquina pública como um bem particular. E Lula, apesar de todos os indícios nunca soube de nada referente a vida particular dos seus companheiros. E, em seu discurso pontua a sua vida a parte das falcatruas dos fundadores petistas. Salva a si mesmo e ao partido em detrimento dos companheiros e companheiras.
“Nós criamos um partido político foi para ser diferente de tudo o que existia quando nós criamos esse partido. Esse partido não nasceu para fazer tudo o que os outros fazem. Esse partido nasceu para provar que é possível fazer política de forma mais digna, fazer política com ‘P’ maiúsculo.”
E não provou. O ônus da prova foi totalmente contra o PT em toda contradição do discurso de Lula incluindo o seu partido, o PT na igualdade dos partidos convencionais condenado todos à farinha do mesmo saco.
“Nós precisamos, então, voltar a recuperar o orgulho que foi a razão da existência desse partido em momentos muito difíceis, porque a gente às vezes não tinha panfleto para divulgar uma campanha. Hoje, parece que o dinheiro resolve tudo. Os candidatos a deputado não têm mais cabo eleitoral gratuito. É tudo uma máquina de fazer dinheiro, que está fazendo o partido ser um partido convencional.”
O que Lula deseja? Uma nova chance por ter sido traído pelos companheiros que não eram de sua confiança?
Ao condenar seus companheiros, Lula se eximir da responsabilidade política e pública salvando a si mesmo e ao PT. Por que demovemos nós lhe creditar nova confiança após dez anos no poder?
Esta é a única esperteza de Lula, ou falta de caráter ou desvio de conduta. Eximindo-se da responsabilidade das contradições do seu governo e de seus companheiros fundadores do PT, se colocando a margem de toda realidade comprovada da corrupção que faz parte da história do partido, Lula ressurge como pregador de uma nova ideologia política.
E como Lula devolverá ao PT a imagem de virgem imaculada?
Comprando uma maioria da população como nosso dinheiro público nos programas de governo que usa da máquina pública em mensalões da pobreza? Valendo-se das condições sócio-educacionais e culturas desvinculadas de uma educação política e destituídos de análise pessoal sofrem de desvio de conduta de vido as condições impostas no país da miséria humana.
Segundo estudo, os polvos são os mais espertos entre os invertebrados. E o povo poderia ser mais inteligente que o Lula, apesar de todas os prêmios e horarias recebidos por Luiz Inácio Lula da Silva.
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AGLOMERADOS SUBNORMAIS
Divulgados os primeiros resultados sobre os recortes territoriais classificados como aglomerados subnormais no Censo Demográfico 2010, no total de 6.329, apresentam informações sobre a população residente e o número de domicílios ocupados em favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros assentamentos irregulares para o conjunto do País, Grandes Regiões, Unidades da Federação e municípios.
O equivalente a 6% da população, três vezes a população do Uruguai, e um pouco mais que a população inteira de Portugal.
A maioria dessa população sofre com a inadequação dos serviços públicos e o denso crescimento desordenado. FONTE
“Na inauguração de um hospital em São Bernardo do Campo (SP) ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem (13), a presidente Dilma Rousseff, (em plena campanha antecipada), citou o antecessor para dizer que não foi eleita para construir “muquifo para o povo brasileiro”.
Creio que não há necessidade de mais muquifos, favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros assentamentos irregulares para o conjunto do País, Grandes Regiões, Unidades da Federação e municípios, sofrendo com a com a inadequação dos serviços públicos e o denso crescimento desordenado. Eles brotam naturalmente em todos os governos e sobre eles que os governos mantém seu poder.
“Aprendemos com o presidente Lula, que dizia o seguinte: “Eu não fui eleito para construir muquifo para o povo brasileiro’. Muquifo é algo ruim pro povo. Eu também não fui [eleita para isso]. Nós fomos eleitos para buscar para o povo brasileiro aquilo que há de melhor, seja no programa Minha Casa Minha Vida, seja no Pronatec [programa de qualificação profissional], seja nas nossas universidades”, disse a presidente.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo em 2014, também fez referência a Lula.
“Todos nós aqui somos da escola do presidente Lula. O presidente Lula sempre falou pra todos nós: se é para a população que mais precisa, para as pessoas que não têm recursos, não têm dinheiro para ter outra opção de plano de saúde, se é para as pessoas que dependem só do SUS, aí que tem que ser mais bonito, com mais qualidade, com mais conforto, com mais condições de trabalho”, afirmou.
A presidente saudou seu auxiliar como “uma pessoa que tem um compromisso de alma com a questão da saúde pública no nosso país”. O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), disse que Padilha “nos ajudou muito a realizar esse sonho da nossa cidade e da nossa região”.
Apesar do palanque majoritariamente petista, Marinho e Padilha agradeceram a participação do governo Alckmin na obra. O ministro disse ser “grande amigo” do secretário Uip, a quem Dilma cumprimentou “de maneira toda especial” por ter integrado a equipe médica que a atendeu quando ela teve câncer, em 2009.
Foi o único momento em que Uip, que havia sido saudado timidamente pela plateia ao ter a entrada anunciada, foi aplaudido efusivamente pelo público.
O secretário afirmou que o governo Alckmin “é parceiro dos municípios do grande ABC” e disse que “a saúde não tem partido”. “A saúde não tem preferências nem ideologia. O partido da saúde é o partido da saúde”, concluiu.”
O bom e velho comportamento político. Colocam esparadrapo em fratura exposta e brada o ego da politicagem.
Apesar da saúde não ter preferência e ideologia está contaminada pelas ideologias partidárias.
A saúde está doente há muito tempo. A saúde tem cuidado apenas da doença e não se si mesma.
Qual é a base para um organismo saudável, um país saudável, um povo saudável.? Suas condições de moradia e saneamento.
Enquanto partidos fazem o teatro na falácia de esquerda e direita, crescem os muquifos e a doença da população.
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O VÍRUS DA VELHA REPÚBLICA
O PT no poder e o poder do PT tem o vírus da Velha República. E o continuísmo de Dilma fortaleceu esta infecção.
Dilma na continuidade do governo Lula não incorpora a imagem da “dilmandona” na política. Dilma com base frouxa e desideologizada, pede apoio ao seu governo em troca de ministérios. A máquina da Esplanada ainda carrega o vírus “porteira fechada” que é mortal para a administração pública e para a saúde política do País. A entrega de ministérios aos partidos é um vírus ainda com potencial para se transformar em fonte inesgotável de escândalos.
Como 2014 é um ano eleitoral a virulência e o apetite dos partidos em abocanhar espaços no governo sofre mais da febre de “encaminhamento” de agendas clientelistas/eleitorais e recursos.
Como papai Noel, Dilma tem viajado muito distribuindo presentes.
Sua reforma ministerial para o início do ano não deve apresentar grandes surpresas. Prevalecea lógica do “presidencialismo de coalizão”, ou seja, a representação no primeiro escalão de todos os partidos que fazem parte da base aliada. Dilma, entretanto, já deu mostras que desaprova a lógica dos “ministérios de porteira fechada”, herança de Lula, e que tem preferência por nomes que deem conta de “tocar a máquina”, obter resultados, nomes menos políticos e mais técnicos. Sabe, entretanto, que não há como fugir da equação do “governo de coalizão” e deverá montar um ministério que levará em conta também esse fator.
A base de sustentação política herdade de Lula por Dilma, herança do governo Lula é uma base que se move por interesses corporativos ou é refém de caciques.
A chegada do PT ao poder não rompeu com os vícios da Velha República. O PT e o governo Lula reproduziram os velhos métodos da política nacional ancorados no patrimonialismo e no clientelismo.
A necessária e indispensável manutenção da governabilidade já existia no conservadorismo dos sindicatos e no Lula sindicalista.
Foi o governo de coalizão de Lula que fez ressurgir no cenário nacional figuras que se julgavam superadas como José Sarney, Jader Barbalho, Romero Jucá, Geddel Oliveira, Collor de Mello, entre outras. Tudo justificado pela governabilidade. Registre-se que a tese da governabilidade é um argumento conservador.
O PT fez, faz e fará o seu projeto de poder. Como todos no Brasil prefere manter o status quo no argumento da governabilidade.
A governabilidade que também mantém os mesmo problemas estruturais que permanecem deficitários, os investimentos na área da saúde e da educação. A questão social ainda é o maior desafio a ser enfrentado.
E continuamos a pagar a alta conta do inchaço de ministérios no governo Dilma. O número recorde de 39 ministérios gera um custo de R$ 58 bilhões.
A manutenção de tamanha estrutura e dos funcionários das atuais 39 pastas do governo Rousseff instaladas na Esplanada dos Ministérios e em outros prédios espalhados pela capital, custa ao custo de R$ 58,4 bilhões por ano aos cofres públicos, não melhorou, ou até mesmo piorou os serviços públicos prestados à população.
Esta é a verba de R$ 58,4 bilhões por ano prevista no Orçamento Geral da União de 2013 é mais que o dobro da que foi destinada ao maior programa social do governo, o Bolsa Família, que custará R$ 24,9 bilhões este ano.
E Dilma sancionou a lei que cria 6,8 mil cargos para o Poder Executivo.
A Lei nº 12.823 cria nada menos do que 6.818 novos cargos de acordo com a legislação publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (6/6).
Mais um inchaço do aparato estatal que sobrecarrega o contribuinte. Pode até ser uma medida eleitoreira na compra indireta de votos?
E quanto mais inchado o Estado, o governo de Dilma se torna mais ineficiente.
Dilma com o seu estilo gerencial, menos político, e arraigada a sua concepção desenvolvimentista nem sempre se sensibilizou pelas demandas apresentadas.
Longe de um PT de esquerda, a atuação de Dilma tem sido a mais ortodoxa possível.
Na área econômica, no mês de janeiro, ainda no começo do seu governo, o caráter ortodoxo do aumento da taxa de juros de 10,75% para 11,25%.
Nos três primeiros meses do seu governo e suas medidas na área econômica foram suficientes para uma forte polêmica sobre o caráter do seu governo: “Continuidade ou mudança”?
E prevalece a continuidade na base ideológica do desenvolvimentismo no crescimento econômico como um mantra.
Entretanto, as medidas na contramão do crescimento nas políticas contraditórias do desaceleramento da economia com medo do recrudescimento da inflação.
Ocorre o aumento tanto dos juros quanto da inflação e a frustração do poder de compra do contribuinte que gera diminuição do crescimento. No final o contribuinte vai gastar e pagar um custo muito maior. Assim o governo justificava suas medidas fiscalistas e a decisão de cortar na carne do contribuinte em prol do mercado financeiro. Nas suas medidas da inflação não inclui o valor dos juros cobrados como indicativo da inflação.
Assim se promove a falácia do equilíbrio de mercado, e os ganhos abusivos dos poucos detentores do poder econômico.
O que mantém Dilma? Os holofotes de Lula. O programa Bolsa Família com valor aumentado em seu governo.
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A BARBA MAIS FAMOSA DE DEZEMBRO
Produto do sincretismo de lendas pagãs e cristãs, a barba mais famosa deste mês de dezembro sobrevive na memória da humanidade como uma brincadeira divertida que ainda alimenta a fantasia de muitas crianças.
O senhor bonachão, gordo, com suas vestes vermelhas e de belas barbas brancas , sem dúvida é a barba mais famosa neste mês de dezembro em que se comemora o Natal.
Apesar de ser impossível identificar uma fonte única para o mito, sabe-se que sua aparência foi fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador e cartunista americano, Thomas Nast, inspirador, por sua vez, de uma avassaladora campanha publicitária da Coca-Cola nos anos 1930.
Existem outras variações para o velhinho bonachão que traz os presentes pedidos pelas crianças diretamente do polo norte em sua carruagem de renas de nariz vermelho.
E este deve ser o seu grande sucesso que continua encantando crianças do mundo inteiro, passando das enciclopédias de folclore das grandes variações regionais que o distribuidor de presentes exibia, a um ícone de celebração mundial.
Um unificador dessas crenças locais foi São Nicolau, um personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as crianças.
Independente dos mitos, dos ritos, dos modismos e dos costumes que modernizam as memórias humanas, que o Papai Noel, a barba mais lembrada no final de ano entregue os nossos desejos mais natalinos.
O grande papai noel neste final de ano tem sido a nossa presidente Dilma Rousseff. Em campanha não oficializada tem viajado pelo Brasil distribuindo presentes em forma de verbas para os Estados, principalmente para o sul, território a ser conquistado como curral eleitoral. Resta saber se no país dos atrasos e desvios estes presentes chegarão e serão aplicados nas obras a que são destinados.
Alimentando o mito, o fotógrafo Ed Wheeler decidiu fazer algo diferente e deu um toque natalino às obras de grandes artistas, como Michelangelo, Caravaggio e Monet.
Na série intitulada Santa Classics (Clássicos Noel, em tradução livre), Wheeler colocou o bom velhinho no lugar de algum personagem dentro dos quadros a fim de deixar tudo mais divertido.
E é o próprio fotógrafo que encarna o papel de Noel dentro das imagens clássicas e históricas.
A verdade é que nem Papai Noel, nem ninguém nos traz presentes incondicionais.
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