Democracia Reativa do Animal de Rebanho
Na atual democracia, no exercício do voto, o eleitor tem um papel meramente reativo. Esta eleição não é a eleição de um presidente, mas a tirada do atual mandato vigente.
“A democracia é o governo dos que não sabem”. – Wil Durant
– “A última causa da falência da democracia, está na popularidade da ignorância”. – Wil Durante
A Democracia que se Acha
Na democracia o povo acha que decide, acha que legisla, acha que governa, na democracia o povo se acha;
– Na democracia o povo é a parte podre do sistema, porque vota por interesses obscuros, ou seria pessoais;
A presunção da teoria democrática é a crença que o homem é um animal racional na falácia dicotomia razão versus emoção tão cultuada pelo homem. Nas atuais misérias democráticas o homem é apenas um animal emocional que só ocasionalmente raciocina. Pode ser certo, como pretendia Lincoln, que ninguém engana o povo eternamente, mas o número de tontos é incontável e por meio de sua manipulação um grande país pode ser dominado por muito tempo. As estatísticas revelam que o estoque mundial dos tontos é abastecidos com um jato de duzentos por minuto – índice de mau agouro para a democracia”; Wil Durantm
Em busca da hegemonia democrática, após a Segunda Guerra Mundial, criou no Ocidente, sob a hegemonia dos Estados Unidos, a unanimidade em torno da democracia como valor universal.
Pactuo com a crítica que Nietzsche faz em relação a democracia liberal da segunda metade do século XIX e faço uma ponte entre sua crítica e a nossa atual democracia.
A grande falácia da nossa atual democracia é sua origem e fundamento no cristianismo. No engodo de promover a igualdade entre as pessoas, tornou-se a decadência e a fraqueza da Modernidade. A democracia como uma secularização dos valores cristãos tornou-se a decadência da nossa política atual. A tal dita igualdade niveladora do ser humano, com as caraterísticas cristãs transpostas para o campo político é o fator da nossa debilidade política na sociedade atual. O culto do animal de rebanho com auxílio de uma religião vazia que atende apenas os apetites do animal-de-rebanho reproduzido na sua lógica de pensamento nas instituições sociais e no sujeito. O resultado é a atual desvalorização da política.
No aforismo 202 de Além de bem e mal, Nietzsche sustenta que, “com o auxílio de uma religião que fazia a vontade dos mais sublimes apetites de animal-de-rebanho, e adulava-os, chegou ao ponto em que, mesmo nas instituições políticas e sociais, encontramos uma expressão cada vez mais visível dessa moral: o movimento democrático é o herdeiro do cristão” .
Observamos hoje, na moral de rebanho e do escravo um descrédito, um niilismo passivo.
O que nos falta é a verdadeira paixão política.
Como um homem póstumo, Nietzsche tem muito a dizer acerca a respeito da política de nossos dias, como no caso do Brasil, apática, ou, no máximo, reativa.
Devido a nossa moral de escravos, ainda nos comportamos apenas de forma reativa ante os problemas da vida.
As crença na mística da natureza humana do pecado, da culpa, e do ressentimento, são sentimentos que se tornaram tão comuns que podem nos levar a acreditar que eles são inerentes ao homem.
Esses sentimentos morais tão inseparáveis da moral judaico- cristã que determinam a forma como o homem experimenta continuamente uma repressão de seus impulsos ativos.
Como esses impulsos não somem, é inevitável que haja um conflito entre uma moral que reprime e a nossa vontade de potência, e uma moral que quer expandir-se.
A nossa natureza é constituída por uma multiplicidade de forças, de impulsos permanentemente em conflito: forças que, ao assimilarem outras forças, crescem e expandem a sua potência; forças que, ao serem exploradas, reagem e tentam resistir à dominação.
Nesse sentido, toda força é vontade de potência (ou vontade de poder), isto é, um impulso constante ao crescimento intensivo: “A vontade de poder só pode externar-se em resistências; ela procura, portanto, por aquilo que lhe resiste. […] A apropriação e a incorporação são, antes de tudo, um querer-dominar, um formar, configurar e transfigurar, até que finalmente o dominado tenha passado inteiramente para o poder do agressor e o tenha aumentado” (A vontade de poder, 656).
A saída para atual condição política do Brasil, da América Latina e do mundo se detém não em face a personalidades políticas salvadoras da pátria, ideologias dominantes, como no caso da tal democracia. A saída é cultural. Educação e cultura são as únicas formas que modificaria as estruturas da sociedade.
Na elevação da cultura, que, como conseqüência, traria a modificação política.
Não surpreende que nosso atual governo petista dissemina tantas inverdades histórias e o complexo de vitimologia no homem reativo como forma de dominação cultural, físico, espiritual e finalmente institucional.
Para superar o niilismo passivo e o ativo, bem como do reativo, Nietzsche entrega o martelo ao além-do-homem, que, por meio do niilismo completo, destruirá estas estruturas decadentes do mundo e em seu lugar erigirá a “nova humanidade”, de modo dionisíaco, trágico, no sentido grego da palavra.
- Published in Geral
O Razor Part
O Razor Part
O “razor part”, o corte que vem fazendo a cabeça dos homens.
Significa, em português, “divisão feita por navalha”. Famoso nos anos 30, esse visual fez parte da era de ouro da clássica elegância masculina, quando os homens andavam impecáveis.
As laterais são mais baixas e o topo do cabelo com um topete. A finalização é feita com uma “linha” a navalha dividindo as partes, o que dá um toque especial. A intensidade da linha é decida pelo cliente, podendo ser mais intensa ou discreta. O resultado é um penteado básico, que confere estilo e modernidade.
Esse corte exige cuidados para estar sempre bem feito. A manutenção do corte deve ser feita a cada duas ou três semanas. As laterais costumam ser aparadas em 15 dias; já o topete, dependendo do tipo de cabelo, pode levar uns 20 dias. Às vezes, só se repassa a máquina 1 ou zero do lado.
- Published in Beleza Masculina, Corte Masculino
Cultivando o Bigode
Adote um bigode e divirta-se com ele.
são muitas as personalidades que utilizaram do bigode para estarem em em boa companhia.
E, este acessório peluginoso pode ser sua marca assim como grandes nomes como Charlie Chaplin, Rembrandt, de Little Richard a Salvador Dalí e Tom Selleck.
Se você está pensando em deixar um crescer, nosso conselho é começar com o shape clássico e, então, experimentar modelos mais atrevidos conforme fique seguro. Apenas um aviso: adotar um bigode significa assumir a responsabilidade por ele. Acima de tudo, você precisa ser convincente.
Mas não importa qual shape você decida usar — uma rotina regular de cuidados aliada a uma alta dose de confiança funcionará uma beleza com as mulheres. Se você estiver convencido, confira abaixo algumas dicas de como cuidar bem do seu bigode.
1. Aparando o bigode
O ator Tom Selleck, famoso por seu papel másculo em “Magnum”
Está parecendo uma morsa? Então use o seu barbeador para desenhar uma linha em torno do lábio. Para apará-lo, utilize uma gilete ou o próprio barbeador com um pente mais alto.
2 Dando a ele uma definição
O icônico nadador olímpico Mark Spitz também era um adepto
Raspe cuidadosamente a barba em torno de seu bigode; isso o deixará com um aspecto mais definido.
3 Fazendo a sua manutenção
O comediante Eddie Murphy não faz piada na hora do grooming
Lavar o bigode com shampoo pelo menos duas vezes por semana garantirá a ele um aspecto bonito. Isso também removerá o odor da fumaça de cigarro (caso você fume) ou do seu café-da-manhã.
Ocasionalmente passar condicionador o deixará macio e brilhante. Agora, se você o quiser tão rijo quando o pelo de um Yorkshire, misture o condicionador com espuma de sabão — isso resolverá o problema.
4 Modelando a pelugem
O artista Salvador Dalí e seu famoso bigode pontudo
Um bigode bem-sucedido é sempre tratado com atenção; se você tiver alguns acessórios que te ajudem nessa tarefa, perfeito. Nós sugerimos que você compre um pente facial, eles são uma maneira barata de transformar a bagunça em organização.
As ceras são, também, um ótimo modo de moldar ou domesticar os pelos do bigode. E, para dar um tapa rápido nele no dia a dia, você pode usar protetor labial, que tem a mesma composição básica da cera e fácil de carregar no bolso.
5 Últimas palavras
O ator Clark Gable foi um dos maiores galãs na história de Hollywood
Um último aviso: lembre-se de hidratar a área atrás de seu bigode. Ninguém quer, afinal, uma tempestade de neve em seu lábio. Um hidratante comum fará o serviço. Esfregue no rosto e limpe o excesso.
- Published in Pelos Faciais
Corte Para Cabelos Finos e com Recuo
É muito importante encontrar um barbeiro ou cabeleireiro que tenha o cuidado de manter áreas de problemas cobertos.
Para homens que possuem o cabelo fino e com recuo na parte frontal, o ideal é criar um perfil mais oval. A ênfase ao topo e no meio cria mais volume no centro da cabeça. Este volume deve ser texturizado com a tesoura desfiadeira, proporcionando irregularidade e o efeito mais bagunçado. O comprimento do cabelo deve ser próximo ao couro cabeludo, para aqueles que já estão ficando mais calvos.
Não use gel, pois o efeito faz o cabelo mais transparente. Não lave tanto o cabelo tanto, a cada dois dias é o ideal. A finalização do penteado deve ser com um mousse aplicado até a rais, criando assim mais volume.
Dica especial: Fique longe do penteado empurrando para cima. Quando mais perto do couro cabeludo com um um pouco de bagunça textura como a foto de Steve McQueen.
.
- Published in Beleza Masculina, Calvície, Corte Masculino
Corte Masculino 2015 – Spikes únicos
Um dos mais legais cortes e penteados para os homens 2014 é o Spikes.
Entre barbas e barbearias, nunca houve mais penteados disponíveis para o público masculino. Há muito mais do que as escolhas limitadas do passado e muito mais novas e melhores maneiras para usar cortes clássicos.
Confira as diferentes formas de usar spikes.
O estilo de cabelo espetado era originalmente um olhar de inspiração militar, corte em um quadradão topo plano e laterais raspadas, torna prático o penteado. Com o tempo foi adquirindo picos mais ou menos selvagem, mas, o estilo spike pode ter um olhar mais limpo. O legal deste penteado curto é sua tendência de fixação de com gel ou pomadas e o aspecto retro com um toque moderno. O cabelo no topo é cortado em um perfil arredondado, enquanto as laterais e traseira estão em um fade cone.
Estilo o look com uma forte influência, produto de acabamento natural, com Pomada .
Apesar do nome, existem muitas maneiras diferentes de usar o cabelo em espigas. Para 2014, em vez de os picos de ouriço definidos, o corte é feito de forma a dar ao cabelo muita textura. O corte na foto superior puxa o cabelo para cima no centro, enquanto as bordas apontam para a frente. As partes laterais e traseira são raspadas até a pele em um desvanecimento careca .
É evidente que o cabelo espetado fica ótimo com um rebaixo, mas para um olhar ainda mais ousada, experimente alguns projetos do cabelo em desenho estilizados . Qualquer projeto que você goste pode ser raspado nas laterais ou de trás da cabeça. Algo simples como uma linha ou duas, ou adicionar um padrão tribal para algo mais substancial. A tatuagem cabelo fica ótimo com este estilo moicano de corte de cabelo espetado que é mais longo na frente.
Este é Chris John Millington, um modelo e blogueiro com uma invejável barba . Pelos faciais é muitas vezes usado com uma variedade de estilos lisos, mas esse não é o único caminho a percorrer.Estes picos angulares complementar a barba, especialmente no perfil. Undercut, o estilo onde as laterais são raspadas quase à pele ao redor das orelhas acrescenta atenção extra a este estilo atraente.
Graças à alta qualidade e produtos de cabelo com fixação mais forte os picos da duração do penteado pode ir mais longe do que nunca. Para obter este olhar para um cabelo mais longo, tente pomadas de maior fixação ou gel cola secando o cabelo. Este corte de cabelo de comprimento médio legal que afunila desde a mais longa na frente de mais curto na parte de trás também pode ser denominado penteado para trás ou desgastado.
Há muitas maneiras interessantes e diferentes de cabelo espetado para 2014. Estes são apenas alguns exemplos. Fale com o seu barbeiro para encontrar um grande corte que funciona para o seu tipo de cabelo, formato do rosto , e senso de estilo único.
- Published in Corte Masculino
O Estado Babá
Recentemente o ex presidente Lula disse que se sente pai da nação de 200 milhões de filhos brasileiros.
O paternalismo é uma modalidade de autoritarismo. O Estado paternalista é aquele que limita as liberdades individuais dos seus cidadãos baseando-se em valores axiológicos que apenas fundamentam as imposições estatais. Desta forma justificam a invasão da parcela correspondente à autonomia individual por parte da norma jurídica por se basearem na incapacidade ou idoneidade dos cidadãos para tomar suas próprias decisões, ou decisões que o Estado julga corretas.
Através do mecanismo de políticas paternalistas imprimem na mente do povo a incapacidade deles mesmos resolverem seus problemas e usam esses mesmos problemas como plataforma de campanhas políticas sem nunca resolvê-los
Vivemos este paternalismo do nosso estado com um governo que exerce o poder sobre nós de forma combinada e arbitrária, com decisões que não podemos questionar. Combinando estas decisões arbitrárias e de cunho moral inquestionáveis exacerbadas com elementos sentimentais e de cunho moral questionável
Assim justificam a invasão da parcela correspondente à autonomia individual alimentando um sistema de dependência do cidadão à políticas paternalistas que não educam o cidadão para a independência.
Hoje, diante da religiosidade frente ao pseudo Estado laico, somos obrigados a seguir as morais religiosas e a figuras papais e pastorais com objetivo de acentuar ainda mais a supremacia das autoridades governamentais. No ambiente social e político brasileiro, a ideia tão arraigada de que o governo é um “deus”, um pai e os políticos que o administram mal o Estado são com suas políticas paternalistas que podem resolver todos os problemas da sociedade. Criam uma sociedade totalmente dependente, de políticas paternalistas.
O povo é responsável neste sistema ao atuar politicamente como ovelhas de manobra silenciosamente caminhando para o matadeiro do mercado financeiro nas políticas de juros e inflação que por muito tempo tem servido como meios escusos de enriquecimento poucos.
É intrigante como ainda, com todas as horríveis falhas com que o governo oferece seus serviços, as pessoas continuam com sua fé inabalável nele. Poucas pessoas já conseguiram abandonar esta mentalidade.
Se o Estado se coloca como pai, se comporta como um mau pai, falhando na educação, na segurança, na saúde e na qualidade de vida dos seus filhos, e ainda sugando seus filhos.
- Published in Geral
Filme que explode templo de Universal causa furor na abertura da Bienal de São Paulo
Polêmica na abertura da edição 2014 da Bienal de São Paulo! Na manhã deste sábado (7), um jovem grupo chamava atenção de quem passasse pelo terceiro andar do pavilhão do Ibirapuera. Com câmeras de celular em punhos, eles registravam em vídeo cada detalhe da primeira exibição de “Inferno”, dirigido pela artista israelense Yael Bartana. Era o elenco do filme, que rapidamente ganhou a companhia de cerca de 40 pessoas em cada uma de suas sessões de 17 minutos. A instalação era a mais concorrida no início da exposição.
Com ares de drama época, o filme encena a demolição do novo templo evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus na zona leste de São Paulo – uma referência à destruição bíblica do templo de Salomão, no qual o edifício foi inspirado.
Com inspiração no judaísmo, a obra é mais um ingrediente na polêmica envolvendo Israel e a Bienal. Na semana passada, 55 artistas – incluindo Yael Bartana – divulgaram uma carta aberta à Fundação Bienal de São Paulo pedindo que a instituição recusasse o financiamento de instituições israelenses, em protesto às ações militares na Faixa de Gaza.
“Tem gente achando que estamos ali criticando o templo, mas o filme é apenas uma representação da história”, diz o produtor Eduardo Scandaroli. “Gastamos cerca de cinco dias para filmar, com uma narrativa diferente, marcada pela música e sem diálogos. Nossa expectativa era muito grande.”
“Acho que a principal mensagem é mostrar até onde vai a religiosidade e até onde ela poderia ir”, afirma a atriz Alessandra Moreira, destaque na cena em que o templo é repentinamente tomado pelo fogo.
Filmado em um galpão de escola de samba, no parque Villa-Lobos e no centro de São Paulo, “Inferno” custou R$ 1 milhão, bancados pela galeria de Nova York Petzel. É o filme mais bem produzido da Bienal. Reproduz com fidelidade o O Muro das Lamentações de Jerusalém.
“Não sou uma pessoa que tem fé. Mas achei a obra provocativa e bonita”, diz o engenheiro Manuel Camilo Neto. “Acho que é o que se espera de uma Bienal: surpreender, sair do lugar comum. Gostei bastante”, diz a procuradora Leslie Bocchino.
Para a professora universitária Cláudia Cesarino, a polêmica é apenas um dos ingredientes que despertam o interesse. “É uma história atual, pois faz referência à construção do tempo e ao confronto no Oriente Médio. Causa impacto”.
- Published in Comportamento, Entretenimento
Vantagens de Dormir Pelado
Dormir pelado pode prevenir diabetes, melhorar humor e ajudar a emagrecer, diz especialista
- Published in Comportamento, Entretenimento, Saúde do Homem
Políticas de Vermes, Germes e AFins
“Monitorar governos é uma forma vital de exercermos o poder”
Como germes, vermes e afins se nutrem do caos e da destruição dos doentes e feridos, as politicas atuais tem o mesmo comportamento na manutenção do caos e, apesar do discurso, da pobreza psicológica e financeira, educacional. É a manutenção das dependências no discurso com intuito de salvadores da pátria sem programas reais e soluções verdadeiras nas meras falácias institucionais.
Em sua filosofia que nega a vida promovem e enfatizam sempre o elemento divisor como as diferenças entre os povos no nacionalismo, as diferenças entre as famílias na ideologia, as diferenças na riqueza no princípio financeiros e as diferenças de categoria social no princípio autoritário.
Esta são as nossas morais no discurso da governabilidade e da organização social. O que vivemos é o caos e a degeneração humana que alimenta os vermes institucionais.
Não são capazes, não podem e não querem reconciliar sociedade e indivíduo. Reuniões e planejamentos, metas, programas e pactos como teatro de vampiros.
E a sociedade em sua maioria apenas mantém este sistema como moribundos.
O que a humanidade necessita saber sobre si mesmo está escrito em sua memória celular, em sua memória histórica e recentemente em sua memória tecnológica. O trabalhador tem o poder que precisa em suas mãos para ser verdadeiramente livre. Por ser condicionado neste sistema de sofrimento e engano, o medo deu este poder a senhores, se submetendo as hierarquias distorcidas das autoridades.
Ethan Zuckerman, Diretor do Centro de Mídia Cívica no Instituto de Tecnologia de Massachusetts é um renomado editor de internet, e um forte defensor da tecnologia digital e uma nova era de participação cívica.
Sr. Zuckerman é forte defensor da forma como os cidadãos podem usar a internet para se fortalecer e melhorar suas comunidades. Ele é o fundador do site de notícias da comunidade Global Voices: http://globalvoicesonline.org/
O diretor do Center for Civic Media, do MIT, fala do Promise Tracker, programa que vai colocar na mão do cidadão ferramenta de avaliação do poder público
MIT Ethan Zuckerman (Ivan Pacheco/VEJA)
Um time de trinta pessoas vai começar a circular por São Paulo com celulares à mão e uma missão: conferir se o prefeito cumpre o que prometeu em campanha. A inteligência do programa que vai comparar promessas e realidade vem do Massachusetts Institute of Technology (MIT): é criação do professor Ethan Zuckerman, diretor do Center for Civid Media. No futuro, o sistema poderá ser usado por qualquer pessoa, que se tornará fiscal do poder público. A ideia por trás da ferramenta é que, em tempos de divórcio entre cidadãos e políticos, votar não basta. “Monitorar governos é uma forma vital de exercermos o poder”, diz Zuckerman, que visitou as capitais paulista e mineira na semana passada para apresentar a ferramenta aos usuários que vão testá-la. Na prática, o Promise Tracker é um programa simples e em desenvolvimento para smartphone. Com o aparelhinho em mãos, os usuários podem visitar as ruas da cidade recolhendo informações geolocalizadas em texto, foto ou vídeo acerca da infraestrutura que encontram no local. Os dados são, então, colocados em um mapa e podem ser cotejados com as promessas de campanha de um governante. Os corredores de ônibus foram construídos? As escolas estão funcionando? E assim por diante. Por trás da ferramenta, está a convicção de Zuckerman de que o papel do cidadão não é apenas reclamar do administrador de plantão, mas também fiscalizar os poderosos, medir sua performance e eventualmente colaborar. “A esperança é que a confiança nos governos seja recuperada e que os governos se tornem mais dignos de confiança”, diz. Na entrevista a seguir, ele fala sobre os testes do Promise Tracker e comenta os protestos ocorridos em junho, fruto de uma crise de “desconfiança pública”, na visão dele.
Qual é a ideia por trás do Promise Tracker? Um professor da Universidade Columbia chamado Michael Schudson escreveu um livro há 15 anos em que afirmava que a maneira como pensamos a democracia está errada. Achamos que nossa tarefa é ler jornais e assistir a telejornais diariamente para saber o que os governantes estão fazendo e, a cada quatros anos, usar as informações que obtivemos para escolher nossos representantes. Isso estaria errado por duas razões. Primeiro, porque em geral não estamos tão bem informados sobre a vida pública. Em segundo, porque é inconcebível que as eleições sejam a única oportunidade em que damos nossa participação à vida pública. Qual seria o sistema mais participativo? Aquele em que a tarefa mais importante do cidadão é monitorar as tarefas do governo. É um trabalho habitual dos jornalistas, mas que poderia de certa forma ser executada também pelo cidadão. Monitorar governos é uma forma vital de exercermos poder. Os movimentos de transparência pública já trabalham nesse sentido, mas se concentram no acompanhamento das despesas governamentais. É só uma parte do trabalho. Com o Promise Tracker, pretendemos monitorar tudo: um prédio cuja construção foi prometida está de fato sendo erguido? O trabalho está bem feito? Está no lugar certo? E assim por diante.
O que é possível monitorar? A melhor maneira de fazer isso é monitorar a situação da infraestrutura pública. Qual a condição das estradas? Elas estão melhorando com o passar do tempo? Quantas escolas foram construídas? Quantas vagas elas oferecem? Em São Paulo, há um movimento em favor do uso das bicicletas para o deslocamento, embora pedalar seja uma atividade reconhecidamente perigosa na cidade. Seria possível mapear, por exemplo, os locais onde houve mais acidentes ou onde há mais obstáculos aos ciclistas. Essas são coisas concretas e podem ser monitoradas.
Como está sendo feito o teste em São Paulo? Em São Paulo, o prefeito é obrigado a publicar suas promessas. A atual gestão apresentou 123 objetivos de governo. Vamos alimentar o Promise Tracker com essas informações, iniciar o monitoramento e averiguar se as promessas estão sendo cumpridas ou não. Dezenove conselheiros municipais e cerca de dez pessoas da ONG Nossa São Paulo participaram do workshop do Promise Tracker, além de cerca de quarenta pessoas em Belo Horizonte. Seremos então responsáveis por atualizar o programa, localizar os dados recolhidos pelos usuários e colocá-los no mapa. Nosso trabalho é prover a ferramenta. O uso que será dado a ela depende de seus usuários. A Nossa São Paulo, por exemplo, planeja criar um site para que os usuários acrescentem mapas e dados relativos ao monitoramento de um objetivo. São tarefas nas quais os cidadãos podem ajudar o governo. A corrupção muitas vezes não se dá quando o governante coloca dinheiro no bolso, mas quando a administração pública faz o pagamento para que alguém realize um trabalho e a tarefa não é feita.
De que forma esse monitoramento pode pressionar o governo a melhorar sua atuação? Durante nossa passagem por Belo Horizonte, os participantes do workshop foram incentivados a fotografar pontos em que lixo se acumulava na favela Santa Luzia. A partir daí, vemos três formas possíveis de ação. A comunidade pode fazer um mapa mostrando os pontos de acúmulo de lixo, procurar o governo e dizer: “Vejam, mapeamos a situação. Agora, vocês precisam nos apresentar um calendário de coleta.” No segundo cenário, os moradores procuram a imprensa, que pode amplificar a queixa. Finalmente, com os dados em mãos, a própria comunidade pode tentar resolver o problema. São três caminhos válidos. Eu espero que o primeiro seja bem-sucedido, pois acredito que os governos são de fato importantes. A falta de confiança nos governos que testemunhamos é consequência do fato de que o governo não percebe que é responsável pelas pessoas e essas pessoas, por sua vez, não sabem como influenciar seus governos.
O senhor acompanhou os protestos ocorridos no Brasil em junho do ano passado? Qual é sua impressão? Eu almocei com o prefeito Fernando Haddad durante minha visita a São Paulo. Ele leva a sério a ideia de transparência. E está muito frustrado porque queria mais dinheiro proveniente de impostos sobre a propriedade (IPTU) e das tarifas de ônibus para realizar projetos para a cidade. Porém, toda vez que ele tenta fazer isso as pessoas dizem: “Não acreditamos que o governo nos dará alguma coisa em troca.” Ele sabe, portanto, que é uma questão de confiança. Deixe-me construir um paralelo com o que aconteceu na Nigéria. O movimento Ocupe Nigéria, que tomou as ruas do país africano, começou por causa de uma mudança na taxação da gasolina. O país mantinha um subsídio ao combustível, o que favorecia as classes mais abastadas, porque lá os veículos ainda são privilégio dos ricos. Quando o governo cortou o subsídio, e os preços do combustível subiram, as pessoas foram às ruas queimar pneus, inclusive as pobres. Por quê? Quando os subsídios foram cortados, os preços da água, do transporte, entre outros itens, também subiram. Tentando contornar a crise, o governo disse que usaria o dinheiro economizado com o corte de subsídios para construir escolas e hospitais, mas o povo respondeu: “Não acreditamos em você. Não acreditamos que o governo possa resolver nossos problemas. Vocês retiraram a única coisa que tínhamos: combustível barato.”
É o que, na sua opinião, acontece no Brasil? De certa forma, sim. O prefeito prometeu fazer muitas coisas pela cidade, mas precisava de mais dinheiro. As pessoas responderam: “Nós não acreditamos em você.” É uma questão de desconfiança pública. O desafio é: como reconstruir essa confiança. Uma das razões que me levou a construir o Promise Tracker é a possibilidade de fazer com que as pessoas gostem mais dos governos. O monitoramento do cidadão não é contra o governo. Ele pretende ajudar as pessoas a perceber que o trabalho do cidadão não é apenas reclamar, mas também reunir dados que revelem quais queixas são justificadas e quais são efeito da falta de confiança no governo. A esperança é que a confiança seja recuperada e que o governo se torne mais confiável. Precisamos encontrar um caminho em que faça sentido confiar no governo. Ainda estamos no começo desse processo, é claro. Estamos falando de mudança, da transição de um modelo em que você pede a um político que ele resolva seus problemas para outro em que você estuda o problema, reúne dados, analisa informações e trabalha com os políticos para resolver o problema.
- Published in Geral
Tendência para Cortes Masculinos 2014-2015
Um detalhe que já foi adotado por muitos homens em e 2014 que continuará para o próximo ano é o uso da barba para complemento do visual capilar.
As tendências em cortes masculinos 2015 chegam para dar mais charme no visual masculino, todos os tipos de cortes mais atuais você encontra, cortes estilo social, casual, descolado e moderno, os homens que estão deixando de pensar apenas no tradicional e esta querendo dar uma repaginada no visual, não pode deixar de conferir os cortes de cabelos.
Os modelos de cortes de cabelos masculinos 2015 estão imperdíveis, para quem gosta do cabelo curto e bem alinhado, pode ficar tranqüilo, este estilo nunca sai de moda.
Agora eles estão ganhando repicados modernos, raspados nas laterais com ou sem a composição da barba.
- Published in Beleza Masculina, Corte Masculino